REGIÃO ADMINISTRATIVA ESPECIAL DE MACAU

GABINETE DA SECRETÁRIA PARA OS ASSUNTOS SOCIAIS E CULTURA

Versão Chinesa

Despacho do Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura n.º 55/2017

Usando da faculdade conferida pelo artigo 64.º da Lei Básica da Região Administrativa Especial de Macau e nos termos da alínea 1) do n.º 1 do artigo 5.º do Regulamento Administrativo n.º 6/1999 (Organização, competência e funcionamento dos serviços e entidades públicos) e do n.º 4 do artigo 6.º do Regulamento Administrativo n.º 10/2015 (Exigências das competências académicas básicas da educação regular do regime escolar local), o Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura manda:

1. São definidos os conteúdos específicos das exigências das competências académicas básicas de Língua Chinesa como primeira língua, ou seja, língua veicular, de Língua Chinesa como segunda língua, de Língua Portuguesa como primeira língua, ou seja, língua veicular, de Língua Portuguesa como segunda língua, de Língua Inglesa como primeira língua, ou seja, língua veicular, de Língua Inglesa como segunda língua, de Matemática, de Educação Moral e Cívica, de Sociedade e Humanidade, incluindo as disciplinas separadas de Geografia e de História, de Ciências Naturais, de Tecnologias de Informação, de Educação Física e Saúde e de Artes do ensino secundário complementar constantes dos anexos I a XIII do presente despacho e que dele fazem parte integrante.*

* Alterado - Consulte também: Despacho do Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura n.º 69/2018

2. O presente despacho entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação e produz efeitos no 1.º ano do ensino secundário complementar, a partir do primeiro dia do ano escolar de 2017/2018, estendendo-se ao nível de escolaridade seguinte em cada ano escolar.

13 de Junho de 2017.

O Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis, Tam Chon Weng.

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ANEXO I

Exigências das competências académicas básicas da Língua Chinesa no ensino secundário complementar (primeira língua, ou seja língua veicular)

1. Ideias essenciais

Para os seres humanos a linguagem e a escrita são importantes ferramentas de comunicação e portadoras de informações, constituindo uma componente vital da cultura humana. A aprendizagem e a aplicação da linguagem e da escrita existem em todas as áreas da sociedade. A evolução do tempo exige que as pessoas tenham melhores competências de utilização da linguagem e de escrita, bem como capacidade de selecção cultural. O currículo da Língua Chinesa do ensino secundário complementar promove o interesse dos alunos pelo estudo da língua chinesa, melhorando as suas competências de compreensão e expressão oral e escrita; expandindo os seus horizontes culturais e fortalecendo os afectos à cultura chinesa, desenvolvendo as competências de pensamentos independentes e criação crítica; estabelece uma base do desenvolvimento integral e de aprendizagem permanente dos alunos, servindo para melhorar a qualidade básica dos cidadãos locais e a competitividade global de Macau. Pelo que, as exigências das competências académicas básicas da Língua Chinesa, como primeira língua, ou seja, língua veicular, do ensino secundário complementar devem seguir as seguintes ideias essenciais:

1) Melhorar integralmente a qualidade da língua chinesa dos alunos do ensino secundário complementar, estabelecendo uma base de aprendizagem permanente

A “qualidade da língua chinesa” resulta das competências básicas de compreensão e expressão oral e escrita dos alunos demonstradas na língua chinesa, que se adaptam às necessidades de desenvolvimento individual ao longo do tempo. Resulta dos conhecimentos e da qualidade na linguagem e na escrita, dos textos, literatura e cultura, entre outros aspectos, bem como do gosto, qualidades e valores, entre outros aspectos da personalidade, pensamento e qualidade individual, reflectidos através das actividades linguísticas em chinês. Estas exigências mais fundamentais sobre a utilização de chinês em termos de linguagem e escrita e sobre a formação de conhecimentos e personalidade, são traduzidas nos objectivos gerais e no conteúdo específico de cada âmbito de aprendizagem das exigências das competências académicas básicas do presente currículo.

O cantonês é o idioma quotidiano falado pelas pessoas de Macau, enquanto o mandarim é a língua comum da China e uma das línguas de trabalho das Nações Unidas. O currículo tem como objectivo incentivar nos alunos o uso fluente e adequado do cantonês, a utilizar o mandarim para comunicação básica, a conhecer os caracteres chineses legalmente normalizados na República Popular da China, a usar correctamente os caracteres tradicionais e a dominar a linguagem escrita regularizada, aumentando globalmente a capacidade de utilização do chinês, em termos de linguagem e escrita, estabelecendo assim uma base de aprendizagem permanente para os alunos.

2) Ampliar os horizontes culturais dos alunos, promovendo o seu desenvolvimento integral

O currículo deve esforçar-se para ampliar os horizontes culturais dos alunos, ajudá-los a conhecerem de forma profunda, a cultura chinesa e aumentarem os seus conhecimentos sobre Macau, divulgando e cultivando o espírito nacional, amando o país e Macau; ajudá-los também a compreenderem e respeitarem a multiculturalidade, conhecendo o pensamento nacional e o espírito dos tempos, envolvidos nas obras chinesas e estrangeiras, compreendendo a vida social e o mundo emocional dos seres humanos, aspirando à essência da cultura humana e elevando as suas próprias qualidades culturais.

Deve esforçar-se para desenvolver o pensamento independente e o espírito de criação crítica dos cidadãos modernos; através da gradual influência cultural, ajudar os alunos a estabelecer conceito sobre valores correctos, elevar a sua qualidade moral e estética, promover o desenvolvimento global, nomeadamente nos aspectos da moralidade, da inteligência, da física e da estética.

3) Promover a aprendizagem activa e autónoma, formando a capacidade de auto-aprendizagem

Promover os métodos modernos de estudo, tais como: observação, experiência, autonomia, cooperação e exploração, entre outras formas dinâmicas e activas, para desenvolver as potencialidades dos alunos e formar estratégias eficazes de aprendizagem, melhorando a competência de aprendizagem autónoma dos alunos.

Estimular os alunos a lerem de forma autónoma, a expressarem-se livremente, a desenvolver uma consciência para questionar e um espírito de exploração, bem como de recolha, organização, análise e aplicação activa dos recursos das informações.

Atribuir importância à interligação entre compreensão e expressão oral e escrita, e à combinação estreita entre a aprendizagem efectuada através dos livros e da vida real, prestando atenção à ligação entre o currículo da língua chinesa e os outros currículos, esforçando-se para melhorar a eficiência dos estudos da língua chinesa.

4) Preocupar-se com as características de individualidade e o planeamento da vida dos alunos, satisfazendo as exigências do seu desenvolvimento pessoal

O conteúdo de aprendizagem da língua chinesa é frutuoso e diversificado, enquanto variam as personalidades e gostos de cada aluno. A aprendizagem da língua chinesa deve estimular o desenvolvimento das capacidades profissionais dos alunos e ajudá-los a melhorar a capacidade de planeamento da sua vida e o desenvolvimento autónomo através de uma aprendizagem enriquecida com diferentes opções.

As escolas do ensino secundário complementar devem explorar activamente os currículos opcionais e os da própria escola, no que respeita à língua chinesa, de acordo com os seus recursos e condições do corpo docente, para satisfazer as necessidades dos alunos nas suas escolhas autónomas, incentivando os alunos a elevar a sua literacia da língua chinesa, através de uma aprendizagem personalizada, no sentido de atingirem estas exigências das competências académicas básicas.

2. Objectivos curriculares

1) Desenvolver nos alunos o entusiasmo pela língua e cultura chinesas, bem como o sentimento de amor à pátria e a Macau, orientando os alunos para alargarem o seu horizonte cultural, para respeitarem e entenderem as diferentes culturas, aspirando à essência da cultura humana e elevando as suas próprias qualidades culturais;

2) Formar nos alunos uma atitude de aprendizagem com base no estudo e dedicação à investigação, bons hábitos de aprendizagem e domínio dos métodos básicos de aprendizagem da língua chinesa, esforçando-se para melhorar as suas competências de raciocínio, criatividade, comunicação e colaboração, resolução de problemas e criação crítica;

3) Formar a capacidade e o gosto estético saudável dos alunos, orientando-os através da leitura e apreciação, da apresentação e comunicação e do estudo e investigação, para enriquecerem as suas experiências estéticas da língua chinesa, melhorando o seu universo estético;

4) Desenvolver nos alunos competências de comunicação oral diária, incluindo ouvir com atenção e expressar-se adequadamente, dominando as estratégias básicas de compreensão e expressão oral, prestando atenção à acumulação da língua chinesa, formando uma boa atitude de comunicação oral, aprendendo a escutar, perguntar, descrever, narrar, explicar, persuadir, discutir, informar, discursar, entrevistar e outras formas básicas de comunicação, melhorando a sua comunicação interpessoal e a interacção social, formando nos alunos as capacidades básicas de compreensão e expressão oral em mandarim;

5) Desenvolver nos alunos a competência de estudo autónomo dos caracteres chineses, com uma utilização proficiente dos dicionários, apoiando os alunos para compreenderem os conhecimentos básicos dos caracteres chineses, utilizarem correctamente os caracteres tradicionais chineses e conhecer os caracteres chineses legalmente normalizados pela República Popular da China. Melhorar ainda mais as competências da escrita dos caracteres chineses, compreendendo a cultura de caligrafia chinesa, apreciando as obras clássicas de caligrafia, modelando o temperamento e elevando a competência de estética de caligrafia;

6) Formar nos alunos a competência de leitura independente, aprendendo a utilizar flexivelmente os vários métodos de leitura de acordo com necessidades, desenvolvendo a sua sensibilidade de leitura, compreensão, imaginação, especulação e competência para levantar e resolver problemas, através da leitura de vários tipos de textos, a saber: textos literários, expositivos-argumentativos e práticos, estimulando a leitura personalizada, apoiando os alunos no sentido de obterem os conhecimentos e as experiências típicas dos pensamentos positivos e actividades emocionais;

7) Formar nos alunos a competência e a atitude básica de escrita de que a sociedade moderna necessita, permitindo-lhes dominar as normas de escrita de textos narrativo, expositivo, argumentativo e funcional, elevando, em maior grau, a sua capacidade de expressão básica, a saber: explicar, argumentar, narrar, descrever e demonstrar sentimentos; elaborar uma composição clara, fluente e de conteúdo diversificado e verdadeiro, pensamento coerente e organização razoável, tendo em vista um destinatário próprio e uma finalidade, sendo capazes de distinguir a realidade da ficção. Incentivar ainda a composição personalizada e criativa, cultivando uma consciência de responsabilidade pela sua escrita;

8) Formar nos alunos as competências de organização independente das actividades de aprendizagem da língua chinesa e do desenvolvimento dos estudos globais, aprendendo a definir o tema de investigação, recolha de informações, investigação e entrevista, discussão e análise, até apresentar os resultados, sendo capazes de combinar a aprendizagem independente com os estudos cooperativos e de elaborar relatórios simples de estudo;

9) Permitir aos alunos desenvolverem a aprendizagem da língua chinesa de forma selectiva, sendo capazes de escolher de forma autónoma o conteúdo de estudos conforme a sua base e as suas necessidades de desenvolvimento. Estimular nos alunos o interesse e as suas potencialidades, desenvolvendo as suas habilidades e a sua personalidade.

3. Conteúdos específicos das exigências das competências académicas básicas dos diversos âmbitos de aprendizagem

Descrição dos códigos:

1) A letra do alfabeto, em maiúscula, indica as exigências das competências académicas básicas dos diferentes âmbitos de aprendizagem, a saber: A — Compreensão oral; B — Expressão oral; C — Conhecer e escrever caracteres; D — Compreensão escrita; E — Expressão escrita; F — Uso geral;

2) O primeiro número após a letra maiúscula representa o número de ordem do grupo de aprendizagem dos diversos âmbitos de aprendizagem;

3) O segundo número representa o número de ordem das exigências das competências académicas básicas do respectivo grupo de aprendizagem.

Âmbito de aprendizagem A: Compreensão oral

Grupo de aprendizagem A—1: Possuir boa atitude de ouvir

A—1—1 Ser capaz de ouvir com atenção e cortesia;
A—1—2 Ser capaz de ouvir com interesse as diferentes opiniões;
A—1—3 Ser capaz de apreciar as boas atitudes e técnicas da expressão oral, nomeadamente, lógica minuciosa, concisa e adequada, honesta e sincera, compreensiva, implícita, com humor e com um vocabulário diversificado.

Grupo de aprendizagem A—2: Dominar as estratégicas básicas da compreensão oral

A—2—1 Ser capaz de compreender oralmente o conteúdo e a intenção de outras pessoas;
A—2—2 Ser capaz de distinguir os factos e opiniões expressados oralmente por outras pessoas e conseguir tirar conclusões utilizando raciocínio lógico;
A—2—3 Ser capaz de captar a racionalidade e a credibilidade das informações escutadas, em conformidade com os conhecimentos adquiridos;
A—2—4 Ser capaz de obter os factos ou pontos de vista dos interlocutores através de um raciocínio e colocar questões.

Grupo de aprendizagem A—3: Compreensão dos vários tipos de discursos

A—3—1 Ao ouvir discursos de carácter narrativo, compreender as suas ideias e resumi-las;
A—3—2 Ao ouvir obras literárias e artísticas, compreender as imagens, emoções e a ideia central da obra;
A—3—3 Ao ouvir um discurso, compreender os conteúdos, as ideias principais e memorizar os pontos importantes;
A—3—4 Ao ouvir uma discussão e debate, saber distinguir e apreciar os pontos de vista e posições dos diferentes interlocutores.

Grupo de aprendizagem A—4: Entender cantonês e mandarim

A—4—1 Ser capaz de compreender o quotidianao e vários tipos de média em cantonês, bem como a recitação dos textos dos manuais em cantonês;
A—4—2 Ser capaz de entender mandarim na comunicação quotidiana;
A—4—3 Ser capaz de apreciar a recitação, narração de história, teatro e outras interpretações artísticas em cantonês e mandarim.

Âmbito de aprendizagem B: Expressão oral

Grupo de aprendizagem B—1: Possuir boa atitude de expressão oral

B—1—1 Ser capaz de se expressar com confiança e responsabilidade, dialogando com outros em igualdade;
B—1—2 Ser capaz de se ajustar, adequadamente, às respostas dos ouvintes.

Grupo de aprendizagem B—2: Dominar as estratégias básicas da expressão oral

B—2—1 Falar com um objectivo claro, conteúdo concreto e baseado em fundamentos;
B—2—2 Falar de forma clara, coerente e ordenada, não se desviando do tema;
B—2—3 Saber controlar a velocidade e o tempo da expressão oral;
B—2—4 Ao falar, ser capaz de escolher uma introdução e conclusão adequadas;
B—2—5 Ser capaz de escolher a linguagem adequada conforme as diferentes ocasiões e destinatários;
B—2—6 Ser capaz de usar linguagem retórica e corporal de forma consciente, dando ênfase à expressão;
B—2—7 Saber utilizar integralmente os meios auxiliares no discurso, nomeadamente, texto, som e imagens.

Grupo de aprendizagem B—3: Ser capaz de produzir um discurso narrativo e descritivo

B—3—1 Ser capaz de narrar um evento de forma clara e estruturada, descrevendo o seu significado;
B—3—2 Ser capaz de narrar um acontecimento e a mudança de emoções das personagens, ajustando o conteúdo, tom e palavras, conforme a reacção dos ouvintes;
B—3—3 Ser capaz de descrever a imagem e os detalhes concretos perceptíveis conforme as necessidades.

Grupo de aprendizagem B—4: Capacidade de proferir discurso dissertativo

B—4—1 Saber proferir um discurso que tenha pelo menos uma tese expressa e vários argumentos que a suportam;
B—4—2 Conseguir dominar o processo e os métodos gerais do discurso, falando de forma ordenada;
B—4—3 Saber utilizar argumentos claros e explícitos para explicar um ponto de vista e utilizar, de forma precisa, os termos profissionais relevantes;
B—4—4 Ser capaz de prever as expectativas, mal-entendidos e preconceitos possíveis do ouvinte, falando de forma direccionada.

Grupo de aprendizagem B—5: Participação em discussão e debate gerais

B—5—1 Em discussão, ser capaz de ouvir com atenção e esforçar-se paracompreender os pontos de vista e opiniões das outras pessoas, respondendo de forma apropriada;
B—5—2 Em discussão, ser capaz de falar no momento oportuno, narrar claramente um facto demonstrando os seus pontos de vista;
B—5—3 Determinar claramente o objectivo de debate e ser capaz de participar num debate com uma atitude de diálogo em igualdade, alcançando o objectivo de distinguir, claramente, entre factos e as razões;
B—5—4 Em debate, esforçar-se para julgar os pontos de vista e objectivos de cada parte, levantando os seus próprios pontos de vista com razões e argumentos, bem como para aprender com as opiniões das outras pessoas, para que sirvam de referência, melhorando os seus conhecimentos através de debate.

Grupo de aprendizagem B—6: Dominar os métodos básicos de discurso

B—6—1 Ser capaz de produzir um discurso de pelo menos seis minutos em público, com confiança, habilidade e linguagem clara;
B—6—2 Dominar os passos gerais de discurso, incluindo o prólogo, tema principal, transição e conclusão, sendo o discurso claro e coerente;
B—6—3 Ser capaz de ajustar o conteúdo, as palavras e o tom do discurso conforme a reacção dos ouvintes;
B—6—4 Ser capaz de produzir um discurso improvisado de pelo menos dois minutos.

Grupo de aprendizagem B—7: Falar cantonês fluente e mandarim relativamente fluente

B—7—1 Ser capaz de falar cantonês fluente e de forma apropriada;
B—7—2 Ser capaz de recitar correctamente um texto do manual escolar em mandarim, com o apoio de pinyin;
B—7—3 Ser capaz de produzir um discurso de carácter narrativo, descritivo e dissertativo em mandarim;
B—7—4 Ser capaz de conversar à vontade em mandarim e relativamente fluente.

Âmbito de aprendizagem C: Conhecer e escrever caracteres

Grupo de aprendizagem C—1: Utilizar proficientemente os dicionários

C—1—1 Ter o hábito de utilizar dicionários para aprender novos caracteres;
C—1—2 Ser capaz de utilizar dicionários e outros livros de apoio em chinês para ajudar na leitura e na escrita.

Grupo de aprendizagem C—2: Compreender os conhecimento básico de caracteres chineses

C—2—1 Compreender o processo de evolução dos estilos de caligrafia chinesa, “estilo do selo (Zhuan), estilo dos escribas (Li), estilo cursivo (Cao), estilo regular (Kai) e estilo comum (Xing)”;
C—2—2 Compreender as formas de criação de caracteres chineses combinando com a aprendizagem de novos caracteres;
C—2—3 Compreender os conhecimentos básicos de conversão entre os caracteres tradicionais e simplificados.

Grupo de aprendizagem C—3: Melhorar a capacidade de conhecimento autónomo de caracteres

C—3—1 Conhecer pelo menos 3500 caracteres chineses usuais e destes saber escrever pelo menos 3000;
C—3—2 Conhecer caracteres com textos do manual escolar, aumentando constantemente a quantidade de vocábulos;
C—3—3 Ser capaz de identificar e analisar o significado específico de caracteres conforme o contexto;
C—3—4 Compreender os conhecimentos básicos do léxico da língua chinesa, aumentando o vocabulário.

Grupo de aprendizagem C—4: Melhorar a competência de escrita de caracteres chineses

C—4—1 Melhorar o nível de escrita dos caracteres chineses do estilo regular e da fusão usual do estilo regular com o comum (Xingkai) com caneta ou lápis, aumentado adequadamente a rapidez de escrita;
C—4—2 Utilizar papel específico para caligrafia, de quadrados, com linhas horizontais e verticais para escrever um texto completo, esforçando-se para ser organizado e escrever com certa estética;
C—4—3 Saber utilizar o pincel para decalcar a caligrafia do estilo regular com modelos clássicos de escrita, bem treinados e precisos, de forma normalizada, estrutura uniforme, direita e com certa estética.

Grupo de aprendizagem C—5: Aprender a apreciar a caligrafia chinesa

C—5—1 Saber apreciar os modelos clássicos de escrita e obras de caligrafia representativos dos cinco estilos de caligrafia, nomeadamente estilo do selo (Zhuan), estilo dos escribas (Li), estilo cursivo (Cao), estilo regular (Kai) e estilo comum (Xing) e compreender o processo de evolução dos estilos de caracteres chineses, sentindo a beleza do traço, estrutura e significado dos diferentes estilos de caracteres;
C—5—2 Compreender os calígrafos famosos e obras clássicas de caligrafia, representativos de gerações passadas;
C—5—3 Saber apreciar as obras de caligrafia, no relativo aos traços, estrutura, disposição e significado, sentido a beleza da caligrafia;
C—5—4 Estar disposto a utilizar as próprias capacidades de escrita nos estudos e na vida.

Âmbito de aprendizagem D: Compreensão escrita

Grupo de aprendizagem D—1: Ler materiais em chinês de forma autónoma

D—1—1 Ter o hábito de ler livros, jornais e páginas electrónicas em chinês, buscando activamente os materiais de leitura adequados às suas próprias necessidades e ao seu nível de leitura;
D—1—2 Ser capaz de ler vários tipos de materiais de leitura em torno de temas de interesse aumentando os seus conhecimentos, abrir a sua mente, pensar sobre a sua vida, e promovendo o desenvolvimento pessoal;
D—1—3 Ser capaz de acumular as informações necessárias, através de apontamentos, esboço, resumo, registo escrito de impressões e levantar dúvidas, entre outros, registando as experiências de leitura;
D—1—4 Estar disposto a comunicar as experiências de leitura com outras pessoas, apresentando e comentando os livros e textos lidos;
D—1—5 Conseguir realizar uma leitura extracurricular não inferior a um milhão e duzentos mil caracteres, ler pelo menos tês livros clássicos chineses por cada ano escolar.

Grupo de aprendizagem D—2: Melhorar a competência de recitação

D—2—1 Ser capaz de recitar poesias e ensaios em cantonês de forma correcta, fluente e emotiva;
D—2—2 Ser capaz de recitar um texto do manual escolar em mandarim de forma correcta, fluente e emotiva;
D—2—3 Ser capaz de recitar um texto em cantonês e mandarim de forma natural e fluente, em frente de público.

Grupo de aprendizagem D—3: Aprender a utilizar várias formas de leitura

D—3—1 Na leitura ligeira de um texto, ser capaz de compreender o seu conteúdo principal, os principais pontos de vista e a estrutura fundamental, colocando dúvidas e problemas;
D—3—2 Ao reler o texto, ser capaz de organizar as ideias do mesmo e resumir os seus pontos essenciais, compreender o propósito de escrita do autor e principais formas de expressão, combinando as experiências de vida com conhecimentos adquiridos para aprofundar a compreensão do texto, bem como resolver gradualmente as dúvidas da leitura ligeira e colocar novas perguntas;
D—3—3 Na leitura intensiva, ser capaz de sintetizar várias informações, a partir dos aspectos de arte estética, expressão criativa, história cultural e filosofia política, aprofundar a compreensão do texto;
D—3—4 Ser capaz de efectuar uma leitura reflexiva e critica, esforçar-se por distinguir o verdadeiro do falso, descobrir as divergências, reconhecer a tendência dos pensamentos, levantar dúvidas, descobrir ideias ocultas, compreender as diferentes reacções das pessoas sobre a obra e realizar um juízo independente;
D—3—5 Ao folhear um texto, ser capaz de captar rapidamente as suas informações essenciais procurando as informações úteis;
D—3—6 Ser capaz de utilizar de forma flexível, várias formas comuns de leitura, nomeadamente leitura sucinta, leitura extensiva, leitura intensiva, folhear textos, por inferência, comparação, apreciação, reflexão, critica e criatividade, conforme os objectivos e materiais de leitura diferentes, para aumentar a eficiência de leitura.

Grupo de aprendizagem D—4: Ler textos literários, melhorando a competência de apreciação estética e expressão linguística

D—4—1 Ter as suas próprias experiências, na leitura de obras literárias, compartilhando-as activamente com as outras pessoas;
D—4—2 Compreender as formas principais de expressão de poesia, ensaio, romance e teatro entre outros géneros literários, sentindo o encanto da arte;
D—4—3 Ser capaz de dominar o conteúdo básico e as emoções das obras literárias e entender a sua ideia principal, analisando a sua imagem;
D—4—4 Ser capaz de desenvolver a associação de ideias, conforme o conteúdo e as emoções das obras literárias, melhorando o seu sentimento face à obra;
D—4—5 Saber combinar as informações de contexto, a descrição de autor sobre a sua obra e o significado atribuído pelas outras pessoas à obra, apreciar a linguagem da literatura, avaliando os significados de pensamentos e valores estéticos das obras literárias clássicas;
D—4—6 Ser capaz de aprender as formas de expressão artística das obras literárias com a leitura de textos literários, melhorando a expressão linguística.

Grupo de aprendizagem D—5: Ler textos expositivos-argumentativos, melhorando a competência de pensamento abstracto

D—5—1 Ser capaz de analisar a ligação lógica entre a tese e os argumentos do texto, entendendo a ordem e os níveis lógicos de todo o texto;
D—5—2 Ser capaz de combinar a cultura histórica e a realidade social para avaliar os argumentos do texto a partir da precisão, abrangência e profundidade, entre outros aspectos;
D—5—3 Ser capaz de levantar outros argumentos para enriquecer a discussão, demonstração, refutação ou interpretação sobre o tópico argumentado.

Grupo de aprendizagem D—6: Ler textos expositivos, melhorando a compreensão, raciocínio, distinção e imaginação

D—6—1 Quando ler textos de descrição de objectos, ser capaz de entender as suas características, natureza e finalidade;
D—6—2 Quando ler textos de descrição de uma razão, ser capaz de entender o seu sentido;
D—6—3 Quando ler obras de popularização e de ficção científica, ser capaz de entender os conhecimentos científicos básicos, formas de estudos científicos e aumentando a qualidade científica e imaginação;
D—6—4 Ser capaz de analisar os textos expositivos de como usar adequadamente a definição, classificação, comparação, metáfora, descrição da forma, exemplificação, números e tabelas para explicar objecto ou razão;
D—6—5 Ser capaz de apreciar as formas de expressão e características linguísticas dos textos expositivos e de ficção científica excelentes.

Grupo de aprendizagem D—7: Ler textos práticos, melhorando a competência de tratamento de informações

D—7—1 Entender o objectivo de escrita e o conteúdo básico de textos práticos;
D—7—2 Ser capaz de deleccionar as informações essenciais de texto e efectuar o seu tratamento conforme as necessidades;
D—7—3 Ser capaz de utilizar as informações de texto para explicar as questões reais da vida.

Grupo de aprendizagem D—8: Ler textos descontínuos e digitais, melhorando a competência de tratamento de informações

D—8—1 Quando ler textos descontínuos relativamente complexos compostos por vários materiais, tais como escrita, tabelas, gráficos, áudios e vídeos, comunicados, publicidades e manuais de instruções, ser capaz de entender o significado do texto, pesquisar as informações necessárias e tirar conclusões significativas;
D—8—2 Quando ler textos digitais em várias plataformas electrónicas ser capaz de identificar a fonte e credibilidade das informações, obtendo informações úteis;
D—8—3 Ser capaz de utilizar textos descontínuos ou digitais para procurar as respostas às perguntas ou resolver problemas práticos.

Grupo de aprendizagem D—9: Ler obras excelentes antigas da China, formando a base da cultura tradicional

D—9—1 Quando ler textos clássicos simples, ser capaz de entender o conteúdo do texto com o apoio de anotações e livros de apoio;
D—9—2 Quando ler poesias clássicas, ser capaz de entender as suas imagens, emoções e pensamentos, sentindo o seu encanto artístico;
D—9—3 Compreender o género, a forma e rima básicos de poesias clássicas sentindo a beleza da sua forma;
D—9—4 Conhecer os caracteres clássicos nacionais e funcionais e compreender as estruturas das frases comuns do chinês clássico;
D—9—5 Ser capaz de combinar o contexto histórico-cultural para aprofundar a compreensão do chinês clássico e poesias clássicas aprendidos;
D—9—6 Ser capaz de perceber o espírito e sabedoria nacionais através do estudo das obras excelentes antigas, estimando a cultura chinesa;
D—9—7 Saber de cor, pelo menos, 16 poesias antigas excelentes e 10 artigos clássicos excelentes.

Âmbito de aprendizagem E: Expressão escrita

Grupo de aprendizagem E—1: Escrita de forma activa e autónoma, desfrutando da escrita

E—1—1 Saber utilizar a escrita de forma activa e autónoma para expressar as emoções e opiniões individuais, comunicar com as outras pessoas e participar em actividades da sociedade;
E—1—2 Ter o hábito de escrever frequentemente e de acordo com a necessidades e interesses, por exemplo um diário, notas, e-mail e comentários online, bem como através da escrita registar a vida pessoal, organizando as aprendizagens dos estudos e comunicando com as outras pessoas;
E—1—3 Estar disposto a utilizar a discussão, a troca de opiniões, o pedido de conselhos, a submissão de um trabalho escrito a qualquer entidade, entre outros meios, para compartilhar e comunicar com as outras pessoas os seus resultados de escrita;
E—1—4 Tentar elaborar uma composição criativa e desenvolver a imaginação expressando os sentimentos e conhecimentos sobre a vida, natureza e sociedade;
E—1—5 Ser capaz de desenvolver, com consciência, na sua composição com uma análise, criação e aplicação, avaliação, entre outras competências básicas de pensamento.

Grupo de aprendizagem E—2: Escrita de forma séria e responsável

E—2—1 Ser capaz de escrever uma composição com um objectivo e destinatário; ser capaz de determinar o tema, estilo e forma de expressão, conforme as diferentes objectivos e características dos leitores e verificar o primeiro rascunho;
E—2—2 Ser capaz de identificar realidade e ficção narrando um facto com uma atitude responsável, manifestando os pontos de vista, expressando sentimentos, desenvolvendo plenamente a imaginação e criatividade para escrever correctamente um texto de ficção;
E—2—3 Antes de escrever, ser capaz de pesquisar informações consultando bibliotecas e meios electrónicos e de multimédia e realizando uma observação pessoal, entre outros meios, distinguindo claramente as informações em primeira mão das informações em segunda mão;
E—2—4 Ser capaz de anotar as fontes de citações no texto.

Grupo de aprendizagem E—3: Dominar as estratégias básicas de escrita

E—3—1 Esforçar-se para escrever textos que possam atrair o interesse dos leitores e gerar influência sobre os mesmos;
E—3—2 Ser capaz de definir o núcleo do texto, para que o seu tom principal se mantenha;
E—3—3 Ser capaz de obter materiais através de observação, experiência, discussão, leitura, entrevista, utilização da internet, entre outros meios, bem como proceder à selecção e organização flexível e eficaz dos mesmos, conforme o objectivo da escrita;
E—3—4 Ser capaz de ter uma estrutura completa, falando de modo ordenado;
E—3—5 Ser capaz de escolher e utilizar de forma adequada, várias formas de expressão, tais como: narração, explicação, descrição, argumentação e lírica, conforme as necessidades de escrita;
E—3—6 Saber utilizar de forma adequada, figuras de estilo, incluindo a metáfora, personificação, hipérbole, paralelismo, colocação de questões e produção de respostas e questões de retórica, procurando que as expressões sejam mais vivas;
E—3—7 Ser capaz de modificar um texto para manter a fluência de narração e coerência entre os pontos de vista;
E—3—8 Dominar um dos métodos de introdução de caracteres pela sua forma e traços, ou um dos métodos de introdução de caracteres por pinyin, para facilitar a acumulação de informações e comunicação escrita;
E—3—9 Ser capaz de utilizar o computador para editar um documento e utilizar ferramentas de multimédia para exibir o seu texto.

Grupo de aprendizagem E—4: Ser capaz de escrever uma composição fluente e ordenada

E—4—1 Numa composição saber utilizar as palavras correctas, frases fluidas e coerentes, correspondendo às regras da linguagem chinesa moderna;
E—4—2 Ser capaz de utilizar correctamente os sinais de pontuação;
E—4—3 Ser capaz de tomar como referência a opinião de outras pessoas, rever e reflectir sobre o próprio texto, modificá-lo e aperfeiçoá-lo;
E—4—4 Quando haja necessidade, ser capaz de elevar a rapidez de escrita.

Grupo de aprendizagem E—5: Ser capaz de escrever textos narrativos

E—5—1 Quando escrever histórias, notícias, biografias, autobiografias entre outros textos narrativos, ser capaz de narrar claramente os acontecimentos revelando o seu significado;
E—5—2 Ser capaz de observar e pensar um assunto a partir de vários aspectos, tendo sentimentos próprios e conhecimentos sobre o assunto;
E—5—3 Numa composição conseguir ser claro no conteúdo apresentado, correspondendo ao tema, escrevendo o ponto central do assunto e das personagens;
E—5—4 Ser capaz de organizar adequadamente a evolução dos enredos conforme as mudanças de tempo, ambiente, acontecimentos e emoções das personagens;
E—5—5 Ser capaz de utilizar uma descrição adequada dos detalhes, no sentido de aumentar a intensidade de um texto.

Grupo de aprendizagem E—6: Ser capaz de escrever textos expositivos-argumentativos

E—6—1 Ser capaz de elaborar por escrito a discussão, a narração e os comentários sobre um filme ou sobre um livro, entre outros textos expositivos-argumentativos, expressando claramente os seus pontos de vista;
E—6—2 Ser capaz de utilizar correctamente os factos, as informações, as opiniões públicas e as de especialistas para sustentar os seus pontos de vista;
E—6—3 Ser capaz de prever as expectativas dos leitores, as suas dúvidas ou mal-entendidos eventuais para efectuar um comentário específico;
E—6—4 Numa composição argumentativa, ser capaz de apresentar o principal argumento, utilizar os fundamentos e organizar o raciocínio de argumentação; Apoiar o seu ponto de vista por demonstração de factos e razões;
E—6—5 Numa composição refutatória, ser capaz de iniciar a sua argumentação de forma ordenada contra o argumento principal, os fundamentos e as argumentações apresentadas pelo contraditor.

Grupo de aprendizagem E—7: Ser capaz de escrever textos expositivos

E—7—1 Ser capaz de escrever textos expositivos e captar as características de algo, descrevendo claramente o respectivo destinatário;
E—7—2 De acordo com as necessidades, ser capaz de utilizar a definição, classificação, comparação, metáfora, exemplos, listagem de números, gráficos e descrição de formas, entre outros métodos de explicação;
E—7—3 De acordo com as necessidades, ser capaz de apresentar adequadamente as características, funções ou princípios de um objecto, conforme a ordem de tempo, de espaço e de lógica, de forma clara e ordenada e com uma estrutura razoável;
E—7—4 Ser capaz de utilizar uma linguagem precisa, concisa e coerente, tentando utilizar a forma figurativa para tornar o texto de fácil compreensão;
E—7—5 Quando escreve um texto para explicar um objecto, ser capaz de explicar de forma objectiva e precisa a forma, estrutura, propriedade, característica e utilidade do objecto concreto;
E—7—6 Quando escreve um texto para explicar uma razão, ser capaz de apresentar um conhecimento ou esclarecer uma noção ou um método através da explicação do sentido, características e princípios entre outros elementos, de uma coisa abstracta.

Grupo de aprendizagem E—8: Ser capaz de escrever textos funcionais;

E—8—1 Ser capaz de escrever uma carta, convite, mensagem, registo, aviso, contrato, regulamento, cartaz, publicidade, carta de candidatura a emprego e ofício comercial entre outros textos funcionais usuais;
E—8—2 Entender as várias cenas e destinatários de aplicação dos textos funcionais usuais, dominando os modelos e as características dos termos deste tipo de textos;
E—8—3 Ser capaz de disponibilizar informações objectivas e reais que conseguem demonstrar a intenção da composição;
E—8—4 Saber utilizar as palavras, tons e modelos adequados, tendo em consideração o nível de conhecimentos e o próprio interesse do destinatário, bem como a relação, próxima ou distante, entre o próprio escritor e o destinatário;
E—8—5 Durante a escrita, conseguir demonstrar uma atitude correcta de comportamento em sociedade, desenvolvendo uma boa relação interpessoal.

Âmbito de aprendizagem F: Uso geral

Grupo de aprendizagem F—1: Reforçar a integração da aprendizagem da língua chinesa

F—1—1 Atingir minimamente a integração e articulação na aprendizagem da língua chinesa, em termos de compreensão e expressão oral e escrita;
F—1—2 Nos estudos da língua chinesa, atribuir atenção à ligação entre esta disciplina e as outras, no sentido de ampliar os horizontes dos alunos e da promoção interdisciplinar;
F—1—3 Ser capaz de aprender a língua chinesa nas actividades práticas da vida social, melhorando as suas qualidade em termos de língua chinesa e de competências da vida social.

Grupo de aprendizagem F—2: Organização autónoma de actividades de estudo da língua chinesa

F—2—1 Saber organizar e participar activamente nas actividades relacionadas com a língua chinesa organizadas pelas turmas, escolas ou comunidades, colaborando na execução das tarefas de planeamento, solicitação dos textos, redacção e exibição, entre outras;
F—2—2 Saber organizar e participar activamente em várias actividades referentes às associações de literatura da escola, experimentando a alegria da cooperação e sucesso;
F—2—3 Prestar atenção à vida cultural contemporânea e tentar analisar e discutir os temas quentes culturais, sendo também capaz de demonstrar os seus próprios pontos de vista.

Grupo de aprendizagem F—3: Articular com os estudos da língua chinesa e desenvolver as actividades de prática social

F—3—1 Prestar atenção à vida escolar e comunitária ser capaz de recolher informações, efectuar pesquisa e entrevista, discutir mutuamente as questões que lhes interessam;
F—3—2 Preocupar-se com os grandes acontecimentos de Macau, nacionais e internacionais, ser capaz de recolher informações, efectuar pesquisa e entrevista, discutir mutuamente os temas principais de interesse comum;
F—3—3 Ser capaz de analisar de forma integrada as informações de várias fontes e também identificar a sua complexidade e diversidade, distinguindo os pontos de vista e diferentes posições e efectuar um julgamento próprio, manifestando opiniões por meio oral ou escrito.

Grupo de aprendizagem F—4: Dominar os métodos de entrevista básicos

F—4—1 Ser capaz de determinar o destinatário a entrevistar de acordo com o objectivo da entrevista, definindo o esboço da entrevista e marcando as horas e o local para a mesma;
F—4—2 Ser capaz de utilizar uma linguagem cordial, conveniente e flexível, durante a entrevista;
F—4—3 Ser capaz de desenvolver diálogo com o destinatário, de acordo com os diferentes temas de entrevista, aprofundando, oportunamente, as questões e concluindo as tarefas da entrevista;
F—4—4 Ser capaz de aferir os resultados da entrevista e avaliar a eficácia da mesma.

Grupo de aprendizagem F—5: Ser capaz de produzir relatórios de estudo simples

F—5—1 Ser capaz de apresentar um tema de estudo em relação ao conteúdo que lhe interesse, elaborando um plano simples de estudo e finalizando por si próprio ou em colaboração, os relatórios de estudo simples;
F—5—2 Dominar os métodos básicos de pesquisa e investigação, procura de dados e citação de informações; identificar a diferença principal entre a informação em primeira mão e em segunda mão e ser capaz de a utilizar adequadamente;
F—5—3 Ser capaz de ter pontos de vista claros e razoáveis com argumentos adequados e lógica evidente no relatório de pesquisa elaborado;
F—5—4 Dominar, minimamente o método básico de combinação da expressão escrita com tabelas, ícones, imagens e vídeos, no sentido de reforçar o efeito da expressão;
F—5—5 Saber citar as fontes de informação, os requisitos básicos das notas de rodapé e os anexos dos capítulos e secções, bem como referências bibliográficas.

ANEXO II

Exigências das competências académicas básicas da Língua Chinesa no ensino secundário complementar

(segunda língua)

1. Ideias essenciais

Macau é uma sociedade multicultural com uma população maioritariamente chinesa, sendo um ponto de encontro da cultura oriental e ocidental e de talentos internacionais. Os alunos das escolas ou turmas que usam a língua chinesa como a segunda língua têm contextos culturais diversificados, pelo que existe uma diferença significativa entre as escolas e entre os alunos no que respeita às competências da língua chinesa. O currículo de Língua Chinesa, como segunda língua, do ensino secundário complementar deve contemplar as diferenças culturais entre os alunos, reforçar a sua afeição à cultura chinesa e ampliar constantemente a abrangência da sua visão cultural, esforçando-se por promover a compreensão profunda e a harmonia racional mútuas entre as várias culturas. Deve ainda prestar atenção às necessidades de estudo de cada aluno do ensino secundário complementar, para aumentar o seu interesse pela aprendizagem e, com base nos conhecimentos adquiridos, promover completamente as competências de compreensão e expressão oral e escrita, bem como desenvolver o pensamento independente e a capacidade crítica e criativa dos alunos, de modo a formar uma base sólida para a sua aprendizagem contínua e desenvolvimento integral. Deve também melhorar a qualidade cultural básica dos cidadãos de Macau, servindo para promover o desenvolvimento harmonioso da sociedade e aumentar a competitividade geral de Macau. Pelo que, as exigências das competências académicas básicas de Língua Chinesa, como segunda língua, do ensino secundário complementar, devem seguir as seguintes ideias essenciais:

1) Dar ênfase à função comunicativa na aprendizagem da língua chinesa e melhorar geralmente a qualidade da língua chinesa nos alunos do ensino secundário complementar

O currículo de Língua Chinesa, como segunda língua, deve atribuir grande importância ao melhoramento das competências de comunicação fluente dos alunos em chinês, enfatizando a função comunicativa nos estudos da língua chinesa, interligando com a vida real e orientando os alunos para melhorarem as competências de comunicação oral e escrita nas práticas de comunicação.

