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Versão Chinesa

Despacho do Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura n.º 69/2018

Usando da faculdade conferida pelo artigo 64.º da Lei Básica da Região Administrativa Especial de Macau e nos termos da alínea 1) do n.º 1 do artigo 5.º do Regulamento Administrativo n.º 6/1999 (Organização, competência e funcionamento dos serviços e entidades públicos) e do n.º 4 do artigo 6.º do Regulamento Administrativo n.º 10/2015 (Exigências das competências académicas básicas da educação regular do regime escolar local), o Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura manda:

1. O n.º 1 do Despacho do Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura n.º 56/2017 passa a ter a seguinte redacção:

«1. São definidos os conteúdos específicos das exigências das competências académicas básicas de Língua Chinesa como primeira língua, ou seja, língua veicular, de Língua Chinesa como segunda língua, de Língua Portuguesa como primeira língua, ou seja, língua veicular, de Língua Portuguesa como segunda língua, de Língua Inglesa como primeira língua, ou seja, língua veicular, de Língua Inglesa como segunda língua, de Matemática, de Educação Moral e Cívica, de Sociedade e Humanidade, incluindo as disciplinas separadas de Geografia e de História, de Ciências Naturais, de Tecnologias de Informação, de Educação Física e Saúde e de Artes do ensino secundário geral constantes dos anexos I a XIII do presente despacho e que dele fazem parte integrante.»

2. São aditadas ao anexo IX do Despacho do Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura n.º 56/2017 as exigências das competências académicas básicas de Geografia e de História no ensino secundário geral, cujo conteúdo consta, respectivamente, dos anexos I e II do presente despacho e que dele fazem parte integrante.

3. O n.º 1 do Despacho do Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura n.º 55/2017 passa a ter a seguinte redacção:

«1. São definidos os conteúdos específicos das exigências das competências académicas básicas de Língua Chinesa como primeira língua, ou seja, língua veicular, de Língua Chinesa como segunda língua, de Língua Portuguesa como primeira língua, ou seja, língua veicular, de Língua Portuguesa como segunda língua, de Língua Inglesa como primeira língua, ou seja, língua veicular, de Língua Inglesa como segunda língua, de Matemática, de Educação Moral e Cívica, de Sociedade e Humanidade, incluindo as disciplinas separadas de Geografia e de História, de Ciências Naturais, de Tecnologias de Informação, de Educação Física e Saúde e de Artes do ensino secundário complementar constantes dos anexos I a XIII do presente despacho e que dele fazem parte integrante.»

4. São aditadas ao anexo IX do Despacho do Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura n.º 55/2017 as exigências das competências académicas básicas de Geografia e de História no ensino secundário complementar, cujo conteúdo consta, respectivamente, dos anexos III e IV do presente despacho e que dele fazem parte integrante.

5. O presente despacho entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação e produz efeitos a partir do ano escolar de 2018/2019 de acordo com o Despacho do Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura n.º 56/2017 e o Despacho do Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura n.º 55/2017.

18 de Maio de 2018.

O Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis, Tam Chon Weng.

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ANEXO I

Exigências das competências académicas básicas de Geografia no ensino secundário geral

1. Ideias essenciais

O currículo de Geografia abrange: humanidade e meio ambiente e economia e desenvolvimento regionais, entre outros conteúdos. A concepção do currículo deve ser centrado nos alunos, ajudando-os a dominar os conhecimentos básicos da disciplina de Geografia, os métodos de aprendizagem e a atitude de aprendizagem, de modo a adquirirem conhecimentos sobre a realidade social e o desenvolvimento actual, bem como conhecerem a relação entre os seres humanos e o meio ambiente, incluindo o estudo da ligação entre a humanidade e o ambiente natural e social, e o conhecimento do sentido e do valor da vida. Ao mesmo tempo, o currículo auxilia os alunos a aprimorar a capacidade de pensamento, construindo uma literacia em Geografia e uma filosofia de valores, dando forma a um bom cidadão e estabelecendo uma base sólida para o desenvolvimento e aprendizagem contínuos. Pelo que, as exigências das competências académicas básicas de Geografia do ensino secundário geral devem cumprir as seguintes ideias essenciais:

1) Dar valor às experiências de vida dos alunos e às suas necessidades, integrar os conhecimentos da disciplina de Geografia

O currículo de Geografia deve valorizar a ligação da aprendizagem dos alunos com a sua vida, com uma conexão mútua entre os vários conhecimentos da disciplina de Geografia. O currículo deve destacar as características geográficas, realçando também uma ligação global tendo em conta dois âmbitos principais a referir: a humanidade e o meio ambiente e a economia e desenvolvimento regionais, organizando integralmente os conhecimentos básicos da disciplina de Geografia que os alunos devem dominar no decorrer do ensino secundário geral. Dos materiais recolhidos para elaboração do currículo que abrangem Macau, a China e o mundo, seleccionaram-se conteúdos básicos adequados às necessidades de desenvolvimento dos alunos, atendendo designadamente a temas relacionados com o desenvolvimento social, o desenvolvimento da história e o aperfeiçoamento da personalidade entre outros com maior influência e que possam tomar-se como referência. Visa também equilibrar ainda os conhecimentos regionais, nacionais e globais, tendo em conta, em simultâneo, as características básicas de desenvolvimento e alicerçadas na realidade.

2) Enriquecer a literacia em Geografia, aumentando a capacidade de pensamento e a qualidade cívica dos alunos

A aprendizagem do currículo de Geografia não se restringe aos conhecimentos adquiridos nas aulas mas deve fornecer diversas experiências de aprendizagem que auxiliem os alunos na compreensão da situação geral, bem como a ligação e a influência do meio ambiente e dos aspectos socioeconómicos sobre a vida, de modo a desenvolver capacidades de pensamento diversificado e crítico. Visa também desenvolver nos alunos qualidades cívicas, tais como o empreendedorismo, a valorização da democracia, o respeito pelos outros e por grupos de diferentes culturas. O currículo sublinha as relações de interdependência entre a humanidade e o ambiente natural, com o intuito de desenvolver o sentimento de pertença ao local e à pátria e de protecção ambiental bem como uma visão internacional.

3) Promover a diversificação dos métodos pedagógicos, focando o desenvolvimento nas competências-chave de aprendizagem da disciplina da Geografia

Na aprendizagem do currículo da disciplina de Geografia, os alunos devem, para além da aquisição de conhecimentos, enriquecer as suas competências-chave de aprendizagem que contribuem para a aquisição dos conhecimentos. Por exemplo, devem entender que a distribuição no espaço, as características regionais, bem como a relação entre os seres humanos e o meio ambiente são conceitos importantes que têm de ser dominados no estudo da geografia. Além disso, na análise, resolução ou participação em questões sociais e do quotidiano, devem ser capazes de propor, de forma simples, uma solução fundamentada recorrendo a provas. Os docentes também devem adoptar diversas formas de ensino, tais como a discussão, a observação, a simulação ou a investigação temática, entre outras, orientando os alunos para o domínio dos métodos de aprendizagem adequados e eficazes e, consequentemente, desenvolver uma capacidade de aprendizagem contínua na disciplina de Geografia.