A “qualidade da língua chinesa” resulta das competências básicas de compreensão e expressão oral e escrita dos alunos demonstradas na língua chinesa, que se adaptam às necessidades de desenvolvimento individual ao longo do tempo. Resulta dos conhecimentos e da qualidade da linguagem e da escrita, dos textos, da literatura e cultura, entre outros aspectos, bem como do gosto, qualidades e valores, entre outros aspectos da personalidade, pensamento e qualidade individual, reflectidos através das actividades linguísticas. Estas exigências fundamentais das qualidades estão traduzidas nos objectivos gerais e no conteúdo específico de cada âmbito de aprendizagem das exigências das competências académicas básicas do presente currículo.

O cantonês é o idioma quotidiano falado pelas pessoas de Macau, enquanto o mandarim é a língua comum do nosso país e uma das línguas de trabalho das Nações Unidas. O currículo tem como objectivo incentivar nos alunos o uso do cantonês e do mandarim para uma comunicação sem dificuldades, exigir o conhecimento dos caracteres chineses legalmente normalizados na República Popular da China, o uso correcto dos caracteres tradicionais e o domínio da linguagem escrita regularizada, aumentando globalmente a capacidade de utilização do chinês, em termos de linguagem e escrita.

2) Orientar os alunos para aprofundarem o conhecimento da cultura chinesa, ampliando o horizonte cultural, promovendo a compreensão e a harmonia multicultural, garantindo o desenvolvimento global dos alunos

O currículo deve estimular o interesse pelo estudo da língua chinesa dos alunos, orientá-los para aprofundarem o conhecimento da cultura chinesa e ampliar os horizontes culturais, através de actividades diversificads de compreensão e expressão oral e escrita, conhecendo a sabedoria nacional e o espírito das eras históricas envolvidos no currículo da língua chinesa, elevando as suas qualidades culturais.

Macau é uma cidade moderna com diversidade cultural. Nas escolas com a língua chinesa como segunda língua, as diferenças étnicas, regionais e linguísticas entre os alunos são óbvias. Existem também diferenças em termos de religião e ideias culturas, factos que devem ser considerados parte da vitalidade cultural de Macau. Por isso, o presente currículo deve orientar os alunos para compreenderem e respeitarem as características culturais das diferentes etnias e regiões, compreender a vida social e o mundo emocional ricos e complexos dos seres humanos e promover uma profunda compreensão e harmonia racional mútuas entre as várias culturas, formando os valores da harmonia étnica e da convivência diversificada.

O currículo deve formar a competência de pensamento independente e o espírito crítico e criativo, indispensáveis aos cidadãos modernos, sob influência das culturas, promovendo a melhoria dos valores morais dos alunos, estabelecendo valores correctos e gostos estéticos saudáveis, garantindo o desenvolvimento integral dos alunos.

3) Atender às diferenças culturais e às necessidades de estudo dos alunos, melhorar a flexibilidade e a adaptação do currículo, oferecendo um currículo de língua chinesa adequado aos alunos com diferentes contextos culturais e metas de desenvolvimento

Considerando a diversidade dos contextos culturais, diferentes bases e metas de desenvolvimento dos estudos da língua chinesa dos alunos, na elaboração e implementação do currículo, deve-se compreender completamente as bases e as diferentes necessidades de estudos dos alunos, melhorando a flexibilidade e adaptação do currículo a partir dos objectivos e do conteúdo, entre outros aspectos. As escolas devem estabelecer os objectivos curriculares direccionados, organizar flexivelmente o conteúdo curricular e adoptar métodos pedagógicos eficazes permitindo, aos vários tipos de alunos, alcançarem o sucesso nos estudos da língua chinesa ajudando-os a realizar o seu plano.

O currículo da escola deve ter flexibilidade e adaptação, estimular os alunos a desafiarem-se, melhorando globalmente as suas competências de compreensão e expressão oral e escrita da língua chinesa, com base nos conhecimentos adquiridos.

4) Promover a aprendizagem activa e por iniciativa própria, formando a capacidade de aprendizagem autónoma dos alunos com relevância para os estudos gerais, preparando o prosseguimento dos estudos ou a procura de emprego

Promover os métodos modernos de estudo, tais como: observação, experiência, autonomia, cooperação e exploração, entre outras formas dinâmicas e activas, para desenvolver a potencialidade dos alunos e formar estratégias eficazes de aprendizagem, melhorando a competência de aprendizagem autónoma dos alunos.

Estimular os alunos a lerem de forma autónoma, a expressarem-se livremente, a desenvolverem uma consciência para questionar e um espírito de exploração, bem como de recolha, organização, análise e aplicação activa das informações.

Atribuir importância à interligação entre compreensão e expressão oral e escrita, e à combinação estreita entre a aprendizagem efectuada através dos livros e da prática da vida real, prestando atenção à ligação entre o currículo de Língua Chinesa e os outros currículos, tendo em conta a qualidade da leitura e da escrita nas diferentes disciplinas nomeadamente, História, Ciências sociais, Ciências, Tecnologia e Artes, desempenhando as funções integradas dos estudos da língua chinesa, preparando os alunos do ensino secundário complementar para o ensino superior ou emprego.

2. Objectivos curriculares

1) Desenvolver nos alunos o interesse pela língua e cultura chinesas, bem como o sentimento de amor à pátria e a Macau, alargando o horizonte cultural dos alunos para respeitarem e entenderem as diferentes culturas, absorvendo as essências culturais dos seres humanos e melhorando a sua própria qualidade cultural;

2) Formar nos alunos uma atitude de aprendizagem positiva e activa, dispostos a pôr em prática os hábitos e os métodos básicos de aprendizagem da língua chinesa, esforçando-se por melhorarem as suas competências de raciocínio, criatividade, comunicação e colaboração, resolução de problemas e aprendizagem autónoma;

3) Formar a capacidade e o gosto estético saudável dos alunos, orientando-os através da leitura, da apreciação, da apresentação, comunicação, do estudo e investigação da língua chinesa, para enriquecerem as suas experiências estéticas da língua chinesa, melhorando o seu universo estético;

4) Formar uma boa atitude de comunicação oral dos alunos, dominando as estratégias básicas de compreensão e expressão oral e serem capazes de capturar os pontos essenciais e conteúdo básico. Entender o objectivo e a intenção do interlocutor na audição, bem como comunicar eficazmente em várias ocasiões quotidianas com outras pessoas e elaborar uma descrição, explicação ou demonstração sobre um tema de interesse, com expressões coerentes, detalhes adequados e reacções rápidas;

5) Desenvolver nos alunos a utilização proficiente dos dicionários, melhorando a competência de estudo independente dos caracteres chineses, permitindo aos alunos compreenderem os conhecimentos básicos dos caracteres chineses, utilizarem correctamente os caracteres tradicionais ou os caracteres chineses legalmente normalizados pela República Popular da China, melhorando, ainda mais, as competências da escrita dos caracteres chineses, orientando a apreciação das obras clássicas de caligrafia e compreendendo a cultura de caligrafia chinesa;

6) Formar a competência de leitura independente dos alunos, de modo a aprenderem a utilizar vários métodos de leitura, de acordo com as necessidades de leitura de diversos tipos de materiais, de nível adequado, nomeadamente literários, expositivos-argumentativos e práticos, exigindo aos alunos serem capazes de capturar o conteúdo principal, entender o significado do texto, dominar os factos e detalhes importantes, compreender a estrutura do texto e descobrir os métodos de expressão e linguagem, efectuando uma avaliação adequada. Formar, ainda, nos alunos, a compreensão da leitura de textos e poesias simples em chinês clássico;

7) Formar nos alunos as competências e atitudes de expressão escrita necessárias para a sociedade moderna e serem capazes de utilizar os textos narrativo, expositivo, argumentativo e funcional de forma adequada e conforme as necessidades reais dos estudos e do quotidiano, expressando destinatários e objectivos, argumentando com fundamentos tendo um propósito claro, pensamento coerente, organização razoável e com caracteres adequados e fluentes, capazes de distinguir a realidade da ficção, adquirindo uma consciência de responsabilidade pela sua escrita;

8) Desenvolver nos alunos uma consciência do reforço dos estudos globais da língua chinesa, prestando atenção à integração entre o currículo da língua chinesa e outras disciplinas, nos aspectos da leitura e da escrita e orientar os alunos na organização independente das actividades de aprendizagem da língua chinesa e do desenvolvimento dos estudos globais, aprendendo, de forma independente ou colaborativa, a definir o tema da actividade, dominando os métodos básicos, nomeadamente, de recolha de informações, entrevistas e pesquisa, análise e discussão.

3. Conteúdos específicos das exigências das competências académicas básicas dos diversos âmbitos de aprendizagem

Descrição dos códigos:

1) A letra do alfabeto, em maiúscula, indica as exigências das competências académicas básicas dos diferentes âmbitos de aprendizagem, a saber: A — Compreensão oral; B — Expressão oral; C — Conhecer e escrever caracteres; D — Compreensão escrita; E — Expressão escrita; F — Uso geral;

2) O primeiro número após a letra maiúscula representa o número de ordem do grupo de aprendizagem dos diversos âmbitos de aprendizagem;

3) O segundo número representa o número de ordem das exigências das competências académicas básicas do respectivo grupo de aprendizagem.

Âmbito de aprendizagem A: Compreensão oral

Grupo de aprendizagem A—1: Possuir boa atitude para ouvir

A—1—1 Ser capaz de ouvir com atenção e cortesia;
A—1—2 Ser capaz de ouvir com interesse as diferentes opiniões;
A—1—3 Ser capaz de apreciar as boas atitudes e ténicas da expressão oral, nomeadamente, lógica minuciosa, concisa e adequada, honesta e sincera, compreensiva, implícita, com humor e com um vocabulário diversificado.

Grupo de aprendizagem A—2: Dominar as estratégicas básicas da compreensão oral

A—2—1 Ser capaz de compreender oralmente a intenção de outras pessoas;
A—2—2 Ser capaz de distinguir os factos e opiniões expressados oralmente por outras pessoas e conseguir tirar conclusões utilizando um raciocínio lógico;
A—2—3 Ser capaz de captar os factos e as opiniões dos interlocutores, através de raciocínio e colocar questões.

Grupo de aprendizagem A—3: Compreender vários tipos de discursos

A—3—1 Ao ouvir discursos de carácter narrativo compreender as suas ideias e resumi-las;
A—3—2 Ao ouvir obras literárias e artísticas compreender as imagens, emoções e a ideia central da obra;
A—3—3 Ao ouvir um discurso perceber os conteúdos, compreender as ideias principais e memorizar os pontos importantes;
A—3—4 Ao ouvir uma discussão ou debate saber distinguir e apreciar os pontos de vista e posições dos diferentes interlocutores.

Grupo de aprendizagem A—4: Compreender cantonês ou mandarim

A—4—1 Ser capaz de entender cantonês ou mandarim na comunicação quotidiana;
A—4—2 Ser capaz de apreciar a recitação, narração de história, teatro e outras interpretações artísticas em cantonês ou mandarim.

Âmbito de aprendizagem B: Expressão oral

Grupo de aprendizagem B—1: Possuir boa atitude de expressão

B—1—1 Ser capaz de se expressar de forma responsável, dialogando com outros em igualdade;
B—1—2 Ser capaz de ajustar adequadamente o conteúdo oral e o tom de acordo com as respostas dos ouvintes.

Grupo de aprendizagem B—2: Dominar as estratégias básicas da expressão oral

B—2—1 Falar com objectivo claro, conteúdo concreto e baseado em fundamentos;
B—2—2 Falar de forma clara, coerente e ordenada, não se desviando do tema;
B—2—3 Saber controlar a velocidade e o tempo da expressão oral;
B—2—4 Ao falar, ser capaz de escolher uma introdução e conclusão adequadas;
B—2—5 Ser capaz de escolher a linguagem adequada conforme as diferentes ocasiões e destinatários;
B—2—6 Ser capaz de usar linguagem retórica e corporal de forma consciente dando ênfase à expressão;
B—2—7 Saber utilizar basicamente os meios auxiliares no discurso, nomeadamente, texto, som e imagens.

Grupo de aprendizagem B—3: Ser capaz de produzir um discurso narrativo e descritivo

B—3—1 Ser capaz de narrar um evento de forma clara e estruturada, descrevendo o seu significado;
B—3—2 Ser capaz de narrar um acontecimento e a mudança de emoções das personagens, ajustando o conteúdo, tom e palavras, conforme a reacção dos ouvintes;
B—3—3 Ser capaz de descrever a imagem e os detalhes concretos perceptíveis, conforme as necessidades.

Grupo de aprendizagem B—4: Ser capaz de produzir um discurso dissertativo

B—4—1 Saber proferir um discurso que tenha, pelo menos, uma tese expressa e vários argumentos que a suportam;
B—4—2 Conseguir dominar o processo e os métodos gerais do discurso, falando de forma ordenada;
B—4—3 Saber utilizar argumentos claros e explícitos, para explicar o ponto de vista e aprender a utilizar os termos profissionais relevantes;
B—4—4 Ser capaz de prever as expectativas, mal-entendidos e preconceitos possíveis do ouvinte, falando de forma direccionada.

Grupo de aprendizagem B—5: Ser capaz de participar em discussão e debate gerais

B—5—1 Em discussão, ser capaz de ouvir com atenção e esforçar-se para compreender os pontos de vista e opiniões das outras pessoas, respondendo de forma apropriada;
B—5—2 Em discussão, ser capaz de falar no momento oportuno, narrar claramente um facto demonstrando os seus pontos de vista;
B—5—3 Determinar claramente o objectivo de debate e ser capaz de participar num debate com uma atitude de diálogo em igualdade, alcançando o objectivo de distinguir, claramente, entre os factos e as razões;
B—5—4 Em debate, esforçar-se para julgar os pontos de vista e objectivos de cada parte, levantando os seus próprios pontos de vista com razões e argumentos, bem como para aprender com as opiniões das outras pessoas, para que sirvam de referência, melhorando os conhecimentos através de debate.

Grupo de aprendizagem B—6: Dominar os métodos básicos de discurso

B—6—1 Ser capaz de produzir um discurso de pelo menos cinco minutos em público com confiança, habilidade e linguagem clara;
B—6—2 Dominar os passos gerais de discurso, incluindo o prólogo, tema principal, transição e conclusão, sendo o discurso claro e coerente;
B—6—3 Ser capaz de ajustar o conteúdo, as palavras e o tom do discurso conforme a reacção dos ouvintes;
B—6—4 Ser capaz de produzir um discurso improvisado de pelo menos dois minutos.

Grupo de aprendizagem B—7: Falar cantonês ou mandarim relativamente fluente

B—7—1 Ser capaz de produzir um discurso curto de carácter narrativo, descritivo e dissertativo em cantonês ou mandarim;
B—7—2 Ser capaz de conversar à vontade em cantonês ou mandarim relativamente fluente.

Âmbito de aprendizagem C: Conhecer e escrever caracteres

Grupo de aprendizagem C—1: Utilizar proficientemente os dicionários

C—1—1 Ter o hábito de utilizar dicionários para aprender novos caracteres;
C—1—2 Ser capaz de utilizar dicionários e outros livros de apoio em chinês para ajudar na leitura e na escrita.

Grupo de aprendizagem C—2: Compreender os conhecimentos básicos de caracteres chineses

C—2—1 Conhecer as formas de criação dos caracteres chineses e as seis categorias de caracteres chineses, a saber: Pictogramas (Xiang xing), Ideogramas (Zhi shi), Caracteres semântico-fonéticos (Xing sheng), Ideogramas compostos (Hui yi), Cognatos derivativos (Zhuan zhu) e Empréstimos fonéticos (Jia jie), para melhorar a eficácia do conhecimento destes;
C—2—2 Compreender o processo de evolução dos estilos de caligrafia chinesa, “estilo do selo (Zhuan), estilo dos escribas (Li), estilo cursivo (Cao), estilo regular (Kai) e estilo comum (Xing)”;
C—2—3 Compreender os conhecimentos básicos de conversão entre os caracteres tradicionais e simplificados.

Grupo de aprendizagem C—3: Melhorar a capacidade de conhecimento autónomo de caracteres

C—3—1 Conhecer pelo menos 3000 caracteres chineses usuais e destes saber escrever pelo menos 2500;
C—3—2 Conhecer caracteres com textos do manual escolar, aumentando constantemente a quantidade de vocábulos;
C—3—3 Ser capaz de identificar e analisar o significado específico de caracteres conforme o contexto;
C—3—4 Compreender os conhecimentos básicos do léxico da língua chinesa, aumentando o vocabulário.

Grupo de aprendizagem C—4: Melhorar a competência de escrita dos caracteres chineses

C—4—1 Ser capaz de escrever os caracteres chineses do estilo regular e da fusão usual do estilo regular com o comum (Xingkai) com caneta ou lápis, melhorando o nível de escrita;
C—4—2 Utilizar papel de quadrados e linhas horizontais ou verticais, para escrever um texto completo, esforçando-se para ser organizado, mantendo uma determinada rapidez e beleza;
C—4—3 Saber utilizar o pincel para decalcar a caligrafia do estilo regular com modelos clássicos de escrita, sendo capaz de avaliar a sua escrita com pincel e a escrita dos colegas;
C—4—4 Através de apreciação de obras representativas de caligrafia, conhecer o processo de evolução da caligrafia chinesa, a saber: estilo do selo (Zhuan), estilo dos escribas (Li), estilo cursivo (Cao), estilo regular (Kai) e estilo comum (Xing), bem como as suas características estéticas;
C—4—5 Estar disposto a utilizar as próprias capacidades de escrita nos estudos e no quotidiano.

Âmbito de aprendizagem D: Compreensão escrita

Grupo de aprendizagem D—1: Ler materiais em chinês de forma independente

D—1—1 Ter o hábito de ler livros, jornais e páginas electrónicas em chinês, buscando activamente os materiais de leitura adequados às suas próprias necessidades e ao seu nível de leitura;
D—1—2 Ser capaz de ler vários tipos de materiais de leitura em torno dos temas que lhe interessam, desenvolvendo os seus interesses, abrindo o seu mente, desenvolvendo os seus sentimentos e pensando sobre a sua vida;
D—1—3 Ser capaz de registar o conteúdo da leitura, acumular as informações necessárias e registar as experiências de leitura através de apontamentos, esboços, resumos, escritos de impressões levantamento de dúvidas, entre outras formas;
D—1—4 Estar disposto a comunicar as experiências de leitura com outras pessoas, apresentando o resultado da leitura;
D—1—5 Ter uma leitura extracurricular não inferior a oitocentos mil carateres, conseguir ler pelo menos 2 livros clássicos chineses e 10 contos ou prosas por cada ano lectivo.

Grupo de aprendizagem D—2: Melhorar a competência de recitação

D—2—1 Ser capaz de recitar poesias e ensaios em cantonês ou em mandarim de forma correcta, fluente e emotiva;
D—2—2 Ser capaz de recitar um texto em cantonês ou mandarim de forma natural em frente de público.

Grupo de aprendizagem D—3: Aprender a utilizar várias formas de leitura

D—3—1 Na pré-leitura de um texto, ser capaz de compreender o seu conteúdo básico, os principais pontos de vista e a estrutura fundamental e levantar dúvidas e problemas;
D—3—2 Ao reler um texto, ser capaz de organizar as ideias do mesmo e resumir os seus pontos essenciais, compreender o propósito de escrita do autor e principais formas de expressão, bem como resolver gradualmente as dúvidas da pré-leitura e colocar novas perguntas;
D—3—3 Na leitura intensiva ser capaz de sintetizar várias informações, aprofundando a compreensão e a apreciação do texto;
D—3—4 Aprender efectuar uma leitura reflexiva e critica, compreendendo as diferentes reacções das pessoas sobre a obra e realizar um juízo independente;
D—3—5 Ao folhear o texto ser capaz de captar rapidamente as suas informações essenciais, procurando informações úteis;
D—3—6 Ser capaz de utilizar de forma flexível, várias formas comuns de leitura, nomeadamente leitura sucinta, leitura extensiva, leitura intensiva, folhear textos por inferência, comparação, apreciação, reflexão e critica, conforme os objectivos e materiais de leitura diferentes, para aumentar a eficiência de leitura.

Grupo de aprendizagem D—4: Ler textos literários, melhorando a competência de apreciação estética e expressão linguística

D—4—1 Ler obras literárias e ter as próprias experiências, compartilhando activamente com as outras pessoas;
D—4—2 Compreender as formas principais de expressão de poesia, ensaio, romance e teatro, entre outros géneros literários;
D—4—3 Ser capaz de dominar o conteúdo básico, o raciocínio e as emoções das obras literárias, analisando e entendendo a sua ideia principal e imagem;
D—4—4 Ser capaz de desenvolver a associação de ideias, conforme o conteúdo e as emoções das obras literárias, melhorando o seu sentimento face à obra;
D—4—5 Com a leitura de textos literários, ser capaz de absorver a riqueza da linguagem literária e melhorar a expressão linguística.

Grupo de aprendizagem D—5: Ler textos expositivos-argumentativos, melhorando a competência de pensamento abstracto

D—5—1 Ser capaz de entender os temas envolvidos em textos expositivos-argumentativos, resumindo os pontos de vista do autor;
D—5—2 Ser capaz de analisar a ligação lógica entre a tese e os argumentos do texto entendendo a ordem e os níveis lógicos de todo o texto;
D—5—3 Ser capaz de levantar outros argumentos para enriquecer a discussão, demonstração, refutação ou interpretação sobre o tópico argumentado.

Grupo de aprendizagem D—6: Ler textos expositivos, melhorando a compreensão, raciocínio, distinção e imaginação

D—6—1 Quando ler textos descritivos de objectos, ser capaz de entender as suas características, natureza e finalidade;
D—6—2 Quando ler textos de descrição de uma razão, ser capaz de entender o seu sentido;
D—6—3 Quando ler obras de popularização e de ficção científica, ser capaz de entender os conhecimentos científicos básicos, formas de estudos científicos e aumentando a qualidade científica e imaginação;
D—6—4 Ser capaz de apreciar as formas de expressão e características linguísticas dos textos expositivos e de ficção científica excelentes.

Grupo de aprendizagem D—7: Ler textos práticos, melhorando a competência de tratamento de informações

D—7—1 Ser capaz de entender o objectivo de escrita e o conteúdo básico de textos práticos;
D—7—2 Ser capaz de seleccionar as informações essenciais de texto e efectuar o seu tratamento conforme as necessidades;
D—7—3 Ser capaz de utilizar as informações de texto para explicar as questões reais da vida.

Grupo de aprendizagem D—8: Ler textos descontínuos e digitais, melhorando a competência de tratamento de informações

D—8—1 Quando ler textos descontínuos relativamente complexos, compostos por vários materiais, tais como escrita, tabelas, gráficos, áudios e vídeos, comunicados, publicidades e manuais de instruções, sendo capaz de entender o significado do texto, pesquisar as informações necessárias e tirar conclusões significativas;
D—8—2 Quando ler textos digitais em várias plataformas electrónicas e ser capaz de identificar a fonte e a credibilidade das informações, obtendo informações úteis.

Grupo de aprendizagem D—9: Ler obras excelentes antigas da China, formando a base da cultura tradicional

D—9—1 Quando ler textos clássicos simples, ser capaz de entender o conteúdo do texto com o apoio de anotações e livros de apoio;
D—9—2 Quando ler poesias clássicas e ser capaz de entender as suas imagens e emoções, sentindo o seu encanto artístico;
D—9—3 Ser capaz de perceber o espírito e sabedoria nacionais através do estudo das obras excelentes antigas, estando interessado na cultura chinesa;
D—9—4 Decorar pelo menos 10 poesias antigas excelentes e 6 textos clássicos excelentes no ensino secundário complementar.

Âmbito de aprendizagem E: Expressão escrita

Grupo de aprendizagem E—1: Escrita de forma activa e autónoma, desfrutando por escrita

E—1—1 Saber utilizar a escrita de forma activa e por sua iniciativa, para expressar as emoções e opiniões individuais, comunicar com as outras pessoas e participar em actividades sociais;
E—1—2 Ter o hábito de escrever frequentemente e através dos registos de natureza pessoal, organizar resultados do estudo;
E—1—3 Ser capaz de utilizar a discussão, troca de opiniões, pedido de conselho, submissão de um trabalho escrito a qualquer entidade, entre outros meios, para compartilhar e comunicar com as outras pessoas os resultados de escrita;
E—1—4 Tentar elaborar uma composição criativa e desenvolver a imaginação, expressando os sentimentos e conhecimentos sobre a vida, a natureza e a sociedade;
E—1—5 Ser capaz de numa composição desenvolver conscientemete uma análise, aplicação, avaliação, criação, entre outras competências básicas de pensamento.

Grupo de aprendizagem E—2: Escrita de forma séria e responsável

E—2—1 Ser capaz de escrever uma composição com um objectivo e destinatário; ser capaz de determinar o tema, estilo e forma de expressão, conforme as diferentes objectivos e características dos leitores;
E—2—2 Ser capaz de identificar realidade e ficção, narrando um facto com uma atitude responsável, manifestando os pontos de vista, expressando sentimentos, desenvolvendo plenamente a imaginação e criatividade para escrever correctamente um texto de ficção;
E—2—3 Antes de escrever, ser capaz de obter informações, consultando bibliotecas e meios electrónicos e de multimédia e realizando uma observação pessoal, entre outros meios, distinguindo claramente as informações em primeira mão das de segunda mão;
E—2—4 Ser capaz de anotar as fontes de citações no texto.

Grupo de aprendizagem E—3: Dominar as estratégias básicas de escrita

E—3—1 Saber colocar-se no papel de leitor, esforçando-se por escrever textos que possam atrair o interesse dos leitores;
E—3—2 Ser capaz de definir o núcleo do texto para que o seu tom principal se mantenha;
E—3—3 Ser capaz de obter materiais através de observação, experiência, discussão, leitura, entrevista, utilização da internet, entre outros meios, bem como proceder à selecção e organização flexível e eficaz dos mesmos, conforme o objectivo da escrita;
E—3—4 Ser capaz de ter uma estrutura completa, falando de modo ordenado;
E—3—5 Ser capaz de escolher e utilizar de forma adequada várias formas de expressão, tais como: narração, explicação, descrição, argumentação e lírica, conforme as necessidades de escrita;
E—3—6 Ser capaz de modificar um texto, para incluir termos precisos e manter a fluência de narração e coerência entre os pontos de vista;
E—3—7 Dominar um dos métodos de introdução de caracteres pela sua forma e traços, ou um dos métodos de introdução de caracteres por pinyin, para facilitar a acumulação de informações e comunicação escrita;
E—3—8 Ser capaz de utilizar o computador para editar um documento e utilizar ferramentas de multimédia para exibir o seu texto.

Grupo de aprendizagem E—4: Ser capaz de escrever uma composição fluente e ordenada

E—4—1 Numa composição saber utilizar palavras correctas e termos adequados, frases fluidas e coerentes, correspondendo às regras da linguagem chinesa moderna;
E—4—2 Ser capaz de utilizar correctamente os sinais de pontuação;
E—4—3 Saber utilizar de forma adequada figuras de estilo, incluindo metáfora, personificação, hipérbole, paralelismo, colocação de questões e produção de respostas e questões de retórica, procurando que as expressões sejam mais vivas;
E—4—4 Ser capaz de tomar como referência a opinião de outras pessoas, rever e reflectir sobre o próprio texto, modificá-lo e aperfeiçoá-lo;
E—4—5 Quando haja necessidade, ser capaz de elevar a rapidez de escrita.

Grupo de aprendizagem E—5: Ser capaz de escrever textos narrativos

E—5—1 quando escrever histórias, notícias, biografias, entre outros textos narrativos, ser capaz de narrar claramente os acontecimentos, revelando o seu significado;
E—5—2 Ser capaz de observar e pensar um assunto a partir de vários aspectos, tendo sentimentos próprios e conhecimentos sobre o assunto;
E—5—3 Ser capaz de utilizar uma descrição adequada dos detalhes, no sentido de aumentar a intensidade de um texto.

Grupo de aprendizagem E—6: Escrita de textos expositivos-argumentativos

E—6—1 Ser capaz de elaborar por escrito, a discussão, a narração e os comentários sobre um filme ou livro, entre outros textos expositivos-argumentativos, expressando claramente os seus pontos de vista;
E—6—2 Ser capaz de utilizar os materiais adequados e a análise razoável para suportar e provar os seus pontos de vista;
E—6—3 Ser capaz de prever as expectativas dos leitores, as suas dúvidas ou mal-entendidos eventuais para efectuar um comentário específico.

Grupo de aprendizagem E—7: Ser capaz de escrever textos expositivos

E—7—1 Ser capaz de escrever textos expositivos e captar as características de algo, apresentando claramente o respectivo destinatário;
E—7—2 De acordo com as necessidades, ser capaz de utilizar de forma adequada os métodos de explicação;
E—7—3 De acordo com a ordem de tempo, de espaço e de lógica, ser capaz de apresentar as características, funções ou princípios de um objecto de forma clara e ordenada e com uma estrutura razoável.

Grupo de aprendizagem E—8: Ser capaz de escrever textos funcionais

E—8—1 Ser capaz de escrever uma carta, convite, mensagem, registo, aviso, regulamento, cartaz, publicidade e carta de candidatura a emprego, entre outros textos funcionais usuais;
E—8—2 Entender as várias cenas e destinatários de aplicação dos textos funcionais usuais, dominando os modelos e características dos termos deste tipo de textos;
E—8—3 Ser capaz de disponibilizar informações objectivas e reais que conseguem demonstrar a intenção da composição;
E—8—4 Ser capaz de utilizar um formato de página, tipo de caracteres e espaçamento, todos regularizados, para melhorar a atractividade e legibilidade do texto.

Âmbito de aprendizagem F: Uso geral

Grupo de aprendizagem F—1: Reforçar a integração da aprendizagem da língua chinesa

F—1—1 Saber integrar e articular a aprendizagem da língua chinesa em termos de compreensão e expressão oral e escrita;
F—1—2 Atribuir atenção à ligação entre a aprendizagem da língua chinesa com as outras disciplinas, bem com a promoção interdisciplinar;
F—1—3 Participar nas actividades de prática da vida social, prestar atenção à ligação estreita entre a aprendizagem da língua chinesa efectuada através dos livros e a prática da vida real;
F—1—4 Prestar atenção às formas de expressão em termos de história, sociedade, ciência, tecnologia e arte, entre outras disciplinas, melhorando conscientemente a literacia de leitura e escrita nestes aspectos.

Grupo de aprendizagem F—2: Auto-participação nas actividades do estudo da língua chinesa

F—2—1 Participar activamente em diversas actividades relacionadas com a língua chinesa, organizadas pelas turmas e escolas, colaborando para terminar as tarefas de solicitação dos textos, redacção e exibição, entre outras;
F—2—2 Participar activamente em várias actividades referentes às associações de literatura da escola, experimentando a alegria da cooperação e sucesso;
F—2—3 Ser capaz de utilizar a língua chinesa para organizar récitas, peças dramáticas com conteúdo baseado nos manuais escolares, discussões e debates, entre outras actividades de apresentação.

Grupo de aprendizagem F—3: Articulação da aprendizagem da língua chinesa com as actividades sociais de prática

F—3—1 Prestar atenção à vida escolar e comunitária, ser capaz de recolher informações, efectuar pesquisas e entrevistas e discutir mutuamente as questões que lhes interessam;
F—3—2 Preocupar-se com os grandes acontecimentos de Macau, nacionais e internacionais, ser capaz de recolher informações e discutir mutuamente os temas quentes de interesse comum.

Grupo de aprendizagem F—4: Dominar os métodos de entrevista básicos

F—4—1 Ser capaz de determinar o destinatário a entrevistar, de acordo com o objectivo da entrevista, aprendendo os respectivos conhecimentos, definindo o esboço da entrevista e marcando as horas e o local para a mesma;
F—4—2 Ser capaz de utilizar uma linguagem cortês, conveniente e flexível, durante a entrevista;
F—4—3 Ser capaz de desenvolver diálogo com o destinatário, de acordo com os diferentes temas de entrevista, aprofundando, oportunamente, as questões e concluindo as tarefas da entrevista;
F—4—4 Ser capaz de aferir os resultados da entrevista e avaliar a eficácia da mesma.

Grupo de aprendizagem F—5: Ser capaz de produzir relatórios de estudos simples

F—5—1 Ser capaz de apresentar o tema de estudo em relação ao conteúdo que lhe interesse, elaborando um plano simples de estudo, finalizando, por si próprio ou em colaboração, os relatórios de estudo simples;
F—5—2 Dominar os métodos básicos de pesquisa e investigação, procura de dados e citação de informações;
F—5—3 Ser capaz de ter pontos de vista claros e razoáveis com argumentos adequados e lógica evidente, no relatório de pesquisa elaborado;
F—5—4 Dominar, minimamente o método básico de combinação da expressão escrita com tabelas, ícones, imagens e vídeos, no sentido de reforçar o efeito da expressão;
F—5—5 Saber citar as fontes de informação, sabendo os requisitos básicos das notas de rodapé e anexos dos capítulos e secções, bem como referências bibliográficas.

ANEXO III

Exigências das competências académicas básicas de Língua Portuguesa no ensino secundário complementar (primeira língua, ou seja, língua veicular)

1. Ideias essenciais

Para a elaboração das exigências das competências académicas da língua portuguesa no ensino secundário complementar, partimos da análise da problemática inerente ao ensino da língua portuguesa como língua veicular de ensino na RAEM e ao seu estatuto peculiar, numa sociedade multicultural, na qual convivem diversos idiomas — Inglês, Cantonês, Mandarim e Português. Contudo, no final do ensino secundário, será importante que os alunos atinjam plenamente os objectivos propostos pelo programa, nas diversas componentes: compreensão do oral, expressão oral, expressão escrita, leitura e funcionamento da língua ou gramática.

2. Objectivos curriculares

1) Aumentar a capacidade de comunicação dos alunos, promovendo processos linguísticos, cognitivos e metacognitivos;

2) Orientar os alunos para o desenvolvimento da competência de leitura, que contribua para a correcta produção, escrita e oral, de vários tipos de texto;

3) Despertar, nos alunos, sensibilidade e capacidade de apreciação estética;

4) Alargar a base de conhecimentos dos alunos, proporcionando-lhes, simultaneamente, oportunidades de aprendizagem autónoma e orientada;

5) Promover o desenvolvimento integral dos alunos e a sua capacidade de aprendizagem permanente;

6) Cultivar, nos alunos, valores e atitudes positivas perante o Outro e o mundo, conduzindo ao desenvolvimento de uma consciência e uma competência intercultural;

7) Orientar os alunos para uma escolha consciente do seu desenvolvimento futuro.

3. Conteúdos específicos das exigências das competências académicas básicas dos diversos âmbitos de aprendizagem

Descrição dos códigos:

1) A letra do alfabeto, em maiúscula, indica as exigências das competências académicas básicas dos diferentes âmbitos de aprendizagem, a saber: A — Compreensão oral; B — Expressão oral; C — Compreensão escrita; D — Expressão escrita; E — Conhecimento explícito da língua;

2) O número após a letra maiúscula representa o número de ordem das exigências das competências académicas básicas do respectivo âmbito de aprendizagem.

Âmbito de aprendizagem A: Compreensão oral

A—1 Interpretar textos orais de diferentes géneros e tipologias;
A—2 Fazer deduções e inferências a partir de dados textuais e contextuais;
A—3 Captar as ideias essenciais e as intenções de enunciados de diferentes registos;
A—4 Identificar temas e subtemas;
A—5 Estabelecer relações lógicas entre as ideias expressas nos enunciados orais;
A—6 Interpretar criticamente a informação ouvida;
A—7 Identificar marcas textuais reveladoras de diversas intenções comunicativas;
A—8 Sintetizar informações orais.

Âmbito de aprendizagem B: Expressão oral

B—1 Realizar apresentações orais previamente planificadas;
B—2 Participar, com oportunidade, em situações de interacção oral;
B—3 Produzir enunciados orais correctos, pertinentes e com diversos níveis de formalização, a partir de tópicos;
B—4 Adequar o discurso à finalidade e à situação comunicativa;
B—5 Sintetizar, oralmente, as temáticas presentes no discurso escrito ou oral;
B—6 Expressar ideias, opiniões, factos e vivências, de forma fluente e bem estruturada;
B—7 Participar, construtivamente, em situações de comunicação relacionadas com a actividade escolar;
B—8 Defender um ponto de vista de forma fundamentada;
B—9 Argumentar e contra-argumentar;
B—10 Fazer leitura oral, individualmente ou em grupo, de textos estudados.

Âmbito de aprendizagem C: Compreensão escrita

C—1 Interpretar textos com diferentes graus de complexidade;
C—2 Interpretar textos de diversos géneros, nomeadamente textos informativos, argumentativos, expositivo-argumentativos, narrativos e descritivos;
C—3 Analisar textos literários de diversas épocas e diferentes géneros;
C—4 Comparar textos de diferentes géneros e épocas, detectando diferenças e semelhanças.

Âmbito de aprendizagem D: Expressão escrita

D—1 Produzir textos de diferentes géneros, nomeadamente textos argumentativos, expositivos e de opinião;
D—2 Produzir textos criativos;
D—3 Alargar, reduzir e transformar um texto.

Âmbito de aprendizagem E: Conhecimento explícito da língua

E—1 Identificar as principais etapas da formação e evolução da língua portuguesa;
E—2 Identificar os processos fonológicos de inserção, supressão e alteração;
E—3 Indicar a distribuição geográfica da língua portuguesa no mundo;
E—4 Dominar regras da sintaxe oral e escrita;
E—5 Utilizar regras de semântica frásica;
E—6 Aplicar os processos de coordenação e subordinação;
E—7 Dominar processos de enriquecimento lexical, nomeadamente através da formação de palavras e da construção de campos lexicais e semânticos;
E—8 Reconhecer princípios e intenções da construção textual, assim como mecanismos de coerência e coesão textuais;
E—9 Estruturar textos, de acordo com diferentes tipologias, tais como narrativos, descritivos, argumentativos e explicativos;
E—10 Utilizar técnicas de análise do discurso;
E—11 Dominar princípios de pragmática e linguística textual;
E—12 Correlacionar textos e intratextos;
E—13 Distinguir, semanticamente, as categorias de tempo, modo e aspecto.

ANEXO IV

Exigências das competências académicas básicas de Língua Portuguesa no ensino secundário complementar

(segunda língua)

1. Ideias essenciais

As rápidas mudanças que se fazem sentir num mundo cada vez mais global acentuam a aprendizagem de línguas como um valor acrescentado para o bem-estar social e uma base sólida para uma economia sustentável do conhecimento, principalmente em épocas económicas difíceis e de grande mobilidade.

Conhecer e aprender mais línguas é perspectivar uma mudança no agir social do indivíduo, evidenciado por valores cívicos como a participação, o pluralismo e a abertura em espaços multilingues e multiculturais, como é a Região Administrativa Especial de Macau.

Pelo que, as exigências das competências académicas básicas de Língua Portuguesa, como segunda língua, do ensino secundário complementar, devem seguir as seguintes ideias essenciais:

1) Valorização da aprendizagem de línguas estrangeiras

A aprendizagem duma língua estrangeira é mais produtiva quando se desenvolve na dinâmica de grupos, a partir da interacção linguística e sociocultural, dentro e fora da sala de aula. A proficiência em língua é um processo que envolve competências gerais, individuais e a própria personalidade do indivíduo, podendo as características do público-alvo ser adquiridas ou modificadas pela utilização e aprendizagem duma língua. Neste âmbito, um dos vectores da educação será o desenvolvimento da personalidade do aluno no seu todo.

2) Aquisição de competências básicas de comunicação em português

A aquisição de competências básicas de comunicação, no ensino secundário complementar, em língua portuguesa como segunda língua, envolve as competências linguísticas, sociolinguísticas e pragmáticas necessárias ao desenvolvimento duma plena competência comunicativa, relacionando-se também com os diferentes saberes do próprio indivíduo, como o saber aprender com autonomia e responsabilidade, bem como os saberes necessários à sua participação activa enquanto cidadão.

2. Objectivos curriculares

1) Desenvolver valores como o respeito pelos outros, o espírito de cooperação, a solidariedade e a cidadania;

2) Relacionar domínios diversificados em contextos da RAEM, onde os alunos vivem, actuam e tomam contacto com a língua portuguesa, escrita ou falada, de acordo com as motivações e necessidades de comunicação;

3) Criar oportunidades para que o aluno vivencie experiências significativas, diversificadas, integradoras e socializadoras, revelando uma capacidade de comunicação intercultural;

4) Proporcionar um ensino-aprendizagem baseado em tarefas, de forma a contribuir para o desenvolvimento da proficiência do aluno assim como para o seu desenvolvimento psico-cognitivo;

5) Orientar os alunos para a acção, para o saber fazer, desenvolvendo a sua capacidade de compreender questões fundamentais, relativas às suas necessidades e dentro dos domínios em que actuam, sendo, simultaneamente, capazes de comunicar oralmente como actores sociais, de acordo com os seus interesses pessoais e sobre temas que conhecem;

6) Desenvolver, nos alunos, a capacidade de compreender diversos tipos de texto, em variados suportes, sobre temas conhecidos e do dia-a-dia;

7) Promover, nos alunos, uma aprendizagem mais autónoma, levando-os a accionar um conjunto de valores, atitudes e estratégias reveladores duma capacidade de interacção eficiente;

8) Proporcionar, ao aluno, oportunidades de adquirir e aprofundar uma consciência intercultural, alargando o seu conhecimento do mundo;

9) Desenvolver as competências gerais básicas e consolidar conhecimentos anteriormente adquiridos;

10) Propor tarefas e projectos diversificados que fomentem o interesse e a motivação dos alunos, levando-os a tomar iniciativas na comunicação em português, procurando oportunidades para se exporem à língua-alvo;

11) Desenvolver a consciência plurilingue e pluricultural dos alunos.