4) Promover a abertura e a flexibilidade do currículo, incentivando o desenvolvimento do currículo das escolas

Na implementação do currículo de Geografia no ensino secundário geral, as escolas podem, conforme as suas necessidades reais, desenvolver um currículo escolar, simultaneamente, preencha estas exigências das competências académicas básicas. Os docentes devem, ainda, consoante as particularidades da escola e a situação de aprendizagem dos alunos, organizar os conteúdos pedagógicos tendo como princípio o aumento da qualidade geral dos alunos, utilizando melhores recursos pedagógicos e métodos pedagógicos flexíveis, desenvolvendo um ambiente de aprendizagem interactivo entre os docentes e os alunos, enriquecendo o conteúdo do currículo de Geografia.

2. Objectivos curriculares

1) Levar os alunos a compreenderem os conhecimentos básicos de geografia, incluindo a situação geral do meio ambiente e do ambiente humano, compreendendo a correlação entre os seres humanos e o meio ambiente;

2) Levar os alunos a compreenderem o desenvolvimento económico de diferentes países e regiões e a sua influência na sociedade e no meio ambiente, compreendendo a relação entre o desenvolvimento económico, a exploração de recursos e a preservação ambiental;

3) Ajudar os alunos a adquirirem competências básicas de leitura, análise, comparação, resumo e tratamento de informações, orientando-os para desenvolverem a curiosidade intelectual sobre os conteúdos de geografia;

4) Ajudar os alunos a dominarem os pontos importantes do pensamento crítico, de julgamento com experiência e de resolução de problemas da prática;

5) Desenvolver as capacidades de comunicação, expressão, partilha e cooperação dos alunos;

6) Auxiliar os alunos a desenvolverem uma atitude de aprendizagem activa e empreendedora, formando um conceito de vida saudável e positiva e uma consciência de inovação;

7) Formar nos alunos uma visão multicultural, respeitar os direitos dos outros e preocupar-se com as mudanças e questões sociais;

8) Reforçar o sentimento de pertença e de responsabilidade locais e nacionais dos alunos.

3. Conteúdos específicos das exigências das competências académicas básicas dos diversos âmbitos de aprendizagem

Descrição dos códigos:

1) A letra do alfabeto, em maiúscula, indica as exigências das competências académicas básicas dos diferentes âmbitos de aprendizagem, a saber: A—Humanidade e meio ambiente; B—Economia e desenvolvimento regionais;

2) O primeiro número após a letra maiúscula representa o número de ordem do grupo de aprendizagem dos diversos âmbitos de aprendizagem;

3) O segundo número representa o número de ordem das exigências das competências académicas básicas do respectivo grupo de aprendizagem.

Âmbito de aprendizagem A: Humanidade e meio ambiente

Grupo de aprendizagem A—1: Espaço e região

A—1—1 Saber utilizar mapas para indicar a distribuição dos continentes e oceanos e indicar a localização de países dos diferentes continentes;
A—1—2 Conseguir resumir as características naturais dos países continentais, países costeiros e países insulares;
A—1—3 Conseguir indicar as fronteiras da China e a distribuição das suas divisões administrativas provinciais, bem como dos países vizinhos;
A—1—4 Conseguir indicar as quatro principais zonas da China através da utilização de mapas, conhecendo os fundamentos da divisão das quatro zonas e fazendo a comparação das características de vida entre os residentes das diferentes zonas;
A—1—5 Saber apontar a localização dos principais estreitos, canais e portos marítimos através da utilização de mapas e exemplificar os papéis dos principais estreitos, canais, portos e rotas marítimas no transporte aquático regional ou internacional;
A—1—6 Saber explicar a relação entre os meios ecológicos marítimos e terrestres e as actividades humanas e indicar as respectivas medidas de protecção;
A—1—7 Conseguir indicar o processo do aumento da área terrestre de Macau a partir de dados, atendendo à relação entre este aumento e o desenvolvimento da sociedade de Macau;
A—1—8 Saber apontar os elementos básicos do mapa e o modo de posicionamento das coordenadas geográficas;
A—1—9 Conseguir indicar os fundamentos da divisão dos hemisférios leste e oeste e hemisférios sul e norte e dos fusos horárias;
A—1—10 Conseguir aplicar escalas para calcular a distância e áreas;
A—1—11 Saber usar o mapa topográfico para descrever, de modo geral, o relevo;
A—1—12 Conseguir indicar a localização, a direcção e a distribuição de cada objecto com a ajuda de mapas.

Grupo de aprendizagem A—2: Meio ambiente

A—2—1 Através da leitura de informações, saber exemplificar a correlação e influências do relevo, clima, hidrologia, entre outros elementos geográficos;
A—2—2 Conseguir apontar, com gráficos e dados, a temperatura anual, a distribuição de precipitação global e comparar as características climáticas dos diferentes países e regiões;
A—2—3 Através da leitura de imagens de satélites e outras informações, conseguir apontar as condições climáticas e a tendência de mudança de um certo lugar;
A—2—4 Usando um país ou uma região como exemplo, saber explicar as influências dos factores marítimos e terrestres, a topografia, entre outros, sobre a precipitação e a temperatura do local;
A—2—5 Com gráficos e dados, conseguir resumir as características da distribuição temporal e espacial da temperatura e precipitação na China, sabendo exemplificar as suas influências na produção e vida das pessoas;
A—2—6 Saber indicar as características climáticas de Macau, resumindo as suas causas de formação;
A—2—7 Através da observação de casos práticos, saber comparar as diferenças na vida e cultura dos residentes de diferentes regiões, sob condições climáticas diferenciadas;
A—2—8 Conseguir deduzir o tipo de clima de uma região segundo a sua paisagem natural, saber explicar a correlação entre a paisagem e o clima e saber indicar as suas influências na vida e cultura dos residentes;
A—2—9 Conseguir apontar as características hidrológicas dos rios e lagos;
A—2—10 Através da observação de casos práticos, saber explicar como a exploração e a utilização dos rios e lagos afectam a produção e as actividades da vida diária dos residentes;
A—2—11 Através da observação de casos práticos, saber distinguir a influência da dinâmica interna e externa sobre a geomorfologia;
A—2—12 Saber explicar com casos práticos como os seres humanos exploram e utilizam os diferentes tipos de relevo conforme as condições locais;
A—2—13 Conseguir indicar as características topográficas de um continente ou país e de Macau e exemplificar como o relevo influencia a produção e as actividades da vida diária dos residentes.

Grupo de aprendizagem A—3: Desastres naturais

A—3—1 Conseguir apontar as causas dos desastres naturais de um continente ou país, sabendo indicar os seus impactos na produção e nas actividades da vida diária dos seres humanos e propondo medidas de prevenção e reacção perante os desastres;
A—3—2 Indicar as causas e propostas de resposta dos desastres naturais que ocorrem em Macau, nomeadamente tufões e marés salgadas, atendendo e preocupando-se com os residentes da zona afectada.

Grupo de aprendizagem A—4: Problemas ambientais

A—4—1 Conseguir apontar as condições para a formação de pradarias e florestas pluviais tropicais, exemplificar como as actividades humanas causam a desertificação das pradarias e a redução das florestas pluviais tropicais, atendendo e propondo medidas de resposta viáveis;
A—4—2 Saber explicar as causas do aquecimento global, da chuva ácida e da ilha de calor e a sua relação com as actividades humanas;
A—4—3 Saber exemplificar o impacto da poluição originada pela urbanização e industrialização na sobrevivência e vida humana e conseguir elaborar um plano familiar ou escolar de actividades para reduzir as poluições;
A—4—4 Saber apontar a situação básica do tratamento de gases residuais, águas residuais e resíduos sólidos, bem como as políticas e medidas de tratamento e conseguir propor sugestões de melhorias.

Âmbito de aprendizagem B: Economia e desenvolvimento regionais

Grupo de aprendizagem B—1: População, recursos e economia

B—1—1 Conseguir apontar a situação da distribuição demográfica mundial e saber comparar as divergências na distribuição da população sob diferentes condições naturais;
B—1—2 Conseguir indicar a tendência do crescimento da população mundial e comparar o impacto da superpopulação e do envelhecimento populacional na sociedade;
B—1—3 Conseguir apontar a distribuição e as características das zonas secas e húmidas da China e comparar as divergências no desenvolvimento da agricultura sob diferentes condições de humidade;
B—1—4 Saber exemplificar os tipos de recursos marinhos e terrestres e a situação da sua exploração e utilização;
B—1—5 Usando uma região como exemplo, saber explicar o impacto levado à economia e ao meio ambiente pela exploração de recursos turísticos;
B—1—6 Conseguir apontar as condições que podem afectar o desenvolvimento do centro de actividade comercial de uma cidade;
B—1—7 Usando uma região como exemplo, saber indicar as condições para o desenvolvimento de indústria de alta tecnologia;
B—1—8 Usando uma região como exemplo, saber explicar como os transportes afectam o desenvolvimento da economia;
B—1—9 Usando um país ou uma região como exemplo, conseguir apontar as características de distribuição e o estado de exploração dos seus recursos naturais e saber explicar, com exemplos, a relação entre os recursos e a economia;
B—1—10 Saber exemplificar o impacto do processo de exploração de recursos nos meios ecológicos, e saber proteger o meio ambiente.

Grupo de aprendizagem B—2: Povoamento e urbanização

B—2—1 Saber comparar as características básicas e as divergências entre o desenvolvimento urbano e o desenvolvimento rural;
B—2—2 Conseguir apontar as condições para a formação de funções urbanas;
B—2—3 Usando Macau como exemplo, discutir os problemas gerados pelo processo de urbanização;
B—2—4 Ser capaz de indicar o estado de desenvolvimento dos transportes, da economia e do turismo de Macau e as suas vantagens geográficas.

Grupo de aprendizagem B—3: Desenvolvimento sustentável

B—3—1 Ser capaz de indicar o conceito e o conteúdo básico de desenvolvimento sustentável;
B—3—2 Conseguir apontar condições para o desenvolvimento sustentável de Macau, atendendo à situação local.

Grupo de aprendizagem B—4: Ligação mundial

B—4—1 Ser capaz de indicar os trabalhos e o significado das principais organizações internacionais;
B—4—2 Saber explicar o impacto no desenvolvimento do país e da sociedade devido à adesão da China a organizações internacionais;
B—4—3 Conseguir apontar a tendência de desenvolvimento da globalização da economia mundial de hoje e expressar opiniões sobre as oportunidades e os desafios colocados à economia chinesa pela globalização económica.

ANEXO II

Exigências das competências académicas básicas de História no ensino secundário geral

1. Ideias essenciais

O currículo de História abrange a humanidade e o tempo, a origem da cultura e o desenvolvimento da sociedade, entre outros conteúdos. A concepção do currículo deve ser centrada nos alunos, ajudando-os a dominar os conhecimentos básicos da disciplina de História, os métodos de aprendizagem e a atitude de aprendizagem, de modo a compreenderem o trajecto da civilização e da cultura humanas e conhecerem até ao nível do sentido e valor da vida. Ao mesmo tempo, o currículo auxilia os alunos a aprimorarem a capacidade de pensamento, construindo uma literacia em História e uma filosofia de valores positivos, dando forma a um bom cidadão e estabelecendo uma base sólida para o desenvolvimento e aprendizagem contínuos no futuro. Assim, as exigências das competências académicas básicas de História do ensino secundário geral devem cumprir as seguintes ideias essenciais:

1) Dar valor às experiências de vida dos alunos e às suas necessidades, integrar os conhecimentos da disciplina de História

O currículo de História deve valorizar a ligação da aprendizagem dos alunos com a sua vida, com uma conexão mútua entre os vários conhecimentos da disciplina de História. O currículo deve destacar as características cronológicas da história, realçando também uma ligação global, tendo em conta dois âmbitos principais a referir: humanidade e tempo e origem da cultura e desenvolvimento da sociedade, organizando integralmente os conhecimentos básicos da disciplina de História que os alunos devem dominar no decorrer do ensino secundário geral. Dos materiais recolhidos para elaboração do currículo que abrangem Macau, a China e o mundo, seleccionaram-se conteúdos básicos adequados às necessidades de desenvolvimento dos alunos, atendendo designadamente a temas relacionados com o desenvolvimento social, o desenvolvimento da história e o aperfeiçoamento da personalidade entre outros com maior influência e que possam tomar-se como referência. Visa também equilibrar ainda os conhecimentos regionais, nacionais e globais, tendo em conta, em simultâneo, as características básicas de desenvolvimento e alicerçadas na realidade.

2) Enriquecer a literacia em História, aumentando a capacidade de pensamento e a qualidade cívica dos alunos

A aprendizagem do currículo de História não se restringe aos conhecimentos adquiridos nas aulas mas deve fornecer diversas experiências de aprendizagem que auxiliem os alunos a compreenderem a situação geral, a ligação e a influência da história e da cultura sobre a vida, de modo a desenvolver capacidades de pensamento diversificado e crítico. Visa também desenvolver nos alunos qualidades cívicas, tais como o empreendedorismo, a valorização da democracia, o respeito pelos outros e por grupos de diferentes culturas. O currículo sublinha as relações de interdependência entre a humanidade e o desenvolvimento da sociedade, bem como entre as culturas das diversas etnias, com o intuito de desenvolver o sentimento de pertença ao local e à pátria e reforçar o conjunto de valores de compreensão dos outros e uma visão internacional.