3. Conteúdos específicos das exigências das competências académicas básicas dos diversos âmbitos de aprendizagem

Descrição dos códigos:

1) A letra do alfabeto, em maiúscula, indica as exigências das competências académicas básicas dos diferentes âmbitos de aprendizagem, a saber: A — Compreensão oral; B — Expressão oral; C — Compreensão escrita; D — Expressão escrita; E — Competência intercultural;

2) O número após a letra maiúscula representa o número de ordem das exigências das competências académicas básicas do respectivo âmbito de aprendizagem.

Âmbito de aprendizagem A: Compreensão oral

A—1 Compreender os tópicos principais de conversas de interesse pessoal nos domínios de comunicação em que o aluno quer actuar;
A—2 Seguir instruções e orientações, relativamente pormenorizadas, sobre tarefas a realizar, desde que estas incidam sobre tópicos conhecidos e significativos para o aluno;
A—3 Compreender aspectos essenciais duma narrativa, desde que o tema lhe seja familiar;
A—4 Compreender, na generalidade, exposições sobre temas educativos, do quotidiano ou de interesse pessoal;
A—5 Compreender textos orais, relacionados com temas da sua área de interesse, nos domínios em que tem de actuar;
A—6 Compreender o assunto principal tratado em passagens curtas de emissões de rádio, gravações áudio ou TV e vídeo sobre temas familiares;
A—7 Compreender textos narrativos orais relacionados com o imaginário;
A—8 Compreender textos orais da actualidade, tais como notícias e entrevistas.

Âmbito de aprendizagem B: Expressão oral

B—1 Falar sobre assuntos conhecidos, numa sequência linear;
B—2 Interagir em situações imprevisíveis do quotidiano;
B—3 Descrever acontecimentos ou experiências pessoais no presente ou no passado, exprimindo opiniões, sentimentos e emoções como alegria, surpresa, indiferença, amizade e curiosidade;
B—4 Contar uma história, narrar um livro ou um filme, exprimindo a sua opinião ou a de outrem;
B—5 Dar informações concretas sobre temas diversificados e conhecidos;
B—6 Pedir informações suplementares e pormenorizadas sobre assuntos concretos e familiares;
B—7 Comunicar em tarefas, que impliquem trocas de informação, no presente ou no passado, relativas a viagens e deslocações, projectos e interesses pessoais;
B—8 Interagir em situações em que expressem planos e desejos para o futuro;
B—9 Aperfeiçoar a fluência oral, através da participação em dramatizações ou diálogos encenados.

Âmbito de aprendizagem C: Compreensão escrita

C—1 Ler e compreender textos dos domínios educativo, privado e público, em que predomine a linguagem corrente e com vocabulário frequente;
C—2 Identificar o essencial de textos informativos, necessários ou significativos para os alunos, quando acompanhados de elementos paratextuais;
C—3 Localizar informação específica em vários documentos, de acordo com os seus interesses e necessidades;
C—4 Compreender e seguir instruções em qualquer domínio de comunicação, relativas a assuntos conhecidos;
C—5 Identificar as personagens, o local e a acção de uma determinada história ou de um evento;
C—6 Compreender pequenas narrativas no presente ou no passado;
C—7 Compreender textos nos domínios educativo, privado e público, de acordo com o seu interesse.

Âmbito de aprendizagem D: Expressão escrita

D—1 Escrever um texto coerente e coeso, no presente ou no passado, sobre experiências, sentimentos, sonhos ou assuntos de interesse pessoal;
D—2 Redigir relatórios breves sobre assuntos conhecidos, de acordo com a sua motivação e o seu nível etário;
D—3 Escrever biografias de acordo com a sua motivação e o seu nível etário;
D—4 Preencher formulários e questionários, fornecendo alguns dados pessoais, tais como estudos, interesses ou projectos futuros;
D—5 Resumir textos literários anteriormente lidos ou ouvidos;
D—6 Escrever notas e mensagens curtas e simples, sobre assuntos do seu interesse, nos domínios de comunicação em que actua;
D—7 Fazer um pedido ou dar sugestões no domínio educativo;
D—8 Escrever opiniões e sugestões sobre assuntos não rotineiros, mas do seu interesse.

Âmbito de aprendizagem E: Competência intercultural

E—1 Comparar as festas e os feriados de Portugal com os de Macau;
E—2 Identificar, com base em textos e suportes diversificados, características principais da geografia de Portugal e da China;
E—3 Comparar a vida quotidiana, tempos livres e histórias tradicionais de Portugal com os de Macau;
E—4 Relacionar dados do património cultural português com os de outras culturas;
E—5 Conhecer personalidades ilustres portuguesas e outras representadas em Macau.

ANEXO V

Exigências das competências académicas básicas de Língua Inglesa no ensino secundário complementar

(primeira língua, ou seja, língua veicular)

1. Ideias essenciais

Macau é muito singular pela sua diversidade cultural com grande interferência na globalização. A língua inglesa é uma ponte eficaz para a comunicação com o mundo, desempenhando um papel importante nas esferas comercial, educativa e turística, entre outras. É muito importante formar nas novas gerações de alunos o domínio pleno de inglês, para responderem aos desafios do futuro desenvolvimento económico, social e das várias esferas de Macau.

Para além da sua finalidade funcional, a língua inglesa serve, também, como um meio para o desenvolvimento pessoal, tanto intelectual como estético, uma vez que actualmente muitas informações e artes oriundas de línguas mundiais são expressadas em inglês. É ainda uma ferramenta que promove a aprendizagem ao longo da vida, forma o pensamento crítico e criativo e ajuda a coexistência harmoniosa com os outros.

A missão mais importante do currículo do ensino secundário complementar, que tem o inglês como língua veicular, é ajudar os alunos a desenvolverem em pleno a sua capacidade comunicativa nessa língua, melhorando a sua eficiência de aprendizagem nas várias disciplinas. Além disso, deve também ajudar os alunos a melhorarem a motivação de aprender o inglês, formando uma autoconfiança para comunicar nessa língua.

Pelo que, as exigências das competências académicas básicas de Língua Inglesa, como primeira língua ou seja, língua veicular, do ensino secundário complementar devem seguir as seguintes ideias essenciais:

1) Atender às diferenças individuais do nível de língua inglesa entre os alunos

Nesta fase, muito provavelmente surgem diferenças ao nível do inglês entre os alunos, tendo em consideração que o contexto de aprendizagem dessa língua é possivelmente também diferente. O currículo de Língua Inglesa do ensino secundário complementar tem que ter em conta as diferenças de motivação na aprendizagem e do nível de inglês dos alunos.

Os alunos do ensino secundário complementar estão mais capacitados para gerirem a sua aprendizagem pelo que, nesta fase, podem apresentar-lhes mais as estratégias de aprendizagem da língua inglesa.

2) Ponderar as necessidades dos alunos no respeitante ao inglês, tanto no prosseguimento de estudos como no emprego

Nesta fase, os alunos do ensino secundário complementar começam a planear o seu futuro, alguns tencionam prosseguir os estudos e outros planeiam entrar no mercado de trabalho, pelo que o currículo de língua inglesa deste nível de ensino, deve ser intrínseco e educativamente rigoroso, bem como ponderar sobre as necessidades dos alunos, em termos de língua inglesa, tanto para o prosseguimento de estudos como para o emprego.

3) Considerar as diferentes funções da língua inglesa na sociedade actual

Para além de ser prático para o prosseguimento de estudos e para o emprego, o inglês ajuda também os alunos a comunicarem com os outros, a conhecerem o mundo e partilharem experiências com as pessoas, daí que no currículo do ensino secundário complementar, a língua inglesa deva ser considerada como um meio para a comunicação, aquisição de conhecimentos e partilha de experiências pessoais. Assim sendo, no processo diário de ensino deve ter em atenção as necessidades de pensamento e de afeição dos alunos.

4) Apoiar os alunos na aprendizagem de outras disciplinas com o inglês

Nas escolas onde o inglês é língua veicular, o currículo escolar desta disciplina, para além das próprias finalidades, deve também ter em conta a necessidade dos alunos de aprenderem as outras disciplinas com essa língua.

2. Objectivos curriculares

1) Alargar os conhecimentos, as técnicas, as capacidades, os gostos, as atitudes e os valores que os alunos já possuem;

2) Fornecer aos alunos uma base de inglês para o prosseguimento dos estudos ou do emprego;

3) Para além de oferecer um ensino de qualidade, ensinar aos alunos estratégias de aprendizagem linguística, para que cada um possa desenvolver as potencialidades na aprendizagem de inglês;

4) Compreender as diferenças em termos de nível e capacidade de língua inglesa entre os alunos do ensino secundário complementar, ajudando cada um a desenvolver em pleno as suas potencialidades;

5) Para além do ensino da gramática e do léxico entre outros componentes linguísticos, a língua inglesa deve ser também um meio para a comunicação, obtenção de conhecimentos e troca de experiências;

6) Reforçar nos alunos a capacidade de utilizar o inglês na aprendizagem de outras disciplinas;

7) Apresentar aos alunos textos literários para desenvolver a sua capacidade de apreciação linguística;

8) Orientar os alunos a terem contacto com textos variados e a estabelecerem relação entre si, os textos e o mundo, a fim de desenvolverem capacidades intelectuais, emocionais, socioculturais e uma consciência sobre o mundo;

9) Permitir aos alunos darem respostas pessoais e analíticas sobre as informações e textos literários.

3. Conteúdos específicos das exigências das competências académicas básicas dos diversos âmbitos de aprendizagem

Descrição dos códigos:

1) A letra do alfabeto, em maiúscula, indica as exigências das competências académicas básicas dos diferentes âmbitos de aprendizagem, a saber: A — Compreensão oral; B — Expressão oral; C – Compreensão escrita; D — Expressão escrita;

2) O número após a letra maiúscula representa o número de ordem das exigências das competências académicas básicas do respectivo âmbito de aprendizagem.

Âmbito de aprendizagem A: Compreensão oral

A—1 Compreender o grau de certeza de uma elocução, através de uma série de dicções;
A—2 Compreender os sentimentos, atitudes e opiniões de oradores ou interlocutores, através da gramática, do léxico e da fonética;
A—3 Compreender a linguagem mais formal comummente utilizada nas disciplinas escolares;
A—4 Ser capaz de registar os pontos principais e os detalhes de uma conversa;
A—5 Saber identificar as finalidades explícitas ou implícitas de uma elocução;
A—6 Ser capaz de seguir indicações orais mais detalhadas sobre matérias mais complexas;
A—7 Ser capaz de acompanhar o raciocínio de um debate ou de uma explicação oral;
A—8 Saber diferenciar um facto de uma opinião ao escutar;
A—9 Saber identificar os papéis comuns de entre os interlocutores e a relação entre os mesmos;
A—10 Compreender a relação entre ideias e a relação lógica entre ideias, através da identificação de diferentes conjunções numa linguagem oral;
A—11 Saber relacionar o conteúdo de uma linguagem oral com uma série de informações, incluindo textos;
A—12 Ser capaz de acompanhar a ordem de um assunto relatado oralmente e identificar o seu sentido;
A—13 Ser capaz de relacionar a linguagem quotidiana com a linguagem mais formal, empregada para exprimir o mesmo fenómeno;
A—14 Começar a perceber o uso lúdico da linguagem;
A—15 Ser capaz de ouvir e compreender a explicação oral de um processo ou fenómeno mais complicado, utilizando ajuda visual quando necessário;
A—16 Ser capaz de lidar com temas menos familiares, embora não necessariamente específicos, e expressá-los com um ritmo adequado para continuar um diálogo;
A—17 Ser capaz de ouvir e compreender um conteúdo falado em diferentes sotaques ou variantes de inglês;
A—18 Ser capaz de empregar informações obtidas numa conversa para novas finalidades e em textos e formatos diferentes;
A—19 Saber escutar e responder consoante o tipo, a finalidade e o conteúdo de um diálogo.

Âmbito de aprendizagem B: Expressão oral

B—1 Saber ler de forma razoável e precisa, a pronúncia e o acento de uma palavra monossilábica ou polissilábica a partir da sua grafia;
B—2 Saber utilizar léxico e estrutura frasal mais rica para atingir a finalidade da comunicação;
B—3 Ter um nível mais elevado de precisão na pronúncia;
B—4 Ser capaz de usar entoação para tornar a comunicação mais eficaz e exprimir diferentes atitudes;
B—5 Ser capaz de utilizar estruturas frasais mais variadas e complexas, particularmente num discurso previamente preparado;
B—6 Ser capaz de relatar experiências pessoais de forma organizada;
B—7 Ser capaz de exprimir sentimentos e opiniões pessoais de forma eficaz e adequada;
B—8 Ser capaz de falar com fluência e sem hesitações, particularmente num discurso previamente preparado;
B—9 Saber elaborar um breve discurso de forma lógica e organizada, sobre um tema mais complexo;
B—10 Ser capaz de usar de forma proficiente, técnicas de coesão mais ricas para explicar informações e pensamentos;
B—11 Ser capaz de usar diferentes técnicas para destacar pontos principais de um discurso;
B—12 Saber utilizar léxico formal ou informal de acordo com os temas e ocasiões;
B—13 Saber dar indicações claras sobre um processo mais complexo na vida quotidiana;
B—14 Ser capaz de usar de forma proficiente, mais técnicas para construir pensamentos principais;
B—15 Ser capaz de usar mais técnicas de comunicação tanto orais como não orais, numa discussão;
B—16 Saber desempenhar um papel adequado e eficaz numa interacção em grupo;
B—17 Saber falar com maior precisão gramatical;
B—18 Saber elaborar uma exposição e um esclarecimento numa solicitação durante ou após um discurso;
B—19 Saber entender e respeitar as opiniões diferentes numa discussão;
B—20 Saber autocorrigir-se ou empregar outras dicções, de acordo com a reacção dos interlocutores;
B—21 Ser capaz de solicitar explicações aos oradores sobre ideias não completamente compreendidas, numa exposição temática;
B—22 Ser capaz de dar explicações claras sobre um acontecimento, processo e fenómeno, entre outros, de um tema académico.

Âmbito de aprendizagem C: Compreensão escrita

C—1 Ter acumulado léxico através de leitura e utilizar técnicas adequadas de aprendizagem lexical para organizar novos vocábulos;
C—2 Ser capaz de adivinhar o significado de palavras novas, de acordo com o paratexto, circunstâncias, conhecimentos contextuais e afixos comuns;
C—3 Entender o significado denotativo e conotativo de uma palavra e discutir as razões de escolha dessa palavra pelo autor;
C—4 Saber o significado da pontuação no texto e ser capaz de explicar como é que a pontuação influencia o entendimento de leitores sobre um texto;
C—5 Ser capaz de ler texto com um ritmo adequado de forma precisa e fluente, para alcançar a finalidade da leitura;
C—6 Ser capaz de ler intensiva e extensivamente uma grande quantidade de textos, segundo diferentes finalidades;
C—7 Ser capaz de ver e compreender uma grande quantidade de informações de imagem e encontrar informações a partir da mesma;
C—8 Saber recolher, entender, avaliar e utilizar informações de forma eficaz, altamente eficiente e adequada;
C—9 Ser capaz de identificar géneros literários mais complexos, a sua finalidade, estrutura e respectivas características linguísticas;
C—10 Ser capaz de usar conhecimentos prévios, pistas contextuais e características textuais para prever o conteúdo e desenvolvimento de um texto mais complexo;
C—11 Compreender a relação entre diferentes ideias, através da identificação de artigos, pronomes, quase sinónimos e conjunções;
C—12 Ser capaz de aplicar, de forma eficaz, um dicionário avançado Inglês-Inglês para ajudar a leitura e entender a forma de emprego de novas palavras num texto;
C—13 Saber registar, de forma proficiente, os pontos principais de um texto;
C—14 Ser capaz de estabelecer uma ligação das experiências pessoais ou da vida real com um texto;
C—15 Saber dar opiniões pessoais a um texto e discutir com os outros após a leitura;
C—16 Ser capaz de ler minuciosamente factos e informações explícitos e implícitos de um texto para efectuar inferências e tirar conclusões;
C—17 Através de perguntas, respostas e releituras, saber identificar, determinar ou esclarecer ideias gerais e detalhes principais de um texto;
C—18 Ser capaz de determinar e explicar pontos de vista, intenções, atitudes e sentimentos do autor, através das palavras empregadas e detalhes de um texto;
C—19 Entender como é que o estilo do autor influencia o entendimento de leitores sobre a finalidade, o contexto e a cultura de um texto;
C—20 Ser capaz de mostrar entendimento sobre um texto mais complexo, através de diferentes formas de apresentação oral e de imagens;
C—21 Ser capaz de conhecer técnicas ordinárias de literatura, explicar o sentido profundo que um autor espera mostrar e a sua influência nos leitores;
C—22 Saber integrar e avaliar informações de diferentes fontes para um entendimento mais profundo.

Âmbito de aprendizagem D: Expressão escrita

D—1 Ser capaz de usar, de forma precisa e adequada, diferentes léxicos, estruturas linguísticas e técnicas para exprimir ideias;
D—2 Estender plenamente o conteúdo de um texto e os respectivos detalhes na escrita;
D—3 Ser capaz de usar mais técnicas para criar textos estruturados e coerentes;
D—4 Ser capaz de utilizar entoação, estilo e registo linguístico adequado, bem como características principais de géneros literários para escrever textos;
D—5 Saber escrever diferentes tipos de textos para diferentes finalidades, contextos e leitores;
D—6 Saber recolher várias informações e desenvolver ideias de forma independente antes de escrever, transformando-as num plano geral de escrita;
D—7 Saber alterar, editar e rever textos de forma independente;
D—8 Ser capaz de apresentar dúvidas, sugestões e opiniões sobre a versão inicial de um texto elaborado por um colega;
D—9 Ser capaz de tomar iniciativa em responder aos comentários do professor, empregando-os para aperfeiçoar a sua escrita;
D—10 Saber reescrever de forma eficaz e precisa, as informações de referência para evitar acusações de plágio;
D—11 Ser capaz de utilizar recursos úteis, incluindo dicionários e materiais online, para aperfeiçoar a sua escrita;
D—12 Ser capaz de explicar as fontes das ideias ou dos materiais de outros, adoptados no seu texto;
D—13 Em diferentes fases do processo de escrita, saber cooperar com os colegas, incluindo reunir amplamente os conhecimentos, redigir uma sinopse e um esboço e efectuar uma revisão;
D—14 Ter criatividade, pensamento original e crítico na escrita;
D—15 Saber escrever com melhor fluência, confiança e motivação.

ANEXO VI

Exigências das competências académicas básicas da Língua Inglesa no ensino secundário complementar (segunda língua)

1. Ideias essenciais

Macau é única pela sua diversidade cultural e está a tornar-se cada vez mais globalizada. A língua inglesa é uma ponte eficaz para a comunicação com o mundo, desempenhando um papel importante nas esferas comercial, educativa e turística, entre outras. É muito importante formar nas novas gerações de alunos o domínio pleno de inglês, para responderem aos desafios do futuro desenvolvimento económico, social e das várias esferas de Macau.

Para além da sua finalidade funcional, a língua inglesa serve, também, como um meio para o desenvolvimento pessoal, tanto intelectual como estético, uma vez que actualmente muitas informações e artes oriundas de línguas mundiais são expressadas em inglês. É ainda uma ferramenta que promove a aprendizagem ao longo da vida e ajuda a coexistência harmoniosa com os outros.

O currículo de Língua Inglesa como segunda língua, do ensino secundário complementar deve melhorar a motivação dos alunos para a aprendizagem da língua, ajudando a formar a sua autoconfiança na comunicação em inglês.

Pelo que, as exigências das competências académicas básicas de Língua Inglesa, como segunda língua, do ensino secundário complementar, devem seguir as seguintes ideias essenciais:

1) Atender às diferenças individuais do nível de língua inglesa entre os alunos

Nesta fase, muito provavelmente surgem diferenças ao nível do inglês entre os alunos, tendo ainda em consideração que o contexto de aprendizagem dessa língua é possivelmente também diferente. O currículo de Língua Inglesa do ensino secundário complementar tem que ter em conta as diferenças de motivação na aprendizagem e do nível de inglês dos alunos.

Os alunos do ensino secundário complementar estão mais capacitados para gerirem a sua aprendizagem, pelo que nesta fase, deve-se introduzir mais as estratégias de aprendizagem da língua inglesa.

2) Ponderar as necessidades dos alunos no respeitante ao inglês, tanto para o prosseguimento de estudos como na actividade profissional

Nesta fase de ensino os alunos começam a planear o seu futuro, alguns tencionam prosseguir os estudos e outros planeiam entrar no mercado de trabalho, pelo que o currículo de Língua Inglesa deste nível de ensino deve ser intrínseco e educativamente rigoroso, bem como ponderar sobre as necessidades dos alunos, em termos de língua inglesa, tanto para o prosseguimento de estudos como para a actividade profissional.

3) Considerar as diferentes funções da língua inglesa na sociedade actual

Para além de ser prático para o prosseguimento de estudos e para a actividade profissional, o inglês ajuda também os alunos a comunicarem com os outros, a conhecerem o mundo e a partilharem experiências com as pessoas, daí que no currículo do ensino secundário complementar a língua inglesa deva ser considerada como um meio para a comunicação, aquisição de conhecimentos e partilha de experiências pessoais. Assim sendo, o processo diário de ensino deve ter em atenção as necessidades de pensamento e de afeição dos alunos.

2. Objectivos curriculares

1) Alargar os conhecimentos, as técnicas, as capacidades, as atitudes e os valores que os alunos já possuem;

2) Fornecer aos alunos uma base de inglês para o prosseguimento dos estudos e para a actividade profissional;

3) Para além de oferecer um ensino de qualidade, ensinar aos alunos estratégias de aprendizagem linguística, para que cada um possa desenvolver as potencialidades na aprendizagem de inglês;

4) Compreender as diferenças em termos de nível e capacidade de língua inglesa entre os alunos do ensino secundário complementar, ajudando cada um a desenvolver em pleno as suas potencialidades;

5) Para além do ensino da gramática e do léxico entre outros componentes linguísticos, a língua inglesa deve ser também um meio para a comunicação, obtenção de conhecimentos e troca de experiências.

3. Conteúdos específicos das exigências das competências académicas básicas dos diversos âmbitos de aprendizagem

Descrição dos códigos:

1) A letra do alfabeto, em maiúscula, indica as exigências das competências académicas básicas dos diferentes âmbitos de aprendizagem, a saber: A - Compreensão oral; B - Expressão oral; C - Compreensão escrita; D - Expressão escrita;

2) O número após a letra maiúscula representa o número de ordem das exigências das competências académicas básicas do respectivo âmbito de aprendizagem.

Âmbito de aprendizagem A: Compreensão oral

A—1 Perceber descrições mais complexas sobre um objecto, lugar e pessoa;
A—2 Perceber a linguagem básica empregada para mostrar o grau de certeza e de compulsividade;
A—3 Perceber as questões colocadas pelo professor;
A—4 Se for dada uma estrutura, ser capaz de fazer apontamentos sobre os pontos principais e alguns detalhes ou exemplos de uma elocução simples sobre um tema familiar;
A—5 Saber identificar a finalidade de um tema familiar;
A—6 Saber identificar o contexto e enredo de um relato oral simples;
A—7 Ser capaz de identificar a estrutura de uma elocução mais programada;
A—8 Saber identificar preâmbulos e perorações comuns;
A—9 Saber distinguir elocuções mais e menos formais;
A—10 Saber distinguir pontos principais, detalhes e exemplos concretos de uma elocução simples;
A—11 Saber relacionar o conteúdo de um discurso oral com diagramas e imagens, entre outras informações;
A—12 Ser capaz de acompanhar o desenvolvimento de um acontecimento relatado oralmente;
A—13 Ser capaz de acompanhar uma explicação oral simples sobre o surgimento de um acontecimento, com apoio visual adequado;
A—14 Ser capaz de acompanhar indicações orais comuns sobre uma matéria mais complexa;
A—15 Ser capaz de solicitar esclarecimentos durante ou após o processo de escuta;
A—16 Ao escutar, ser capaz de dar uma resposta adequada, tanto oral como não oral, ao orador;
A—17 Compreender discursos dos falantes que utilizam as pronúncias e variantes linguísticas mais comuns da língua inglesa;
A—18 Perceber a importância de escutar para diferentes finalidades.

Âmbito de aprendizagem B: Expressão oral

B—1 Saber pronunciar, de forma razoável e precisa, uma palavra monossilábica ou polissilábica nova a partir da sua grafia;
B—2 Saber utilizar léxico e estrutura frasal mais rica num discurso;
B—3 Ser capaz de pronunciar de forma clara para que possa ser facilmente percebido;
B—4 Ser capaz de usar entoação para uma melhor comunicação;
B—5 Ser capaz de utilizar mais frases de estrutura mais complexa, particularmente num discurso previamente preparado;
B—6 Ser capaz de relatar experiências pessoais de forma organizada;
B—7 Ser capaz de exprimir sentimentos e opiniões pessoais de forma eficaz;
B—8 Ser capaz falar com maior fluência e menos hesitações, particularmente num discurso previamente preparado;
B—9 Ser capaz de elaborar um discurso breve de forma lógica e organizada;
B—10 Saber usar técnicas de coesão mais ricas para explicar informações e pensamentos;
B—11 Ser capaz de destacar pontos principais num discurso;
B—12 Ter em atenção o público e a finalidade da comunicação num discurso;
B—13 Saber dar indicações claras na vida quotidiana;
B—14 Saber usar técnicas para construir pensamentos principais;
B—15 Saber usar técnicas de comunicação numa discussão;
B—16 Saber desempenhar um papel adequado numa interacção em grupo;
B—17 Saber usar, com maior precisão, estruturas gramaticais para falar;
B—18 Ser capaz de entender e respeitar as opiniões diferentes numa discussão.

Âmbito de aprendizagem C: Compreensão escrita

C—1 Ser capaz de acumular léxico através da leitura e utilizar técnicas adequadas de aprendizagem lexical para organizar novos vocábulos;
C—2 Ser capaz de deduzir o significado de palavras novas, de acordo com a circunstância, contexto, conhecimentos contextuais e afixos comuns;
C—3 Saber escolher e ler textos adequados para alcançar a finalidade da leitura estabelecida;
C—4 Saber o significado da pontuação no texto e ser capaz de explicar como é que a pontuação influencia o entendimento de leitores sobre um texto;
C—5 Ser capaz de ler texto correntamente com um ritmo e fluência adequados, para alcançar a finalidade da leitura;
C—6 Saber identificar formatos e características linguísticas de diversos tipos de textos;
C—7 Saber organizar as ideias e extrair informações necessárias ao ler um texto visivelmente mais complexo;
C—8 Ser capaz de recolher, entender, avaliar e utilizar informações de forma eficaz, eficiente e razoável;
C—9 Saber usar diversas estratégias de leitura para entender um texto novo;
C—10 Ser capaz de usar conhecimentos prévios, experiências pessoais e características textuais para prever o conteúdo e desenvolvimento de um texto;
C—11 Compreender a relação entre diferentes ideias, através da identificação de artigos, pronomes e conjunções;
C—12 Saber utilizar, de forma eficaz e razoável, dicionários, livros de referência de línguas e recursos online para ajudar a leitura;
C—13 Ser capaz de anotar pontos principais de um texto;
C—14 Ter o hábito da leitura de géneros literários variados, incluindo os ficcionais e realistas;
C—15 Ser capaz dar opiniões pessoais sobre um texto e discutir com os outros após a leitura;
C—16 Saber efectuar inferências e tirar conclusões do conteúdo, consoante informações explícitas e implícitas;
C—17 Saber identificar, determinar ou esclarecer as ideias gerais e os detalhes principais de um texto, através de perguntas, respostas e releituras;
C—18 Ser capaz de expressar pontos de vista, atitudes e sentimentos de um autor;
C—19 Ser capaz de estabelecer ligação entre o conteúdo de um texto e as experiências pessoais ou a vida real;
C—20 Entender um texto, através de diferentes formas de apresentação oral e de imagens.

Âmbito de aprendizagem D: Expressão escrita

D—1 Saber usar, de forma precisa e adequada, léxicos, estruturas de frases e formas verbais;
D—2 Saber usar parágrafos, conectores de frase e ordem dos constituintes, entre outros métodos, para organizar um texto;
D—3 Saber usar estruturas textuais e características linguísticas que correspondam às finalidades da escrita;
D—4 Entender plenamente a finalidade, o contexto e os leitores na escrita;
D—5 Ser capaz de criar coesão num texto através de escolhas gramaticais;
D—6 Saber usar técnicas de redacção de esboço para estabelecer um plano de escrita ou sinopse;
D—7 Saber rever a versão final de um texto da sua autoria ou de um colega, particularmente os erros gramaticais, lexicais e detalhes técnicos;
D—8 Saber trocar ideias com os colegas em pares ou pequenos grupos, em diferentes fases do processo de escrita;
D—9 Saber utilizar a lista de opiniões ou os critérios da avaliação de leitura dados pelo professor para verificar e examinar a versão inicial de um texto da sua autoria ou de um colega;
D—10 Saber agradecer os comentários feitos pelo professor, empregando-os para aperfeiçoar a sua escrita;
D—11 Ser capaz de dar as fontes de informação utilizada na escrita;
D—12 Ser capaz escrever com maior fluência e confiança.

ANEXO VII

Exigências das competências académicas básicas de Matemática no ensino secundário complementar

1. Ideias essenciais

A matemática é uma ciência que estuda os espaços, as formas e as quantidades e constitui um património cultural dos seres humanos, cujos conteúdos, pensamentos, métodos e linguagens representam uma parte importante da cultura humana. Sendo uma linguagem científica e uma ferramenta eficaz, a matemática tem uma função insubstituível no processo da evolução humana. Com a emergência da sociedade informática, a literacia em matemática tornou-se uma qualidade básica do cidadão moderno sendo uma ciência aplicada cada vez mais aos diversos aspectos do quotidiano. O currículo de Matemática do ensino secundário complementar desenvolve ainda mais os conhecimentos e as necessárias capacidades básicas em termos matemáticos, bem como as capacidades de aplicação e consciência de inovação, aprendendo, em maior grau, a pensar em termos matemáticos e a desenvolver a capacidade de resolução de problemas. Pelo que, as exigências das competências académicas básicas de Matemática do ensino secundário complementar devem seguir as seguintes ideias essenciais:

1) O currículo de Matemática deve construir uma base comum

O currículo do ensino secundário complementar deve possuir características de base que incluam dois sentidos: primeiro deve ser disponibilizada uma base matemática de nível mais elevado para a adaptação dos alunos à vida moderna e para o desenvolvimento futuro, permitindo-lhes obter uma melhor literacia em matemática; em segundo deve preparar-se os alunos para estudos mais aprofundados em matemática. O currículo de Matemática do ensino secundário complementar tem como objectivo satisfazer as solicitações comuns de todos os alunos, constituindo uma base matemática comum necessária para o seu desenvolvimento.

2) A aprendizagem da matemática deve ser baseada na compreensão reflectindo a diversidade das formas de aprendizagem

A aprendizagem da matemática é um processo de descoberta de novos conhecimentos com base nos conhecimentos e experiências já adquiridas. As actividades eficazes de aprendizagem de matemática não podem depender meramente da memória e replicação, devendo as experimentações, pesquisas e intercâmbio matemáticos ser também formas importantes de aprendizagem. O currículo de Matemática do ensino secundário complementar deve promover, junto dos alunos, entre outros métodos de aprendizagem, a exploração por sua iniciativa, a prática concreta, a cooperação e intercâmbio, leitura e auto-aprendizagem. Através das várias formas de auto-aprendizagem e actividades de exploração, permite-se aos alunos experimentarem a descoberta e criatividade em matemática, desenvolvendo a sua consciência para a inovação.

3) O ensino de matemática deve reflectir o processo de raciocínio matemático, promovendo o desenvolvimento comum dos professores e dos alunos

O ensino da matemática representa uma pedagogia das actividades de pensamentos matemáticos sendo um processo de convívio e interacção e de desenvolvimento comum entre professores e alunos e entre os alunos.

Desenvolve-se a capacidade de raciocínio matemático dos alunos através do ensino de matemática. Quando aprendem matemática e a aplicam para resolver questões, os alunos experimentam constantemente os processos de pensamento tais como percepção intuitiva, observação e descoberta, indução e analogia, projecção espacial, resumo abstracto, manifestação simbólica, cálculo e resolução, tratamento de informações, dedução e provas, reflexão e construção. Durante esse processo, os alunos aprendem a pensar em termos matemáticos, elevando a literacia em matemática e experimentando os valores sociais e culturais da matemática.

O ensino deve ser baseado no desenvolvimento das capacidades dos alunos na resolução de problemas, ajudando-os a observar o mundo, a descobrir e levantar questões, a analisar e resolver problemas a partir de uma visão matemática, sintetizando e aplicando o que foi aprendido, reflectindo sobre o processo de aprendizagem.

4) Prestar atenção à integração da matemática com a tecnologia informática

O desenvolvimento das tecnologias de informação e comunicação trouxe uma grande influência sobre a forma de apresentação do conteúdo do ensino, a forma de aprendizagem dos alunos e a de ensino dos professores, como também a de interacção entre professores e alunos. Estas tecnologias não constituem apenas uma ferramenta importante para explorar e apresentar os conhecimentos matemáticos, mas também um instrumento importante para os alunos aprenderem matemática e resolverem os problemas. O currículo de Matemática do ensino secundário complementar deve promover a concretização da integração eficaz entre a tecnologia informática e o conteúdo curricular, incluindo: integrar o algoritmo em todas as partes relativas ao currículo de Matemática, em que o princípio básico da integração auxilia os alunos a conhecerem melhor os elementos essenciais da matemática. O currículo de Matemática do ensino secundário complementar deve estimular o uso da tecnologia informática para transmitir o conteúdo curricular no ensino, outrora mais difícil de realizar. Na premissa de assegurar o treinamento do cálculo escrito, utilizar ao máximo as calculadoras científicas e várias plataformas técnicas no ensino da matemática para fortalecer a sua integração com a tecnologia informática, bem como estimular os alunos a utilizarem computadores e calculadoras para exploração e descoberta.

2. Objectivos curriculares

1) Permitir aos alunos obterem os conhecimentos matemáticos importantes, desenvolverem um raciocínio matemático básico e as capacidades de aplicação necessárias requeridas na vida social, nas actividades práticas e na continuação dos estudos de matemática ou de outras disciplinas relacionadas;

2) Desenvolver nos alunos as capacidades de cálculo, raciocínio e a capacidade imaginária do espaço e análise de dados;

3) Melhorar nos alunos as capacidades de aplicação do raciocínio matemático na descoberta, levantamento, análise e resolução de questões, desenvolvendo nos alunos as capacidades de expressão e intercâmbio matemático, bem como desenvolvendo a sua capacidade de aquisição independente de conhecimentos matemáticos;

4) Desenvolver a consciência para a aplicação e inovação da matemática nos alunos, para que sejam capazes de pensar e decidir perante os modelos matemáticos do mundo real;

5) Permitir que os alunos conheçam os valores científicos, humanos e de aplicação da matemática, formando um hábito de pensamento crítico, levando ao sucesso nas suas actividades ao nível da imaginação e criatividade, aumentando o seu interesse pela aprendizagem da matemática formando uma atitude de superação das dificuldades para se tornarem em aprendentes confiantes e criativos;

3. Conteúdos específicos das exigências das competências académicas básicas dos diversos âmbitos de aprendizagem

Descrição dos códigos:

1) A letra do alfabeto, em maiúscula, indica as exigências das competências académicas básicas dos diferentes âmbitos de aprendizagem, a saber: A — Números e álgebra, B — Geometria, C — Probabilidade e estatística, D — Outros, E — Sentimentos, atitudes e valores;

2) O primeiro número após a letra maiúscula representa o número de ordem do grupo de aprendizagem de dos âmbitos de aprendizagem;

3) O segundo número representa o número de ordem das exigências das competências académicas básicas do respectivo grupo de aprendizagem.

Âmbito de aprendizagem A: Números e álgebra

Grupo de aprendizagem A—1: Conjunto

A—1—1 Compreender o significado de um conjunto e a relação de “pertença” entre os elementos e um conjunto;
A—1—2 Ser capaz de usar a língua, os gráficos e os símbolos para expressar um conjunto, conhecendo o significado e os efeitos na utilização de diferentes formas de representação de um conjunto;
A—1—3 Compreender a relação de inclusão entre conjuntos;
A—1—4 Compreender o significado de igualdade entre conjuntos;
A—1—5 Compreender a noção de subconjunto;
A—1—6 Conhecer o significado de conjunto vazio e conjunto universo;
A—1—7 Compreender o significado da intersecção de conjuntos, sabendo encontrar a intersecção dos conjuntos dados;
A—1—8 Compreender o significado da união de conjuntos, sabendo encontrar a união dos conjuntos dados;
A—1—9 Compreender o significado de complementar de um subconjunto nos conjuntos dados, sabendo encontrar o complementar do subconjunto dado;
A—1—10 Ser capaz de efectuar operações combinadas de intersecção, união e complementaridade;
A—1—11 Ser capaz de usar o diagrama de Venn para representar a relação dos conjuntos e operações, experimentando os efeitos do gráfico intuitivo na compreensão do conceito abstracto.

Grupo de aprendizagem A—2: Números e expressões

A—2—1 Compreender a noção de polinómio;
A—2—2 Conhecer a divisão sintética do polinómio, compreendendo o teorema do resto;
A—2—3 Compreender os seguintes teoremas básicos do polinómio:
Teorema 1: é o polinómio de grau n de x, se existir com n diversos valores, causa , pois .
Teorema 2: Se o polinómio de grau n para n+1 diversos valores seja 0, então o polinómio ;
A—2—4 Ser capaz de utilizar o método de substituição dos valores e o método dos coeficientes de comparação para encontrar os coeficientes indeterminados;
A—2—5 Conhecer as fórmulas da soma e da diferença de dois cubos;
A—2—6 Experimentar a aplicação dos conhecimentos de polinómios para encontrar a raiz da equação;
A—2—7 Compreender a noção de expoente racional;
A—2—8 Compreender as propriedades de expoente, sabendo efectuar operações com expoentes;
A—2—9 Conhecer a noção de radicais gerais;
A—2—10 Compreender as propriedades dos radicais;
A—2—11 Ser capaz de efectuar operações com radicais, sabendo simplificar uma fracção com um número irracional; ser capaz de usar as fórmulas para realizar as quatro operações matemáticas entre um número irracional e o radical, sendo capaz de simplificar uma expressão cujo denominador contém ;
A—2—12 Compreender a noção de logaritmo;
A—2—13 Compreender a relação de correspondência entre a noção de logaritmo e a de expoente, sabendo a transformação mútua entre os dois;
A—2—14 Conhecer os dois principais logaritmos: logaritmos comuns e naturais;
A—2—15 Dominar as propriedades do logaritmo e a fórmula da mudança de base;
A—2—16 Ser capaz de realizar as quatro operações matemáticas dos logaritmos.

Grupo de aprendizagem A—3: Equação

A—3—1 Conhecer a noção de equação irracional;
A—3—2 Conhecer as resoluções de equação irracional;
A—3—3 Conhecer a definição de equações exponenciais e equações logarítmicas;
A—3—4 Conhecer vários tipos básicos de equações exponenciais e equações logarítmicas e os seus contextos de resolução.

Grupo de aprendizagem A—4: Inequação

A—4—1 Compreender o processo de prova algébrica da inequação básica, no qual ;
A—4—2 Ser capaz de aplicar a inequação básica na prova de outros tópicos e no processo de resolução;
A—4—3 Conhecer a noção de inequação que contém um valor absoluto;
A—4—4 Saber resolver uma inequação simples que contém um valor absoluto;
A—4—5 Conhecer a noção de inequação do segundo grau com uma incógnita, ser capaz de utilizá-la para representar uma situação;
A—4—6 Experimentar a ligação entre a inequação do segundo grau com uma incógnita e as equações e funções correspondentes;
A—4—7 Ser capaz de usar o discriminante para resolver inequação do segundo grau com uma incógnita;
A—4—8 Ser capaz de usar a factorização para resolver uma inequação do segundo grau com uma incógnita;
A—4—9 Conhecer a noção de inequação do grau superior com uma incógnita;
A—4—10 Conhecer que se pode utilizar o “eixo numérico” para resolver uma inequação de grau superior com uma incógnita factorizada;
A—4—11 Compreender a noção de inequação linear com duas variáveis;
A—4—12 Conhecer o significado geométrico de inequação linear com duas variáveis e sistema de inequação linear com duas variáveis; ser capaz de desenhar a área plana que o sistema de inequação linear representa;
A—4—13 Dentro das situações reais, conseguir formular, de forma abstracta, alguns problemas simples de programação linear com duas variáveis;
A—4—14 Ser capaz de resolver problemas simples de programação linear com duas variáveis, experimentando a aplicação do método do raciocínio de optimização na realidade.

Grupo de aprendizagem A—5: Função

A—5—1 Conhecer a função que é o principal modelo matemático para descrever a relação de dependência entre variáveis;
A—5—2 Compreender os efeitos da relação de correspondência na descrição da noção de função;
A—5—3 Conhecer os elementos que constituem a função, compreender a noção do domínio e imagem, compreender o domínio que é o elemento prévio de verificação das propriedades da função, sabendo encontrar o domínio e a imagem de algumas funções simples;
A—5—4 De acordo com as situações reais, conseguir representar a função através da utilização adequada dos métodos de diagrama gráfico, tabela ou expressão algébrica;
A—5—5 Conhecer a função definida por partes simples, sendo capaz de aplicá-la de forma simplificada;
A—5—6 Compreender a noção de monotonia de uma função, sendo capaz de encontrar o intervalo de monotonia de algumas funções usuais;
A—5—7 Compreender a noção de paridade de uma função e conhecer as características gráficas das funções pares e ímpares;
A—5—8 Ser capaz de usar as respectivas propriedades da função para descrever os gráficos das funções, sabendo utilizá-los para compreender e estudar as propriedades da função;
A—5—9 Compreender a noção de função inversa;
A—5—10 Dominar a noção de função potência, dominando também a noção da função potência cujo
expoente é – 1, , 2 ou 3, os seus gráficos e as suas propriedades;
A—5—11 Conhecer o contexto real da função exponencial, combinado com exemplos práticos e entender que a função exponencial é um tipo importante de modelo de função;
A—5—12 Dominar a noção de função exponencial, os seus gráficos e as suas propriedades;
A—5—13 Através de exemplos concretos conhecer, intuitivamente, a relação de quantidade representada pela função logarítmica, compreendendo a noção de função logarítmica e entendendo que se trata de um tipo importante de modelo de função;
A—5—14 Compreender que a função exponencial é a inversa da função logarítmica e vice-versa;
A—5—15 Compreender os gráficos e as propriedades da função logarítmica.

Grupo de aprendizagem A—6: Sequência numérica

A—6—1 Conhecer a noção de sequência numérica e os seus métodos de representação: por construção de quadro, gráficos ou fórmula do termo geral, compreendendo que a sequência numérica é um tipo especial de função;
A—6—2 Conhecer a fórmula de recorrência de sequência numérica, sendo capaz de seguir esta fórmula para escrever os primeiros termos da sequência numérica e adivinhar, por indução, a fórmula do termo geral de algumas sequências numéricas;
A—6—3 Conhecer a noção de progressão aritmética, sendo capaz de verificar se uma sequência numérica é progressão aritmética;
A—6—4 Dominar a fórmula do termo geral da progressão aritmética e o seu método de derivação, experimentando o processo de exploração das propriedades da progressão aritmética;
A—6—5 Dominar a fórmula da soma dos n primeiros termos da progressão aritmética e o seu método de derivação, sendo capaz de utilizar habilmente a fórmula do termo geral e a fórmula de soma dos n primeiros termos;
A—6—6 Ser capaz de resolver as perguntas complexas relativamente à progressão aritmética e constituir o modelo de progressão aritmética para resolver problemas práticos;
A—6—7 Conhecer a noção de progressão geométrica, sendo capaz de verificar se uma sequência numérica é progressão geométrica;
A—6—8 Dominar a fórmula do termo geral da progressão geométrica e conhecer o seu método de derivação experimentando o processo de exploração das propriedades da progressão geométrica;
A—6—9 Dominar a fórmula da soma dos n primeiros termos da progressão geométrica e conhecer o seu método de derivação, sendo capaz de utilizar habilmente a fórmula do termo geral e a fórmula da soma dos n primeiros termos;
A—6—10 Ser capaz de resolver as perguntas complexas relativamente à progressão geométrica e constituir o modelo de progressão geométrica para resolver problemas práticos.

Âmbito de aprendizagem B: Geometria

Grupo de aprendizagem B—1: Geometria no espaço

B—1—1 Aproveitar uma maqueta ou software informático para observar uma grande quantidade de figuras geométricas no sentido de conhecer o cilindro, o cone, a esfera e as características estruturais das combinações simples, sendo capaz de usar essas características para descrever a estrutura dos objectos simples na vida real;
B—1—2 Conhecer as fórmulas de cálculo da área de superfície e do volume de uma esfera, de um prisma e de uma pirâmide.

Grupo de aprendizagem B—2: Geometria analítica plana

B—2—1 No sistema de coordenadas, no plano cartesiano, em combinação com gráficos concretos, explorar os elementos geométricos de determinação da posição da recta;
B—2—2 Compreender a noção de ângulo de inclinação de recta, o declive, a intercepção, sendo capaz de efectuar cálculos;
B—2—3 Ser capaz de observar o declive para decidir se duas rectas são paralelas ou perpendiculares e definir a relação de declive segundo o paralelismo ou a perpendicularidade de duas rectas;
B—2—4 Segundo os elementos geométricos de determinação da posição da recta, explorar e dominar certas formas de equação da recta: forma ponto-declive, forma de inclinação-intercepção e forma geral, compreendendo a relação entre a forma de inclinação-intercepção e a função linear;
B—2—5 Ser capaz de usar os métodos de solução dos sistemas de equação para encontrar as coordenadas dos pontos de intersecção de duas rectas;
B—2—6 Explorar e dominar a fórmula de distância entre dois pontos, a fórmula de distância entre um ponto e uma recta e a fórmula do ponto médio, sabendo encontrar a distância entre duas rectas paralelas;
B—2—7 Revendo os elementos geométricos que confirmam o círculo no sistema de coordenadas no plano cartesiano, explorar e dominar a equação normal e a equação geral de círculo;
B—2—8 Ser capaz de identificar a relação de posição entre uma recta e uma circunferência e a relação de posição entre duas circunferências, conforme a equação da recta ou a equação da circunferência dada;
B—2—9 Ser capaz de encontrar a equação da recta tangente de acordo com o declive, o ponto tangente e um ponto situado fora da curva dados;
B—2—10 Ser capaz de usar a equação da recta e a da circunferência para resolver algumas questões simples.

Grupo de aprendizagem B—3: Cónicas e equação

B—3—1 Conhecer o contexto real das cónicas, experimentando a sua aplicação no mundo real e na resolução das questões práticas;
B—3—2 Dentro das situações reais, experimentar o processo de encontrar de forma abstracta o modelo de elipse, dominando a definição de elipse, a equação normal e as propriedades geométricas simples;
B—3—3 Conhecer a definição de parábola e hipérbole, os gráficos geométricos e equações normais, sabendo as suas propriedades geométricas simples.

Grupo de aprendizagem B—4: Vector num plano

B—4—1 Conhecer o contexto real do vector num plano e a noção básica;
B—4—2 Ser capaz de distinguir vector da norma de um vector e encontrar a norma de um vector;
B—4—3 Ser capaz de escrever o método de marcação de segmentos de recta orientada e o método de marcação de coordenadas;
B—4—4 Através de exemplos reais, dominar as operações de adição vectorial e aproveitar a operação inversa da adição para calcular a diferença vectorial;
B—4—5 Ser capaz de usar as regras do triângulo e do paralelogramo para encontrar a soma de dois vectores, sendo capaz de usar o método de polígonos e de coordenadas para encontrar a soma de n vectores;
B—4—6 Na multiplicação vectorial, ser capaz de distinguir as diferenças entre o produto de um vector por um número real e o produto interno de vectores, e explicar o seu significado geométrico;
B—4—7 Ser capaz de usar as três leis fundamentais da multiplicação de vectores por número real para efectuar cálculos:
B—4—8 Saber aplicar as fórmulas de produto interno de vectores para efectuar operações, no sentido de provar que dois vectores são perpendiculares ou paralelos, sendo capaz de resolver, entre outras, algumas questões algébricas e geométricas;
B—4—9 Ser capaz de aplicar vectores na resolução de algumas questões de geometria plana.

Grupo de aprendizagem B—5: Trigonometria

B—5—1 Entender a noção de ângulo arbitrário;
B—5—2 Compreender as medidas em radianos, sendo capaz de efectuar a transformação entre radianos e ângulos;
B—5—3 Dominar a definição de funções trigonométricas de ângulo arbitrário, sendo capaz de aproveitar os segmentos de recta orientados no círculo unitário para representação;
B—5—4 Dominar as fórmulas das relações básicas das funções trigonométricas do mesmo ângulo:;
B—5—5 Compreender as fórmulas de transformação e ser capaz de aplicá-las de forma simples;
B—5—6 Dominar as fórmulas dos cossenos da soma e diferença de dois ângulos e ser capaz de aplicá-las de forma hábil;
B—5—7 Dominar as fórmulas dos senos da soma e diferença de dois ângulos e ser capaz de aplicá-las de forma hábil;
B—5—8 Compreender as fórmulas das tangentes de soma e diferença de dois ângulos;
B—5—9 Compreender as fórmulas do ângulo duplo e ser capaz de aplicá-las de forma hábil;
B—5—10 Através de exemplos reais, dominar os gráficos de função de seno e as suas propriedades básicas;
B—5—11 Compreender os gráficos das funções de cosseno e de tangente e as suas propriedades;
B—5—12 Combinando com exemplos reais, dominar o gráfico da função e as suas propriedades;
B—5—13 Dominar as leis dos senos e dos cossenos, sendo capaz de aplicá-las para resolver o triângulo oblíquo;
B—5—14 Com as leis dos senos e dos cossenos, explorar a relação entre lados e ângulos do triângulo e identificar a forma de um triângulo;
B—5—15 Ser capaz de utilizar as leis dos senos e dos cossenos para resolver as questões práticas relativas ao cálculo geométrico;
B—5—16 Ser capaz de usar os conhecimentos do triângulo para resolver algumas questões relativamente à medição.

Âmbito de aprendizagem C: Probabilidade e estatística

Grupo de aprendizagem C—1: Probabilidade

C—1—1 Conhecer o significado de evento elementar, compreendendo o significado de adição e multiplicação dos eventos;
C—1—2 Saber utilizar os conhecimentos sobre a permutação e a combinação aprendidos para calcular o número de eventos elementares abrangidos por certos eventos aleatórios;
C—1—3 Através dos exemplos reais, compreender a definição clássica de probabilidade e a sua fórmula de cálculo de probabilidade;
C—1—4 Através dos exemplos reais, compreender as fórmulas de adição de probabilidades para dois eventos mutuamente exclusivos;
C—1—5 Dentro das situações reais, conhecer a noção de probabilidade condicionada e de independência mútua de dois eventos.

Grupo de aprendizagem C—2: Estatística

C—2—1 Saber aplicar os métodos apropriados para extrair amostras da população;
C—2—2 Saber aplicar as formas apropriadas para arrumar os dados de amostras;
C—2—3 Através dos exemplos reais, compreender o significado de desvio padrão dos dados de amostras e os seus efeitos, sabendo calcular o desvio padrão dos dados;
C—2—4 Usar características numéricas das amostras para estimar características numéricas da população;
C—2—5 Conhecer a aplicação de características numéricas das amostras a situações do quotidiano.

Grupo de aprendizagem C—3: Permutação e combinação e teorema do binómio de Newton

C—3—1 Compreender o princípio aditivo e o princípio multiplicativo de contagem;
C—3—2 Ser capaz de usar o princípio aditivo e o princípio multiplicativo de contagem para analisar e resolver algumas questões práticas simples;
C—3—3 Compreender a noção de permutação e de número de permutação; conhecer a derivação das fórmulas dos números de permutação;
C—3—4 Dominar as fórmulas de número das permutações e as suas variantes e saber usar o número das permutações para efectuar as respectivas operações;
C—3—5 Conhecer alguns métodos usuais que resolvem situações-problema de permutação condicional e saber resolver algumas situações-problema de permutação simples;
C—3—6 Compreender a noção de combinação e de números combinatórios, compreendendo a ligação e a diferença entre permutação e combinação;
C—3—7 Dominar as fórmulas dos números combinatórios, conhecendo as duas propriedades dos números combinatórios e sabendo aplicá-las;
C—3—8 Conhecer alguns métodos usuais que resolvem situações-problema de combinação e ser capaz de resolver algumas situações-problema de combinação simples;
C—3—9 Compreender o teorema binomial e conhecer o seu processo de prova;
C—3—10 Compreender a fórmula do termo geral do binómio de Newton, sendo capaz de usá-la para encontrar um termo determinado ou coeficiente de um termo determinado;
C—3—11 Conhecer a diferença entre o coeficiente binomial de certo termo na fórmula de desenvolvimento do binómio e o coeficiente deste termo;
C—3—12 Aproveitando a tabela do Triângulo de Pascal, compreender a simetria de coeficientes binomiais, o aumento e a redução correspondente e o valor máximo.

Âmbito de aprendizagem D: Outros

Grupo de aprendizagem D—1: Derivada

D—1—1 Conhecer o contexto real da noção de derivada, sabendo que a taxa de variação instantânea é a derivada;
D—1—2 Através dos gráficos de funções, compreender o significado geométrico de derivada: declive da recta tangente, saber utilizar a derivada para encontrar a equação da recta tangente e a equação de vector normal de um ponto determinado de uma curva;
D—1—3 Ser capaz de aproveitar as fórmulas de derivada das funções elementares dadas e a lei de quatro operações matemáticas de derivada para encontrar a derivada de uma função simples;
D—1—4 Conhecer a relação de correspondência entre a monotonia de funções e a derivada;
D—1—5 Conhecer as diferenças entre os valores máximos e mínimos e valores extremamente máximos e mínimos, aproveitando a derivada para encontrar valores máximos e mínimos e valores extremamente máximos e mínimos de algumas funções para resolver algumas situações-problema simples.

Âmbito de aprendizagem E: Sentimentos, atitudes e valores

E—1—1 Participar activamente na observação, prática, resumo, conjectura e demonstração, entre outras actividades matemáticas, sendo capaz de apresentar e comunicar o seu processo de pensamento;
E—1—2 Face às situações reais, ser capaz de descobrir as questões matemáticas, e ser capaz também de utilizar os métodos matemáticos para analisar e resolver os problemas;
E—1—3 Ser capaz de categorizar e sintetizar os conhecimentos aprendidos, criando uma relação entre os diversos conhecimentos de matemática;
E—1—4 Saber resolver os problemas através da criação de um modelo matemático, experimentando a aplicação matemática a situações do quotidiano e aumentando o interesse pela aprendizagem da matemática;
E—1—5 Nas actividades de investigação, saber ouvir e cooperar com os outros, respeitando as opiniões dos outros;
E—1—6 Ser capaz de superar as dificuldades encontradas na resolução de questões matemáticas, aumentando a autoconfiança na aprendizagem da matemática, formando o hábito de pensar prudentemente e desenvolver uma atitude de acção com base na realidade.

ANEXO VIII

Exigências das competências académicas básicas de Educação Moral e Cívica no ensino secundário complementar

1. Ideias essenciais

As exigências das competências académicas básicas da Educação Moral e Cívica do ensino segundário geral devem seguir as seguintes ideias essenciais:

1) Formar a qualidade moral e cívica através das experiências socias dos alunos

A qualidade moral e cívica dos alunos é formada, gradualmente, através da vida social. O desenvolvimento físico e mental dos alunos do ensino secundário complementar está cada vez mais desenvolvido, com um carácter autónomo e consciente, mais forte, com um âmbito de vida e de interação social maior e com características próprias. A Educação Moral e Cívica deve partir das experiências já adquiridas pelos alunos na vida social, compreendendo as suas necessidades, valorizando as questões que mais os preocupam, resolvendo as complexidades da sua vida social e cívica, promovendo formando uma filosofia de valores correctos e um conceito dinâmico de vida e do mundo, formando assim as suas boas qualidades cívicas.

2) Formar a capacidade da prática cívica através de abundantes actividades sociais dos alunos

A qualidade moral e cívica dos alunos é adquirida a partir dos seus comportamentos diários e formada com as suas práticas na vida social e as suas experiências pessoais. A vida e as actividades de práticas sociais de um aluno do ensino secundário complementar são relativamente mais enriquecidas e as suas capacidades de compreensão e de reflexão sobre a vida são cada vez maiores. Neste sentido o currículo da Educação Moral e Cívica do ensino secundário complementar deve valorizar as actividades das práticas sociais dos alunos, devendo, tanto quanto possível, criar condições que os orientem na participação dinâmica da vida pública, começando por se preocuparem com os assuntos à sua volta e depois com os assuntos sociais e internacionais importantes, levando-os a aprofundar, gradualmente, a compreensão da sociedade, a explorar, por sua própria iniciativa, as questões sociais e a experimentar a vida social e, através da participação social e prática autónoma, aprenderem a ser cidadãos responsáveis.

3) Reforçar o desenvolvimento de análise e de juízos autónomos do aluno e formar a capacidade de reflexão e espírito racional dos alunos

O ensino secundário complementar é um período decisivo para a formação dos alunos, quanto aos conceitos sobre o mundo, a vida e os valores. Os alunos, deste nível de ensino são mais independentes, têm a sua própria opinião sobre as questões sociais e um certo conhecimento social. Neste nível de ensino devem-se reforçar nos alunos a análise autónoma, os juízos e a capacidade de reflexão, orientando-os para abordarem, de forma dialética e do ponto de vista histórico, os fenómenos e as questões sociais, lidando racionalmente com os assuntos pessoais e sociais.

4) Alargar os horizontes internacionais dos alunos e formar a sua “consciência de cidadão global”

Como o horizonte dos alunos do ensino secundário complementar é relativamente maior, os alunos começam a interessar-se pelas questões mundiais. Numa conjuntura de ligação estreita do mundo, de crescente concorrência e cooperação regionais e internacionais, bem como de aceleramento do rumo de Macau para cidade internacional, a Educação Moral e Cívica do ensino secundário complementar deve formar nos alunos uma visão internacional e a consciência de ser um “cidadão global”, para assim, aumentar, continuamente, a sua atenção sobre o bem-estar da humanidade, manter a paz mundial, promover o desenvolvimento mundial e ter uma atitude tolerante em relação à cultura diversificada e aos diferentes conceitos de valores.

2. Objectivos curriculares

1) Formar nos alunos um activo e desenvolvido conceito de vida com elevadas qualidades psicológicas e desenvolver de forma contínua as qualidades morais, nomeadamente a honestidade, a responsabilidade, a racionabilidade, o respeito, a tolerância, a cooperação e a justiça, ajudando-os a criarem um conceito de aprendizagem contínua, alargando os seus horizontes sobre o desenvolvimento profissional e aumentando a sua capacidade de planeamento da vida;

2) Formar nos alunos as habilidades de auto-aprendizagem, reflexão e de escolha autónoma, bem como o espírito e a capacidade de autodeterminação, de autodisciplina, de autonomia e de independência;

3) Ajudar os alunos a criarem uma correcta ética familiar, aumentar a sua capacidade nas práticas sociais, formar uma atitude interessada pela sociedade e um espírito de ajudar a sociedade, bem como, a consciência e a capacidade de apoiar os direitos sociais e cumprir os deveres sociais;

4) Formar nos alunos uma consciência interessada no desenvolvimento de Macau e do país, bem como o sentido de justiça, o espírito democrático e do primado da lei, elevando as suas qualidades cívicas;

5) Formar nos alunos uma atitude de respeito pelas diferentes culturas e capacidade de interacção transcultural, promover o seu conhecimento sobre a interligação entre a humanidade e o sistema ambiental mundial e reforçar o seu interesse consciente pelo meio ambiente com a responsabilidade de “cidadão global”.

3. Conteúdos específicos das exigências das competências académicas básicas dos diversos âmbitos de aprendizagem

Descrição dos códigos:

1) A letra do alfabeto, em maiúscula, indica as exigências das competências académicas básicas dos diferentes âmbitos de aprendizagem, a saber: A — Autodesenvolvimento; B — Ética social; C — Participação política; D — Vida no estado de direito; E — Mundo interconectado;

2) O número após a letra maiúscula representa o número de ordem das exigências das competências académicas básicas do respectivo âmbito de aprendizagem.

Âmbito de aprendizagem A: Autodesenvolvimento

A—1 Ter na vida objectivos claros e empreendedores;
A—2 Entender o significado de vida feliz e procurar, de forma dinâmica, a concretização do valor da vida;
A—3 Respeitar a vida e abordar as questões éticas sobre a vida e a morte;
A—4 Conseguir aproveitar o tempo livre para melhorar a qualidade de vida pessoal;
A—5 Praticar um modo de vida benéfico ao desenvolvimento físico e mental saudável;
A—6 Entender o seu papel social e os respectivos deveres e responsabilidades;
A—7 Concretizar os princípios éticos e as convicções na situação e acção da vida;
A—8 Procurar ser independente e forte, e construir activamente a sua personalidade moral;
A—9 Compreender os factores que influenciam a saúde psicológica pessoal e ter elevadas qualidades psicológicas;
A—10 Entender a influência positiva e negativa do stress e dominar as formas básicas para a aliviar;
A—11 Envidar esforços para resolver as perturbações psicológicas encontradas e saber pedir ajuda aos profissionais quando necessário;
A—12 Compreender o valor e significado da profissão e do trabalho;
A—13 Reflectir e avaliar o seu conceito de valores sobre as profissões e ter capacidade para escolher a profissão;
A—14 Reflectir e avaliar o seu conceito de valores sobre o estudo e compreender o valor da aprendizagem contínua.

Âmbito de aprendizagem B: Ética social

B—1 Perceber o valor e significado da família sobre si próprio e sobre a sociedade;
B—2 Perceber os seus próprios deveres e responsabilidades sobre o casamento, bem como, os factores determinantes de uma boa relação matrimonial;
B—3 Perceber as responsabilidades dos pais;
B—4 Perceber o significado da regulação da ética familiar sobre a família e sobre a sociedade;
B—5 Ser capaz de estimular a comunicação e a compreensão dentro da família e intensificar o amor e harmonia familiares;
B—6 Dominar as técnicas comuns da interacção social e ser capaz de conviver em harmonia;
B—7 Ser tolerante com as diferentes opiniões, comunicar activamente com outros e resolver, de forma racional, os conflitos;
B—8 Dar sugestões para melhorar o ambiente comunitário e elevar a qualidade de vida dos residentes;
B—9 Ter espírito de servir a comunidade e participar nas actividades saudáveis das organizações comunitárias e sociais;
B—10 Compreender a situação geral das receitas e despesas do governo e saber debatê-las;
B—11 Ser capaz de aplicar os conhecimentos das disciplinas para perceber as questões sociais no desenvolvimento da sociedade;
B—12 Compreender que a tributação legal é um dever fundamental do cidadão;
B—13 Compreender a relação entre o consumo e a qualidade de vida, comentar as vantagens e desvantagens das diversas psicologias do consumo e fazer uma escolha do consumo básico e adequado;
B—14 Compreender o significado da honestidade na vida económica e conseguir tratar honestamente as pessoas e os assuntos;
B—15 Compreender a relação entre o desenvolvimento económico, o ambiente natural local e as características da humanidade, e preocupar-se com a sustentabilidade no desenvolvimento da economia local.

Âmbito de aprendizagem C: Participação política

C—1 Compreender as funções institucionais do poder máximo do nosso país, do partido e da Conferência Consultiva Política;
C—2 Interessar-se pela criação da democracia no país e compreender os meios para participar nos assuntos administrativos do país;
C—3 Compreender as questões importantes existentes no desenvolvimento do país e as perspectivas de desenvolvimento;
C—4 Compreender as características da sociedade civil e o seu significado;
C—5 Entender o significado e a importância da governação política e da participação política;
C—6 Entender os factores básicos, a formação e as restrições do sistema político democrático;
C—7 Compreender o significado e valor da democracia, da justiça e da integridade e ter em atenção o desenvolvimento da democracia na Região Administrativa Especial de Macau;
C—8 Compreender o significado do exercício da fiscalização pelos cidadãos e exercer nos termos legais, o seu poder de fiscalização, expressando de forma responsável as suas opiniões;
C—9 Estar atento às situações de consulta, debate e aprovação dos importantes projectos de lei e a sua influência na sociedade;
C—10 Participar no debate de assuntos públicos e dar a sua opinião, de forma racional;
C—11 Preocupar-se e estar disposto a participar na construção da integridade da Região Administrativa Especial de Macau;
C—12 Compreender a função e o significado do associativismo cívico.

Âmbito de aprendizagem D: Vida no estado de direito

D—1 Perceber o sentido do estado de direito, bem como, o significado da governação do país de acordo com a lei e da independência judicial;
D—2 Entender o significado e o papel de uma Constituição e criar uma consciência constitucional;
D—3 Compreender os principais conteúdos da “Lei Básica da Região Administrativa Especial de Macau da República Popular da China”, nomeadamente a estrutura política, a economia, a cultura e os assuntos sociais da Região Administrativa Especial de Macau;
D—4 Conhecer a função essencial dos cinco principais Códigos de Macau, bem como os tipos de penas em Macau e entender o papel do registo criminal;
D—5 Conhecer os conteúdos fundamentais da Lei das Relações de Trabalho de Macau;
D—6 Compreender o significado do apoio judiciário, compreender minimamente os procedimentos de vários tipos e os seus princípios básicos e saber defender os seus legítimos direitos e interesses em conformidade com a lei;
D—7 Compreender o significado da protecção do direito da propriedade intelectual e obedecer, conscientemente, às respectivas leis.

Âmbito de aprendizagem E: Mundo interconectado

E—1 Entender a relação entre o desenvolvimento tecnológico e a vida pessoal e espiritual da humanidade;
E—2 Entender a relação entre o homem e o ambiente e as respectivas questões éticas, preocupar-se com as questões ambientais mundiais que a humanidade enfrenta e o esforço para tratar estas questões bem como as controvérsias, e saber fazer o seu comentário;
E—3 Ser capaz de analisar correctamente as informações da internet;
E—4 Compreender a influência do progresso da biotecnologia actual face à ética humana;
E—5 Conhecer as características dos principais sistemas do país e regimes políticos a nível mundial;
E—6 Compreender os direitos e deveres do Estado soberano na comunidade internacional, assim como os princípios fundamentais nos contactos políticos internacionais;
E—7 Preocupar-se com as questões mundiais sobre a situação dos direitos humanos e da justiça social;
E—8 Preocupar-se com os casos de concorrência, conflito, oposição e cooperação internacionais e ser capaz de os analisar e comentar objectivamente;
E—9 Preocupar-se com as grandes questões que surgem no processo de desenvolvimento da globalização e das mesmas face à influência da humanidade;
E—10 Entender a importância da igualdade na negociação e da cooperação internacional, através da análise de casos internacionais;
E—11 Compreender o conflito, a cooperação e a inovação cultural resultantes dos contactos de diferentes religiões e culturas e ter a capacidade de interacção transcultural;
E—12 Entender a influência da globalização face à diversidade cultural mundial;
E—13 Compreender a relação entre valores universais e valores diversificados, bem como a importância da ética universal;
E—14 Avaliar e analisar o papel das principais organizações internacionais na vida da comunidade internacional e as suas restrições.

ANEXO IX

Exigências das competências académicas básicas de Sociedade e Humanidade no ensino secundário complementar

1. Ideias essenciais

O currículo de Sociedade e Humanidade envolve uma ampla panóplia de conhecimentos e capacidades relativas aos conteúdos de história, geografia, economia, ciências sociais, direito, política, cultura e filosofia, entre outros. As exigências das competências académicas básicas de Sociedade e Humanidade, no ensino secundário complementar, valorizam mais o uso de conceitos importantes, métodos de pensamento e capacidades da área da Sociedade e Humanidade, bem como processos de aprendizagem que permitam encontrar e resolver problemas, prestando atenção ao aumento da literacia social e humana, no sentido de estabelecer uma base sólida para a aprendizagem e desenvolvimento contínuos dos alunos. Pelo que, as exigências das competências académicas básicas de Sociedade e Humanidade do ensino secundário complementar devem cumprir as seguintes ideias essenciais:

1) Atender às necessidades comuns de desenvolvimento dos alunos, formando os conhecimentos e as capacidades essenciais na área da Sociedade e Humanidade

As exigências das competências académicas básicas de Sociedade e Humanidade, no ensino secundário complementar, requerem uma atenção ao nível das capacidades que os alunos do ensino secundário complementar têm de adquirir após a conclusão dos estudos, e atendem às necessidades comuns no desenvolvimento e interesses de aprendizagem dos alunos. O currículo, através do estudo e da discussão dos temas sobre a mudança dos tempos, da sucessão e inovação cultural, do desenvolvimento sustentável, da ligação regional, bem como do estudo local, entre outros, forma nos alunos conhecimentos e capacidades importantes na área da Sociedade e Humanidade. O currículo consiste em conhecimentos regionais, nacionais e globais, foca-se na sua concepção e organização a escolha dos materiais que contribuam para a transferência e o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem dos alunos, no sentido de aumentar a eficácia da aprendizagem contínua.

2) Aperfeiçoar a formação humana e científica dos alunos, desenvolvendo sentimentos de pertença ao local e uma visão internacional

O planeamento curricular e a prática pedagógica devem fornecer boas experiências e diversificadas de aprendizagem, através do estudo que aborde temas do mundo em geral e do próprio local, reforçando a capacidade de resolução de problemas dos alunos, de comunicação e cooperação entre colegas, bem como uma atitude de respeito e tolerância. Melhorar o conhecimento em relação aos pontos de vista e métodos das disciplinas, no sentido de melhorar a formação humana e científica. O processo de estudo dos conteúdos locais ligado à vida quotidiana, ajuda os alunos a desenvolverem a atenção e o sentimento de pertença ao local e à pátria, bem como através do estudo das questões internacionais e mundiais, levando os alunos a tornarem-se cidadãos com uma maior visão internacional.

3) Promover o estudo temático, alargando os horizontes e os métodos de aprendizagem na área da Sociedade e Humanidade

O conteúdo do currículo de Sociedade e Humanidade é amplo, partindo de várias questões de estudo e aprendizagem, desejando alargar as dimensões de pensamento e aprofundar a capacidade de aprendizagem, incluindo estudar as questões importantes da mudança dos tempos e aprender o processo de desenvolvimento da democracia pelas pessoas, contribui para o entendimento do processo histórico, das mudanças do pensamento social, dos sistemas e da cultura dos diferentes lugares. Por outro lado, estudar também as questões relacionadas com acontecimentos locais passados no sentido de ajudar à compreensão da relação entre materiais, evidências e interpretação históricas, desenvolvendo a capacidade de pensar de forma crítica e analítica. Além disso, através da discussão de questões importantes a nível mundial, regional e local e do uso dos modernos métodos científicos para recolha, resumo, tratamento e análise da informação, pode desenvolver-se a capacidade de interpretação de mapas, da análise quantitativa da geografia e do raciocínio lógico, entre outros. Em paralelo, o tema de desenvolvimento sustentável envolve necessariamente a interdependência entre o meio ambiente, a economia e a sociedade, pelo que o estudo deste tema necessita de integrar os conhecimentos de várias áreas.

4) Valorizar as considerações práticas do currículo, incentivando o desenvolvimento e implementação do próprio currículo escolar

Na implementação do currículo da disciplina de Sociedade e Humanidade, no ensino secundário complementar, a escola pode, conforme as suas próprias características e recursos, entre outras considerações práticas, desenvolver o seu próprio currículo, a fim de preencher as respectivas exigências das competências académicas básicas. Quanto ao planeamento e à implementação do currículo a nível escolar e das salas de aula, devem-se aproveitar os recursos ambientais dentro e fora da escola, prestando atenção aos métodos pedagógicos interactivos entre docentes e alunos e enriquecendo os conteúdos do currículo.

2. Objectivos curriculares

1) Através do estudo de questões importantes na mudança dos tempos, orientar os alunos para compreenderem o contexto, a evolução dos respectivos acontecimentos e as mudanças importantes do pensamento e regime sociais;

2) Através do estudo de questões relativas a sucessão, transmissão e inovação da cultura, orientar os alunos a compreenderem como algumas culturas reagem às questões comuns dos seres humanos, respeitando e apreciando a diversidade cultural;

3) Ajudar os alunos a estabelecer uma visão de desenvolvimento sustentável, orientando-os no estudo da relação entre meio ambiente, economia e sociedade e reflectindo nas formas de convivência entre os seres humanos e a natureza;

4) Numa perspectiva regional, orientar os alunos para entenderem a conteúdo geografia e a economia regionais, bem como as mudanças na conjuntura económica e política do mundo moderno;

5) Através das actividades temáticas do estudo do local, desenvolver nos alunos capacidades de comunicação, expressão, cooperação, resolução de problemas e aquisição de conhecimentos, formando atitudes de respeito, tolerância e apreciação, bem como a atenção e o sentimento de pertença ao local, à sociedade e à pátria;

6) Orientar os alunos sobre como conhecerem a complexidade e diversidade da área da Sociedade e Humanidade, compreendendo as perspectivas e métodos de curiosidade intelectual desta área e dominando os pontos principais da recolha, tratamento e análise de informações e fundamentação de argumentos;

7) Orientar os alunos na apreciação das coisas boas do meio ambiente e da vida, estabelecendo valores de vida saudável, desenvolvendo uma personalidade sã e completa, tornando-se num cidadão com conhecimentos e responsabilidade, e criando activamente uma vida de qualidade.

3. Conteúdos específicos das exigências das competências académicas básicas dos diversos âmbitos de aprendizagem

Descrição dos códigos:

1) A letra do alfabeto, em maiúscula, indica as exigências das competências académicas básicas dos diferentes âmbitos de aprendizagem, a saber: A — Mudança dos tempos; B — Sucessão e inovação cultural; C — Desenvolvimento sustentável; D — Ligação regional; E — Estudo local;

2) O número representa o número de ordem das exigências das competências académicas básicas do respectivo âmbito de aprendizagem.

Âmbito de aprendizagem A: Mudança dos tempos

A—1 Conhecer, sucintamente, o processo de desenvolvimento da unificação de multi-étnica da China, entendendo as características de formação e de desenvolvimento do Estado da China antiga;
A—2 Compreender, sucintamente, o processo de desenvolvimento da civilização agrícola da China antiga, conhecendo as características básicas do desenvolvimento económico da China antiga;
A—3 Saber descrever os vários meios de interacção das civilizações dos diferentes períodos da história mundial, avaliando como o choque e a interacção das civilizações influenciam o desenvolvimento mundial;
A—4 Compreender o processo de evolução do pensamento democrático do ocidente nos tempos modernos, discutindo a sua influência no desenvolvimento da política democrática;
A—5 Saber descrever, de forma resumida, o processo e os resultados da competição entre regimes democráticos e autocráticos nos principais países ocidentais modernos, comparando os seus regimes políticos;
A—6 Saber efectuar uma retrospectiva do processo de desenvolvimento do pensamento democrático da China moderna, comparando as semelhanças e diferenças entre os diferentes pensamentos democráticos da China moderna;
A—7 Conhecer o processo de transformação da China de autocracia para república democrática, discutindo o significado do desenvolvimento da política democrática da China moderna;
A—8 Conhecer o processo de exploração de modernização da China, entendendo a mudança na sociedade da China moderna;
A—9 Compreender o processo de exploração da modernização dos principais países orientais, entendendo os modelos de desenvolvimento social dos diferentes países;
A—10 Ser Capaz de comentar sob várias perspectivas as figuras importantes das épocas, estudando a relação entre estas e o desenvolvimento da sociedade.

Âmbito de aprendizagem B: Sucessão e inovação cultural

B—1 Ter conhecimento que o património mundial é uma riqueza comum de toda a humanidade, formando a responsabilidade cívica de conservação e sucessão da cultura;
B—2 Compreender as características culturais das diferentes regiões da China e do mundo e as razões da sua formação, entendendo o papel do respeito pelas diferenças culturais na construção de uma sociedade harmoniosa;
B—3 Ter conhecimento das características e do espírito da indústria cultural, desenvolvendo uma consciência de inovação cultural;
B—4 Utilizando as várias informações turísticas, saber delinear roteiros de viagens culturais, sabendo apreciar diversas artes e culturas a partir de diferentes perspectivas culturais;
B—5 Saber analisar, sobre vários pontos de vista, a influência das culturas estrangeiras sobre Macau e compreender a importância da integração harmoniosa das culturas para um desenvolvimento sustentável da sociedade;
B—6 Ser capaz de reflectir acerca dos comportamentos de conservação, transmissão e inovação da cultura quando os seres humanos enfrentam a adaptação ao meio ambiente ou às mudanças sociais.

Âmbito de aprendizagem C: Desenvolvimento sustentável

C—1 Dominar o conteudo de desenvolvimento sustentável;
C—2 Reconhecer que o desenvolvimento sustentável é uma escolha imprescindível para os seres humanos, estabelecendo gradualmente uma consciência ambiental, global e de participação;
C—3 Sob a tendência da globalização, compreender as causas e os impactos das grandes questões geradas pelas mudanças do ambiente global e regional;
C—4 Entender limitação dos recursos naturais, estudando como o uso excessivo de recursos afecta o desenvolvimento sustentável da economia, da sociedade e do meio ambiente, compreendendo a importância do uso razoável e da conservação dos recursos;
C—5 Usando uma região como exemplo, de acordo com o seu processo de desenvolvimento, saber apontar a relação controversa entre o desenvolvimento económico, social e ambiental, compreendendo as diferentes medidas de resposta;
C—6 Discutir os métodos de combate aos desastres naturais dos seres humanos, tendo em conta as características dos desastres em Macau e propor medidas eficazes para os prevenir e diminuir;
C—7 Conhecer estratégias de desenvolvimento sustentável de acordo com o estado do desenvolvimento social, económico e ambiental de Macau, sob a influência da globalização;
C—8 Compreender a importância do desenvolvimento da economia humana, valorizar o meio ambiente, respeitar o direito à vida de outros seres vivos, proteger o ambiente natural e promover o desenvolvimento sustentável.

Âmbito de aprendizagem D: Ligação regional

D—1 Explicar as vantagens da evolução do Ocidente no início dos tempos modernos e analisar como isto levou à expansão, em termos geográficos e económicos, dos países ocidentais;
D—2 Explicar o impacto da expansão dos países ocidentais modernos no Oriente, comparando as reacções da China e de outros principais países orientais perante a expansão ocidental;
D—3 Explicar as mudanças significativas na sociedade humana produzidas pela ciência e tecnologia, discutindo o impacto da Revolução Industrial no desenvolvimento do mercado mundial;
D—4 Discutir as relações internacionais modernas, compreendendo a evolução do confronto e da cooperação entre os países para o desenvolvimento mútuo, reflectindo sobre a importância da construção de uma sociedade harmoniosa;
D—5 Ter conhecimento da tendência do desenvolvimento regional da economia mundial moderna, discutindo os problemas ocorridos no processo da globalização económica;
D—6 Analisar as realizações e restrições da cooperação internacional contemporânea, e as tentativas da Organização das Nações Unidas e outras organizações para resolverem os problemas internacionais;
D—7 Discutir os principais factores que influenciam o desenvolvimento regional ou urbano, no contexto da globalização;
D—8 Analisar as vantagens e desvantagens do desenvolvimento de uma região, estudando como as regiões se complementam entre elas com as vantagens e a direcção do desenvolvimento mútuo;
D—9 Apontar as mudanças na relação entre a cidade e o campo no processo da urbanização, conhecendo as causas das problemáticas da urbanização e as suas soluções;
D—10 Compreender as dificuldades no desenvolvimento económico globalizado e as políticas de resposta dos diferentes países, estudando o impacto das diferentes políticas nacionais na economia e política dos próprios países e do mundo.

Âmbito de aprendizagem E: Estudo do local

E—1 Colocar questões relativas ao desenvolvimento do passado e a situação actual de Macau, redigindo um programa de estudo;
E—2 Recolher informações sobre as mudanças históricas, culturais e geomorfológicas de Macau e saber apresentá-las ordenadamente, após tratamento adequado;
E—3 Compreender a diversidade do ambiente natural e humano de Macau, preocupando-se com os problemas do desenvolvimento local, a partir de uma perspectiva mundial, tendo atitudes de apreciação, tolerância, conservação e de serviço à sociedade de Macau, propondo planos e sugestões relativos ao desenvolvimento de Macau.

Exigências das competências académicas básicas de Geografia no ensino secundário complementar*

1. Ideias essenciais

O currículo de Geografia envolve uma ampla panóplia de conhecimentos e capacidades, com os seguintes conteúdos: o desenvolvimento sustentável, a ligação regional, a sucessão e inovação cultural e o estudo local, entre outros. As exigências das competências académicas básicas de Geografia valorizam mais o uso de conceitos importantes, métodos de pensamento e capacidades da área de Geografia, bem como processos de aprendizagem que permitam encontrar e resolver problemas, prestando atenção ao aumento da literacia em Geografia, no sentido de estabelecer uma base sólida para a aprendizagem e desenvolvimento contínuos dos alunos. Pelo que, as exigências das competências académicas básicas de Geografia do ensino secundário complementar devem cumprir as seguintes ideias essenciais:

1) Atender às necessidades comuns de desenvolvimento dos alunos, formando os conhecimentos e as capacidades essenciais na área de Geografia

As exigências das competências académicas básicas de Geografia, no ensino secundário complementar, requerem uma atenção ao nível das capacidades que os alunos do ensino secundário complementar têm de adquirir após a conclusão dos estudos, e atendem às necessidades comuns no desenvolvimento e interesses de aprendizagem dos alunos. O currículo, através do estudo e da discussão dos temas sobre o desenvolvimento sustentável, a ligação regional, a sucessão e inovação cultural e o estudo local, entre outros, forma nos alunos conhecimentos e capacidades importantes na área de Geografia. O currículo consiste em conhecimentos regionais, nacionais e globais, foca-se na sua concepção e organização a escolha dos materiais que contribuam para a transferência e o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem dos alunos, no sentido de aumentar a eficácia da aprendizagem contínua.

2) Aperfeiçoar a literacia em Geografia dos alunos, desenvolvendo sentimentos de pertença ao local e uma visão internacional

O planeamento curricular e a prática pedagógica devem fornecer boas experiências e diversificadas de aprendizagem, através do estudo que aborde temas do mundo em geral e do próprio local, reforçando a capacidade de resolução de problemas dos alunos, de comunicação e cooperação entre colegas, bem como uma atitude de respeito e tolerância. Melhorar o conhecimento em relação aos pontos de vista e métodos das disciplinas, no sentido de melhorar a literacia em Geografia. O processo de estudo dos conteúdos locais ligado à vida quotidiana, ajuda os alunos a desenvolverem a atenção e o sentimento de pertença ao local e à pátria, bem como através do estudo das questões internacionais e mundiais, levando os alunos a tornarem-se cidadãos com uma maior visão internacional.

3) Promover o estudo temático, alargando os horizontes e os métodos de aprendizagem na área de Geografia

O conteúdo do currículo de Geografia é amplo e, partindo de várias questões de estudo e aprendizagem, desejando alargar as dimensões do pensamento e aprofundar a capacidade de aprendizagem, incluindo a discussão de questões importantes a nível mundial, regional e local e do uso dos modernos métodos para recolha, resumo, tratamento e análise da informação, para desenvolver a capacidade de interpretação de mapas, da análise quantitativa da geografia e do raciocínio lógico, entre outros. Em paralelo, o tema de desenvolvimento sustentável envolve necessariamente a interdependência entre o meio ambiente, a economia e a sociedade, pelo que o estudo deste tema necessita de integrar os conhecimentos de várias áreas.