3) Promover a diversificação dos métodos pedagógicos, focando o desenvolvimento nas competências-chave de aprendizagem da disciplina de História

Na aprendizagem do currículo da disicplina de História, os alunos devem, para além da aquisição de conhecimentos, enriquecer as suas competências-chave de aprendizagem que contribuem para a aquisição dos conhecimentos. Por exemplo, devem ser capazes de entender a importância do conceito de tempo em relação ao conhecimento da história, compreendendo o significado e função da periodização, da sequência temporal e cronograma da história e, através do contacto com os documentos históricos, compreender a relação entre as evidências e a interpretação histórica, formando assim, conceitos históricos. Além disso, na análise, resolução ou participação em questões sociais e do quotidiano, devem ser capazes de propor, de forma simples, uma solução fundamentada recorrendo a provas. Os docentes também devem adoptar diversas formas de ensino, tais como a discussão, a observação, a simulação ou a investigação temática, entre outras, orientando os alunos para o domínio dos métodos de aprendizagem adequados e eficazes e, consequentemente, desenvolver uma capacidade de aprendizagem contínua na disciplina de História.

4) Promover a abertura e a flexibilidade do currículo, incentivando o desenvolvimento do currículo das escolas

Na implementação do currículo de História no ensino secundário geral, as escolas podem, conforme as suas necessidades reais, desenvolver um currículo escolar, simultaneamente, preencha estas exigências das competências académicas básicas. Os docentes devem, ainda,  consoante as particularidades da escola e a situação de aprendizagem dos alunos, organizar os conteúdos pedagógicos tendo como princípio o aumento da qualidade geral dos alunos, utilizando melhores recursos pedagógicos e métodos pedagógicos flexíveis, desenvolvendo um ambiente de aprendizagem interactivo entre os docentes e os alunos, enriquecendo o conteúdo do currículo de História.

2. Objectivos curriculares

1) Levar os alunos a compreenderem os conhecimentos básicos da história, incluindo a sequência temporal, os acontecimentos, as figuras e os fenómenos históricos importantes, compreendendo os vestígios do desenvolvimento da história e os conceitos históricos básicos;

2) Levar os alunos a compreenderem a evolução política, sociocultural e económica de diferentes etnias, países e regiões, orientando-os para respeitarem as diferenças culturais e desenvolverem uma atitude de compreensão pelos outros;

3) Ajudar os alunos a adquirirem competências básicas de leitura, análise, comparação, resumo e tratamento de informações, orientando-os para desenvolverem a curiosidade intelectual sobre os conteúdos de história;

4) Ajudar os alunos a dominarem os pontos importantes do pensamento crítico, do julgamento com experiência e de resolução de problemas da prática;

5) Desenvolver as capacidades de comunicação, expressão, partilha e cooperação dos alunos;

6) Auxiliar os alunos a desenvolverem uma atitude de aprendizagem activa e empreendedora, formando um conceito de vida saudável e positiva e uma consciência de inovação;

7) Formar nos alunos uma visão multicultural, respeitar os direitos dos outros e preocupar-se com as mudanças e questões sociais;

8) Reforçar o sentimento de pertença e de responsabilidade locais e nacionais dos alunos.

3. Conteúdos específicos das exigências das competências académicas básicas dos diversos âmbitos de aprendizagem

Descrição dos códigos:

1) A letra do alfabeto, em maiúscula, indica as exigências das competências académicas básicas dos diferentes âmbitos de aprendizagem, a saber: A – Humanidade e o Tempo; B – Origem da cultura e desenvolvimento da sociedade;

2) O primeiro número após a letra maiúscula representa o número de ordem do grupo de aprendizagem dos diversos âmbitos de aprendizagem;

3) O segundo número representa o número de ordem das exigências das competências académicas básicas do respectivo grupo de aprendizagem.

Âmbito de aprendizagem A: Humanidade e o Tempo

Grupo de aprendizagem A—1: Evolução da história

A—1—1 Saber as condições básicas de vida dos seres humanos na pré-história e conhecer a sabedoria dos seres humanos na adaptação ao meio ambiente nos tempos iniciais;
A—1—2 Apontar as realidades históricas importantes das Dinastias Xia, Shang e Zhou e compreender as grandes mudanças sociais daquela época no nosso país;
A—1—3 Descrever, de modo geral, a Dinastia Qin e a Dinastia Qing, o processo de ascensão e decadência das dinastias e indicar as principais características de cada período histórico da China antiga;
A—1—4 Saber utilizar mapas históricos para assinalar e compreender as mudanças da fronteira do território do nosso país e entender que a unificação é a tendência principal na evolução da história chinesa;
A—1—5 Saber utilizar mapas históricos para indicar as realidades históricas dos contactos da China antiga com outros povos e mencionar as características da política externa de diversas épocas;
A—1—6 Relatar resumidamente as invasões e guerras que a China moderna sofreu, analisar o modo como a nação chinesa ultrapassou as dificuldades internas e externas, sentindo, assim, o espírito corajoso e resiliente da nação chinesa;
A—1—7 Descrever sucintamente as mudanças da conjuntura política da China a partir da época moderna e compreender a exploração e prática da democracia na China;
A—1—8 Relatar sucintamente o desenvolvimento após a fundação da Nova China e as suas complicações e compreender o actual trajecto da China para a prosperidade, através da reforma e abertura económica;
A—1—9 Apontar a rápida evolução da história local e reforçar o sentimento de pertença a Macau;
A—1—10 Através da observação do desenvolvimento dos seres humanos e do tempo, atender à divisão e mudanças das eras históricas e dominar as características de cada uma delas.

Grupo de aprendizagem A—2: Alteração dos regimes

A—2—1 Saber descrever o regime feudal da Dinastia Zhou e analisar sucintamente o seu papel histórico;
A—2—2 Saber descrever, de modo geral, as medidas do regime de centralização de poderes, estabelecido pela Dinastia Qin e discutir o significado da unificação da China pela Dinastia Qin;
A—2—3 Saber descrever resumidamente a evolução dos regimes políticos da Dinastia Han até à Dinastia Yuan e compreender as suas características básicas;
A—2—4 Indicar as realidades históricas relativamente ao reforço constante do poder monárquico durante as Dinastias Ming e Qing e mencionar as suas influências no desenvolvimento social da China;
A—2—5 Descrever, de um modo geral, o desenvolvimento do sistema político na China moderna e contemporânea e conhecer os contributos dos antepassados no processo de desenvolvimento da democracia;
A—2—6 Conhecer as mudanças nos métodos de selecção de quadros qualificados durante os diferentes períodos da China antiga e discutir a sua influência na China e no mundo;
A—2—7 Compreender a revolução gloriosa ocorrida no Reino Unido e conhecer o estabelecimento da monarquia constitucional e o seu impacto na história humana;
A—2—8 Compreender a revolução da independência dos Estados Unidos e a revolução francesa e conhecer o desejo dos seres humanos pela liberdade e igualdade;
A—2—9 Descrever, de um modo geral, a restauração Meiji no Japão e bem como as razões pelas quais o Japão se transformou num dos países mais poderosos do mundo na época contemporânea.