4) Valorizar as considerações práticas do currículo, incentivando o desenvolvimento e implementação do próprio currículo escolar

Na implementação do currículo da disciplina de Geografia, no ensino secundário complementar, a escola pode, conforme as suas próprias características e recursos, entre outras considerações práticas, desenvolver o seu próprio currículo, a fim de preencher as respectivas exigências das competências académicas básicas. Quanto ao planeamento e à implementação do currículo a nível escolar e das salas de aula, devem-se aproveitar os recursos ambientais dentro e fora da escola, prestando atenção aos métodos pedagógicos interactivos entre docentes e alunos e enriquecendo os conteúdos do currículo.

2. Objectivos curriculares

1) Através do estudo de questões relativas a sucessão, transmissão e inovação da cultura, orientar os alunos a compreenderem como algumas culturas reagem às questões comuns dos seres humanos, respeitando e apreciando a diversidade cultural;

2) Ajudar os alunos a estabelecer uma visão de desenvolvimento sustentável, orientando-os no estudo da relação entre meio ambiente, economia e sociedade e reflectindo nas formas de convivência entre os seres humanos e a natureza;

3) Numa perspectiva regional, orientar os alunos para entenderem os conteúdos relacionados com a região em termos geográficos e económicos;

4) Através das actividades temáticas do estudo do local, desenvolver nos alunos capacidades de comunicação, expressão, cooperação, resolução de problemas e aquisição de conhecimentos, formando atitudes de respeito, tolerância e apreciação, bem como a atenção e o sentimento de pertença ao local, à sociedade e à pátria;

5) Orientar os alunos sobre como conhecer a complexidade e diversidade da disciplina de Geografia, compreendendo as perspectivas e métodos de curiosidade intelectual desta área e dominando os pontos principais da recolha, tratamento e análise de informações e fundamentação de argumentos;

6) Orientar os alunos na apreciação das coisas boas do meio ambiente e da vida, estabelecendo valores de vida saudável, desenvolvendo uma personalidade sã e completa, tornando-se num cidadão com conhecimentos e responsabilidade, e criando activamente uma vida de qualidade.

3. Conteúdos específicos das exigências das competências académicas básicas dos diversos âmbitos de aprendizagem

Descrição dos códigos:

1) A letra do alfabeto, em maiúscula, indica as exigências das competências académicas básicas dos diferentes âmbitos de aprendizagem, a saber: A—Desenvolvimento sustentável; B—Ligação regional; C—Sucessão e inovação cultural; D—Estudo local;

2) O número representa o número de ordem das exigências das competências académicas básicas do respectivo âmbito de aprendizagem.

Âmbito de aprendizagem A: Desenvolvimento sustentável

A—1 Dominar o conteúdo de desenvolvimento sustentável;
A—2 Reconhecer que o desenvolvimento sustentável é uma escolha imprescindível para os seres humanos, estabelecendo gradualmente uma consciência ambiental, global e de participação;
A—3 Sob a tendência da globalização, compreender as causas e os impactos das grandes questões geradas pelas mudanças do ambiente global e regional;
A—4 Entender limitação dos recursos naturais, estudando como o uso excessivo de recursos afecta o desenvolvimento sustentável da economia, da sociedade e do meio ambiente, compreendendo a importância do uso razoável e da conservação dos recursos;
A—5 Usando uma região como exemplo, de acordo com o seu processo de desenvolvimento, saber apontar a relação controversa entre o desenvolvimento económico, social e ambiental, compreendendo as diferentes medidas de resposta;
A—6 Discutir os métodos de combate aos desastres naturais dos seres humanos, tendo em conta as características dos desastres em Macau e propor medidas eficazes para os prevenir e diminuir;
A—7 Conhecer estratégias de desenvolvimento sustentável de acordo com o estado do desenvolvimento social, económico e ambiental de Macau, sob a influência da globalização;
A—8 Compreender a importância do desenvolvimento da economia humana, valorizar o meio ambiente, respeitar o direito à vida de outros seres vivos, proteger o ambiente natural e promover o desenvolvimento sustentável.

Âmbito de aprendizagem B: Ligação regional

B—1 Explicar as mudanças significativas na sociedade humana produzidas pela ciência e tecnologia, discutindo o impacto da Revolução Industrial no desenvolvimento do mercado mundial;
B—2 Ter conhecimento da tendência do desenvolvimento regional da economia mundial moderna, discutindo os problemas ocorridos no processo da globalização económica;
B—3 Discutir os principais factores que influenciam o desenvolvimento regional ou urbano, no contexto da globalização;
B—4 Analisar as vantagens e desvantagens do desenvolvimento de uma região, estudando como as regiões se complementam entre elas com as vantagens e a direcção do desenvolvimento mútuo;
B—5 Apontar as mudanças na relação entre a cidade e o campo no processo da urbanização, conhecendo as causas das problemáticas da urbanização e as suas soluções;
B—6 Compreender as dificuldades no desenvolvimento económico globalizado e as políticas de resposta dos diferentes países, estudando o impacto das diferentes políticas nacionais na economia e política dos próprios países e do mundo.

Âmbito de aprendizagem C: Sucessão e inovação cultural

C—1 Ter conhecimento que o património mundial é uma riqueza comum de toda a humanidade, formando a responsabilidade cívica de conservação e sucessão da cultura;
C—2 Compreender as características culturais das diferentes regiões da China e do mundo e as razões da sua formação, entendendo o papel do respeito pelas diferenças culturais na construção de uma sociedade harmoniosa;
C—3 Utilizando as várias informações turísticas, saber delinear roteiros de viagens culturais, sabendo apreciar diversas artes e culturas a partir de diferentes perspectivas culturais;
C—4 Ser capaz de reflectir acerca dos comportamentos de conservação, transmissão e inovação da cultura quando os seres humanos enfrentam a adaptação ao meio ambiente ou às mudanças sociais.

Âmbito de aprendizagem D: Estudo do local

D—1 Colocar questões relativas ao desenvolvimento do passado e a situação actual de Macau, redigindo um programa de estudo;
D—2 Recolher informações sobre as mudanças geomorfológicas de Macau e saber apresentá-las ordenadamente, após tratamento adequado;
D—3 Compreender a diversidade do ambiente natural e humano de Macau, preocupando-se com os problemas do desenvolvimento local, a partir de uma perspectiva mundial, tendo atitudes de apreciação, tolerância, conservação e de serviço à sociedade de Macau, propondo planos e sugestões relativos ao desenvolvimento de Macau.

* Aditado - Consulte também: Despacho do Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura n.º 69/2018

Exigências das competências académicas básicas de História no ensino secundário complementar*

1. Ideias essenciais

O currículo de História envolve uma ampla panóplia de conhecimentos e capacidades relativas aos conteúdos, tais como: a mudança dos tempos, a sucessão e inovação cultural, a ligação regional e o estudo local, entre outros. As exigências das competências académicas básicas de História valorizam mais o uso de conceitos importantes, métodos de pensamento e capacidades da área de História, bem como processos de aprendizagem que permitam encontrar e resolver problemas, prestando atenção ao aumento da literacia em História, no sentido de estabelecer uma base sólida para a aprendizagem e desenvolvimento contínuos dos alunos. Pelo que, as exigências das competências académicas básicas de História do ensino secundário complementar devem cumprir as seguintes ideias essenciais:

1) Atender às necessidades comuns de desenvolvimento dos alunos, formando os conhecimentos e as capacidades essenciais na área de História

As exigências das competências académicas básicas de História, no ensino secundário complementar, requerem uma atenção ao nível das capacidades que os alunos do ensino secundário complementar têm de adquirir após a conclusão dos estudos, e atendem às necessidades comuns no desenvolvimento e interesses de aprendizagem dos alunos. O currículo, através do estudo e da discussão dos temas sobre a mudança dos tempos, da sucessão e inovação cultural, da ligação regional, bem como do estudo local, entre outros, forma nos alunos conhecimentos e capacidades importantes na área de História. O currículo consiste em conhecimentos regionais, nacionais e globais, foca-se na sua concepção e organização a escolha dos materiais que contribuam para a transferência e o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem dos alunos, no sentido de aumentar a eficácia da aprendizagem contínua.

2) Aperfeiçoar a literacia em História dos alunos, desenvolvendo sentimentos de pertença ao local e uma visão internacional

O planeamento curricular e a prática pedagógica devem fornecer boas experiências e diversificadas de aprendizagem, através do estudo que aborde temas do mundo em geral e do próprio local, reforçando a capacidade de resolução de problemas dos alunos, de comunicação e cooperação entre colegas, bem como uma atitude de respeito e tolerância. Melhorar o conhecimento em relação aos pontos de vista e métodos das disciplinas, no sentido de melhorar a literacia em História. O processo de estudo dos conteúdos locais ligado à vida quotidiana, ajuda os alunos a desenvolverem a atenção e o sentimento de pertença ao local e à pátria, bem como através do estudo das questões internacionais e mundiais, levando os alunos a tornarem-se cidadãos com uma maior visão internacional.

3) Promover o estudo temático, alargando os horizontes e os métodos de aprendizagem na área de História

O conteúdo do currículo de História é amplo, partindo de várias questões de estudo e aprendizagem, desejando alargar as dimensões de pensamento e aprofundar a capacidade de aprendizagem. incluindo estudar as questões importantes da mudança dos tempos e aprender o processo de desenvolvimento da democracia pelas pessoas, contribui para o entendimento do processo histórico, das mudanças do pensamento social, dos sistemas e da cultura dos diferentes lugares. Por outro lado, estudar também as questões relacionadas com acontecimentos locais passados no sentido de ajudar à compreensão da relação entre materiais, evidências e interpretação históricas, desenvolvendo a capacidade de pensar de forma crítica e analítica.

4) Valorizar as considerações práticas do currículo, incentivando o desenvolvimento e implementação do próprio currículo escolar

Na implementação do currículo da disciplina de História, no ensino secundário complementar, a escola pode, conforme as suas próprias características e recursos, entre outras considerações práticas, desenvolver o seu próprio currículo, a fim de preencher as respectivas exigências das competências académicas básicas. Quanto ao planeamento e à implementação do currículo a nível escolar e das salas de aula, devem-se aproveitar os recursos ambientais dentro e fora da escola, prestando atenção aos métodos pedagógicos interactivos entre docentes e alunos e enriquecendo os conteúdos do currículo.

2. Objectivos curriculares

1) Através do estudo de questões importantes na mudança dos tempos, orientar os alunos para compreenderem o contexto, a evolução dos respectivos acontecimentos e as mudanças importantes do pensamento e regime sociais;

2) Através do estudo de questões relativas a sucessão, transmissão e inovação da cultura, orientar os alunos a compreenderem como algumas culturas reagem às questões comuns dos seres humanos, respeitando e apreciando a diversidade cultural;

3) Numa perspectiva regional, orientar os alunos no sentido de compreenderem as mudanças na conjuntura económica e política do mundo moderno;

4) Através das actividades temáticas do estudo do local, desenvolver nos alunos capacidades de comunicação, expressão, cooperação, resolução de problemas e aquisição de conhecimentos, formando atitudes de respeito, tolerância e apreciação, bem como a atenção e o sentimento de pertença ao local, à sociedade e à pátria;

5) Orientar os alunos sobre como conhecer a complexidade e diversidade da disciplina de História, compreendendo as perspectivas e métodos de curiosidade intelectual desta área e dominando os pontos principais da recolha, tratamento e análise de informações e fundamentação de argumentos;

6) Orientar os alunos na apreciação das coisas boas do meio ambiente e da vida, estabelecendo valores de vida saudável, desenvolvendo uma personalidade sã e completa, tornando-se num cidadão com conhecimentos e responsabilidade, e criando activamente uma vida de qualidade.

3. Conteúdos específicos das exigências das competências académicas básicas dos diversos âmbitos de aprendizagem

Descrição dos códigos:

1) A letra do alfabeto, em maiúscula, indica as exigências das competências académicas básicas dos diferentes âmbitos de aprendizagem, a saber: A—Mudança dos tempos; B—Ligação regional; C—Sucessão e inovação cultural; D—Estudo local;

2) O número representa o número de ordem das exigências das competências académicas básicas do respectivo âmbito de aprendizagem.

Âmbito de aprendizagem A: Mudança dos tempos

A—1 Conhecer, sucintamente, o processo de desenvolvimento da unificação de multi-étnica da China, entendendo as características de formação e de desenvolvimento do Estado da China antiga;
A—2 Compreender, sucintamente, o processo de desenvolvimento da civilização agrícola da China antiga, conhecendo as características básicas do desenvolvimento económico da China antiga;
A—3 Saber descrever os vários meios de interacção das civilizações dos diferentes períodos da história mundial, avaliando como o choque e a interacção das civilizações influenciam o desenvolvimento mundial;
A—4 Compreender o processo de evolução do pensamento democrático do ocidente nos tempos modernos, discutindo a sua influência no desenvolvimento da política democrática;
A—5 Saber descrever, de forma resumida, o processo e os resultados da competição entre regimes democráticos e autocráticos nos principais países ocidentais modernos, comparando os seus regimes políticos;
A—6 Saber efectuar uma retrospectiva do processo de desenvolvimento do pensamento democrático da China moderna, comparando as semelhanças e diferenças entre os diferentes pensamentos democráticos da China moderna;
A—7 Conhecer o processo de transformação da China de autocracia para república democrática, discutindo o significado do desenvolvimento da política democrática da China moderna;
A—8 Conhecer o processo de exploração de modernização da China, entendendo a mudança na sociedade da China moderna;
A—9 Compreender o processo de exploração da modernização dos principais países orientais, entendendo os modelos de desenvolvimento social dos diferentes países;
A—10 Ser Capaz de comentar sob várias perspectivas as figuras importantes das épocas, estudando a relação entre estas e o desenvolvimento da sociedade.

Âmbito de aprendizagem B: Ligação regional

B—1 Explicar as vantagens da evolução do Ocidente no início dos tempos modernos e analisar como isto levou à expansão, em termos geográficos e económicos, dos países ocidentais;
B—2 Explicar o impacto da expansão dos países ocidentais modernos no Oriente, comparando as reacções da China e de outros principais países orientais perante a expansão ocidental;
B—3 Explicar as mudanças significativas na sociedade humana produzidas pela ciência e tecnologia, discutindo o impacto da Revolução Industrial no desenvolvimento do mercado mundial;
B—4 Discutir as relações internacionais modernas, compreendendo a evolução do confronto e da cooperação entre os países para o desenvolvimento mútuo, reflectindo sobre a importância da construção de uma sociedade harmoniosa;
B—5 Analisar as realizações e restrições da cooperação internacional contemporânea, e as tentativas da Organização das Nações Unidas e outras organizações para resolverem os problemas internacionais;
B—6 Compreender as dificuldades no desenvolvimento económico globalizado e as políticas de resposta dos diferentes países, estudando o impacto das diferentes políticas nacionais na economia e política dos próprios países e do mundo.

Âmbito de aprendizagem C: Sucessão e inovação cultural

C—1 Ter conhecimento que o património mundial é uma riqueza comum de toda a humanidade, formando a responsabilidade cívica de conservação e sucessão da cultura;
C—2 Compreender as características culturais das diferentes regiões da China e do mundo e as razões da sua formação, entendendo o papel do respeito pelas diferenças culturais na construção de uma sociedade harmoniosa;
C—3 Ter conhecimento das características e do espírito da indústria cultural, desenvolvendo uma consciência de inovação cultural;
C—4 Utilizando as várias informações turísticas, saber delinear roteiros de viagens culturais, sabendo apreciar diversas artes e culturas a partir de diferentes perspectivas culturais;
C—5 Saber analisar, sobre vários pontos de vista, a influência das culturas estrangeiras sobre Macau e compreender a importância da integração harmoniosa das culturas para um desenvolvimento sustentável da sociedade;
C—6 Ser capaz de reflectir acerca dos comportamentos de conservação, transmissão e inovação da cultura quando os seres humanos enfrentam a adaptação ao meio ambiente ou às mudanças sociais.

Âmbito de aprendizagem D: Estudo do local

D—1

Colocar questões relativas ao desenvolvimento do passado e a situação actual de Macau, redigindo um programa de estudo;

D—2

Recolher informações sobre as mudanças históricas e culturais de Macau e saber apresentá-las ordenadamente, após tratamento adequado;

D—3

Preocupando-se com os problemas do desenvolvimento local, a partir de uma perspectiva mundial, tendo atitudes de apreciação, tolerância, conservação e de serviço à sociedade de Macau, propondo planos e sugestões relativos ao desenvolvimento de Macau.

* Aditado - Consulte também: Despacho do Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura n.º 69/2018

ANEXO X

Exigências das competências académicas básicas de Ciências Naturais no ensino secundário complementar

1. Ideias essenciais

As ciências naturais são uma denominação global para as várias disciplinas de estudo do mundo natural, abrangendo tanto o conhecimento do maravilhoso mundo material, como a exploração da vida das plantas e animais, bem como dos próprios seres humanos. Ao longo da história, os cientistas não estabeleceram apenas um enorme sistema de conhecimentos, mas formaram também um conjunto de métodos únicos para conhecimento do mundo, desenvolveram o espírito, a ética e o valor mundial da ciência. Na sociedade actual, as ciências naturais penetraram nas nossas vidas em todos os aspectos, tornando-se um factor extremamente crítico e influenciador do desenvolvimento social. Os alunos, através da aprendizagem das ciências naturais na fase do ensino secundário complementar, devem adquirir um conhecimento mais profundo das ciências, enriquecendo também o conhecimento dos métodos científicos, do espírito científico e da relação entre a ciência e a sociedade, de modo a aumentarem a sua própria literacia científica, estabelecendo neles uma base sólida para a vida social e para o desenvolvimento dos estudos, tendo em conta a realidade actual e futura. Pelo que, as competências académicas básicas de Ciências Naturais do ensino secundário complementar devem seguir as seguintes ideias essenciais:

1) Ter por finalidade o desenvolvimento geral dos alunos, aumentando do nível de literacia científica de cada aluno

A fase do ensino secundário complementar deve permitir que cada aluno tenha um maior desenvolvimento na aprendizagem das ciências, de modo a adquirir a literacia científica necessária para se adaptar à vida moderna e ao desenvolvimento da sociedade futura. A fim de concretizar o objectivo de aumentar a literacia científica, o currículo das ciências deve prestar mais atenção às diferenças entre as capacidades de aprendizagem de todos os alunos, as suas particularidades em termos de meios e interesse pela aprendizagem, bem como ao conhecimento e experiências, entre outros aspectos.

2) Reforçar a ligação interdisciplinar, ajudando os alunos a compreender a relação entre a ciência, a tecnologia e a sociedade

Apesar das ciências naturais envolverem vários conteúdos, estes têm uma ligação próxima entre eles tanto com o próprio conhecimento como com os métodos e valores. As ciências, sendo um conjunto, têm também interligações e interacções com a tecnologia e a sociedade. Os alunos têm de, através da história do desenvolvimento científico e da prática científica moderna, compreender mais profundamente os pontos comuns das ciências naturais, a relação dialéctica entre ciência e tecnologia, bem como as influências positivas levadas à sociedade humana pelo desenvolvimento tecnológico e os impactos negativos causados pelo abuso da tecnologia, aumentando assim o conhecimento dos aspectos científicos da natureza.

3) Prestar atenção à diversidade dos métodos pedagógicos, impulsionando a aprendizagem de investigação

A investigação científica é uma característica fundamental das ciências naturais, sendo também um método eficaz para a aprendizagem científica. Através da investigação de questões em aberto, os alunos podem, além do conhecimento científico, conhecer também os diversos métodos científicos, desenvolvendo a capacidade de pensamento e o espírito científicos. Uma vez que os alunos do ensino secundário complementar já possuem certos conhecimentos e capacidades, o currículo das ciências deve fornecer mais oportunidades para que possam desenvolver uma investigação de modo autónomo. A educação científica necessita também de aplicar, de modo flexível, diversos métodos de ensino conforme os objectivos, conteúdos e recursos pedagógicos, orientando os alunos no sentido de participarem, activamente, no processo de aprendizagem.

2. Objectivos curriculares

1) Desenvolver nos alunos o domínio de alguns métodos e capacidades científicas básicas, sendo capaz de resolver alguns problemas práticos relacionados com a ciência;

2) Orientar os alunos para compreenderem o significado e o processo básico de investigação científica, desenvolvendo certas capacidades de investigação;

3) Ajudar os alunos a formarem um espírito científico racional, de busca da verdade, aberto e inovador;

4) Orientar os alunos para compreenderem a relação entre ciência, tecnologia, sociedade e ambiente, aprendendo a tratar e analisar as questões sociais relacionadas com a ciência;

5) Orientar os alunos para entenderem o papel da humanidade na ciência, compreendendo a relação íntima entre a ciência, o progresso humano e o desenvolvimento social, reforçando o conhecimento da natureza científica.

3. Conteúdos específicos das exigências das competências académicas básicas dos diversos âmbitos de aprendizagem

Descrição dos códigos:

1) A letra do alfabeto, em maiúscula, indica as exigências das competências académicas básicas dos diferentes âmbitos de aprendizagem, a saber: A — Investigação científica; B — História e natureza da ciência; C — Meio ambiente e recursos; D — Tecnologia moderna;

2) O número após a letra maiúscula representa o número de ordem das exigências das competências académicas básicas do respectivo âmbito de aprendizagem.

Âmbito de aprendizagem A: Investigação científica

A—1 Compreender que a investigação é a propriedade essencial das ciências naturais, uma forma de sobrevivência e uma atitude de vida dos seres humanos;
A—2 Compreender a importância de tratar as provas com um pensamento crítico, incluindo o importante papel das mesmas, de modo a apoiar, corrigir ou refutar as teorias científicas propostas;
A—3 Saber, minimamente, levantar questões científicas apropriadas e questões de ciência social, identificando os pontos cruciais dessas questões;
A—4 Aprender de modo simples a utilizar factos, experiências ou teorias científicas para proceder ao raciocínio lógico e propor hipóteses;
A—5 Tentar recorrer ao pensamento crítico para apresentar ideias criativas e propostas de solução viáveis para os problemas;
A—6 Pesquisar as informações científicas necessárias através das bibliotecas, da internet, de bancos de recursos multimédia e outros meios diferentes, aprendendo de forma simples a classificar e resumir estas informações;
A—7 Tentar avaliar a qualidade das informações e dos resultados de observação obtidos, identificando os factores que afectam a qualidade e a credibilidade;
A—8 Ser capaz de deduzir, de forma simples, as conclusões correctas através de provas directas e indirectas;
A—9 Ser capaz de, de forma simples, utilizar gráficos para demonstrar os resultados da investigação e utilizar termos científicos para redigir relatórios de investigação;
A—10 Ser capaz de concluir uma investigação científica através do trabalho em grupo, compreendendo a importância da divisão de trabalho e cooperação na investigação.

Âmbito de aprendizagem B: História e natureza da ciência

B—1 Compreender de forma simples a distinção e a ligação entre a ciência e tecnologia;
B—2 Conhecer de modo simples como a ciência faz parte da tradição social e cultural, bem como os conceitos científicos são afectados pelo contexto social e histórico;
B—3 Através do conhecimento da história do desenvolvimento científico, compreender a evolução e as alterações da ciência;
B—4 A partir da história da descoberta da Tabela Periódica dos Elementos, saber abordar, minimamente a convicção dos cientistas de que o mundo é cognoscível, bem como a influência desta convicção na investigação científica;
B—5 A partir da história da descoberta da estrutura do anel de benzeno, compreender o papel importante da criação e imaginação no desenvolvimento científico;
B—6 A partir da história do desenvolvimento do modelo de estrutura atómica, conhecer o valor da construção dos modelos na investigação científica e as suas limitações;
B—7 Compreender a contribuição científica de Galileu Galilei e Isaac Newton e a importância dos seus métodos experimentais no desenvolvimento científico;
B—8 Compreender a história do conhecimento da natureza da luz pela ciência ocidental, compreendendo os diferentes papéis da teoria ou lei na ciência;
B—9 Compreender, de modo simples, o processo de conhecimento da interacção electromagnética pelos seres humanos, bem como a sua influência na sociedade humana;
B—10 Ser capaz de analisar e explicar o processo na formação da teoria celular, conhecendo as características principais de descoberta científica;
B—11 Ser capaz de analisar e explicar o processo de investigação das substâncias genéticas dos seres humanos, compreendendo o papel importante de técnicas de experiências na investigação científica;
B—12 Ser capaz de descrever, de modo resumido, a formação e o desenvolvimento do pensamento evolutivo dos seres vivos, compreendendo a relação entre o desenvolvimento científico e a sociedade, cultura e religião, entre outros;
B—13 Conhecer o desenvolvimento da astronomia e geociência no tempo moderno e explicar a sua importância para o progresso da civilização humana.

Âmbito de aprendizagem C: Meio ambiente e recursos

C—1 Ter conhecimento do cloro, nitrogénio, enxofre, silício e outros compostos químicos importantes não metálicos comuns e do impacto da reciclagem dos metais comuns no ambiente ecológico;
C—2 Compreender os principais componentes dos materiais de decoração nas casas e os seus efeitos sobre a saúde humana;
C—3 Ter conhecimento da situação e dos danos causados pela poluição luminosa, poluição branca, poluição electromagnética e outras formas de poluição ambiental em Macau;
C—4 Compreender a aplicação da energia nuclear, bem como a necessidade e os métodos de bom tratamento dos resíduos radioactivos da central nuclear;
C—5 Compreender o impacto dos aterros marítimos no ambiente ecológico;
C—6 Ser capaz de discutir a relação equilibrada entre a urbanização, industrialização e conservação ambiental;
C—7 Ser capaz de discutir a formação da diversidade biológica e a sua importância;
C—8 Ser capaz de analisar e explicar o fluxo da energia e ciclo dos materiais nos ecossistemas, estudando a aplicação prática dessas leis;
C—9 Ser capaz de estudar e discutir os problemas ecológicos do mundo e as medidas de protecção, prestando atenção à situação ecológica actual em Macau.

Âmbito de aprendizagem D: Tecnologia moderna

D—1 Conhecer o papel importante dos materiais derivados do etileno, cloreto de vinila e benzeno, entre outros, na produção química, sendo capaz de exemplificar a aplicação de materiais macromoleculares na vida e em outras áreas;
D—2 Compreender minimamente a composição das substâncias comuns e os métodos de estudo da estrutura, tendo conhecimento do papel da espectrometria de massa, da ressonância magnética nuclear, do espectrómetro de infravermelhos e outras máquinas modernas na análise da estrutura de substâncias;
D—3 Compreender, de modo simples, o princípio da operação de laser e fibras ópticas, bem como a sua aplicação na produção e na vida;
D—4 Através do conhecimento dos microscópios, dos telescópios e da difracção de raios X, entre outros, compreender o papel da ciência e tecnologia na promoção da sociedade humana;
D—5 Ser capaz de explicar, com exemplos, a aplicação da tecnologia de satélite artificial na vida;
D—6 Compreender a microestrutura de cristais líquidos, tendo conhecimento das diferenças principais entre a televisão de alta definição e televisão de tubos de raios catódicos;
D—7 Compreender o impacto dos equipamentos de comunicações e da tecnologia de redes na economia humana e no desenvolvimento social;
D—8 Prestar atenção às informações relacionadas com o genoma e o diagnóstico genético, compreendendo o significado do projecto do genoma humano e exemplificar o impacto da engenharia genética na produção e na vida;
D—9 Ser capaz de procurar informações sobre o progresso e o desenvolvimento da investigação e a aplicação das células estaminais, compreendendo o significado da investigação das células estaminais para os seres humanos;
D—10 Prestar atenção ao desenvolvimento da tecnologia de clonagem e tecnologia de transplante de órgãos, bem como os possíveis problemas éticos e sociais daí resultantes.

Anexo XI

Exigências das competências académicas básicas de Tecnologias de Informação no ensino secundário complementar

1. Ideias essenciais

A sociedade actual depara-se com um desenvolvimento cada vez maior das tecnologias de informação, tipificadas na utilização da Internet Móvel, Computação em Nuvem, Grandes Volumes de Dados, Internet das Coisas e Inteligência Artificial entre outras novas tecnologias, que vieram criar novos modos de vida, de trabalho e de aprendizagem, como por exemplo o comércio electrónico, o trabalho flexível, a auto-aprendizagem e, inclusivamente, a construção de casas inteligentes entre vários aspectos, actualizando constantemente o modelo de contacto, de cognição e de inovação, apresentando novos desafios e oportunidades ilimitadas para o desenvolvimento da sociedade humana.

Os actuais alunos do ensino secundário complementar devem possuir qualidades de desenvolvimento sustentável relacionadas com as tecnologias de informação, desenvolvendo valores e atitudes positivas com capacidade de resolução de problemas da vida quotidiana através da aplicação proficiente destas tecnologias, no sentido de estar preparado de forma mínima, para a vida social no futuro, para o estudo no ensino superior ou para a procura do emprego. Para o efeito, o currículo das Tecnologias de Informação do ensino secundário complementar será baseado na sua literacia básica, aprofundando o conteúdo de aprendizagem destas tecnologias, alargando as áreas de estudo, reforçando as capacidades práticas e de reflexão dos alunos e contribuindo ainda para elevar o nível de literacia dos estudantes do ensino secundário complementar, nesta área. Pelo que, as exigências das competências académicas básicas de Tecnologia de Informação do ensino secundário complementar devem seguir as seguintes ideias essenciais:

1) Considerar a criação de uma base sólida, tendo também em conta o desenvolvimento individual, elevando o nível de literacia de cada aluno na área das tecnologias de informação

O currículo deve contemplar todos os alunos aprofundando os seus conhecimentos das tecnologias de informação e reforçando as competências elementares para a sua utilização. Ao mesmo tempo, ter em consideração as necessidades de desenvolvimento pessoal, no sentido de promover o melhoramento da literacia dos estudantes no campo das tecnologias de informação.

2) Valorizar a compreensão do pensamento e da metodologia das tecnologias de informação, desenvolvendo a capacidade do raciocínio e a criatividade

Deve prestar-se atenção aos alunos na compreensão do pensamento e metodologia básica das tecnologias de informação durante o processo de aprendizagem, promovendo o desenvolvimento de um alto nível de pensamento computacional, criativo e crítico, com a utilização destas tecnologias, desenvolvendo a consciência criativa dos alunos e o espírito inventivo dos mesmos.

3) Enfatizar a actividade prática e reforçar nos alunos a capacidade de resolução de problemas

Face aos problemas práticos da vida e da aprendizagem, aperfeiçoar as capacidades de utilização das tecnologias de informação na resolução de problemas, utilizando-as de forma autónoma na aprendizagem digital e contínua, estabelecendo uma base sólida para o prosseguimento dos estudos e para a integração na vida activa no futuro.

4) Acompanhar o desenvolvimento e influência das tecnologias de informação, desenvolvendo bons cidadãos no âmbito da informação

Acompanhar o desenvolvimento tecnológico mais recente e mostrar interesse por articular a vida com as tecnologias de informação, atendendo à sua influência sobre na sociedade e nos cidadãos, encarando racionalmente os desafios éticos trazidos pelas mesmas, respeitando a legislação vigente e utilizando estas tecnologias, de forma regulamentada, para melhorar a qualidade de vida e da aprendizagem.

2. Objectivos curriculares

1) Desenvolver nos alunos os conceitos e teorias básicas das tecnologias de informação, adquirindo conhecimentos fundamentais sobre as mesmas e a sociedade informatizada;

2) Desenvolver nos alunos de forma proficiente a aplicação das competências fundamentais que as tecnologias de informação poderão oferecer, sendo capaz de tratar os assuntos básicos que a elas dizem respeito, de forma independente ou cooperativa;

3) Orientar os alunos para desenvolverem experiências básicas na aplicação das tecnologias que incluam as mais recentes, através das actividades práticas tecnológicas de diversas formas e de cominação dos softwares e hardwares;

4) Aproveitar as vantagens da aprendizagem digital, orientando os alunos para a aprendizagem contínua, formando o hábito de utilizar de forma saudável as tecnologias de informação e de promover a aprendizagem autónoma e cooperativa;

5) Preparar os alunos para utilizarem as tecnologias de informação na resolução de problemas práticos, desenvolvendo o pensamento lógico, computacional, criativo e crítico e reforçando a capacidade fundamental de resolução de problemas com a utilização destas tecnologias;

6) Orientar os alunos a compreenderem o raciocínio e a metodologia tecnológica envolvidos na digitalização, networking, intelectualização, segurança, código aberto e optimização das tecnologias de informação, no sentido de melhorar a sua qualidade de vida e a eficácia na aprendizagem;

7) Orientar os alunos para participarem activamente nas práticas sociais das tecnologias de informação, experimentarem a concepção e produção com assistências de computador e impressão 3D, entre outras tecnologias, sob condições de informatização e Networking. Sentindo e conhecendo a cultura da socidade informatizada nos aspectos da vida, da aprendizagem, da comunicação e da entretenimento, entre outras, desenvolvendo, de forma básica, a atitude responsável na utillização das tecnologias de informação;

8) Orientar os alunos para acompanharem o desenvolvimento mais recente das tecnologias de informação, examinando as suas influências positivas e negativas em relação à sociedade e estabelecendo um conceito básico de tratamento racional destas tecnologias.

3. Conteúdos específicos das exigências das competências académicas básicas dos diversos âmbitos de aprendizagem

Descrição dos códigos:

1) A letra do alfabeto, em maiúscula, indica as exigências das competências académicas básicas dos diferentes âmbitos de aprendizagem, a saber: A — Conceito e cognição; B — Aplicação e criação; C — Comunicação e cooperação; D — Moralidade e responsabilidade;

2) O número após a letra maiúscula representa o número de ordem das exigências das competências académicas básicas do respectivo âmbito de aprendizagem.

Âmbito de aprendizagem A: Conceito e cognição

A—1 Entender o sentido e as características da informação e conhecer formas de representação da digitalização de informações bem como das vantagens e desvantagens das informações digitalizadas;
A—2 Perceber os princípios básicos de cálculo e de armazenamento de informações (dados) no hardware do computador;
A—3 Entender o tipo e as funções do sistema operativo de computador, sendo capaz de apresentar, com brevidade, os assuntos principais do sistema operativo na gestão informática;
A—4 Conhecer alguns dos principais tipos de software de aplicaçãouniversal, sendo capaz de explicar o processo básico de tratamento de informações correspondentes a determinado software;
A—5 Ter conhecimentos sobre as relações entre o algoritmo, o programa e a solução para os problemas levantados, conseguindo utilizar o pseudocódigo para escrever um algoritmo;
A—6 Saber as funções de comunicação em rede e conhecer as características de algumas categorias de rede, sendo capaz de especificar as atribuições dos protocolos de comunicação em rede utilizados frequentemente;
A—7 Entender a função do sistema de inteligência artificial e seu processo de percepção e dedução, sendo capaz de enumerar exemplos típicos;
A—8 Conhecer a linguagem de programação usual, sendo capaz de esboçar as três estruturas de controlo de fluxo básicas do algoritmo.

Âmbito de aprendizagem B: Aplicação e criação

B—1 Ser capaz de escolher, de forma adequada, software e hardware, tais como equipamento digital e internet, adquirindo as informações necessárias com rapidez e eficácia;
B—2 Ser capaz de tratar, proficientemente, os arquivos regulares;
B—3 Ser capaz de desenhar e produzir integralmente obras de multimédia em termos áudio, vídeo, animação e caricatura, entre outras;
B—4 Ser capaz de gerir, proteger e optimizar os sistemas ou produtos usuais de software e hardware informáticos;
B—5 Ser capaz de começar o seu aprendizagem e a vida digitalizados através da utilização de computador e dos terminais móveis, entre outros instrumentos;
B—6 Ser capaz de utilizar os sistemas avançados das tecnologias de informação ao nível da concepção e produção digital;
B—7 Ser capaz de utilizar o software da folha de cálculo para tratar e analisar os dados dos problemas reais;
B—8 Ser capaz de utilizar a linguagem de programação orientada por objectos para projectar programas simples, sabendo efectuar a depuração e publicação destes programas.

Âmbito de aprendizagem C: Comunicação e cooperação

C—1 Saber utilizar as plataformas de rede social e os outros meios de comunicação, de forma adequada e legal para comunicação e intercâmbio;
C—2 Saber fazer bom uso das tecnologias de informação para desenvolver o intercâmbio transdisciplinar e a aprendizagem autónoma e cooperativa;
C—3 Quando enfrentar problemas, ser capaz de utilizar as tecnologias de informação para intercâmbio e pesquisa de soluções, em conjunto;
C—4 Saber aproveitar, de forma plena, as ferramentas na nuvem para desfrutar em conjunto das informações e comunicações, bem como compartilhar a multiculturalidade de Macau.

Âmbito de aprendizagem D: Moralidade e responsabilidade

D—1 Prestar atenção às leis e diplomas legais relativos ao uso das tecnologias de informação e integrar-se de uma forma culta e saudável na vida digital;
D—2 Ser capaz de acompanhar o desenvolvimento das tecnologias de informação, participando activamente na experimentação e na aplicação dos resultados das mesmas;
D—3 Ser capaz de partilhar e divulgar abertamente uma boa cultura informática, participando na criação conjunta da cultura da sociedade informatizada de Macau;
D—4 Conhecer os riscos latentes da internet (viciado na internet, cyberbullying, amizades perigosas na rede, etc.), sendo capaz de formar uma atitude correcta de navegação pela internet e recusando receber, divulgar e emitir informações e mensagens nocivas, simuladas e fraudulentas;
D—5 Conhecer as influências positivas e negativas do uso das tecnologias de informação e ser um cidadão responsável na era informática;
D—6 Conhecer as influências do desenvolvimento das tecnologias de informação sobre a ética social, bem como identificar os problemas éticos em resultado da evolução informática.

ANEXO XII

Exigências das competências académicas básicas de Educação Física e Saúde no ensino secundário complementar

1. Ideias essenciais

O currículo de Educação Física e Saúde fornece aos alunos oportunidades e experiências para uma participação plena nos diversos desportos e aquisição de conhecimentos básicos sobre o desporto e a saúde, de modo a melhorar as suas várias aptidões e competências físicas, permitindo que criem hábitos e atitudes saudáveis, formem um estilo de vida saudável, boas qualidades psicológicas e um carácter perseverante e empreendedor, cultivando um espírito cooperativo e competitivo justo, estabelecendo uma base sólida para o promover o seu crescimento saudável e desenvolvimento integral. Pelo que, as exigências das competências académicas básicas de Educação Física e Saúde do ensino secundário complementar devem seguir as seguintes ideias essenciais:

1) Formar um conceito de “vida saudável” e promover o desenvolvimento integral e saudável dos alunos

O currículo de Educação Física e Saúde deve ter como objectivo a promoção do desenvolvimento saudável e integral dos alunos, incorporando os conhecimentos de desporto e saúde na educação física e nas actividades desportivas extracurriculares, para melhorar a aptidão física dos alunos, a sua consciência sobre a saúde e as capacidades de participação desportiva e de adaptação social. Deve também estreitar a ligação entre o desporto e o conceito de “vida saudável”, para que os alunos conheçam a importância do exercício físico e da educação para a saúde, promovendo o seu desenvolvimento saudável e integral.

2) Implementar uma educação física eficaz e orientar os alunos no domínio de métodos de exercício físico

O currículo de Educação Física e Saúde deve promover o desenvolvimento da aprendizagem dos alunos, através da implementação de uma educação física eficaz. Conforme as diferenças individuais e as características dos interesses dos mesmos, estimulam-se as suas aptidões físicas, competências desportivas e o desenvolvimento das potencialidades a nível psicológico, criando um ambiente pedagógico descontraído, para que usufruam de oportunidades de aprendizagem eficazes, experimentem o sucesso nas mesmas e dominem os métodos e as competências de exercício físico praticado de forma científica.

3) Estimular o interesse dos alunos pelo desporto e formar hábitos desportivos ao longo da vida

O currículo de Educação Física e Saúde deve estimular o interesse dos alunos pelo desporto para que aprendam a apreciar e a desfrutar do prazer da prática desportiva, tomem iniciativa e participem activamente nos desportos escolares e extracurriculares, estabelecendo uma base sólida para formar o hábito e a capacidade da prática desportiva ao longo da vida.

4) Dar importância às diferenças individuais e promover o desenvolvimento saudável de todos os alunos

O currículo de Educação Física e Saúde deve dar importância às condições físicas e à capacidade dos alunos para a prática desportiva. De acordo com as diferenças e necessidades individuais, deve ter em atenção cada adolescente, definindo metas adequadas de aprendizagem, para incentivar os alunos a participarem activamente nos desportos mais adequados às suas condições, desenvolvendo a eficácia do desporto no seu desenvolvimento integral.

2. Objectivos curriculares

1) Formar os alunos para que dominem os conhecimentos, competências e métodos básicos do desporto e saúde, estabelecendo um conceito de “vida saudável”;

2) Orientar os alunos para compreenderem, claramente, a importância do desporto para o crescimento saudável, formando um estilo de vida saudável;

3) Orientar os alunos para uma aprendizagem progressiva para dominarem as várias competências desportivas úteis para uma vida saudável;

4) Orientar os alunos para melhorarem, activamente, a sua aptidão física em prol da saúde individual, de acordo com as suas próprias condições, para melhorar a saúde física e psicológica e as capacidades de sobrevivência e para a vida;

5) Formar os alunos para participarem em actividades desportivas, formando o hábito da prática desportiva ao longo da vida;

6) Formar boas qualidades psicológicas, para que sejam capazes de desenvolver boas relações interpessoais, demonstrar um espírito de cooperação e capacidade de adaptação social.