Grupo de aprendizagem A—3: Análise e comentários de figuras

A—3—1 Comentar, de várias perspectivas, as figuras políticas que desempenharam um papel importante no desenvolvimento da história chinesa e mundial;
A—3—2 Descrever brevemente as biografias dos pensadores, cientistas ou artistas importantes na história chinesa e mundial e conhecer os seus contributos para o desenvolvimento da sociedade.

Grupo de aprendizagem A—4: Acontecimentos históricos importantes

A—4—1 Saber os factos básicos das principais reformas na China antiga, analisar os seus motivos de sucesso e fracasso e comentar, de várias perspectivas, o seu papel no desenvolvimento social;
A—4—2 Relatar os tempos prósperos e agitados na China antiga e analisar, de modo breve, as causas da ascensão e decadência das dinastias;
A—4—3 Descrever, sucintamente, a realidade histórica sobre as guerras contra as invasões estrangeiras desde a Dinastia Ming até ao início da Dinastia Qing e compreender as resistências dos governos de Ming e Qing para salvaguardar a soberania da Nação;
A—4—4 Descrever a crise da governação e as políticas de isolamento da China na segunda metade da Dinastia Qing, conhecer a realidade histórica do início do atraso da China no desenvolvimento mundial;
A—4—5 Compreender o Movimento de Ocidentalização, a Reforma dos Cem Dias e a Revolução Xinhai, dando a sua opinião em relação aos seus papéis na história chinesa;
A—4—6 Compreender o decorrer da Guerra Sino-Japonesa, sentir o espírito solidário e de resistência contra a guerra da nação chinesa e analisar as razões da vitória;
A—4—7 Saber descrever o decorrer da Guerra Civil Chinesa, analisando, de forma sucinta, as razões da sua vitória e derrota;
A—4—8 Saber descrever, de modo resumido, o decorrer dos dez anos da Revolução Cultural Chinesa, analisando o seu impacto no país;
A—4—9 Apontar os frutos da reforma e abertura económica da China e compreender o aumento do poder nacional abrangente e da posição internacional da China moderna;
A—4—10 Ser capaz de utilizar mapas históricos para compreender a Era dos Descobrimentos, comentando, de modo objectivo, as influências da exploração de novas rotas no mundo;
A—4—11 Apresentar as influências do Congresso de Viena, compreendendo a situação do desenvolvimento do nacionalismo e liberalismo na Europa;
A—4—12 Conhecer o decurso das duas Guerras Mundiais, dando opiniões relativamente ao seu impacto no mundo;
A—4—13 Saber descrever, de modo resumido, as realidades históricas importantes desde a Primeira Guerra Mundial até à «Pós-Guerra Fria», co-nhecendo a evolução da conjuntura das relações internacionais modernas;
A—4—14 Conhecer o decurso da transferência da soberania de Macau através da leitura dos documentos históricos, reforçando o espírito do amor pela pátria e por Macau.

Âmbito de aprendizagem B: Origem da cultura e desenvolvimento da sociedade

Grupo de aprendizagem B—1: Origem da civilização

B—1—1 Compreender a origem da civilização chinesa, sabendo utilizar as lendas mitológicas da China antiga e os descobrimentos arqueológicos;
B—1—2 Conseguir apontar o surgimento e evolução das principais escritas do mundo, compreendendo o processo básico de desenvolvimento da escrita;
B—1—3 Compreender a origem do homem e explicar o papel da arqueologia na história;
B—1—4 Conseguir apontar os principais contributos das quatro civilizações antigas nascidas perto de rios de grande dimensão e saber explicar a influência do ambiente geográfico nas civilizações antigas asiáticas e africanas;
B—1—5 Saber descrever de modo breve as civilizações marítimas antigas do ocidente, e explicar a sua influência no mundo.

Grupo de aprendizagem B—2: Etnias e religião

B—2—1 Compreender a propagação e o desenvolvimento das principais religiões do mundo, sabendo respeitar e aceitar as diferentes crenças religiosas;
B—2—2 Descrever, de modo geral, as relações entre os grupos étnicos ao longo da história chinesa e entender que a história e a cultura chinesas foram criadas por todas as etnias;
B—2—3 Saber analisar o papel das políticas étnicas fronteiriças do início da Dinastia Qing face à unificação de um país pluriétnico;
B—2—4 Saber descrever, de modo breve, o desenvolvimento do catolicismo em Macau e conhecer o seu papel desempenhado em Macau.

Grupo de aprendizagem B—3: Pensamento, literatura e arte

B—3—1 Descrever a situação geral de diferentes escolas de pensamento antes da Dinastia Qin e conhecer a influência do Confucionismo na história chinesa;
B—3—2 Saber indicar os frutos literários e artísticos de vários períodos históricos da China antiga, conhecendo a vida espiritual dos antepassados chineses;
B—3—3 Saber descrever as acções de salvamento do país sob influência de novos pensamentos, realizadas pelos intelectuais chineses da China moderna, e conhecer a transformação do pensamento dos chineses nesse período;
B—3—4 Saber descrever, sucintamente, o Renascimento e o Iluminismo da Europa, sabendo analisar as suas influências no desenvolvimento da história mundial;
B—3—5 Saber descrever sucintamente o desenvolvimento do Totalitarismo durante as duas Guerras Mundiais, reflectindo sobre as suas influências na história humana.

Grupo de aprendizagem B—4: Ciências e tecnologia

B—4—1 Ser capaz de indicar edifícios e construções importantes da China antiga e saber analisar o seu papel histórico;
B—4—2 Ser capaz de indicar as grandes invenções e trabalhos científicos chineses antes da Dinastia Ming, conhecendo a posição e a influência das ciências e tecnologia da China antiga no mundo;
B—4—3 Ser capaz de apresentar, de modo geral, o desenvolvimento tecnológico e social da China moderna, conhecendo as diferenças entre a China moderna e o ocidente;
B—4—4 Saber utilizar informações históricas comuns, conhecer a vida social da China antiga, formando, de modo básico, a habilidade de estudar os materiais históricos;
B—4—5 Saber descrever a situação geral do desenvolvimento socioeconómico do período anterior à Dinastia Ming da China e conhecer as características básicas da economia chinesa nesse período;
B—4—6 Conhecer a situação socioeconómica durante as Dinastias Ming e Qing, analisando, de modo breve, as razões da estagnação da economia e da tecnologia chinesa nesses períodos;
B—4—7 Descrever, de modo geral, a Revolução Industrial e o seu desenvolvimento e saber comparar a vida da sociedade humana antes e após a revolução;
B—4—8 Descrever as revoluções tecnológicas no século XX, sabendo resumir as características do desenvolvimento da tecnologia moderna e saber expressar opiniões relativamente à sua influência na sociedade humana;
B—4—9 Através da leitura de materiais, indicar as particularidades do Património Mundial de Macau, levantar sugestões da protecção do Centro Histórico de Macau e de assumir uma responsabilidade cívica na protecção dos patrimónios históricos.