3. Conteúdos específicos das exigências das competências académicas básicas dos diversos âmbitos de aprendizagem

Descrição dos códigos:

1) A letra do alfabeto, em maiúscula, indica as exigências das competências académicas básicas dos diferentes âmbitos de aprendizagem, a saber: A — Conhecimentos de desporto e de saúde; B — Participação no desporto; C — Competências desportivas; D — Desporto e aptidão física; E — Desporto e saúde psicológica; F — Desporto e adaptação social;

2) O número após a letra maiúscula representa o número de ordem das exigências das competências académicas básicas do respectivo âmbito de aprendizagem.

Âmbito de aprendizagem A: Conhecimentos de desporto e de saúde

A—1 Compreender as características de crescimento do corpo e de desenvolvimento da capacidade física dos alunos;
A—2 Compreender, entre os géneros, as diferenças no desenvolvimento físico e das funções morfológicas dos alunos e as suas relações com o desporto;
A—3 Dominar os conhecimentos sobre a relação existente entre o desporto, a nutrição e a saúde;
A—4 Dominar os métodos e os conhecimentos sobre a prática desportiva para uma boa condição física;
A—5 Formar os bons hábitos de saúde e de estilo de vida;
A—6 Saber as consequências que as emoções negativas causam à saúde;
A—7 Dominar os conhecimentos e os métodos de prevenção de lesões desportivas e de doenças.

Âmbito de aprendizagem B: Participação no desporto

B—1 Conhecer a importância do desporto para o desenvolvimento pessoal;
B—2 Ser capaz de participar nas actividades desportivas extracurriculares e competições desportivas;
B—3 Ser capaz de tomar a iniciativa de participar e orientar os companheiros na prática de exercício físico;
B—4 Ter minimamente a consciência e a habilidade da necessidade da prática desportiva ao longo da vida;
B—5 Ser capaz de auto-avaliar os efeitos decorrentes da prática de exercício físico pessoal;
B—6 Ser capaz de participar nas actividades desportivas como espectador.

Âmbito de aprendizagem C: Competências desportivas

C—1 Dominar os conhecimentos, as competências e as regras de arbitragem elementares das modalidades desportivas de atletismo;
C—2 Dominar os conhecimentos, as competências e as regras de arbitragem elementares das modalidades desportivas com bola;
C—3 Dominar os conhecimentos, as competências e as regras de arbitragem elementares das modalidades desportivas de ginástica;
C—4 Dominar os conhecimentos, as competências, e as regras de arbitragem elementares das modalidades desportivas de artes marciais;
C—5 Dominar, minimamente, os conhecimentos, as competências e as regras de arbitragem das modalidades desportivas desenvolvidas na própria escola;
C—6 Ter, de forma básica, capacidade para definir de forma científica um plano pessoal de treino;
C—7 Saber praticar desporto em segurança;
C—8 Saber utilizar os ambientes naturais para a prática de exercício físico;
C—9 Saber utilizar os recursos desportivos da comunidade para a prática desportiva.

Âmbito de aprendizagem D: Desporto e aptidão física

D—1 Saber o valor de uma boa aptidão física para a saúde física, fisiológica e psicológia;
D—2 Compreender que a aptidão física promove os métodos desportivos e a implementação desportiva do nível de desportos competitivos;
D—3 Conhecer os métodos para o melhoramento da aptidão física relacionada com a saúde, criando depois o hábito desportivo;
D—4 Aumentar a aptidão física competitiva no fim aumentar o nível de desportos competitivos;
D—5 Ser capaz de proceder à avaliação e conhecer a sua própria aptidão física.

Âmbito de aprendizagem E: Desporto e saúde psicológica

E—1 Melhorar a consciência e a capacidade de aumentar a saúde psicológica;
E—2 Compreender que o conteúdo e as características da saúde psicológica;
E—3 Dominar e utilizar os métodos para melhorar o nível da saúde psicológica;
E—4 Dominar os métodos de ajuste emocional;
E—5 Compreender as causas do surgimento e os métodos de ajuste das barreiras psicológicas;
E—6 Desenvolver a capacidade de auto-aprendizagem dos alunos através de actividades desportivas.

Âmbito de aprendizagem F: Desporto e adaptação social

F—1 Reforçar as competências para a interacção interpessoal por fazer desporto;
F—2 Ser capaz de se conter perante contradições e conflitos nas actividades desportivas;
F—3 Saber tratar, correctamente, as relações de cooperação e de competição;
F—4 Saber tratar, correctamente, a vitória ou derrota nas actividades desportivas;
F—5 Estabelecer a capacidade de contrariar a adversidade;
F—6 Insistir os seus objectivos da vida por fazer desporto;
F—7 Apoiar as actividades desportivas nacionais.

ANEXO XIII

Exigências das competências académicas básicas de Artes no ensino secundário complementar

As exigências das competências académicas básicas de Artes no ensino secundário complementar incluem as artes visuais e música, com os seguintes conteúdos:

I. Artes Visuais

1. Ideias essenciais

O currículo da disciplina de Artes Visuais no ensino secundário complementar, foca as características físicas, psicológicas e da vida dos alunos melhorando as suas qualidades a nível global sobre a arte e a humanidade. Por meio de diversos conteúdos e formas pedagógicas, irá aumentar nos alunos do ensino secundário complementar, as capacidades de planear a sua vida com o prosseguimento de estudos no ensino superior, com a procura de emprego e com o desenvolvimento futuro. Pelo que, as exigências das competências académicas básicas de Artes Visuais no ensino secundário complementar devem seguir as seguintes ideias essenciais:

1) Aperfeiçoar as qualidades das artes visuais nos alunos, promover a vontade e a capacidade para a aprendizagem contínua das artes

O currículo de Artes Visuais no ensino secundário complementar elevará a qualidade das artes visuais nos alunos, estimulando o interesse contínuo pela arte após este nível de ensino, sendo capaz de utilizar diversos recursos para realizar uma aprendizagem e uma pesquisa autónomas, adquirindo conhecimentos globais e capacidade de estética, interpretação, criação e demonstração das artes visuais. Estabelece também a ligação entre as artes visuais e o indivíduo e entre as artes visuais e a sociedade construindo uma vida com arte.

2) Com base na cultura local de Macau e a na multiculturalidade mundial, reflectir activamente nas mudanças contemporâneas no campo das artes, focando na era da cultura visual em que os próprios alunos se inserem e aprofundando a integridade do estudo das artes visuais

Com base na cultura local de Macau e na multiculturalidade mundial, o currículo de artes visuais no ensino secundário complementar deve prestar atenção no desenvolvimento da arte contemporânea. A selecção dos conteúdos do currículo, para além das artes tradicionais, deve conter novas formas e meios artísticos, deixando os alunos sentirem as mudanças importantes das artes da época contemporânea. Ao mesmo tempo, o currículo deve destacar e aprofundar a sua integridade, salientando a estreita relação entre as artes visuais e as não visuais, entre estas e a tecnologia, bem como entre estas e a vida, reflectindo as características e as exigências da era das artes visuais. Deve permitir aos alunos estabelecer uma ligação entre os diversos conhecimentos e capacidades, enquadrados numa aprendizagem correlativa das artes visuais no sentido de lhes elevar a criatividade.

3) Através de aprendizagem dos artes visuais, orientando os alunos para estabelecer valores positivos da vida

O currículo de Artes Visuais do ensino secundário complementar deve, com base na adaptação às características físicas e psicológicas dos alunos, guiá-los na aprendizagem de reflexão e na confirmação e aumento da auto-consciência, desenvolvendo a alegria da vida e formando os valores positivos através da aprendizagem das artes visuais e sendo capaz de utilizar as formas de artes visuais para participar, activamente, nas actividades sociais.

4) Fornecer aos alunos diversas opções para o desenvolvimento individual do gosto artístico e dos planos de vida

Como os alunos do ensino secundário complementar se defrontam com o prosseguimento de estudos no ensino superior ou com a procura de emprego, entre outros planos e opções de vida sobre o seu desenvolvimento futuro, o conteúdo e a forma do currículo deverá combinar a certeza com a flexibilidade e a universalidade com a individualidade, proporcionando aos alunos oportunidades de escolha diversificada em termos do currículo de artes visuais.

2. Objectivos curriculares

1) Promover nos alunos um interesse sólido e permanente pelas artes visuais, para participarem de forma activa nas actividades artísticas na sua vida futura;

2) Ampliar os horizontes dos alunos no âmbito das artes visuais e desenvolver a sua capacidade para as apreciar de modo autónomo, aumentando a capacidade de explicação e interpretação independentes e criativa das artes visuais, bem como uma melhor compreensão sobre o significado social e cultural das mesmas;

3) Encaminhar os alunos no sentido de continuarem a aprender e a compreender a linguagem das artes visuais, reforçando a sua criatividade artística e desenvolvendo o seu raciocínio criativo, aumentando a capacidade de utilizar por sua iniciativa, várias técnicas e meios para representar, desenhar e produzir, no sentido de expressarem os seus pensamentos e sentimentos, possibilitando a aquisição de capacidades básicas de preparar as demonstrações e exibições de artes visuais e intercâmbios artísticos;

4) Apoiar os alunos no sentido de criarem uma ligação com as artes, levando-os a reflectir através da aprendizagem das artes visuais, definindo um plano inicial de carreira e formando uma filosofia de vida saudável, valores positivos e um reconhecimento cultural estável;

5) Desenvolver a capacidade de compreensãosobre a relação entre as artes visuais e a sociedade, desenvolvendo capacidades inovadoras na forma de pensar e de promover activamente os assuntos públicos da comunidade, os valores e conceitos da sociedade através das manifestações pessoais de arte visual ao mesmo tempo que elevam a sua responsabilidade social enquanto cidadãos.

3. Conteúdos específicos das exigências das competências académicas básicas dos diversos âmbitos de aprendizagem

Descrição dos códigos:

1) A letra do alfabeto, em maiúscula, indica as exigências das competências académicas básicas dos diferentes âmbitos de aprendizagem, a saber: IA — Estética e interpretação; IB — Criação e apresentação; IC — Ligação e prática;

2) O número após a letra maiúscula representa o número de ordem das exigências das competências académicas básicas do respectivo âmbito de aprendizagem.

Âmbito de aprendizagem IA: Estética e interpretação

IA—1 Ter sensibilidade sobre os elementos visuais e os princípios de construção da natureza e da vida, sendo capaz de os analisar e interpretar, enriquecendo a sua experiência estética;
IA—2 Ser capaz de dar atenção e apreciar a arte pública e os produtos culturais criativos existentes na vida social tais como a escultura, a arquitectura, o design publicitário e a animação, entre outros, percebendo os seus efeitos artísticos e estéticos transmitidos e interpretando o seu respectivo significado;
IA—3 Ser capaz de visitar, frequentemente, museus e galerias de artes, conseguir analisar, descrever e explicar as impressões específicas obtidas nas exposições e a influência das mesmas relativamente às noções sociais, históricas e culturais dos próprios alunos, entre outras;
IA—4 Dominar os métodos básicos de apreciação de artes visuais, conseguindo utilizar de forma adequada os termos das artes visuais com percepção e imaginação a partir da cor, modelação e composição das obras, entre outras características, terem uma sinestesia na arte, ser capaz de sentir a demonstração artística das obras;
IA—5 Ser capaz de se inteirar profundamente duma certa forma de arte visual tradicional chinesa ou estrangeira, tal como: o modo de expressão e características da pintura chinesa e pintura a óleo, entre outras;
IA—6 Conseguir utilizar todas as informações e os diversos dados do contexto para fazer uma interpretação própria,sobre o conteúdo e o significado das obras, estando disposto a partilhá-la com outros, conseguindo uma interpretação racional sobre o significado das obras, através de comparação;
IA—7 Conhecer profundamente os ramos, os artistas e as obras representativas da história do desenvolvimento das artes visuais, chinesa e estrangeira. Pensar nas diferenças relativas à forma, conteúdo e funções das obras de artes visuais e saber analisar e descrever as razões destas diferenças, compreendendo a relação da influência mútua entre arte e sociedade, história e cultura;
IA—8 Ter interesse em conhecer o desenvolvimento contemporâneo das artes visuais e ter vontade em apreciar e interpretar estas obras de artes visuais, compreendendo os efeitos artísticos e os seus respectivos significados específicos.

Âmbito de aprendizagem IB: Criação e apresentação

IB—1 Ser capaz de criar obras de artes visuais, recorrendo a materiais tradicionais e modernas e formas diferentes, e ser capaz de a fazer através de cooperação e a partilhar com outros;
IB—2 Dominar os modos elementares de expressão de certo tipo de arte visual, quer seja gráfica quer seja tridimensional;
IB—3 Tentar utilizar um determinado meio tecnológico para produzir a criação artística através de novos meios;
IB—4 Ser capaz de seguir um tema indicado ou elaborado por si e, combinando com as suas experiências e conhecimentos individuais na vida, conceber uma obra específica com efeitos e significados artísticos, utilizando os elementos visuais, princípios de construção e meios para criação, entre outros;
IB—5 Ter um conhecimento mínimo sobre os conceitos e métodos de desenho contemporâneo, sendo capaz de conceber desenhos artísticos temáticos, criar obras que combinam a natureza estética com a prática ecológica e possuir capacidade básica de concepção de artes visuais;
IB—6 Ser capaz de tentar seguir uma determinada situação para uma concepção e expressão rápida, improvisando uma criação de artes visuais;
IB—7 Ser capaz de articular as criações de arte visual, filmes e televisão, música, teatro, dança e outras categorias artísticas com as disciplinas não artísticas, para realizar uma criação e concepção integral;
IB—8 Conseguir analisar, avaliar e escolher as próprias obras para criar uma colecção de obras artísticas, compartilhando e realizando intercâmbio com os outros;
IB—9 Conseguir, de forma cooperativa, analisar, avaliar e escolher as obras para uma exposição artística específica, utilizando o método e canal adequado para o planeamento, exibição e conservação das obras.

Âmbito de aprendizagem IC: Ligação e prática

IC—1 Ser capaz de descrever de que maneira os seus conhecimentos, cultura e experiências influenciam as opiniões pessoais sobre artes visuais;
IC—2 Ser capaz de analisar de que modo a sua visão da natureza e da vida social é influenciada pelas aprendizagens das artes visuais;
IC—3 Ser capaz de produzir notas e reflectir sobre o conceito e o processo de criação das artes visuais e possuir os conhecimentos básicos sobre as características da própria personalidade;
IC—4 Ser capaz de articular o seu desenvolvimento futuro com a aprendizagem das artes visuais, estando disposto de fazer um planeamento razoável de participação e aprendizagem contínua nas artes;
IC—5 Ser capaz de partilhar e discutir as obras de arte visual dos colegas, compreendendo e respeitando os seus sentimentos, pensamentos e situações;
IC—6 Conhecer o impacto dos significados culturais das artes visuais e das suas matérias em relação à vida colectiva, e através da arte visual saber aprender, criar e reflectir sobre a consciência da identidade colectiva em termos de país e nações, entre outros;
IC—7 Saber proteger e desenvolver activamente a cultura local de Macau através da participação nas iniciativas práticas de arte visual;
IC—8 Compreeender a importância crescente da arte no desenvolvimento da indústria cultural e criativa do país, prestando atenção à utilização dos elementos de arte visual nos produtos culturais e criativos, e assimilando a ideia de que a arte pode promover a valorização dos respectivos produtos;
IC—9 Ser capaz de participar, de forma activa, nas iniciativas práticas de artes visuais da sociedade, e pensar e conceber programas de artes visuais sobre aperfeiçoamento do meio ambiente e da vida comunitária;
IC—10 Estar disposto de apresentar alguns aspectos da vida social contemporânea mediante a criação de arte visual, atraindo a atenção e a reflexão das pessoas;
IC—11 Compreender o impacto dos materiais tradicionais e contemporâneos das artes visuais relacionados com a saúde humana e o meio ambiente, ser capaz de manipular e utilizar, com segurança, os principais materiais, instrumentos e equipamentos artísticos.

II. Música

1. Ideias essenciais

A música é um meio muito expressivo e uma arte performativa efectuada principalmente pela forma auditiva, táctil e visual, sendo também, um elemento importante da cultura social, registando e enviando informações entre as pessoas e as coisas.

A educação musical do ensino secundário complementar é essencialmente a continuação do estudo musical iniciado na fase anterior, coordenando o desenvolvimento físico, psicológico e intelectual dos jovens, desenvolvendo o pensamento analítico e independente e a capacidade de proceder a juízos de valor. A experiência musical faz com que, nos diversos níveis culturais, os jovens se conheçam a si próprios e conheçam a sua relação com a sociedade, desenvolvendo uma responsabilidade social e uma atitude atenciosa para com a sociedade. A experiência musical pode ainda enriquecer a vida dos adolescentes, permitindo-lhes formar a apreciação estética e cultivar valores multiculturais. Pelo que, as exigências das competências académicas básicas da música no ensino secundário complementar devem seguir as seguintes ideias essenciais:

1) Desenvolver a inteligência musical e realizar uma educação integral

A aprendizagem da música promove o desenvolvimento de uma série de funções cerebrais, sendo favorável para incentivar e melhorar o desenvolvimento intelectual nos vários âmbitos, as capacidades de raciocínio abstracto, de linguística e de inteligência espacial, entre outros aspectos. Por isso, explorar as potencialidades musicais e desenvolver qualidades musicais constituem uma das missões para a realização da educação integral.

Sendo música uma arte performativa, deve-se permitir que os alunos compreendam a música, através de meios auditivos, tácteis e visuais, podendo assim, desenvolver a sua resposta em relação à música, incluindo o registo, comunicação, análise teórica, avaliação e criação, entre outras. O ensino da música deve ser efectuado através de cantar, ouvir, tocar e compor, entre outras actividades musicais, permitindo assim que os alunos obtenham conhecimentos musicais no processo de aprendizagem, devendo também utilizar notações, termos específicos e conceitos musicais no treino de técnicas e ainda, contar com os conhecimentos das manifestações de diversas formas e combinações, no sentido de incentivar nos alunos a compreensão e a resposta à música.

2) Modelar o espírito e a personalidade dos alunos e aumentar neles a qualidade cultural integral

A música contribui para promover a saúde física e psicológica dos indivíduos, e modelar o seu espírito e personalidade, favorecendo também o aumento da sua qualidade cultural integral. Desde o enriquecimento das experiências musicais nos alunos, até à sua contribuição em prol da sociedade, é necessário um longo processo. Por isso, o ensino da música deve começar por permitir que os alunos conheçam as funções, o significado e os valores da música em relação à vida pessoal e social, e depois estender-se até ao conhecimento e interesse pelas músicas e assuntos sociais das diversas culturas.

3) Desenvolver as potencialidades criativas e cultivar a criatividade

Os estudantes do ensino secundário complementar já possuem certa capacidade de pensamento independente e uma compreensão do abstracto. Por isso, através da actividade de cantar, tocar e compor, entre outras actividades musicais, treinam-se em maior grau, as capacidades auditvas, enriquece-se a imaginação e desenvolve-se as potencialidades criativas. As iniciativas criativas musicais, a técnica de criação, a representação interactiva entre os colegas e a capacidade de escrever a música e a letra, entre outras competências, constituem precisamente os meios eficazes de desenvolvimento das potencialidades criativas. O desenvolvimento das tecnologias informáticas alarga os espaços e os recursos de aprendizagem, trazendo novas oportunidades para desenvolver a criatividade. O ensino da música deve recorrer às modalidades pedagógicas mais abertas, permitindo aos alunos com capacidades e interesses diferentes encontrarem, nos novos média, o seu posicionamento e desenvolver o interesse pela criação musical e pelas suas potencialidades criativas.

2. Objectivos curriculares

1) Solidificar nos alunos os elementos e técnicas musicais aprendidos, desenvolvendo neles a capacidade de interpretar exactamente os diversos estilos musicais de forma individual ou em grupo, no sentido de estabelecer uma orientação pessoal pelas actividades musicais;

2) Através da música local, chinesa e mundial, alargar nos alunos os conhecimentos acerca dos géneros musicais e permitir-lhes conhecer e experimentar as culturas local, chinesa e mundial, cultivando o respeito mútuo e a valorização pelos outros;

3) Disponibilizar oportunidades para que os alunos possam, através de novas tecnologias informáticas, recolher e actualizar as informações musicais, complementando os conhecimentos obtidos através dos livros, elevando a capacidade e o interesse pelo estudo da música;

4) Desenvolver nos alunos o raciocínio criativo, aproveitando a liberdade e o espaço de criação;

5) Reforçar nos alunos o conhecimento sobre as funções de comunicação da música no quotidiano, estabelecendo uma conexão entre a vida pessoal e o valor musical.

3. Conteúdos específicos das exigências das competências académicas básicas dos diversos âmbitos de aprendizagem

Descrição dos códigos:

1) A letra do alfabeto, em maiúscula, indica as exigências das competências académicas básicas dos diferentes âmbitos de aprendizagem, a saber: IIA — Cantar e tocar; IIB — Apreciar e responder; IIC — Elementos e conceitos musicais; IID — Criação e improvisação;

2) O número após a letra maiúscula representa o número de ordem das exigências das competências académicas básicas do respectivo âmbito de aprendizagem.

Âmbito de aprendizagem IIA: Cantar e tocar

IIA—1 Ser capaz de interpretar de forma precisa as canções chinesas e estrangeiras de estilos diferentes, a solo ou em coro;
IIA—2 Ser capaz de desenvolver e optimizar as propriedades pessoais de extensão vocal e de timbre, sendo capaz de utilizar o próprio som para entoar canções de diferentes estilos, expressando correctamente o conteúdo da canção, utilizando a entoação, a letra, a expressão facial e as notações musicais, entre outras exigências, estabelecendo, gradualmente, a orientação pessoal das actividades musicais;
IIA—3 Ser capaz de interpretar ou acompanhar as músicas chinesas e estrangeiras de diversos estilos com um determinado instrumento musical, expressando o estilo básico da obra;
IIA—4 Ser capaz de participar activamente nas manifestações musicais ou artísticas integradas e nas actividades criativas, articulando o talento individual comcooperação, de modo a mostrar a sua capacidade de colaboração e criação musical.

Âmbito de aprendizagem IIB: Apreciar e responder

IIB—1 Ser capaz de pesquisar tópicos especiais sobre música, recolhendo e organizando as informações através da internet ou por outros recursos, incluindo textos, partituras, fotografias, efeitos sonoros, vídeos, entre outros;
IIB—2 Ao ouvir músicas chinesas, ocidentais, mundiais e locais ser capaz de analisar, do ponto de vista racional e sentimental, a sua ênfase, tal como temas, géneros, estruturas, estilos, formas e motivos criativos;
IIB—3 Ser capaz de estabelecer uma ligação com um tema do quotidiano ou do ambiente para fazer discussão, intercâmbio e comentários sobre música;
IIB—4 Ser capaz de articular a emoção com a razão, expressando o sentido da apreciação musical por meio de descrição verbal, de redacção de poesia ou prosa ou de obras derivadas, entre outros;
IIB—5 Ser capaz de encontrar as diversas características musicais e aplicá-las nas diversas situações de vida.

Âmbito de aprendizagem IIC: Elementos e conceitos musicais

IIC—1 Ser capaz de utilizar um ou mais meios de representação de notas, tais como a pauta e a notação musical numerada para registar as frases curtas musicais;
IIC—2 Ser capaz de compreender os termos e conceitos básicos mais utilizados na música chinesa e ocidental e praticá-los na execução instrumental, no canto e na apreciação, entre outras actividades musicais;
IIC—3 Ser capaz de identificar o acorde e analisar a sua aplicação musical;
IIC—4 Ser capaz de se interessar por diversas músicas étnicas do mundo, entendendo e reflectindo a relação entre os seus contextos culturais e a escala musical e instrumentos musicais, entre outros elementos musicais específicos;
IIC—5 Ser capaz de utilizar os recursos disponíveis na internet para a aprendizagem e criação musical, bem como de partilhar o prazer da aprendizagem da música e os resultados da criação musical com os outros.

Âmbito de aprendizagem IID: Criação e improvisação

IID—1 Ser capaz de improvisar através do canto, da interpretação, da execução, da composição, entre outras iniciativas musicais, desenvolvendo as potencialidades criativas;
IID—2 Ser capaz de demonstrar os seus conhecimentos criativos, através da composição de músicas e letras, da construção de instrumentos musicais e da produção de multimédia, entre outros, desenvolvendo de forma flexível as potencialidades criativas;
IID—3 Ser capaz de fazer bom uso dos seus talentos e competências, produzindo uma obra musical completa, através da organização, interpretação, concepção de instrumentos, composição musical, redacção de letras, composição de música incidental, criação de peça teatral e a condução de uma orquestra ou coro, entre outros;
IID—4 Ser capaz de fazer bom uso dos seus talentos e competências, em colaboração com outros meios ou com as disciplinas de humanidade realizando uma criação temática interdisciplinar sobre um determinado tópico social.

Versão Chinesa

Despacho do Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura n.º 56/2017

Usando da faculdade conferida pelo artigo 64.º da Lei Básica da Região Administrativa Especial de Macau e nos termos da alínea 1) do n.º 1 do artigo 5.º do Regulamento Administrativo n.º 6/1999 (Organização, competência e funcionamento dos serviços e entidades públicos) e do n.º 4 do artigo 6.º do Regulamento Administrativo n.º 10/2015 (Exigências das competências académicas básicas da educação regular do regime escolar local), o Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura manda:

1. São definidos os conteúdos específicos das exigências das competências académicas básicas de Língua Chinesa como primeira língua, ou seja, língua veicular, de Língua Chinesa como segunda língua, de Língua Portuguesa como primeira língua, ou seja, língua veicular, de Língua Portuguesa como segunda língua, de Língua Inglesa como primeira língua, ou seja, língua veicular, de Língua Inglesa como segunda língua, de Matemática, de Educação Moral e Cívica, de Sociedade e Humanidade, incluindo as disciplinas separadas de Geografia e de História, de Ciências Naturais, de Tecnologias de Informação, de Educação Física e Saúde e de Artes do ensino secundário geral constantes dos anexos I a XIII do presente despacho e que dele fazem parte integrante.*

* Alterado - Consulte também: Despacho do Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura n.º 69/2018

2. O presente despacho entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação e produz efeitos no 1.º ano do ensino secundário geral, a partir do primeiro dia do ano escolar de 2017/2018, estendendo-se ao nível de escolaridade seguinte em cada ano escolar.

13 de Junho de 2017.

O Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis, Tam Chon Weng.

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ANEXO I

Exigências das competências académicas básicas de Língua Chinesa no ensino secundário geral (primeira língua, ou seja, língua veicular)

1. Ideias essenciais

Para os seres humanos, a linguagem e a escrita são importantes ferramentas de comunicação e portadoras de informações, sendo uma componente vital da cultura humana. O currículo de Língua Chinesa do ensino secundário geral, deve promover de forma geral as competências de compreensão e expressão oral e escrita dos alunos, expandindo os seus horizontes culturais e fortalecendo os afectos à cultura chinesa. Enriquecer as experiências de vida, melhorar os valores morais e desenvolver a qualidade estética através dos estudos da língua chinesa, estabelecendo a base para o desenvolvimento integral e para a aprendizagem contínua dos alunos. Pelo que, as exigências das competências académicas básicas de Língua Chinesa, como primeira língua, ou seja, língua veicular, do ensino secundário geral devem seguir as seguintes ideias essenciais:

1) Destinar-se a todos os alunos com o objectivo de melhorar, no geral, a qualidade da língua chinesa dos alunos do ensino secundário geral

O ensino da língua chinesa do ensino secundário geral, deve continuar a desenvolver o interesse da aprendizagem, aumentar a qualidade básica da língua chinesa de cada aluno, formando a habilidade da aprendizagem contínua.

A qualidade básica da língua chinesa refere-se às competências relativamente estáveis, básicas e adaptadas ao desenvolvimento do tempo, nomeadamente aos aspectos de compreensão e expressão oral e escrita na língua chinesa, bem como à personalidade e ao pensamento reflectidos através das actividades linguísticas em chinês.

O cantonês é o idioma mais usado na RAEM, enquanto o mandarim é a língua comum da China e uma das línguas de trabalho das Nações Unidas. O currículo tem como objectivo formar nos alunos o uso fluente e adequado do cantonês, continuar a aprendizagem do mandarim para comunicação básica, conhecer os caracteres chineses legalmente normalizados na República Popular da China, usar correctamente os caracteres tradicionais e dominar a linguagem escrita regularizada, aumentando globalmente a capacidade de utilização da língua chinesa.

2) Atribuir importância às exigências básicas da educação da língua chinesa e desenvolver hábitos e atitudes de aprendizagem

A qualidade básica da língua chinesa é uma das qualidades culturais essenciais de cada estudante, sendo também uma base para os estudos dos diversos saberes e para a aprendizagem permanente. As exigências das competências académicas básicas determinadas no currículo de Língua Chinesa têm como função essencial o desenvolvimento académico e o desenvolvimento para a vida.

As exigências básicas da educação da língua chinesa incluem, além das competências básicas de compreensão e expressão oral e escrita, o quadro adequado de conhecimento básico, bons hábitos e atitudes de aprendizagem e estratégias necessárias para os estudos. Deve-se orientar os alunos para obterem conhecimentos básicos através da leitura intencional e da escuta com atenção, aprofundar os conhecimentos aprendidos e aplicá-los de forma escrita e oral, ampliando gradualmente as áreas de conhecimentos através de estudos cada vez mais integrais.

3) Orientar os alunos a aprofundarem o conhecimento da cultura chinesa e entender e a respeitar as diferentes culturas

A cultura tradicional chinesa é uma aglomerado de hábitos linguísticos, tradições culturais, pensamentos, consciências e ligações emocionais da nação chinesa, que incorporam os conteúdos culturais, regulamentos morais, pensamentos, personalidades e valores geralmente reconhecidos e aceites pelos chineses como fonte principal do currículo de Língua Chinesa. Assim, o currículo de Língua Chinesa deve orientar os alunos para conhecerem em profundidade a cultura chinesa, absorver plenamente os seus conteúdos culturais, formando o espírito nacional, patriotismo e de amor a Macau.

O currículo de Língua Chinesa deve ajudar os alunos a entenderem e a respeitarem as diferentes culturas, estabelecer uma perspectiva mundial, absorver as essências culturais dos seres humanos através das obras excelentes e elevar a sua própria qualidade cultural.

4) Prestar atenção à diversificação e eficiência dos métodos de aprendizagem, impulsionando a aprendizagem autónoma dos alunos

A educação da língua chinesa deve estar centrada nos alunos e oferecer-lhes um ambiente de aprendizagem da língua chinesa, tomando várias obras interessantes como materiais principais de estudo, com a utilização plena dos recursos escolares, familiares, bibliotecários e sociais, permitindo aos alunos adquirirem experiências diversificadas e globais de estudo. Ao mesmo tempo, orientar os alunos para usarem os materiais de referência em suporte de papel e em formato digital, combinando com os recursos disponíveis nas redes informáticas, reforçando o profundo estudo da língua chinesa, e alargando o seu âmbito de aprendizagem.

Com o desenvolvimento das competências comunicativas dos alunos não podem faltar práticas animadas de comunicação. Assim, a educação da língua chinesa deve prestar atenção à integração da língua chinesa nas experiências da vida, melhorando o nível de aplicação da língua chinesa dos alunos através das várias actividades de prática linguística. Tanto nas experiências indirectas através de livros, como nas experiências directas através de práticas, bem como nas aprendizagens orientadas e de pesquisa, existem diferentes vantagens entre elas, devendo, por isso, promover a diversidade dos métodos de aprendizagem, e dar importância a aumento de eficiência de aprendizagem. Todos os métodos de aprendizagem devem desenvolver a competência de aprendizagem autónoma dos alunos, no âmbito da leitura, escrita, comunicação e exploração.

2. Objectivos curriculares

1) Desenvolver nos alunos o entusiasmo pela língua e cultura chinesas, bem como o sentimento de amor à pátria e a Macau. Orientar os alunos para respeitarem e entenderem as diferentes culturas, aspirando à essência da cultura humana e elevando as suas próprias qualidades culturais;

2) Formar nos alunos uma atitude dedicada e séria de estudos, hábitos de aprendizagem e o espírito de exploração em cooperação, dominar os métodos básicos da aprendizagem da língua chinesa, melhorando as suas competências de raciocínio, imaginação e pensamento criativo;

3) Desenvolver a vertente e os gostos estéticos saudáveis dos alunos. Orientar os alunos, através da apreciação da leitura, comunicação e investigação, para desenvolver as experiências estéticas da língua chinesa e melhorar a competência estética;

4) Desenvolver nos alunos competências de comunicação oral diária. Ajudar os alunos a aprenderem a escutar, perguntar, descrever, narrar, explicar, persuadir, discutir e outras formas básicas de comunicação, melhorando a sua comunicação interpessoal e a interacção social. Desenvolver nos alunos as capacidades básicas de compreensão e expressão oral em mandarim;

5) Desenvolver nos alunos a competência de estudo autónomo dos caracteres chineses, com a utilização proficiente dos dicionários. Compreender os conhecimentos básicos dos caracteres chineses, utilizar correctamente os caracteres tradicionais chineses e conhecer os caracteres chineses legalmente normalizados pela República Popular da China. Ter a postura correcta e bons hábitos de escrita, melhorando ainda mais as competências da escrita dos caracteres chineses;

6) Desenvolver nos alunos a competência de leitura autónoma e aumentar o seu interesse pela mesma. Ajudar os alunos a saber utilizar várias formas de leitura e ler vários textos de literatura, narração, explicação e textos práticos. Desenvolver a sua compreensão de leitura, imaginação, raciocínio e capacidade de distinguir e competência de levantar e resolver questões, devenvolvendo a boa sensibilidade de linguagem;

7) Desenvolver nos alunos a competência e atitude básica de escrita. Permitir dominar as normas de escrita de textos narrativo, expositivo, argumentativo e funcional. Conseguir fazer uma composição concreta e clara, com a ordem, caracteres adequados e correctos e usar correctamente a pontuação comum, expressando o objecto e a finalidade. Ser capaz de distinguir a realidade e a ficção, tendo consciência de ser responsável pela sua escrita;

8) Desenvolver nos alunos as competências da organização independente das actividades práticas da língua chinesa e do desenvolvimento dos estudos gerais. Aprender a definir o tema de investigação, recolher as informações, discutir e analisar, até apresentar os resultados, ser capaz de combinar a aprendizagem autónoma com os estudos cooperativos e ser capaz de fazer relatórios simples de estudos;

9) Desenvolver nos alunos as competências necessárias para a utilização de livros de apoio e das tecnologias de informação e comunicação na aprendizagem da língua chinesa. Orientar os alunos para obterem informações úteis através da internet e aprender a escolher e usar as técnicas e os meios adequados à finalidade da comunicação.

3. Conteúdos específicos das exigências das competências académicas básicas dos diversos âmbitos de aprendizagem

Descrição dos códigos:

1) A letra do alfabeto, em maiúscula, indica as exigências das competências académicas básicas dos diferentes âmbitos de aprendizagem, a saber: A – Compreensão oral; B – Expressão oral; C – Conhecer e escrever caracteres; D – Compreensão escrita; E – Expressão escrita; F – Uso geral;

2) O primeiro número após a letra maiúscula representa o número de ordem do grupo de aprendizagem dos diversos âmbitos de aprendizagem;

3) O segundo número representa o número de ordem das exigências das competências académicas básicas do respectivo grupo de aprendizagem.

Âmbito de aprendizagem A: Compreensão oral

Grupo de aprendizagem A—1: Ter uma atitude de concentração na audição

A—1—1 Ser capaz de ouvir com atenção obtendo as informações necessárias;
A—1—2 Ser capaz de interagir de forma civilizada e adequada com outros d0urante o processo de audição;
A—1—3 Ser capaz de ouvir com cortesia e deixar que os outros expressem plenamente as suas opiniões, respondendo depois de pensar cuidadosamente.

Grupo de aprendizagem A—2: Dominar as estratégias e competências básicas de compreensão oral

A—2—1 Ser capaz de compreender oralmente as outras pessoas captando os pontos essenciais;
A—2—2 Ser capaz de distinguir os factos e as opiniões expressados oralmente por outras pessoas;
A—2—3 Ser capaz de entender as intenções e as emoções expressadas oralmente por outras pessoas, pensando sobre as respostas adequadas;
A—2—4 Ser capaz de pensar sobre as questões necessárias para discutir durante a interacção oral, expressando o seu ponto de vista na altura adequada;
A—2—5 Ser capaz de melhor entender o conteúdo e a emoção oral através do tom e da linguagem corporal do interlocutor;
A—2—6 Ser capaz de elogiar as atitudes dos outros de forma simpática e sincera, e as boas técnicas de expressão como a clareza, a coerência e ser tocante;
A—2—7 Ser capaz de organizar as informações úteis conforme as necessidades, depois de ouvir.

Grupo de aprendizagem A—3: Conseguir entender cantonês e mandarim

A—3—1 Ser capaz de compreender o quotidianao e vários tipos de média em cantonês, bem como a recitação dos textos dos manuais em cantonês;
A—3—2 Compreender o mandarim de padrão da velocidade adequada na comunicação do quotidiano.

Âmbito de aprendizagem B: Expressão oral

Grupo de aprendizagem B—1: Ter boa atitude de expressão oral

B—1—1 Saber falar com confiança e cortesia com uma atitude natural e ágil;
B—1—2 Saber nanifestar uma intenção clara ao comunicar, prestando atenção à reacção do interlocutor;
B—1—3 No quotidiano de aprendizagem, pensar frequentemente e ter coragem de falar e aprofundar a aprendizagem dos conhecimentos e a respectiva aplicação através das conversas;
B—1—4 Ser capaz de assumir a responsabilidade pelo conteúdo das suas palavras e pelos seus pontos de vista.

Grupo de aprendizagem B—2: Dominar as estratégias básicas de expressão oral

B—2—1 Saber pronunciar as palavras de forma correcta e clara, com entoação, volume e rapidez adequados;
B—2—2 Ser capaz de entender o tema de uma comunicação, narrar claramente os factos, apresentar processos, explicar assuntos e manifestar pontos de vista fundamentados;
B—2—3 Ser capaz de falar de forma estruturada e ordenada, prestando atenção à lógica das palavras; ser capaz de utilizar o início, a transição e a conclusão de forma adequada;
B—2—4 Ao falar, ser capaz de combinar com expressões faciais e linguagem corporal adequadas, dando ênfase à expressão;
B—2—5 Ser capaz de utilizar a linguagem adequada conforme diferentes ocasiões e destinatários. Ser capaz de ajustar o conteúdo, entoação e rapidez da comunicação conforme as mudanças na conversação.

Grupo de aprendizagem B—3: Possuir competências básicas de expressão oral, nomeadamente de narração, explicação, argumentação e discussão

B—3—1 Ser capaz de narrar, clara e ordenadamente, conhecimentos ou um evento, combinando com a sua opinião;
B—3—2 Ser capaz de narrar ordenadamente histórias, com conteúdo completo e com clareza nos episódios mais importantes;
B—3—3 Ser capaz de captar as características dos objectos e explicar brevemente a forma, estrutura, propriedades, características e finalidade;
B—3—4 Ao discutir questões, ser capaz de compreender os pontos de vista e argumentos das outras pessoas, dando respostas adequadas;
B—3—5 Ter um ponto de vista clara sobre o assunto da discussão, baseado em verdades e factos. Saber produzir um discurso estruturado, sendo capaz de controlar o tempo do discurso;
B—3—6 Ao debater uma questão, ser capaz de ouvir com atenção as opiniões e fundamentos dos outros e manifestar os seus pontos de vista com fundamentos e provas, bem como, através de discussão, adquirir mais conhecimentos sobre as questões debatidas;
B—3—7 Ser capaz de produzir um discurso improvisado de dois minutos em público e conforme os requisitos;
B—3—8 Conforme os requisitos, ser capaz de produzir um discurso de 4 minutos em público, com preparação, devendo o discurso ter um tema definido e uma estrutura clara.

Grupo de aprendizagem B—4: Comunicar em cantonês e mandarim com outras pessoas

B—4—1 Ser capaz de utilizar cantonês de forma proficiente, para comunicar com outras pessoas em várias ocasiões;
B—4—2 Ser capaz de utilizar mandarim para comunicar de nível geral com outras pessoas.

Âmbito de aprendizagem C: Conhecer e escrever caracteres

Grupo de aprendizagem C—1: Utilizar proficientemente os dicionários

C—1—1 Dominar os métodos comuns de indexação, sendo capaz de utilizar proficientemente os dicionários;
C—1—2 Conhecer os caracteres, autonomamente, com o apoio de dicionários, aumentando a quantidade de vocábulos.

Grupo de aprendizagem C—2: Melhorar o conhecimento autónomo dos caracteres

C—2—1 Conhecer, pelo menos, 3500 caracteres chineses usuais e destes saber escrever, pelo menos, 2500;
C—2—2 Ser capaz de diferenciar e analisar as pronúncias e significados de caracteres com o apoio de dicionários;
C—2—3 Ser capaz de diferenciar e analisar os significados de caracteres conforme o contexto;
C—2—4 Entender as seis categorias dos caracteres chineses, a saber: Pictogramas (Xiang xing), Ideogramas (Zhi shi), Caracteres semântico-fonéticos (Xing sheng), Ideogramas compostos (Hui yi), Cognatos derivativos (Zhuan zhu) e Empréstimos fonéticos (Jia jie), conhecendo minimamente os princípios de criação e utilização dos caracteres chineses;
C—2—5 Entender os caracteres chineses legalmente normalizados pela República Popular da China.

Grupo de aprendizagem C—3: Melhorar a competência de escrita dos caracteres chineses com caneta ou lápis

C—3—1 Ser capaz de utilizar caneta ou lápis para escrever habilmente os caracteres chineses de estilo regular, de forma normalizada, direita e limpa;
C—3—2 Aprender a escrever com caneta ou lápis os caracteres chineses normalizados de estilo comum, aumentando gradualmente a velocidade de escrita.