ANEXO III

Exigências das competências académicas básicas de Geografia no ensino secundário complementar

1. Ideias essenciais

O currículo de Geografia envolve uma ampla panóplia de conhecimentos e capacidades, com os seguintes conteúdos: o desenvolvimento sustentável, a ligação regional, a sucessão e inovação cultural e o estudo local, entre outros. As exigências das competências académicas básicas de Geografia valorizam mais o uso de conceitos importantes, métodos de pensamento e capacidades da área de Geografia, bem como processos de aprendizagem que permitam encontrar e resolver problemas, prestando atenção ao aumento da literacia em Geografia, no sentido de estabelecer uma base sólida para a aprendizagem e desenvolvimento contínuos dos alunos. Pelo que, as exigências das competências académicas básicas de Geografia do ensino secundário complementar devem cumprir as seguintes ideias essenciais:

1) Atender às necessidades comuns de desenvolvimento dos alunos, formando os conhecimentos e as capacidades essenciais na área de Geografia

As exigências das competências académicas básicas de Geografia, no ensino secundário complementar, requerem uma atenção ao nível das capacidades que os alunos do ensino secundário complementar têm de adquirir após a conclusão dos estudos, e atendem às necessidades comuns no desenvolvimento e interesses de aprendizagem dos alunos. O currículo, através do estudo e da discussão dos temas sobre o desenvolvimento sustentável, a ligação regional, a sucessão e inovação cultural e o estudo local, entre outros, forma nos alunos conhecimentos e capacidades importantes na área de Geografia. O currículo consiste em conhecimentos regionais, nacionais e globais, foca-se na sua concepção e organização a escolha dos materiais que contribuam para a transferência e o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem dos alunos, no sentido de aumentar a eficácia da aprendizagem contínua.

2) Aperfeiçoar a literacia em Geografia dos alunos, desenvolvendo sentimentos de pertença ao local e uma visão internacional

O planeamento curricular e a prática pedagógica devem fornecer boas experiências e diversificadas de aprendizagem, através do estudo que aborde temas do mundo em geral e do próprio local, reforçando a capacidade de resolução de problemas dos alunos, de comunicação e cooperação entre colegas, bem como uma atitude de respeito e tolerância. Melhorar o conhecimento em relação aos pontos de vista e métodos das disciplinas, no sentido de melhorar a literacia em Geografia. O processo de estudo dos conteúdos locais ligado à vida quotidiana, ajuda os alunos a desenvolverem a atenção e o sentimento de pertença ao local e à pátria, bem como através do estudo das questões internacionais e mundiais, levando os alunos a tornarem-se cidadãos com uma maior visão internacional.

3) Promover o estudo temático, alargando os horizontes e os métodos de aprendizagem na área de Geografia

O conteúdo do currículo de Geografia é amplo e, partindo de várias questões de estudo e aprendizagem, desejando alargar as dimensões do pensamento e aprofundar a capacidade de aprendizagem, incluindo a discussão de questões importantes a nível mundial, regional e local e do uso dos modernos métodos para recolha, resumo, tratamento e análise da informação, para desenvolver a capacidade de interpretação de mapas, da análise quantitativa da geografia e do raciocínio lógico, entre outros. Em paralelo, o tema de desenvolvimento sustentável envolve necessariamente a interdependência entre o meio ambiente, a economia e a sociedade, pelo que o estudo deste tema necessita de integrar os conhecimentos de várias áreas.

4) Valorizar as considerações práticas do currículo, incentivando o desenvolvimento e implementação do próprio currículo escolar

Na implementação do currículo da disciplina de Geografia, no ensino secundário complementar, a escola pode, conforme as suas próprias características e recursos, entre outras considerações práticas, desenvolver o seu próprio currículo, a fim de preencher as respectivas exigências das competências académicas básicas. Quanto ao planeamento e à implementação do currículo a nível escolar e das salas de aula, devem-se aproveitar os recursos ambientais dentro e fora da escola, prestando atenção aos métodos pedagógicos interactivos entre docentes e alunos e enriquecendo os conteúdos do currículo.

2. Objectivos curriculares

1) Através do estudo de questões relativas a sucessão, transmissão e inovação da cultura, orientar os alunos a compreenderem como algumas culturas reagem às questões comuns dos seres humanos, respeitando e apreciando a diversidade cultural;

2) Ajudar os alunos a estabelecer uma visão de desenvolvimento sustentável, orientando-os no estudo da relação entre meio ambiente, economia e sociedade e reflectindo nas formas de convivência entre os seres humanos e a natureza;

3) Numa perspectiva regional, orientar os alunos para entenderem os conteúdos relacionados com a região em termos geográficos e económicos;

4) Através das actividades temáticas do estudo do local, desenvolver nos alunos capacidades de comunicação, expressão, cooperação, resolução de problemas e aquisição de conhecimentos, formando atitudes de respeito, tolerância e apreciação, bem como a atenção e o sentimento de pertença ao local, à sociedade e à pátria;

5) Orientar os alunos sobre como conhecer a complexidade e diversidade da disciplina de Geografia, compreendendo as perspectivas e métodos de curiosidade intelectual desta área e dominando os pontos principais da recolha, tratamento e análise de informações e fundamentação de argumentos;

6) Orientar os alunos na apreciação das coisas boas do meio ambiente e da vida, estabelecendo valores de vida saudável, desenvolvendo uma personalidade sã e completa, tornando-se num cidadão com conhecimentos e responsabilidade, e criando activamente uma vida de qualidade.

3. Conteúdos específicos das exigências das competências académicas básicas dos diversos âmbitos de aprendizagem

Descrição dos códigos:

1) A letra do alfabeto, em maiúscula, indica as exigências das competências académicas básicas dos diferentes âmbitos de aprendizagem, a saber: A—Desenvolvimento sustentável; B—Ligação regional; C—Sucessão e inovação cultural; D—Estudo local;

2) O número representa o número de ordem das exigências das competências académicas básicas do respectivo âmbito de aprendizagem.