Grupo de aprendizagem C—4: Melhorar a competência de escrita dos caracteres chineses com pincel de caligrafia chinesa

C—4—1 Saber decalcar a caligrafia do estilo regular com modelos clássicos de escrita por pincel, tentando ser precisos e bem treinados;
C—4—2 Através de apreciação de obras de caligrafia, conhecer, de forma mais profunda, os cinco estilos de caligrafia, nomeadamente estilo do selo (Zhuan), estilo dos escribas (Li), estilo cursivo (Cao), estilo regular (Kai) e estilo comum (Xing);
C—4—3 Ser capaz de apreciar, minimamente, as obras clássicas de caligrafia a partir dos aspectos de traço, estrutura e disposição;
C—4—4 Entender as formas de apresentação comuns das obras de caligrafia;
C—4—5 Atendendo o uso da caligrafia na vida social.

Grupo de aprendizagem C—5: Aprender a digitação de caracteres chineses em computador

C—5—1 Ser capaz de digitar correctamente os caracteres chineses no computador, através do seu método favorito de digitação;
C—5—2 Ser capaz de redigir textos simples em caracteres chineses no computador, satisfazendo as necessidades básicas da vida e dos estudos.

Âmbito de aprendizagem D: Compreensão escrita

Grupo de aprendizagem D—1: Aumentar o interesse pela leitura, formando bons hábitos de leitura

D—1—1 Ler, por iniciativa própria, os materiais de leitura em língua chinesa, e desfrutar da diversão da leitura, aumentando o interesse pela mesma;
D—1—2 Através da leitura, aumentar os conhecimentos, abrir a sua mente e pensar sobre a sua vida, promovendo o desenvolvimento pessoal;
D—1—3 Ser capaz de efectuar um resumo, escrever impressões, levantar dúvidas, entre outros, acumulando as informações necessárias e experiências de leitura;
D—1—4 Estar disposto a comunicar com outras pessoas sobre as experiências de leitura, mostrando os resultados da leitura;
D—1—5 Saber elaborar o seu próprio programa de leitura e ler vários tipos de materiais de leitura (o total de leitura extracurricular não deve ser inferior a um milhão de caracteres), lendo pelo menos duas a três obras famosas por cada ano lectivo.

Grupo de aprendizagem D—2: Melhorar as competências de recitação e leitura silenciosa

D—2—1 Saber recitar textos em cantonês de forma correcta, fluente e emocional, aprofundando a compreensão do texto através da recitação;
D—2—2 Ser capaz de pensar enquanto lê em silêncio, ter rapidez adequada e conseguir ler, silenciosamente, pelo menos 400 caracteres por minuto de peças de literatura moderna;
D—2—3 Ser capaz de recitar textos em mandarim.

Grupo de aprendizagem D—3: Domínio dos métodos básicos de leitura extensiva

D—3—1 Ser capaz de folhear textos e realizar rapidamente uma leitura sucinta, captando as informações essenciais;
D—3—2 Ser capaz de classificar ou resumir vários materiais lidos;
D—3—3 Ser capaz de ler através de vários formas e canais para obter as informações necessárias.

Grupo de aprendizagem D—4: Dominio dos métodos básicos de leitura intensiva

D—4—1 Ser capaz de organizar as ideias do texto e resumir os pontos essenciais, compreendendo o conteúdo principal;
D—4—2 Ser capaz de entender e resumir a ideia principal do texto, analisando o propósito do autor;
D—4—3 Ser capaz de entender o sentido das frases essenciais combinando com os contextos do texto;
D—4—4 Ser capaz de identificar várias formas de expressão tais como narração, descrição, explicação, argumentação e lírica;
D—4—5 Ser capaz de comentar as obras através da sua fonte de informações, pensamentos e pontos de vista, técnicas de expressão e linguagem, entre outros;
D—4—6 Compreender os autores importantes, conhecimentos de obras e conhecimentos gerais de cultura envolvidos nos textos;
D—4—7 Ser capaz de levantar dúvidas com leitura comparativa e fazer comentários simples sobre um determinado tipo de texto, a fim de aprofundar os entendimentos.

Grupo de aprendizagem D—5: Leitura de obras literárias para melhoria da vertente estética

D—5—1 Dominar as características básicas dos géneros literários, nomeadamente poesia, ensaio, romance e teatro;
D—5—2 Ser capaz de compreender o significado duma obra literária, obtendo inspirações úteis;
D—5—3 Ser capaz de desfrutar dos enredos, imagens e situações das obras literárias;
D—5—4 Ser capaz de apreciar as características principais de escrita e figuras retóricas das obras literárias, desfrutando das linguagens expressivas das obras;
D—5—5 Ser capaz de ler amplamente as obras literárias e obter fruição estética, melhorando a capacidade expressiva da linguagem.

Grupo de aprendizagem D—6: Ler textos argumentativos, desenvolvendo a competência de pensamento abstracto

D—6—1 Ser capaz de identificar os temas envolvidos em artigo argumentativo, captando os pontos de vista do autor;
D—6—2 Ser capaz de compreender a relação entre uma tese e os argumentos que a apoiam;
D—6—3 Ser capaz de analisar os pensamentos e métodos de demonstração dos textos argumentativos.

Grupo de aprendizagem D—7: Ler textos expositivos, melhorando a compreensão

D—7—1 Entender as características e natureza de objectos pela leitura de um texto descritivo;
D—7—2 Entender os conceitos e princípios de assuntos pela leitura de um texto expositivo;
D—7—3 Entender os conhecimentos científicos básicos e o espírito científico pela leitura de textos de ficção científica;
D—7—4 Ser capaz de fazer inferências baseadas nos conteúdos de textos expositivos e tentar resolver problemas.

Grupo de aprendizagem D—8: Leitura de textos descontínuos e digitais, melhorando a competência de tratamento de informações

D—8—1 Quando ler textos descontínuos e digitais, ser capaz de identificar a fonte e a credibilidade de informações, para obter informações úteis e conclusões significativas;
D—8—2 Ser capaz de utilizar várias informações em papel ou digitais para procurar as respostas às perguntas, tentando resolver eficazmente os problemas.

Grupo de aprendizagem D—9: Leitura de excelentes obras antigas da China, formando a base da cultura tradicional

D—9—1 Quando ler textos clássicos simples, entender o conteúdo básico com o apoio de anotações e livros de apoio;
D—9—2 Quando ler poesias clássicas entender as imagens e emoções, sentindo a arte da poesia;
D—9—3 Acumular caracteres clássicos nocionais e funcionais comuns e compreender as estruturas das frases comuns do chinês clássico, melhorando a sensibilidade da linguagem;
D—9—4 Ser capaz de decorar pelo menos 20 poesias antigas excelentes e 10 artigos clássicos excelentes;
D—9—5 Ser capaz de sentir o espírito nacional através das obras excelentes antigas reconhecendo nelas a cultura chinesa.

Âmbito de aprendizagem E: Expressão escrita

Grupo de aprendizagem E—1: Escrever de forma activa, séria e responsável

E—1—1 Saber utilizar a escrita, de forma activa, para comunicar com outras pessoas, desfrutando por escrita;
E—1—2 Conforme os diferentes objectivos de escrita e características dos leitores, ser capaz de determinar o tema, estilo e forma de expressão do texto;
E—1—3 Ser capaz de distinguir entre a realidade e ficção, escrevendo com uma atitude responsável. Saber verificar os factos quando escreve artigos realísticos, bem como incluir grande imaginação nas obras de ficção com base nos conhecimentos existentes;
E—1—4 Ser capaz de melhorar a sua composição através de auto-reflexão e aceitação das sugestões das outras pessoas, com sentido de linguagem e conhecimentos comuns de língua;
E—1—5 Estar disposto a compartilhar, mostrar e publicar os resultados de escrita por vários meios.

Grupo de aprendizagem E—2: Possuir as competências básicas de expressão escrita

E—2—1 Ser capaz de escrever com conteúdos, factos e pontos de vista fundamentados;
E—2—2 Ser capaz de organizar os pensamentos e a estrutura do texto, escrevendo-o de forma ordenada;
E—2—3 Ser capaz de utilizar correctamente os sinais de pontuação;
E—2—4 Ser capaz de escrever correctamente os caracteres e frases coerentes, de forma normalizada e com o texto limpo;
E—2—5 Ser capaz de concluir, em 60 minutos, um texto que atenda ao tema exigido e com um mínimo de 500 caracteres.

Grupo de aprendizagem E—3: Utilização das estratégias básicas de escrita

E—3—1 Ser capaz de observar a vida quotidiana, por iniciativa própria, e recolher diversas informações, descobrindo materiais para escrita;
E—3—2 Ser capaz de elaborar um pensamento global e preparar um esboço antes de escrever;
E—3—3 Ser capaz de escolher materiais de escrita conforme o seu objectivo e assunto;
E—3—4 Ser capaz de extrair o supérfulo de um texto para destacar o essencial;
E—3—5 Ser capaz de utilizar a associação de ideias, a imaginação e detalhes para enriquecer o conteúdo;
E—3—6 Ser capaz de utilizar adequadamente a narração, descrição, explicação, lírica, argumentação e outras formas de expressão;
E—3—7 Ser capaz de utilizar métodos retóricos comuns para melhorar a expressão do texto.

Grupo de aprendizagem E—4: Dominar as características principais dos géneros literários e escrever diferentes tipos de textos

E—4—1 Ser capaz de escrever um texto narrativo, com o núcleo claro, conteúdo detalhado e emoção real;
E—4—2 Ser capaz de escrever um texto expositivo simples e de forma clara;
E—4—3 Ser capaz de escrever um texto argumentativo simples, com pontos de vista e argumentos definidos;
E—4—4 Ser capaz de escrever um texto funcional conforme as necessidades de estudo e do quotidiano;
E—4—5 Dominar os métodos de escrita, tais como redução, expansão e reescrita.

Âmbito de aprendizagem F: Uso geral

Grupo de aprendizagem F—1: Possuir boa atitude de uso geral da língua chinesa

F—1—1 Dedicar-se ao desenvolvimento, de forma integral, da compreensão e expressão oral e escrita durante os estudos da língua chinesa, promovendo as mutuamente;
F—1—2 Dedicar-se a ampliar o horizonte dos conhecimentos culturais nos estudos da língua chinesa, atribuindo atenção à relação entre a língua chinesa e outras disciplinas, elevando a qualidade integral;
F—1—3 Ter o gosto departicipar nas actividades de prática da língua chinesa, melhorando a sua qualidade e as competências da vida social na aplicação prática.

Grupo de aprendizagem F—2: Organização de actividades de estudos da língua chinesa sob a orientação dos professores

F—2—1 Ser capaz de planear com colegas as actividades simples de prática da língua chinesa sob a orientação dos professores, com plano, divisão de trabalhos, cooperação e resultados;
F—2—2 Ser capaz de participar activamente em actividades relacionadas com a língua chinesa, organizadas pelas turmas e escolas, melhorando a qualidade da língua chinesa e o espírito de cooperação durante as actividades;
F—2—3 Preocupar-se com os grandes acontecimentos de escola, região, nacional e internacional, trocando ideias e discutindo as questões de interesse comum, ser capaz de utilizar a escrita, tabelas, imagens, fotos ou conteúdos de multimédia para mostrar os resultados da discussão.

Grupo de aprendizagem F—3: Produção de relatórios de estudo simples sob a orientação dos professores

F—3—1 Saber elaborar um plano de estudos com interesse sob a orientação dos professores, recolhendo informações e finalizando por si próprio ou em colaboração, os relatórios de estudo simples;
F—3—2 Saber elaborar relatórios de estudo com factos, pontos de vista, argumentos, estrutura, com caracteres adequados e fluentes;
F—3—3 De acordo com as necessidades, ser capaz de combinar a expressão escrita com tabelas, ícones e imagens, melhorando o efeito da expressão;
F—3—4 Ser capaz de citar as fontes de informação importantes nos relatórios de estudo.

ANEXO II

Exigências das competências académicas básicas de Língua Chinesa no ensino secundário geral (segunda língua)

1. Ideias essenciais

Macau é uma sociedade multicultural resultante da junção das culturas chinesa e ocidental, cuja maioria dos seus residentes é chinesa. Os alunos das escolas ou turmas que têm a língua chinesa como segunda língua, têm contextos culturais diversificados, pelo que existe uma grande diferença nas competências da língua chinesa entre as escolas e os alunos. O currículo de Língua Chinesa, como segunda língua, do ensino secundário geral deve ter atenção à diferença cultural entre os alunos, reforçar a sua afeição à cultura chinesa e ampliar, constantemente, a sua visão cultural, esforçando-se por promover a compreensão e a harmonia mútuas entre as várias culturas. Deve ainda prestar atenção às necessidades de estudo de cada aluno para aumentar o seu interesse pela aprendizagem e, com base nos conhecimentos adquiridos, promover, de forma integral, as competências de compreensão e expressão oral e escrita da língua chinesa, bem como desenvolver um pensamento autónomo, crítico e criativo dos alunos, de modo a formar sólidas bases para a sua aprendizagem contínua e desenvolvimento global. Pelo que, as exigências das competências académicas básicas de Língua Chinesa, como segunda língua, do ensino secundário geral devem seguir as seguintes ideias essenciais:

1) Valorizar a função comunicativa nos estudos da língua chinesa e melhorar, de forma integral, a qualidade básica da língua chinesa dos alunos

O currículo de Língua Chinesa, como segunda língua, deve atribuir importância ao melhoramento das competências de comunicação fluente em chinês, enfatizando a função comunicativa nos estudos da língua chinesa, orientando-os para melhorar, efectivamente, as competências de comunicação oral e escrita nas práticas de comunicação.

O currículo presta atenção à compreensão e expressão oral e ao mesmo tempo, também valoriza a combinação e promoção mútuas da compreensão e expressão oral e escrita. São exigidos aos alunos o conhecimento de mais caracteres chineses comuns e a capacidade de ouvir e falar cantonês ou mandarim, desenvolvendo nos alunos as competências de expressão, compreensão e de composição, promovendo o desenvolvimento da competência de reflexão sobre a língua chinesa, concretizando o aumento global da qualidade da língua chinesa nos alunos com base nos conhecimentos já adquiridos.

2) Orientar os alunos para melhor conhecerem a cultura chinesa, ampliando o horizonte cultural, promovendo a compreensão e a harmonia multicultural e garantindo o desenvolvimento global dos alunos

O currículo deve estimular o interesse dos alunos pelos estudos da língua chinesa através de várias actividades de compreensão e expressão oral e escrita, ajudando os alunos de nações e etnias diferentes a conhecerem a grandiosidade cultural chinesa e a esforçarem-se por estudar a língua chinesa, a fim de se integrar da melhor forma na sociedade de Macau.

O currículo deve orientar os alunos para compreenderem e respeitarem as características culturais das etnias e regiões diferentes e promover a compreensão e harmonia multicultural, formando os valores de harmonia étnica e convivência diversificada.

O currículo deve desenvolver a competência de pensamento autónomo e o espírito crítico e criativo indispensáveis aos cidadãos modernos, sob a influência de culturas de excelência, promovendo a melhoria dos valores morais dos alunos, estabelecendo valores correctos, desenvolvendo os gostos estéticos saudáveis, garantindo o seu desenvolvimento integral.

3) Atender às diferenças culturais e à base de estudos dos alunos e atribuir importância à adequação do currículo

Considerando a diversidade dos contextos culturais e as diferentes bases dos estudos da língua chinesa dos alunos na elaboração e implementação do currículo, as escolas devem conhecer as bases de língua chinesa dos alunos e as suas diferentes necessidades de estudo, e assim, estabelecer os objectivos pedagógicos mais específicos, escolher os materiais de estudos adequados e ajustar flexivelmente as estratégias de ensino, permitindo aos vários tipos de alunos alcançarem o sucesso nos estudos da língua chinesa.

4) Criar um ambiente diversificado de aprendizagem da língua chinesa e promover a diversidade das formas de estudo, esforçando-se para melhorar a eficiência da aprendizagem

O currículo deve utilizar plenamente vários recursos das escolas, famílias, sociedade, internet e multimédia entre outros, para enriquecer o conteúdo e formas de aprendizagem da língua chinesa e ampliar o espaço de estudos, aumentando o interesse pela aprendizagem dos alunos.

A promoção da diversidade de formas de aprendizagem tem como objectivo enriquecê-la e aumentar a eficiência dos estudos. Os estudos, utilizando livros e aulas práticas, aprendizagem orientada e exploratória, aprendizagem individual e colaborativa, têm os seus próprios valores. Assim, deve-se promover a diversidade de formas de ensino e dar importância no aumento da eficiência da aprendizagem. Todas as formas de aprendizagem devem desenvolver as competências independentes de leitura, escrita, comunicação e exploração dos alunos.

2. Objectivos curriculares

1) Desenvolver nos alunos o interesse pela língua e cultura chinesas, o sentimento de amor para o país e por Macau. Orientar os alunos para respeitarem e entenderem as diversas culturas, absorvendo as essências culturais dos seres humanos e melhorando a sua qualidade cultural;

2) Formar nos alunos uma atitude de aprendizagem diligente e séria, bons hábitos de aprendizagem, domínio mínimo dos métodos básicos de aprendizagem da língua chinesa, melhorando as suas competências de raciocínio, capacidade estética, resolução de problemas e de aprendizagem independente;

3) Desenvolver nos alunos competências de comunicação oral diária. Ensinar os alunos a aprenderem a ouvir, questionar, descrever, narrar, explicar, persuadir e discutir, entre outras formas básicas de comunicação, e serem capazes de entender e falar cantonês ou mandarim, comunicando sem dificuldades com outras pessoas;

4) Desenvolver nos alunos a competência de estudo autónomo dos caracteres chineses, com a utilização proficiente dos dicionários. Apoiá-los a utilizar correctamente os caracteres chineses tradicionais ou os caracteres chineses legalmente normalizados pela República Popular da China, melhorando a sua competência da expressão escrita em chinês;

5) Formar nos alunos bons hábitos de leitura, estimular o seu interesse pela leitura e orientá-los para utilizarem várias formas de leitura, melhorando a competência da compreensão escrita. É exigida aos alunos a leitura variada de textos adequados ao seu nível e de serem capazes de captar o conteúdo essencial e entender o significado dos textos, efectuando uma avaliação adequada;

6) Formar nos alunos a competência da expressão escrita em chinês, bem como de domínio das normas básicas de composição de textos narrativos, expositivos, argumentativos e funcionais, conseguindo elaborar uma composição concreta e clara, adequadamente organizada e com os caracteres correctos, usando correctamente a pontuação comum e assumindo a responsabilidade pela sua composição;

7) Formar nos alunos as competências da organização independente das actividades de aprendizagem da língua chinesa e o desenvolvimento dos estudos globais, atribuir atenção à integração entre o currículo da língua chinesa e outras disciplinas nos aspectos da leitura e da escrita ajudando-os a aprender a fazer relatórios de estudos simples.

3. Conteúdos específicos das exigências das competências académicas básicas dos diversos âmbitos de aprendizagem

Descrição dos códigos:

1) A letra do alfabeto, em maiúscula, indica as exigências das competências académicas básicas dos diferentes âmbitos de aprendizagem, a saber: A – Compreensão oral; B – Expressão oral; C – Conhecer e escrever caracteres; D – Compreensão escrita; E – Expressão escrita; F – Uso geral;

2) O primeiro número após a letra maiúscula representa o número de ordem do grupo de aprendizagem dos diversos âmbitos de aprendizagem;

3) O segundo número representa o número de ordem das exigências das competências académicas básicas do respectivo grupo de aprendizagem.

Âmbito de aprendizagem A: Compreensão oral

Grupo de aprendizagem A—1: Ter uma atitude de concentração na audição

A—1—1 Ser capaz de ouvir com atenção e obtendo as informações necessárias;
A—1—2 Ser capaz de interagir de forma adequada com outros, durante o processo de audição;
A—1—3 Ser capaz de ouvir com cortesia e deixar os outros expressarem completamente as suas opiniões, respondendo depois de pensar cuidadosamente.

Grupo de aprendizagem A—2: Dominar as estratégias e competências básicas de compreensão oral

A—2—1 Ser capaz de compreender oralmente as outras pessoas, captando os pontos essenciais;
A—2—2 Ser capaz de distinguir os factos e as opiniões expressados oralmente por outras pessoas;
A—2—3 Ser capaz de entender as intenções e as emocões expressadas oralmente por outras pessoas, pensando sobre as respostas adequadas;
A—2—4 Ser capaz de pensar sobre as questões necessárias para discutir durante uma interacção oral, colocando questões e expressando o seu ponto de vista na altura adequada;
A—2—5 Ser capaz de entender o conteúdo ouvido, através do tom e da linguagem corporal do interlocutor;
A—2—6 Ser capaz de elogiar as atitudes dos outros de forma simpática e sincera, e as boas técnicas de expressão como a clareza, a coerência e ser tocante;
A—2—7 Ser capaz de organizar informações úteis conforme as suas necessidades, depois de as ouvir.

Grupo de aprendizagem A—3: Entender cantonês ou mandarim

A—3—1 Compreender o cantonês com rapidez adequada ou mandarim de padrão do quotidiano.

Âmbito de aprendizagem B: Expressão oral

Grupo de aprendizagem B—1: Possuir uma boa atitude de expressão

B—1—1 Falar com confiança e cortesia, com uma atitude natural e ágil;
B—1—2 Saber nanifestar uma intenção clara ao comunicar, prestando atenção à reacção do interlocutor;
B—1—3 No quotidiano de aprendizagem, pensar frequentemente e ter coragem de falar e aprofundar conhecimentos e a respectiva aplicação através das conversas;
B—1—4 Ser responsável pelo conteúdo das suas palavras e pelos seus pontos de vista.

Grupo de aprendizagem B—2: Dominar as estratégias básicas de expressão oral

B—2—1 Saber pronunciar as palavras de forma correcta e clara, com entoação, volume e rapidez adequados;
B—2—2 Ser capaz de dominar o tema de uma comunicação, narrar claramente factos, apresentar processos, explicar assuntos e manifestar pontos de vista fundamentados;
B—2—3 Ao falar ser capaz de utilizar o início, a transição e a conclusão de forma adequada, falando de modo ordenado e estruturado;
B—2—4 Ao falar, ser capaz de combinar com expressões faciais e linguagem corporal adequadas, dando ênfase à expressão;
B—2—5 Ser capaz de utilizar a linguagem adequada conforme diferentes ocasiões e destinatários. Ser capaz de ajustar o conteúdo, entoação e rapidez, em conformidade com as necessidades de comunicação.

Grupo de aprendizagem B—3: Possuir competências básicas de expressão oral, nomeadamente de narração, explicação, argumentação e discussão

B—3—1 Ser capaz de narrar, clara e ordenadamente, conhecimentos ou um evento, combinando com a sua opinião;
B—3—2 Ser capaz de narrar histórias ordenadamente, com conteúdo completo e com clareza nos episódios mais importantes;
B—3—3 Ser capaz de captar as características dos objectos e explicar brevemente a forma, estrutura, propriedades, características e finalidade;
B—3—4 Ao discutir questões, tentar compreender os pontos de vista e argumentos de outras pessoas, dando respostas adequadas;
B—3—5 Ter um ponto de vista claro sobre o assunto da discussão, baseadas em verdades e factos. Saber produzir um discurso estruturado, sendo capaz de controlar o tempo do discurso;
B—3—6 Ao debater uma questão, ser capaz de ouvir com atenção as opiniões e fundamentos dos outros e manifestar os seus pontos de vista com fundamentos e provas, bem como através de discussão, adquirir conhecimentos sobre as questões debatidas;
B—3—7 Ser capaz de produzir um discurso improvisado de um minuto em público e conforme os requisitos;
B—3—8 Conforme os requisitos, ser capaz de produzir um discurso de 3 minutos em público, com preparação, devendo o discurso ter um tema definido e uma estrutura clara.

Grupo de aprendizagem B—4: Comunicar em cantonês ou mandarim 2 com outras pessoas

B—4—1 Ser capaz de utilizar cantonês ou mandarim para uma comunicação geral com outras pessoas.

Âmbito de aprendizagem C: Conhecer e escrever caracteres

Grupo de aprendizagem C—1: Utilizar proficientemente os dicionários

C—1—1 Dominar os métodos comuns de indexação, sendo capaz de utilizar proficientemente os dicionários;
C—1—2 Conhecer os caracteres autonomamente, com o apoio de dicionários, aumentando a quantidade de vocábulos.

Grupo de aprendizagem C—2: Melhorar o conhecimento autónomo dos caracteres

C—2—1 Conhecer, pelo menos, 2500 caracteres chineses usuais e destes saber escrever, pelo menos, 2000;
C—2—2 Ser capaz de diferenciar e analisar as pronúncias e significados de caracteres com o apoio de dicionários;
C—2—3 Ser capaz de diferenciar e analisar os significados de caracteres conforme o contexto;
C—2—4 Entender as seis categorias dos caracteres chineses, a saber: Pictogramas (Xiang xing), Ideogramas (Zhi shi), Caracteres semântico-fonéticos (Xing sheng), Ideogramas compostos (Hui yi), Cognatos derivativos (Zhuan zhu) e Empréstimos fonéticos (Jia jie), conhecendo preliminarmente os princípios de criação e utilização dos caracteres chineses;
C—2—5 Entender os caracteres chineses legalmente normalizados pela República Popular da China.

Grupo de aprendizagem C—3: Melhorar a competência de escrita dos caracteres chineses com caneta ou lápis

C—3—1 Estar disposto a melhorar a capacidade de escrita dos caracteres chineses, apreciando as obras excelentes de caligrafia do estilo regular, escrita com caneta ou lápis;
C—3—2 Ser capaz de utilizar caneta ou lápis para escrever habilmente os caracteres do estilo regular, de forma normalizada, direita e limpa.

Grupo de aprendizagem C—4: Melhorar a competência de escrita dos caracteres chineses com pincel de caligrafia chinesa

C—4—1 Saber utilizar pincel para decalcar a caligrafia do estilo regular com modelos clássicos de escrita, tentando ser precisos e bem treinados;
C—4—2 Através de apreciação das obras de caligrafia, compreender os cinco estilos de caligrafia, nomeadamente, estilo do selo (Zhuan), estilo dos escribas (Li), estilo cursivo (Cao), estilo regular (Kai) e estilo comum (Xing);
C—4—3 Entender as formas de apresentação comuns das obras de caligrafia;
C—4—4 Atendendo ao uso da caligrafia na vida social.

Âmbito de aprendizagem D: Compreensão escrita

Grupo de aprendizagem D—1: Aumentar o interesse pela leitura, desenvolvendo bons hábitos de leitura

D—1—1 Ler, por iniciativa própria, os materiais de leitura em língua chinesa, e desfrutar da diversão da leitura, aumentando o interesse pela mesma;
D—1—2 Através da leitura, aumentar os conhecimentos, abrir a sua mente e pensar sobre a vida, promovendo o desenvolvimento pessoal;
D—1—3 Ser capaz de efectuar um resumo, escrever impressões, levantar dúvidas, entre outros, acumulando as informações necessárias;
D—1—4 Ser capaz de elaborar o seu próprio programa de leitura e ler vários tipos de materiais de leitura. O total de leitura extracurricular não deve ser inferior a 500 mil caracteres, lendo, pelo menos, duas obras famosas por cada ano lectivo.

Grupo de aprendizagem D—2: Melhorar as competências de recitação e leitura silenciosa

D—2—1 Saber recitar textos em cantonês ou mandarim, aprofundando a sua compreensão do texto através da recitação;
D—2—2 Ser capaz de entender o significado básico do texto através da leitura silenciosa, desenvolver sentimentos iniciais e pensar ao nível exploratório da auto-exigência;
D—2—3 Conseguir ler silenciosamente e com uma rapidez adequada. Ler silenciosamente peças de literatura moderna geral, sendo capaz de ler pelo menos 300 caracteres por minuto.

Grupo de aprendizagem D—3: Dominar os métodos básicos de leitura extensiva

D—3—1 Ser capaz de folhear e ler sucintamente textos para captar as informações principais;
D—3—2 Ser capaz de classificar minimamente, vários materiais lidos;
D—3—3 Ser capaz de ler textos através de várias formas e canais para obter as informações necessárias.

Grupo de aprendizagem D—4: Dominar os métodos básicos de leitura intensiva

D—4—1 Ser capaz de organizar as ideias do texto, sintetizar os pontos essenciais, compreender o conteúdo principal e resumir a ideia principal do texto;
D—4—2 Entender o sentido das frases essenciais combinando com os contextos do texto;
D—4—3 Ser capaz de identificar várias formas de expressão tais como narração, descrição, explicação, argumentação e lírica;
D—4—4 Ser capaz de comentar, de forma simples, as obras a partir dos seus pensamentos e pontos de vista, técnicas de expressão e linguagem, entre outros;
D—4—5 Compreender os autores importantes, conhecimentos de obras e conhecimentos gerais de cultura envolvidos nos textos.

Grupo de aprendizagem D—5: Ler obras literárias, melhorando a capacidade estética

D—5—1 Dominar as características básicas dos géneros literários, nomeadamente, poesia, ensaio, romance e teatro;
D—5—2 Ser capaz de compreender o significado de obra literária, obtendo inspirações úteis;
D—5—3 Ser capaz de desfrutar dos enredos, imagens e situações das obras literárias;
D—5—4 Ser capaz de apreciar as características principais de escrita e figuras retóricas das obras literárias, desfrutando das linguagens expressivas das obras.

Grupo de aprendizagem D—6: Ler textos expositivos-argumentativos, desenvolvendo a competência de pensamento abstracto

D—6—1 Ser capaz de identificar os temas envolvidos em texto expositivos-argumentativos, captando os pontos de vista do autor;
D—6—2 Ser capaz de compreender a relação entre uma tese e os argumentos que a apoiam;
D—6—3 Ser capaz de analisar os pensamentos e métodos de demonstração dos textos expositivos-argumentativos.

Grupo de aprendizagem D—7: Ler textos expositivos, melhorando a compreensão

D—7—1 Entender as características e natureza de objectos pela leitura de um texto descritivo;
D—7—2 Entender as razões, conceitos e princípios pela leitura de um texto expositivo;
D—7—3 Entender os conhecimentos científicos básicos e o espírito científico pela leitura de textos de ficção científica.

Grupo de aprendizagem D—8: Ler textos descontínuos e digitais, melhorando a competência de tratamento de informações

D—8—1 Quando ler textos descontínuos e digitais contidos, nomeadamente, em manuais de instruções, tabelas, imagens e ícones, conseguir obter informações úteis e conclusões significativas;
D—8—2 Ser capaz de utilizar várias informações em papel ou digitais para procurar as respostas às perguntas, tentando resolver eficazmente os problemas.

Grupo de aprendizagem D—9: Leitura de excelentes obras antigas da China, formando a base da cultura tradicional.

D—9—1 Quando ler textos clássicos simples, entender o conteúdo básico com o apoio de anotações e livros de apoio;
D—9—2 Quando ler poesias clássicas, entender as imagens e emoções, sentindo a arte da poesia;
D—9—3 Acumular os caracteres clássicos nocionais e funcionais comuns e compreender as estruturas das frases comuns do chinês clássico, melhorando a sensibilidade da linguagem;
D—9—4 Ser capaz de decorar pelo menos 10 poesias antigas excelentes e 6 artigos clássicos excelentes;
D—9—5 Ser capaz de sentir o espírito da nação chinesa através das obras excelentes antigas reconhecendo nelas a cultura chinesa.

Âmbito de aprendizagem E: Expressão escrita

Grupo de aprendizagem E—1: Escrever de forma séria e responsável

E—1—1 Conforme os diferentes objectivos de escrita e características dos leitores, saber determinar o tema, estilo e forma de expressão do texto;
E—1—2 Ser capaz de distinguir entre a realidade e ficção, escrevendo com uma atitude responsável. Saber verificar os factos quando escreve artigos realísticos, bem como inlcuir grande imaginação nas obras de ficção com base nos conhecimentos existentes;
E—1—3 Ser capaz de modificar e aperfeiçoar a sua própria composição;
E—1—4 Estar disposto a compartilhar, mostrar e publicar os resultados de escrita por vários meios.

Grupo de aprendizagem E—2: Possuir as competências básicas de expressão escrita

E—2—1 Ser capaz de escrever com conteúdos, factos e pontos de vista fundamentados;
E—2—2 Ser capaz de organizar os pensamentos e a estrutura dos textos, escrevendo-os de forma ordenada;
E—2—3 Ser capaz de utilizar correctamente os sinais de pontuação;
E—2—4 Ser capaz de escrever correctamente os caracteres e frases coerentes, de forma normalizada e com o texto limpo;
E—2—5 Ser capaz de concluir, em 80 minutos, um texto que atende ao tema exigido e com um mínimo de 400 caracteres.

Grupo de aprendizagem E—3: Utilização as estratégias básicas de escrita

E—3—1 Ser capaz de observar a vida quotidiana, por iniciativa própria e recolher informações, descobrindo materiais para a escrita;
E—3—2 Ser capaz de elaborar um pensamento global e preparar um esboço antes de escrever;
E—3—3 Ser capaz de escolher materiais de escrita conforme o seu objectivo e assunto;
E—3—4 Ser capaz de extrair o supérfulo de um texto para destacar o essencial;
E—3—5 Ser capaz de utilizar adequadamente a narração, descrição, explicação, lírica, argumentação e outras formas de expressão;
E—3—6 Ser capaz de utilizar métodos retóricos comuns para melhorar a expressão do texto.

Grupo de aprendizagem E—4: Dominar as características principais dos géneros literários e escrever diferentes tipos de textos

E—4—1 Ser capaz escrever um texto narrativo, com o núcleo claro, conteúdo detalhado e emoção real;
E—4—2 Ser capaz escrever um texto expositivo simples e de forma clara;
E—4—3 Ser capaz escrever um texto argumentativo simples, com pontos de vista e argumentos definidos;
E—4—4 Ser capaz de escrever um texto funcional conforme as necessidades de estudo e do quotidiano;
E—4—5 Dominar os métodos de escrita tais como redução, expansão e reescrita.

Âmbito de aprendizagem F: Uso geral

Grupo de aprendizagem F—1: Reforçar conscientemente os estudos gerais da língua chinesa

F—1—1 Dedicar-se à promoção mútua da compreensão e expressão oral e escrita durante os estudos da língua chinesa;
F—1—2 Dedicar-se a ampliar o horizonte dos conhecimentos culturais nos estudos da língua chinesa atribuindo mais atenção à relação entre a língua chinesa e outras disciplinas;
F—1—3 Estar disposto a participar nas actividades de prática da língua chinesa, melhorando a sua qualidade e as competências da vida social na aplicação prática.

Grupo de aprendizagem F—2: Organização de actividades de estudos da língua chinesa com ajuda dos professores

F—2—1 Ser capaz de planear com colegas as actividades simples de prática da língua chinesa sob a orientação dos professores, com plano, divisão de trabalhos, cooperação e resultados;
F—2—2 Participar activamente em actividades relacionadas com a língua chinesa, organizadas pelas turmas e escolas.

Grupo de aprendizagem F—3: Produção de relatórios de estudo simples sob a orientação dos professores

F—3—1 Saber elaborar um plano de estudos simples, com um tema interessante e recolher informações por si próprio ou em colaboração, finalizando os relatórios de estudo simples;
F—3—2 Saber elaborar relatórios de estudo com factos e argumentos e com caracteres adequados e fluentes;
F—3—3 De acordo com as necessidades, ser capaz de combinar a expressão escrita com tabelas, ícones e imagens, melhorando o efeito da expressão;
F—3—4 Ser capaz de citar as fontes de informação importantes nos relatórios de estudo.

ANEXO III

Exigências das competências académicas básicas de Língua Portuguesa do ensino secundário geral (como primeira língua, ou seja, língua veicular)

1. Ideias essenciais

Em Macau, o português é uma das línguas oficiais. É uma língua de acolhimento, como se pode verificar pelos alunos de diferentes etnias e credos que frequentam as escolas do território. É a sexta língua, em número de falantes nativos, e foi, durante mais de dois séculos, a língua franca que permitia o entendimento entre vários povos. É língua oficial dos oito países de língua oficial portuguessa e, por esse motivo, é uma língua que abre portas para um vasto mercado. O domínio da língua portuguesa é, pois, decisivo, no acesso ao conhecimento, no desenvolvimento e relacionamento social. É expectável que o ensino do português contribua para o sucesso escolar e profissional dos alunos. As competências académicas, que neste documento se delineiam para o ensino secundário geral, foram estabelecidas atendendo à análise da problemática inerente ao ensino da língua portuguesa como primeira língua, ou seja, língua veicular de ensino, na RAEM.

Assim, organizámos uma panóplia de competências básicas a partir, precisamente, dos seguintes quatro domínios: compreensão, expressão oral (ouvir e falar), leitura e escrita. A estes, acrescentámos, ainda, a “gramática”, visto que os conhecimentos acerca da estrutura da língua acabam por ser transversais aos outros domínios. Por outras palavras, para que se possa interagir, oralmente ou através de um suporte escrito, é imprescindível que os enunciados produzidos, ouvidos e lidos se encontrem, gramaticalmente, correctos, sob pena do seu sentido e coerência se diluírem, tornando-se impossível a sua correcta apreensão.

2. Objectivos curriculares

1) Desenvolver, nos alunos, o domínio das habilidades essenciais para a aprendizagem e consequente uso correcto da língua: ouvir, falar, ler e escrever;

2) Atender às necessidades individuais dos alunos, respeitando a sua faixa etária e o seu comportamento social, emocional e linguístico;

3) Fornecer instrumentos para a aprendizagem dos conteúdos das diversas disciplinas, desenvolvendo valores, atitudes e capacidades de relacionar e contextualizar os diversos saberes adquiridos;

4) Desenvolver, nos alunos, competências linguísticas, socio-linguísticas e pragmáticas;

5) Despertar o interesse dos alunos, ajudando-os a reconhecer e demonstrar esse interesse, bem como a valorizar os aspectos estéticos, emocionais e outros da língua;

6) Desenvolver, nos alunos, a capacidade de usar uma linguagem adequada e moderada, controlando emoções;

7) Proporcionar aos alunos meios e recursos para desenvolverem uma competência intercultural, alargando o seu conhecimento do Outro e do mundo;

8) Criar condições para que os alunos desenvolvam a sua criatividade e o seu espírito crítico.

3. Conteúdos específicos das exigências das competências académicas básicas dos diversos âmbitos de aprendizagem

Descrição dos códigos:

1) A letra do alfabeto, em maiúscula, indica as exigências das competências académicas básicas dos diferentes âmbitos de aprendizagem, a saber: A – Compreensão oral; B – Expressão oral; C – Compreensão escrita; D – Expressão escrita; E – Conhecimento explícito da língua;

2) O número após a letra maiúscula representa o número de ordem das exigências das competências académicas básicas do respectivo âmbito de aprendizagem.

Âmbito de aprendizagem A: Compreensão oral

A—1 Compreender mensagens orais, sabendo distinguir o essencial do acessório;
A—2 Antecipar os sentidos de um texto, a partir de vários indícios;
A—3 Distinguir factos de opiniões, de complexidade crescente, a partir de mensagens orais;
A—4 Sintetizar mensagens orais;
A—5 Identificar o tema e explicitar o assunto;
A—6 Distinguir informações objectivas e subjectivas, diferentes intencionalidades comunicativas, em diversas sequências textuais como informar, narrar, descrever e explicar;
A—7 Interpretar informação ouvida, relacionando-a com linguagens não-verbais;
A—8 Tomar notas em função de finalidades pré-definidas;
A—9 Distinguir registos de língua em função de contextos diferenciados;
A—10 Responder a perguntas sobre um texto oral.

Âmbito de aprendizagem B: Expressão oral

B—1 Exprimir-se de forma ordenada, com coerência lógica, de acordo com uma intenção;
B—2 Adequar o discurso ao objectivo;
B—3 Narrar factos e acontecimentos lidos, ouvidos ou vividos;
B—4 Sintetizar o discurso ouvido;
B—5 Informar e explicar;
B—6 Interagir, de forma confiante e fluente, sobre assuntos do quotidiano, de interesse pessoal, social ou escolar;
B—7 Manifestar ideias e pontos de vista, relativamente aos discursos ouvidos;
B—8 Emitir opiniões e juízos críticos de modo fundamentado;
B—9 Participar, de modo oportuno e fluente, em situações de interacção discursiva;
B—10 Recitar e dramatizar textos lidos.

Âmbito de aprendizagem C: Compreensão escrita

C—1 Apreender o sentido global de textos de natureza diversificada;
C—2 Interpretar textos de diferentes tipologias, tais como textos de opinião, informativos e publicitários;
C—3 Identificar temas e ideias principais de um texto;
C—4 Identificar a superestrutura textual, articulando-a com a respectiva tipologia;
C—5 Praticar diversos tipos de leitura;
C—6 Detectar elementos de coerência e coesão textuais;
C—7 Reconhecer as diferenças entre texto literário e não literário;
C—8 Analisar a intencionalidade de vários tipos de texto;
C—9 Responder a perguntas sobre um texto;
C—10 Ler, em voz alta e com expressividade, diferentes textos;
C—11 Interpretar textos literários em língua portuguesa;
C—12 Reconhecer valores culturais e estéticos veiculados pelos textos lidos;
C—13 Analisar obras literárias com recurso a diferentes linguagens, nomeadamente cinema, música e teatro.

Âmbito de aprendizagem D: Expressão escrita

D—1 Produzir vários tipos de textos, tais como informativos, narrativos, descritivos e expositivos, com coerência e correcção linguística;
D—2 Planificar, escrever e rever textos de diferentes intencionalidades comunicativas;
D—3 Expressar, de modo fundamentado, pontos de vista e apreciações críticas decorrentes de textos lidos;
D—4 Elaborar resumos e sínteses;
D—5 Utilizar as normas de citação e referência de fontes.