Âmbito de aprendizagem A: Desenvolvimento sustentável

A—1 Dominar o conteúdo de desenvolvimento sustentável;
A—2 Reconhecer que o desenvolvimento sustentável é uma escolha imprescindível para os seres humanos, estabelecendo gradualmente uma consciência ambiental, global e de participação;
A—3 Sob a tendência da globalização, compreender as causas e os impactos das grandes questões geradas pelas mudanças do ambiente global e regional;
A—4 Entender limitação dos recursos naturais, estudando como o uso excessivo de recursos afecta o desenvolvimento sustentável da economia, da sociedade e do meio ambiente, compreendendo a importância do uso razoável e da conservação dos recursos;
A—5 Usando uma região como exemplo, de acordo com o seu processo de desenvolvimento, saber apontar a relação controversa entre o desenvolvimento económico, social e ambiental, compreendendo as diferentes medidas de resposta;
A—6 Discutir os métodos de combate aos desastres naturais dos seres humanos, tendo em conta as características dos desastres em Macau e propor medidas eficazes para os prevenir e diminuir;
A—7 Conhecer estratégias de desenvolvimento sustentável de acordo com o estado do desenvolvimento social, económico e ambiental de Macau, sob a influência da globalização;
A—8 Compreender a importância do desenvolvimento da economia humana, valorizar o meio ambiente, respeitar o direito à vida de outros seres vivos, proteger o ambiente natural e promover o desenvolvimento sustentável.

Âmbito de aprendizagem B: Ligação regional

B—1 Explicar as mudanças significativas na sociedade humana produzidas pela ciência e tecnologia, discutindo o impacto da Revolução Industrial no desenvolvimento do mercado mundial;
B—2 Ter conhecimento da tendência do desenvolvimento regional da economia mundial moderna, discutindo os problemas ocorridos no processo da globalização económica;
B—3 Discutir os principais factores que influenciam o desenvolvimento regional ou urbano, no contexto da globalização;
B—4 Analisar as vantagens e desvantagens do desenvolvimento de uma região, estudando como as regiões se complementam entre elas com as vantagens e a direcção do desenvolvimento mútuo;
B—5 Apontar as mudanças na relação entre a cidade e o campo no processo da urbanização, conhecendo as causas das problemáticas da urbanização e as suas soluções;
B—6 Compreender as dificuldades no desenvolvimento económico globalizado e as políticas de resposta dos diferentes países, estudando o impacto das diferentes políticas nacionais na economia e política dos próprios países e do mundo.

Âmbito de aprendizagem C: Sucessão e inovação cultural

C—1 Ter conhecimento que o património mundial é uma riqueza comum de toda a humanidade, formando a responsabilidade cívica de conservação e sucessão da cultura;
C—2 Compreender as características culturais das diferentes regiões da China e do mundo e as razões da sua formação, entendendo o papel do respeito pelas diferenças culturais na construção de uma sociedade harmoniosa;
C—3 Utilizando as várias informações turísticas, saber delinear roteiros de viagens culturais, sabendo apreciar diversas artes e culturas a partir de diferentes perspectivas culturais;
C—4 Ser capaz de reflectir acerca dos comportamentos de conservação, transmissão e inovação da cultura quando os seres humanos enfrentam a adaptação ao meio ambiente ou às mudanças sociais.

Âmbito de aprendizagem D: Estudo do local

D—1 Colocar questões relativas ao desenvolvimento do passado e a situação actual de Macau, redigindo um programa de estudo;
D—2 Recolher informações sobre as mudanças geomorfológicas de Macau e saber apresentá-las ordenadamente, após tratamento adequado;
D—3 Compreender a diversidade do ambiente natural e humano de Macau, preocupando-se com os problemas do desenvolvimento local, a partir de uma perspectiva mundial, tendo atitudes de apreciação, tolerância, conservação e de serviço à sociedade de Macau, propondo planos e sugestões relativos ao desenvolvimento de Macau.

ANEXO IV

Exigências das competências académicas básicas de História no ensino secundário complementar

1. Ideias essenciais

O currículo de História envolve uma ampla panóplia de conhecimentos e capacidades relativas aos conteúdos, tais como: a mudança dos tempos, a sucessão e inovação cultural, a ligação regional e o estudo local, entre outros. As exigências das competências académicas básicas de História valorizam mais o uso de conceitos importantes, métodos de pensamento e capacidades da área de História, bem como processos de aprendizagem que permitam encontrar e resolver problemas, prestando atenção ao aumento da literacia em História, no sentido de estabelecer uma base sólida para a aprendizagem e desenvolvimento contínuos dos alunos. Pelo que, as exigências das competências académicas básicas de História do ensino secundário complementar devem cumprir as seguintes ideias essenciais:

1) Atender às necessidades comuns de desenvolvimento dos alunos, formando os conhecimentos e as capacidades essenciais na área de História

As exigências das competências académicas básicas de História, no ensino secundário complementar, requerem uma atenção ao nível das capacidades que os alunos do ensino secundário complementar têm de adquirir após a conclusão dos estudos, e atendem às necessidades comuns no desenvolvimento e interesses de aprendizagem dos alunos. O currículo, através do estudo e da discussão dos temas sobre a mudança dos tempos, da sucessão e inovação cultural, da ligação regional, bem como do estudo local, entre outros, forma nos alunos conhecimentos e capacidades importantes na área de História. O currículo consiste em conhecimentos regionais, nacionais e globais, foca-se na sua concepção e organização a escolha dos materiais que contribuam para a transferência e o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem dos alunos, no sentido de aumentar a eficácia da aprendizagem contínua.

2) Aperfeiçoar a literacia em História dos alunos, desenvolvendo sentimentos de pertença ao local e uma visão internacional

O planeamento curricular e a prática pedagógica devem fornecer boas experiências e diversificadas de aprendizagem, através do estudo que aborde temas do mundo em geral e do próprio local, reforçando a capacidade de resolução de problemas dos alunos, de comunicação e cooperação entre colegas, bem como uma atitude de respeito e tolerância. Melhorar o conhecimento em relação aos pontos de vista e métodos das disciplinas, no sentido de melhorar a literacia em História. O processo de estudo dos conteúdos locais ligado à vida quotidiana, ajuda os alunos a desenvolverem a atenção e o sentimento de pertença ao local e à pátria, bem como através do estudo das questões internacionais e mundiais, levando os alunos a tornarem-se cidadãos com uma maior visão internacional.

3) Promover o estudo temático, alargando os horizontes e os métodos de aprendizagem na área de História

O conteúdo do currículo de História é amplo, partindo de várias questões de estudo e aprendizagem, desejando alargar as dimensões de pensamento e aprofundar a capacidade de aprendizagem. incluindo estudar as questões importantes da mudança dos tempos e aprender o processo de desenvolvimento da democracia pelas pessoas, contribui para o entendimento do processo histórico, das mudanças do pensamento social, dos sistemas e da cultura dos diferentes lugares. Por outro lado, estudar também as questões relacionadas com acontecimentos locais passados no sentido de ajudar à compreensão da relação entre materiais, evidências e interpretação históricas, desenvolvendo a capacidade de pensar de forma crítica e analítica.

4) Valorizar as considerações práticas do currículo, incentivando o desenvolvimento e implementação do próprio currículo escolar

Na implementação do currículo da disciplina de História, no ensino secundário complementar, a escola pode, conforme as suas próprias características e recursos, entre outras considerações práticas, desenvolver o seu próprio currículo, a fim de preencher as respectivas exigências das competências académicas básicas. Quanto ao planeamento e à implementação do currículo a nível escolar e das salas de aula, devem-se aproveitar os recursos ambientais dentro e fora da escola, prestando atenção aos métodos pedagógicos interactivos entre docentes e alunos e enriquecendo os conteúdos do currículo.

2. Objectivos curriculares

1) Através do estudo de questões importantes na mudança dos tempos, orientar os alunos para compreenderem o contexto, a evolução dos respectivos acontecimentos e as mudanças importantes do pensamento e regime sociais;

2) Através do estudo de questões relativas a sucessão, transmissão e inovação da cultura, orientar os alunos a compreenderem como algumas culturas reagem às questões comuns dos seres humanos, respeitando e apreciando a diversidade cultural;

3) Numa perspectiva regional, orientar os alunos no sentido de compreenderem as mudanças na conjuntura económica e política do mundo moderno;

4) Através das actividades temáticas do estudo do local, desenvolver nos alunos capacidades de comunicação, expressão, cooperação, resolução de problemas e aquisição de conhecimentos, formando atitudes de respeito, tolerância e apreciação, bem como a atenção e o sentimento de pertença ao local, à sociedade e à pátria;

5) Orientar os alunos sobre como conhecer a complexidade e diversidade da disciplina de História, compreendendo as perspectivas e métodos de curiosidade intelectual desta área e dominando os pontos principais da recolha, tratamento e análise de informações e fundamentação de argumentos;

6) Orientar os alunos na apreciação das coisas boas do meio ambiente e da vida, estabelecendo valores de vida saudável, desenvolvendo uma personalidade sã e completa, tornando-se num cidadão com conhecimentos e responsabilidade, e criando activamente uma vida de qualidade.

3. Conteúdos específicos das exigências das competências académicas básicas dos diversos âmbitos de aprendizagem

Descrição dos códigos:

1) A letra do alfabeto, em maiúscula, indica as exigências das competências académicas básicas dos diferentes âmbitos de aprendizagem, a saber: A—Mudança dos tempos; B—Ligação regional; C—Sucessão e inovação cultural; D—Estudo local;

2) O número representa o número de ordem das exigências das competências académicas básicas do respectivo âmbito de aprendizagem.

Âmbito de aprendizagem A: Mudança dos tempos

A—1 Conhecer, sucintamente, o processo de desenvolvimento da unificação de multi-étnica da China, entendendo as características de formação e de desenvolvimento do Estado da China antiga;
A—2 Compreender, sucintamente, o processo de desenvolvimento da civilização agrícola da China antiga, conhecendo as características básicas do desenvolvimento económico da China antiga;
A—3 Saber descrever os vários meios de interacção das civilizações dos diferentes períodos da história mundial, avaliando como o choque e a interacção das civilizações influenciam o desenvolvimento mundial;
A—4 Compreender o processo de evolução do pensamento democrático do ocidente nos tempos modernos, discutindo a sua influência no desenvolvimento da política democrática;
A—5 Saber descrever, de forma resumida, o processo e os resultados da competição entre regimes democráticos e autocráticos nos principais países ocidentais modernos, comparando os seus regimes políticos;
A—6 Saber efectuar uma retrospectiva do processo de desenvolvimento do pensamento democrático da China moderna, comparando as semelhanças e diferenças entre os diferentes pensamentos democráticos da China moderna;
A—7 Conhecer o processo de transformação da China de autocracia para república democrática, discutindo o significado do desenvolvimento da política democrática da China moderna;
A—8 Conhecer o processo de exploração de modernização da China, entendendo a mudança na sociedade da China moderna;
A—9 Compreender o processo de exploração da modernização dos principais países orientais, entendendo os modelos de desenvolvimento social dos diferentes países;
A—10 Ser Capaz de comentar sob várias perspectivas as figuras importantes das épocas, estudando a relação entre estas e o desenvolvimento da sociedade.

Âmbito de aprendizagem B: Ligação regional

B—1 Explicar as vantagens da evolução do Ocidente no início dos tempos modernos e analisar como isto levou à expansão, em termos geográficos e económicos, dos países ocidentais;
B—2 Explicar o impacto da expansão dos países ocidentais modernos no Oriente, comparando as reacções da China e de outros principais países orientais perante a expansão ocidental;
B—3 Explicar as mudanças significativas na sociedade humana produzidas pela ciência e tecnologia, discutindo o impacto da Revolução Industrial no desenvolvimento do mercado mundial;
B—4 Discutir as relações internacionais modernas, compreendendo a evolução do confronto e da cooperação entre os países para o desenvolvimento mútuo, reflectindo sobre a importância da construção de uma sociedade harmoniosa;
B—5 Analisar as realizações e restrições da cooperação internacional contemporânea, e as tentativas da Organização das Nações Unidas e outras organizações para resolverem os problemas internacionais;
B—6 Compreender as dificuldades no desenvolvimento económico globalizado e as políticas de resposta dos diferentes países, estudando o impacto das diferentes políticas nacionais na economia e política dos próprios países e do mundo.

Âmbito de aprendizagem C: Sucessão e inovação cultural

C—1 Ter conhecimento que o património mundial é uma riqueza comum de toda a humanidade, formando a responsabilidade cívica de conservação e sucessão da cultura;
C—2 Compreender as características culturais das diferentes regiões da China e do mundo e as razões da sua formação, entendendo o papel do respeito pelas diferenças culturais na construção de uma sociedade harmoniosa;
C—3 Ter conhecimento das características e do espírito da indústria cultural, desenvolvendo uma consciência de inovação cultural;
C—4 Utilizando as várias informações turísticas, saber delinear roteiros de viagens culturais, sabendo apreciar diversas artes e culturas a partir de diferentes perspectivas culturais;
C—5 Saber analisar, sobre vários pontos de vista, a influência das culturas estrangeiras sobre Macau e compreender a importância da integração harmoniosa das culturas para um desenvolvimento sustentável da sociedade;
C—6 Ser capaz de reflectir acerca dos comportamentos de conservação, transmissão e inovação da cultura quando os seres humanos enfrentam a adaptação ao meio ambiente ou às mudanças sociais.

Âmbito de aprendizagem D: Estudo do local

D—1

Colocar questões relativas ao desenvolvimento do passado e a situação actual de Macau, redigindo um programa de estudo;

D—2

Recolher informações sobre as mudanças históricas e culturais de Macau e saber apresentá-las ordenadamente, após tratamento adequado;

D—3

Preocupando-se com os problemas do desenvolvimento local, a partir de uma perspectiva mundial, tendo atitudes de apreciação, tolerância, conservação e de serviço à sociedade de Macau, propondo planos e sugestões relativos ao desenvolvimento de Macau.