Âmbito de aprendizagem E: Conhecimento explícito da língua

E—1 Identificar aspectos fundamentais da morfologia;
E—2 Consolidar o conhecimento sobre aspectos fundamentais da sintaxe;
E—3 Reconhecer propriedades e formas de organização do léxico e vocabulário;
E—4 Identificar aspectos característicos da fonética e da fonologia do português;
E—5 Reconhecer processos de significação e relações semânticas entre palavras;
E—6 Identificar aspectos fundamentais da gramática.

ANEXO IV

Exigências das competências académicas básicas de Língua Portuguesa no ensino secundário geral (segunda língua)

1. Ideias essenciais

Comunicar com falantes de outras línguas e de outras culturas é uma necessidade que se prende a diversos motivos, sejam eles económicos, sociais, educativos, afectivos ou outros. Actualmente, acentua-se a ideia de que é fundamental desenvolver uma competência pluricultural e plurilingue, aspecto relevante na Região Administrativa Especial de Macau. Pelo que, as exigências das competências académicas básicas de Língua Portuguesa, como segunda língua, do ensino secundário geral devem seguir as seguintes ideias essenciais:

1 ) Valorização da aprendizagem de línguas estrangeiras

A aprendizagem de línguas tem um valor acrescentado para a sociedade. Conhecer e aprender mais línguas é perspectivar uma mudança no agir social do indivíduo, evidenciado por valores cívicos como a participação, o pluralismo e a abertura.

2) Aquisição de uma competência básica de comunicação em português e promoção do desenvolvimento integral do aluno

A aprendizagem duma língua envolve o desenvolvimento duma competência comunicativa que inclui outras competências como a linguística, a sociolinguística e a pragmática. Como processo complexo, relaciona-se também com o próprio indivíduo, podendo as características individuais não só influenciarem a execução de tarefas comunicativas, mas também serem adquiridas ou modificadas pela aprendizagem das línguas.

3) Centragem no aluno – motivação e interesse, motores do sucesso na aprendizagem

O ensino duma língua só faz sentido se for significativo para o próprio aluno.

2. Objectivos curriculares

1) Utilizar as metodologias actuais do ensino-aprendizagem de línguas estrangeiras, numa abordagem holística, preconizando a integração de diferentes competências no desempenho das tarefas;

2) Encorajar o aluno a assumir um papel activo e central, levando-o a interagir, de acordo com o seu currículo interno, as suas necessidades e capacidades;

3) Proporcionar actividades motivadoras, para que os alunos se sintam suficientemente implicados nas tarefas que devem desempenhar;

4) Orientar os alunos para a acção, para o saber fazer, tendo em conta diversos recursos — cognitivos, afectivos, volitivos – e, também, o conjunto das capacidades que o indivíduo põe em prática como actor social;

5) Possibilitar a abordagem de vários tipos de texto em suportes diversificados e, simultaneamente, a exploração de todos os recursos linguísticos, sociolinguísticos, pragmáticos e culturais disponíveis, que contribuam para a construção da mensagem;

6) Contribuir para uma maior capacidade de cooperação e interacção com os outros, num quadro de autonomia e de responsabilidade, nos domínios em que vai actuar como falante, ouvinte, leitor e escrevente da língua portuguesa, de modo a ser plurilingue e desenvolver a interculturalidade;

7) Identificar os níveis de referência dos alunos e propor uma abordagem comunicativa intercultural, baseada em tarefas significativas;

8) Desenvolver nos alunos um conjunto de saberes, saber-fazer e atitudes, que lhes permitam compreender e usar a língua portuguesa em situações de comunicação, que envolvam contextos previsíveis do quotidiano, ou a localização de informações em documentos autênticos, do dia-a-dia ou necessários ao desenvolvimento dos seus estudos.

3. Conteúdos específicos das exigências das competências académicas básicas dos diversos âmbitos de aprendizagem

Descrição dos códigos:

1) A letra do alfabeto, em maiúscula, indica as exigências das competências académicas básicas dos diferentes âmbitos de aprendizagem, a saber: A – Compreensão oral; B – Expressão oral; C – Compreensão escrita; D – Expressão escrita; E – Competência intercultural;

2) O número após a letra maiúscula representa o número de ordem das exigências das competências académicas básicas do respectivo âmbito de aprendizagem.

Âmbito de aprendizagem A: Compreensão oral

A—1 Compreender palavras e frases isoladas e curtas de uso corrente, relativas a si próprio ou a necessidades concretas conhecidas, desde que o discurso usado seja claro e simples;
A—2 Reconhecer expressões referentes a pedidos ou respostas a pedidos sobre necessidades concretas do quotidiano;
A—3 Compreender e reagir a instruções e orientações claras sobre tarefas a realizar, principalmente nos domínios educativo e privado, relacionados com temas conhecidos ou de interesse para o aluno;
A—4 Compreender perguntas e informações sobre assuntos conhecidos, desde que o interlocutor fale de forma clara e repetitiva;
A—5 Compreender frases e textos curtos relativos a informações sobre si próprio, sobre os amigos, a família, os tempos livres, o estudo e o lugar onde vive, desde que o interlocutor fale claramente e coopere na interacção;
A—6 Identificar o assunto de um diálogo relacionado com temas familiares e da sua área de interesse, nos domínios privado, educativo e público;
A—7 Compreender gravações de textos curtos e claros sobre assuntos conhecidos ou do seu interesse, adequados ao seu nível etário;
A—8 Compreender textos orais sobre acções habituais e temas conhecidos relativamente ao passado, desde que o interlocutor fale de forma clara.

Âmbito de aprendizagem B: Expressão oral

B—1 Identificar-se, falar da família, dos amigos, do local onde vive e estuda, usando frases simples e curtas;
B—2 Interagir sobre temas conhecidos e da sua área de interesse, desde que o interlocutor seja cooperante, isto é, que repita, reformule e tenha um ritmo de elocução muito lento e claro;
B—3 Dar instruções e indicações simples e curtas, usando diferentes estratégias de comunicação;
B—4 Perguntar e responder a questões simples sobre si próprio ou sobre outras pessoas que conhece;
B—5 Identificar alguém ou alguma coisa com um discurso simples mas claro;
B—6 Usar expressões correntes, para cumprimentar ou para se despedir de alguém, de acordo com a situação de comunicação;
B—7 Falar de assuntos e acontecimentos pessoais ou do seu interesse, no presente ou no passado, de forma perceptível;
B—8 Interagir em situações em que precise de actuar, desde que o interlocutor fale de forma pausada e clara;
B—9 Realizar tarefas breves e rotineiras, que impliquem trocas simples de informação, no presente ou no passado;
B—10 Fazer apresentações de temas do quotidiano ou da sua área de interesse, desde que previamente preparados;
B—11 Fazer perguntas e responder a questões simples e concretas sobre assuntos da vida quotidiana tais como: família, amigos, casa, vida escolar, gostos e actividades de tempos livres;
B—12 Aperfeiçoar o ritmo, a entoação e a expressividade, através da recitação de poemas, lengalengas e outros textos.

Âmbito de aprendizagem C: Compreensão escrita

C—1 Ler um texto, obedecendo a regras de pontuação e acentuação gráfica;
C—2 Compreender palavras e textos relacionados com situações frequentes do quotidiano;
C—3 Compreender o essencial de mensagens breves – postais, bilhetes, mensagens ou correio electrónico e avisos;
C—4 Compreender e seguir instruções para a realização de tarefas escolares;
C—5 Ler textos curtos para obter informações específicas sobre um assunto já conhecido;
C—6 Compreender uma informação concreta em textos simples de uso corrente, por exemplo anúncios, folhetos, ementas e horários;
C—7 Compreender correspondência pessoal curta e simples;
C—8 Compreender textos informativos centrados em revistas, jornais, televisão, avisos escolares, transportes e serviços médicos.

Âmbito de aprendizagem D: Expressão escrita

D—1 Dar informações sobre si próprio, a família, os amigos e pessoas conhecidas, utilizando expressões e frases simples;
D—2 Escrever uma SMS ou uma mensagem de correio electrónico;
D—3 Preencher impressos referentes à sua própria identificação ou à de outros;
D—4 Escrever uma mensagem curta e simples num postal;
D—5 Escrever notas sobre assuntos das várias áreas disciplinares;
D—6 Responder afirmativa ou negativamente, por escrito, de forma adequada, a convites e pedidos;
D—7 Usar expressões e frases simples ligadas por conectores simples, tais como “e”, “mas” e “porque”, sobre assuntos significativos, no seu quotidiano;
D—8 Fazer uma breve descrição de acontecimentos presentes ou passados da sua experiência pessoal;
D—9 Escrever notas e mensagens curtas e simples sobre assuntos de necessidade imediata;
D—10 Escrever uma história ou notícia anteriormente lida ou ouvida.

Âmbito de aprendizagem E: Competência intercultural

E—1 Relacionar datas e locais com marcas da cultura portuguesa em Macau;
E—2 Identificar património emblemático português e de outras culturas;
E—3 Comparar a gastronomia, a música e o artesanato de Portugal com os de Macau;
E—4 Identificar, no mapa, os Países de Língua Portuguesa;
E—5 Interagir com o Outro, conhecendo a sua cultura e aceitando-a.

ANEXO V

Exigências das competências académicas básicas de Língua Inglesa no ensino secundário geral (primeira língua, ou seja, língua veicular)

1. Ideias essenciais

Macau é única pela sua diversidade cultural mas está a tornar-se cada vez mais globalizada. A língua inglesa serve de ponte para a comunicação eficaz com o mundo. Tem um papel dominante em muitos sectores tais como negócios, educação e turismo, entre outros. É essencial formar novas gerações de estudantes com um domínio adequado da língua inglesa, de modo a poderem responder aos futuros desafios em diversas áreas respeitantes ao desenvolvimento social e económico de Macau.

Para além dos propósitos funcionais a língua inglesa, serve ainda como meio para o desenvolvimento pessoal, tanto intelectual como estético, uma vez que uma grande parte das fontes de informação e das artes da linguagem no mundo se encontram em inglês. É uma ferramenta que facilita o processo de aprendizagem ao longo da vida, o pensamento crítico e criativo e a coexistência harmoniosa com os outros.

Como língua veicular no ensino, o currículo de Língua Inglesa do ensino secundário geral tem uma missão muito importante que é a de ajudar os alunos a desenvolverem competências comunicativas adequadas em inglês, as quais aumentarão a sua eficácia de aprendizagem no estudo das diversas disciplinas. Para além disso, o currículo de Língua Inglesa deve ajudar os alunos a aumentarem a sua motivação para a aprendizagem da língua inglesa e a cultivarem a sua autoconfiança em comunicar em Inglês.

Pelo que, as exigências das competências académicas básicas de Língua Inglesa, como primeira língua, ou seja, língua veicular do ensino secundário geral devem seguir as seguintes ideias essenciais:

1) O currículo de Língua Inglesa do ensino secundário geral, deve insistir e desenvolver os seguintes quatro princípios pedagógicos básicos:

(1) Como língua veicular no ensino, o currículo de Língua Inglesa desenvolve o nível da língua inglesa dos alunos com o propósito de melhorar o seu desenvolvimento pessoal e intelectual, a sua compreensão cultural e competitividade global;

(2) O currículo deve estar centrado nos alunos, valorizando cada um deles como um aprendente único e, através do fornecimento de um ambiente com materiais didácticos diversificados e métodos de ensino, desenvolver a motivação dos alunos para a aprendizagem ao longo da vida;

(3) Alargar as competências linguísticas adquiridas pelos alunos, desenvolvendo ainda mais as suas competências de compreensão e expressão orais e escritas bem como os conhecimentos e valores pessoais durante a aprendizagem da língua inglesa;

(4) O inglês como língua veicular deve ser ensinado através do recurso a diversos métodos de ensino, que valorizem as habilidades de pensamento a nível superior e os diversos tipos de inteligência. A diversificação das estratégias de ensino é necessária para atender às diferentes necessidades dos alunos.

2) Assegurar um desafio cognitivo adequado ao currículo de Língua Inglesa

Quando os alunos ingressam no ensino secundário geral, iniciam um rápido processo de desenvolvimento físico, cognitivo e psicológico. Os alunos do ensino secundário geral entram no período da adolescência e começam a formar a sua identidade pessoal, tornando-se mais curiosos em relação ao mundo, necessitando por isso de experiências de aprendizagem da língua que satisfaçam as suas necessidades cognitivas e emocionais. Assim, o currículo da Língua Inglesa, do ensino secundário geral deve garantir que, para além dos objectivos linguísticos (como gramática e vocabulário), o conteúdo e temas dos recursos de aprendizagem bem como as experiências de aprendizagem sejam suficientemente desafiadores a nível cognitivo para os alunos deste nível de ensino.

3) O currículo de Língua Inglesa deve atender aos valores humanísticos da aprendizagem de línguas

O ensino do inglês não deve nem precisa de ser ensinado apenas para fins funcionais. Na realidade, tal como qualquer outra língua, o inglês pode servir para transmitir valores humanísticos. Quando os alunos iniciam o ensino secundário geral já têm uma base da língua inglesa. Com um conhecimento mais desenvolvido e melhor domínio da língua inglesa dos alunos, o currículo de inglês deve ajudá-los a adquirirem valores morais e cívicos, de modo a tornarem-se membros responsáveis e zelosos da sociedade.

4) O ensino de inglês deve proporcionar aos alunos formação de aprendizagem eficaz.

Os alunos do ensino secundário geral têm melhores habilidades metacognitivas o que origina uma aprendizagem mais reflexiva. Assim, os professores, ao mesmo tempo que proporcionam, constantemente, um ensino de qualidade, devem também formar os alunos para que se tornem mais independentes e eficientes na aprendizagem da respectiva língua. Essa formação inclui áreas como a consciência metalinguística, estratégias de aprendizagem da língua e auto-avaliação, entre outras.

5) O currículo de Língua Inglesa deve tornar-se numa ferramenta dos alunos para aprenderem outras disciplinas

Como língua veicular no ensino, o currículo de Língua Inglesa deve assumir a responsabilidade adicional de dotar os alunos com competências linguísticas que lhes permitam estudar os conteúdos das várias disciplinas com maior eficácia.

2. Objectivos curriculares

1) Alargar os conhecimentos, capacidades e atitudes da língua inglesa que os alunos já desenvolveram;

2) Ampliar o conhecimento lexical dos alunos a nível da compreensão e da produção linguísticas;

3) Aumentar o conhecimento gramatical e a competência gramatical dos alunos para uma compreensão e expressão mais correctas da língua;

4) Fortalecer a capacidade dos alunos na compreensão de textos orais e escritos com conteúdos mais ricos;

5) Capacitar os alunos para descreverem eventos factuais com detalhes mais ricos e maior organização na oralidade e na escrita;

6) Capacitar os alunos para descreverem experiências e expressarem opiniões pessoais, bem como relatarem projectos simples de forma ordenada, clara e coerente;

7) Desenvolver nos alunos a capacidade de participarem em conversas e debates;

8) Dar a conhecer aos alunos textos literários para cultivar neles a capacidade de apreciar a língua;

9) Orientar os alunos a envolverem-se com textos diversificados, estabelecendo conexões entre o eu, os textos e o mundo de forma a desenvolverem a consciência intelectual, emocional, sociocultural e global;

10) Capacitar os alunos para articularem as suas respostas pessoais e analíticas a textos informativos e literários;

11) Desenvolver nos alunos a capacidade de editarem e reverem as suas produções orais e escritas para um melhor efeito comunicativo;

12) Desenvolver nos alunos o hábito da auto-avaliação sobre o seu progresso na aprendizagem da língua;

13) Capacitar os alunos para utilizarem referências diversificadas tanto impressas como informatizadas, de forma a resolverem problemas linguísticos;

14) Sensibilizar os alunos para as diferenças culturais em diferentes contextos do uso da língua;

15) Auxiliar os alunos a desenvolverem plenamente as suas competências linguísticas aprendendo de maneira mais eficaz, usando a língua inglesa.

3. Conteúdos específicos das exigências das competências académicas básicas dos diversos âmbitos de aprendizagem

Descrição dos códigos:

1) A letra do alfabeto, em maiúscula, indica as exigências das competências académicas básicas dos diferentes âmbitos de aprendizagem, a saber: A – Compreensão oral; B – Expressão oral; C – Compreensão escrita; D – Expressão escrita;

2) O número após a letra maiúscula representa o número de ordem das exigências das competências académicas básicas do respectivo âmbito de aprendizagem.

Âmbito de aprendizagem A: Compreensão oral

A—1 Ser capaz de reconhecer palavras-chave num discurso encadeado;
A—2 Ser capaz de deduzir o significado de palavras desconhecidas a partir da sua audição;
A—3 Ser capaz de seguir as instruções dadas oralmente;
A—4 Ser capaz de identificar a finalidade de um texto oral;
A—5 Compreender vários tipos de descrições;
A—6 Ser capaz de reconhecer o nível de formalidade do discurso oral;
A—7 Ser capaz de reconhecer a ligação entre ideias num texto oral simples através dos mecanismos de coesão incluindo pronomes e conjunções;
A—8 Ser capaz de distinguir entre os pontos principais, detalhes específicos e exemplos num texto oral;
A—9 Ser capaz de prever o desenvolvimento de um texto oral e verificar se as previsões estão correctas durante a audição;
A—10 Ser capaz de compreender a sequência dos acontecimentos num relato oral;
A—11 Ser capaz de compreender uma explicação oral sobre como algo acontece, com suporte visual adequado;
A—12 Ser capaz de reconhecer a estrutura de textos orais mais processuais;
A—13 Ser capaz de estabelecer conexões entre o discurso oral e outras fontes de informação tais como diagramas e mapas;
A—14 Ser capaz de processar um discurso oral sobre temas familiares a um ritmo adequado de forma a manter um diálogo;
A—15 Ser capaz de identificar informação nova ou importante a partir da ênfase e da entoação;
A—16 Ser capaz de reconhecer o uso da entoação para diferentes temas e tomada de vez;
A—17 Compreender graus de certeza e de obrigação no discurso oral;
A—18 Compreender sentimentos, atitudes e opiniões de locutores ou interlocutores a partir do conteúdo enfático e da sua entoação;
A—19 Ser capaz de seguir o raciocínio de uma argumentação ou explicação oral simples;
A—20 Ser capaz de solicitar esclarecimentos durante ou depois de escutar;
A—21 Ser capaz de tomar notas sobre os pontos principais de uma conversa;
A—22 Ser capaz de utilizar a informação obtida através de uma conversa para novos fins.

Âmbito de aprendizagem B: Expressão oral

B—1 Ser capaz de pronunciar uma palavra nova a partir da sua ortografia com uma precisão razoável;
B—2 Ser capaz de usar conjunções adversativas para assinalar a organização do discurso oral;
B—3 Ser capaz de estabelecer coesão através de escolhas lexicais e gramaticais apropriadas;
B—4 Ser capaz de reformular o seu discurso tendo em conta a reacção do interlocutor;
B—5 Ser capaz de recontar a sequência de eventos de uma experiência pessoal;
B—6 Ser capaz de dar instruções para a realização de uma tarefa;
B—7 Ser capaz de explicar o como e o porquê da ocorrência de um processo simples;
B—8 Ser capaz de iniciar e encerrar uma interacção oral de forma adequada;
B—9 Ser capaz de ajustar o nível de formalidade do discurso de acordo com a situação ou a relação com o interlocutor;
B—10 Ser capaz de mostrar acordo ou desacordo, directamente ou indirectamente de maneira adequada;
B—11 Ser capaz de usar estratégias para lidar com um discurso oral não planeado e espontâneo;
B—12 Ser capaz de resumir ou reformular o conteúdo de um discurso próprio ou de um interlocutor;
B—13 Ser capaz de apresentar fundamentos para apoiar um ponto de vista;
B—14 Ser capaz de responder adequadamente a diálogos não planeados sobre assuntos familiares e relacionados com a escola;
B—15 Ser capaz de pedir e dar esclarecimentos sobre conteúdos expressos ao interlocutor quando solicitado;
B—16 Ser capaz de usar formas de enfatização e entoação para destacar informação importante ou nova;
B—17 Ser capaz de usar a entoação apropriada para expressar a sua atitude;
B—18 Ser capaz de usar entoação e conjunções adversativas para gerir a tomada de vez e mudanças de assunto do discurso;
B—19 Ser capaz de mostrar interesse pelo que é dito por um interlocutor, bem como tolerância e respeito por pontos de vista opostos.

Âmbito de aprendizagem C: Compreensão escrita

C—1 Ser capaz de reconhecer o vocabulário anteriormente aprendido e acumular vocabulário através de estratégias diversificadas de leitura;
C—2 Ser capaz de deduzir o significado de vocábulos desconhecidos, a partir de pistas presentes no vocabulário ou no texto, bem como do conhecimento contextual;
C—3 Ser capaz de compreender o significado das palavras em diferentes níveis, incluindo os níveis denotativo e conotativo bem como significados a níveis mais técnicos;
C—4 Ser capaz de definir um objectivo para a leitura e atingi-lo, seleccionando estratégias de leitura adequadas;
C—5 Ser capaz de fazer previsões sobre o conteúdo de um texto usando conhecimentos anteriores pistas contextuais e características textuais;
C—6 Ser capaz de aplicar diversas estratégias de leitura para entender um texto novo;
C—7 Ser capaz de compreender a ligação entre as ideias de uma frase mediante a identificação de pronomes, artigos e conjunções, entre outros;
C—8 Ser capaz de fazer inferências e tirar conclusões com base em informações fornecidas;
C—9 Saber fazer perguntas e responder a questões durante a leitura, bem como reler o texto para ajudar a determinar e clarificar as ideias principais e os detalhes essenciais;
C—10 Ser capaz de reconhecer diversos tipos de textos básicos e identificar o seu objectivo, estrutura e características de linguagem associadas;
C—11 Ser capaz de compreender a ideia e encontrar informação nos textos complexos;
C—12 Ser capaz de identificar textos como mais formais ou menos formais;
C—13 Ser capaz de reconhecer todos os sinais de pontuação e demonstrar a compreensão dos mesmos através da leitura de frases, em voz alta, com ritmo e entoação correctos;
C—14 Ser capaz de fazer uso eficaz e criterioso do dicionário e das referências linguísticas para auxiliar a leitura e a compreensão de palavras novas presentes nos textos;
C—15 Ser capaz de tomar notas sobre os pontos principais de um texto escrito;
C—16 Ser capaz de aplicar informação obtida a partir da leitura, a novos fins e novos tipos de textos;
C—17 Ser capaz de distinguir diferentes géneros de apresentações de um mesmo evento em diferentes tipos de textos;
C—18 Ser capaz de interagir com outros sobre um texto antes, durante e após a sua leitura;
C—19 Ser capaz de recolher informação de forma independente, em várias fontes impressas e digitalizadas;
C—20 Ser capaz de reconhecer as expressões de maior ou menor certeza dos escritores;
C—21 Ser capaz de reconhecer os pontos de vista, atitudes, intenções e sentimentos dos escritores;
C—22 Demonstrar interesse e prazer pela leitura.

Âmbito de aprendizagem D: Expressão escrita

D—1 Saber utilizar vocabulário diversificado relativo a temas do quotidiano, bem como vocabulário relacionado com a vida escolar;
D—2 Dominar bem as regras básicas de escrita da língua inglesa, tais como ortografia e pontuação, entre outras;
D—3 Saber aplicar diferentes combinações de frases complexas;
D—4 Ser capaz de utilizar uma gama ampla de estruturas gramaticais com razoável precisão;
D—5 Ser capaz de utilizar a língua inglesa para expressar diferentes graus de certeza e obrigação na escrita;
D—6 Ser capaz de expressar adequadamente atitudes, sentimentos e pontos de vista de acordo com a situação;
D—7 Ser capaz de escrever textos com estruturas e características linguísticas apropriadas de acordo com a sua finalidade;
D—8 Ser capaz de usar um conjunto simples de recursos incluindo parágrafos, ligação de frases e ordem de palavras, para organizar o texto;
D—9 Ser capaz de aplicar adequadamente o vocabulário e a gramática para que o texto fique fluente;
D—10 Ser capaz de escrever com percepção clara do objectivo da escrita e dos leitores;
D—11 Ser capaz de recolher informações e organizar ideias antes de escrever, realizando pesquisas e investigações na internet ou utilizando outros meios, bem como aplicar estratégias de pré-escrita nomeadamente recorrendo a mapas mentais, entre outros;
D—12 Ser capaz de escrever de maneira formal ou informal tendo em conta a situação;
D—13 Ser capaz de escrever diálogos que simulam conversas da vida real;
D—14 Ser capaz de escrever narrações pessoais e factuais para recontar eventos passados;
D—15 Ser capaz de usar os formatos de texto adequados relativamente às cartas formais e informais, entre outros tipos de textos;
D—16 Ser capaz de escrever histórias curtas e interessantes;
D—17 Ser capaz de escrever textos simples para explicar o desenvolvimento de um processo sequencial ou um fenómeno;
D—18 Ser capaz de escrever textos procedimentais para dar instruções;
D—19 Ser capaz de escrever textos argumentativos simples para apresentar um ponto de vista;
D—20 Ser capaz de rever rascunhos e corrigir os seus erros gramaticais, lexicais e detalhes técnicos;
D—21 Ser capaz de melhorar rascunhos próprios e dos colegas, enriquecendo o conteúdo do texto e melhorando a organização textual e o uso de termos;
D—22 Ser capaz de fornecer as fontes de informação utilizadas.

ANEXO VI

Exigências das competências académicas básicas de Língua Inglesa no ensino secundário geral (segunda língua)

1. Ideias essenciais

Macau é única pela sua diversidade cultural e está a tornar-se cada vez mais globalizada. A língua inglesa serve de ponte para a comunicação eficaz com o mundo desempenhando um papel dominante em muitos sectores tais como, negócios, educação e turismo, entre outros. É essencial formar novas gerações de estudantes com um domínio adequado da língua inglesa, de modo a poderem responder aos futuros desafios em diversas áreas respeitantes ao desenvolvimento social e económico de Macau.

Para além dos propósitos funcionais, a língua inglesa serve também como meio para o desenvolvimento pessoal, tanto intelectual como estético, uma vez que uma grande parte das fontes de informação e das artes da linguagem no mundo se encontram em inglês.

Mais importante també como segunda língua, o currículo de Língua Inglesa do ensino secundário geral, deve ajudar os alunos a aumentarem a sua motivação para aprenderem a língua inglesa e assim cultivarem a sua autoconfiança na comunicação em inglês.

Pelo que, as exigências das competências académicas básicas de Língua Inglesa, como segunda língua do ensino secundário geral devem seguir as seguintes ideias essenciais:

1) O currículo de Língua Inglesa do ensino secundário geral, insiste e desenvolve os seguintes três princípios pedagógicos básicos:

(1) O currículo deve estar centrado nos alunos, valorizando o desenvolvimento, o interesse e a capacidade dos alunos, reforçando a sua autoconfiança e autonomia;

(2) Através do desenvolvimento das competências básicas da compreensão e expressão orais e escritas dos alunos, permitir-lhes atingir o objectivo da comunicação em inglês com os outros;

(3) Utilizar métodos pedagógicos diversificados nas aulas para atender às diferenças individuais.

2) Assegurar um desafio cognitivo adequado ao currículo de Língua Inglesa

Quando os alunos ingressam no ensino secundário geral, iniciam um rápido processo de desenvolvimento físico, cognitivo e psicológico. Os alunos do ensino secundário geral entram no período da adolescência e começam a formar a sua identidade pessoal, tornando-se mais curiosos em relação ao mundo, necessitando por isso de experiências de aprendizagem da língua que satisfaçam as suas necessidades cognitivas e emocionais. Assim, o currículo de Língua Inglesa do ensino secundário geral, deve garantir que, para além dos objectivos linguísticos (como gramática e vocabulário), os conteúdose as experiências de aprendizagem, sejam suficientemente desafiadores a nível cognitivo para os alunos deste nível de ensino.

3) O currículo de Língua Inglesa deve atender aos valores humanísticos da aprendizagem de línguas

O ensino do inglês não precisa nem deve ser ensinado apenas para fins funcionais. Na realidade, tal como qualquer outra língua, o inglês pode servir para transmitir valores humanísticos. Quando os alunos iniciam o ensino secundário geral, já têm uma base da língua inglesa. Com um conhecimento mais desenvolvido e melhor domínio da língua inglesa dos alunos, o currículo de Língua Inglesa deve ajudá-los a adquirirem valores morais e cívicos de modo a tornarem-se membros responsáveis e zelosos da sociedade.

4) O ensino de inglês deve proporcionar aos alunos formação de aprendizagem eficaz

Os alunos do ensino secundário geral têm grandes capacidades metacognitivas o que origina uma aprendizagem mais reflexiva. Assim, os professores, ao mesmo tempo que proporcionam um ensino de qualidade, devem também praticar com os alunos para que estes se tornem aprendentes da língua mais independentes e eficientes. Essa formação inclui áreas como consciência metalinguística, estratégias de aprendizagem da língua e auto-avaliação, entre outras.

2. Objectivos curriculares

1) Desenvolver os conhecimentos, as capacidades e as atitudes da língua inglesa que os alunos já adquiriram;

2) Formar nos alunos melhores competências quanto à compreensão e expressão orais e escritas;

3) Alargar o conhecimento lexical dos alunos a nível da compreenção e da produção linguísticas;

4) Aumentar o conhecimento gramatical e a competência gramatical dos alunos para uma compreensão e expressão mais correctas da língua;

5) Fortalecer a capacidade dos alunos na compreensão de textos orais e escritos com melhores conteúdos;

6) Capacitar os alunos para descreverem eventos factuais com maiores detalhes e maior organização na oralidade e na escrita;

7) Capacitar os alunos para descreverem experiências e expressarem opiniões pessoais bem como relatarem projectos simples de forma ordenada, clara e coerente;

8) Desenvolver nos alunos a capacidade de participarem em conversas e debates simples;

9) Desenvolver nos alunos a capacidade de editarem e reverem as suas produções orais e escritas para um melhor efeito comunicativo;

10) Desenvolver nos alunos o hábito da auto-avaliação sobre o seu progresso na aprendizagem da língua;

11) Capacitar os alunos para utilizarem referências diversificadas, tanto impressas como informatizadas, de forma a resolverem problemas linguísticos;

12) Sensibilizar os alunos para as diferenças culturais em diferentes contextos do uso da língua.

3. Conteúdos específicos das exigências das competências académicas básicas dos diversos âmbitos de aprendizagem

Descrição dos códigos:

1) A letra do alfabeto, em maiúscula, indica as exigências das competências académicas básicas dos diferentes âmbitos de aprendizagem, a saber: A – Compreensão oral; B – Expressão oral; C – Compreensão escrita; D – Expressão escrita;

2) O número após a letra maiúscula representa o número de ordem das exigências das competências académicas básicas do respectivo âmbito de aprendizagem.

Âmbito de aprendizagem A: Compreensão oral

A—1 Ser capaz de identificar fonemas de vogais e consoantes em palavras monossilábicas e fonemas de sílabas tónicas de palavras polissilábicas;
A—2 Ser capaz de distinguir fonemas e palavras com pronúncia semelhante, incluindo combinações de consoantes;
A—3 Ser capaz de identificar as sílabas tónicas em palavras polissilábicas;
A—4 Ser capaz de inferir o significado de vocábulos, fazendo uso de estratégias diversificadas;
A—5 Ser capaz de adquirir informação específica em textos orais simples;
A—6 Ser capaz de reconhecer a ligação entre ideias num texto oral simples através dos pronomes e conjunções;
A—7 Ser capaz de distinguir os pontos principais e exemplos de apoio num texto oral;
A—8 Ser capaz de identificar a sequência dos acontecimentos, as causas e os efeitos;
A—9 Ser capaz de identificar os pontos principais de um discurso a partir da enfatização de palavras ou frases;
A—10 Ser capaz de deduzir intenções e atitudes a partir da entoação do falante;
A—11 Ser capaz de identificar as ideias principais em diálogos e conversas simples e curtas;
A—12 Ser capaz de prever o desenvolvimento provável de um texto oral, fazendo uso de diversas estratégias;
A—13 Ser capaz de tomar notas sobre os pontos principais de uma conversa.

Âmbito de aprendizagem B: Expressão oral

B—1 Ser capaz de pronunciar uma palavra nova a partir da sua ortografia;
B—2 Ser capaz de pronunciar correctamente polissílabos com a devida acentuação;
B—3 Ser capaz de utilizar vocabulário adequado conforme o ambiente da fala;
B—4 Ser capaz de utilizar diferentes conjunções para indicar a relação entre as ideias;
B—5 Ser capaz de relatar uma experiência pessoal ou descrever com clareza, um evento;
B—6 Ser capaz de explicar com clareza, os procedimentos para realizar algo;
B—7 Ser capaz de desenvolver uma ideia principal usando exemplos;
B—8 Ser capaz de explicar as causas e consequências de um problema ou uma controvérsia;
B—9 Ser capaz de expressar opiniões de forma clara;
B—10 Ser capaz de utilizar estruturas frásicas diversificadas;
B—11 Ser capaz de utilizar técnicas para iniciar uma conversa;
B—12 Ser capaz de efectuar uma conclusão de um discurso oral de forma adequada;
B—13 Ser capaz de usar a entoação apropriada para expressar a sua atitude;
B—14 Ser capaz de utilizar uma enfatização adequada da frase para destacar o conteúdo relevante;
B—15 Ser capaz de ler um texto curto com a devida acentuação, ritmo e entoação;
B—16 Ser capaz de afirmar ter conhecimento do conteúdo expresso pelo interlocutor;
B—17 Ser capaz de pedir esclarecimentos aos interlocutores durante uma conversa sobre os conteúdos expressos;
B—18 Manifestar interesse na aplicação de língua inglesa na interação social.

Âmbito de aprendizagem C: Compreensão escrita
C—1 Ser capaz de reconhecer o vocabulário, anteriormente, aprendido e acumular vocabulário através de estratégias diversificadas de leitura;
C—2 Ser capaz de deduzir o significado de vocábulos desconhecidos, a partir de pistas presentes no vocabulário ou no texto, bem como do conhecimento contextual;
C—3 Ser capaz de reconhecer o formato e características linguísticas de vários tipos de textos;
C—4 Ser capaz de encontrar informações a partir da compreensão de textos visuais;
C—5 Ser capaz de fazer previsões sobre o conteúdo de um texto utilizando conhecimentos anteriores, experiências pessoais e características textuais;
C—6 Compreender a utilidade dos sinais de pontuação num texto;
C—7 Ser capaz de fazer uma utilização eficaz e criteriosa do dicionário e de referências linguísticas para auxiliar a leitura;
C—8 Ser capaz de compreender a relação entre ideias mediante a identificação das conjunções;
C—9 Ser capaz de demonstrar o entendimento de um texto através de fazer perguntas e dar respostas, referindo as bases das respostas no texto;
C—10 Ser capaz de identificar ideias e detalhes principais de um texto bem como o a mensagem que o autor quer transmitir ou descrever;
C—11 Compreender os textos através de diferentes apresentações;
C—12 Ser capaz de recolher informação relevante de fontes impressas e digitais;
C—13 Ser capaz de dar uma resposta pessoal sobre o conteúdo de um texto;
C—14 Ser capaz de ler textos simples, em voz alta, com expressão, ritmo, entoação, precisão, fluência, compreensão, de forma adequada;
C—15 Ter o hábito de ler com frequência e de forma independente;
C—16 Demonstrar o interesse na leitura de diversos tipos de textos, incluindo textos ficcionais e não-ficcionais.

Âmbito de aprendizagem D: Expressão escrita

D—1 Ser capaz de escrever correctamente mais vocábulos;
D—2 Dominar as regras básicas da escrita em inglês, nomeadamente a ortografia e a pontuação;
D—3 Ser capaz de utilizar técnicas de ligação apropriadas para relacionar várias ideias, redigindo frases mais extensas;
D—4 Ser capaz de utilizar vários tipos de estruturas frásicas;
D—5 Ser capaz de usar, de forma apropriada, a gramática básica;
D—6 Ser capaz de relatar acontecimentos por ordem cronológica;
D—7 Ser capaz de redigir textos a partir de imagens;
D—8 Ser capaz de recolher diversas ideias antes de redigir através de mapas mentais, bem como juntar a sabedoria das massas e absorver todas as ideias úteis, entre outras técnicas;
D—9 Ser capaz de redigir parágrafos com ideias principais e detalhes de apoio;
D—10 Ser capaz de escrever espontaneamente, assumindo riscos na fase de elaboração;
D—11 Ser capaz de rever e editar o conteúdo, organização e linguagem do primeiro esboço;
D—12 Ser capaz de rever e corrigir erros gramaticais, lexicais, ortográficos e de pontuação dos rascunhos;
D—13 Ser capaz de redigir histórias simples que incluam cenários, personagens, problemas, acontecimentos e soluções;
D—14 Apreciar e ser capaz de avaliar as produções escritas dos seus colegas;
D—15 Demonstrar interesse e prazer em escrever.

ANEXO VII

Exigências das competências académicas básicas de Matemática do ensino secundário geral

1. Ideias essenciais

A matemática é uma ciência que estuda os espaços, as formas e as quantidades, cujos conteúdos, pensamentos, métodos e linguagens constituem uma parte importante da cultura humana. A matemática tem uma relação estreita com a actividade humana, sendo uma linguagem científica e uma ferramenta eficaz, tendo uma função insubstituível no processo da evolução humana.

A literacia em matemática é uma qualidade básica de cada cidadão, necessária na sociedade moderna, pelo que o currículo de Matemática deve promover o desenvolvimento integral, sustentável e harmonioso dos alunos, permitindo-lhes dominar os conhecimentos e capacidades básicas de matemática necessários para se adaptarem à vida social e ao seu desenvolvimento, bem como possuírem capacidades de aplicação dos conhecimentos matemáticos obtidos no ensino secundário geral, em termos de utilização, raciocínio e comunicação.

Pelo que, as exigências das competências académicas básicas de matemática no ensino secundário geral devem seguir as seguintes ideias essenciais:

1) O currículo de Matemática deve adaptar-se às necessidades individuais dos alunos e estabelecer a base do seu desenvolvimento

Para além de acompanhar com atenção o desenvolvimento e a aplicação da matemática, satisfazendo as necessidades dos alunos nos seus estudos, trabalho e vida diária, o currículo de Matemática deve aproximar-se da realidade dos alunos, seguindo os seus ritmos mentais de aprendizagem, bem como adaptar-se às suas necessidades individuais de desenvolvimento. O currículo de Matemática não presta atenção somente à transmissão dos conhecimentos e ao processo de desenvolvimento, mas também promove o desenvolvimento de cada aluno em várias áreas, tais como nos domínios das emoções e das atitudes, experiência de participação nas actividades e capacidade de raciocínio. Através de conteúdos leccionados de diferentes formas, atende-se às necessidades diversificadas dos alunos, estabelecendo uma base para o seu desenvolvimento integral e sustentável.

2) Promove a compreenção dos conhecimentos matemáticos através de modos diversificados de aprendizagem

A aprendizagem de matemática é um processo de descoberta de novos conhecimentos, com base nos conhecimentos e experiências já adquiridas. As actividades eficazes de aprendizagem de matemática não podem depender meramente da imitação e memória, devendo as experimentações, pesquisas e intercâmbio matemáticos ser também formas importantes de aprendizagem. O foco da aprendizagem de matemática deve incidir na sua compreensão, compreender a relação entre os vários conhecimentos matemáticos e resolver os problemas práticos aplicando os conhecimentos aprendidos.

3) O ensino da matemática deve reflectir o processo de raciocínio matemático, promovendo o desenvolvimento comum dos professores e dos alunos

O ensino da matemática representa a pedagogia das actividades de pensamentos matemáticos, sendo um processo de convívio e interacção e de desenvolvimento comum entre professores e alunos e entre estes. Através do ensino da matemática, os alunos, além de dominarem os conhecimentos e competências e compreenderem os pensamentos e métodos, desenvolvem um processo de raciocínio, aprendendo a pensar em termos matemáticos, elevando a literacia em matemática e experimentando os valores sociais e culturais da matemática.

A leccionação deve ser baseada na necessidade de aprendizagem dos alunos, ajudando-os a observar o mundo, a descobrir e levantar questões, a analisar e resolver problemas a partir de uma visão matemática, a resumir e sintetizar o que foi aprendido, a aplicar e divulgar os resultados matemáticos, a rever e reflectir sobre o processo de aprendizagem, no sentido de concretizar a aplicação da matemática.

4) Prestar atenção à integração da matemática com a tecnologia informática

O desenvolvimento das tecnologias de informação e comunicação trouxe uma grande influência à forma de exibição dos conteúdos do ensino, ao modo de aprendizagem dos alunos e de ensino dos professores, como também à forma de interacção entre professores e alunos. Estas tecnologias não são apenas uma ferramenta importante para explorar e apresentar os conhecimentos matemáticos, são também um instrumento importante para os alunos aprenderem matemática e resolverem os problemas. Devem ser aplicadas, de forma adequada e razoável, na concepção e execução do currículo de matemática, aumentando a integração entre a tecnologia informática e o conteúdo curricular. Deve-se explorar os grandes recursos de aprendizagem, melhorando nos alunos a consciência e a capacidade prática de utilização das tecnologias de informação e comunicação para resolver questões matemáticas, no sentido de alcançar a meta de desenvolvimento coordenado da literacia em informática e matemática.

2. Objectivos curriculares

1) Permitir aos alunos obterem os conhecimentos matemáticos importantes, desenvolverem um raciocínio matemático básico e as capacidades de aplicação necessárias na vida social, nas actividades práticas e na continuação dos estudos de matemática ou de outras disciplinas relacionadas;

2) Desenvolver nos alunos as capacidades de raciocínio matemático, operações, imaginação no espaço e de resolução de problemas, bem como as capacidades de cooperação, intercâmbio e de pensamento independente;

3) Através da observação, prática, raciocínio, exploração, intercâmbio e outras actividades matemáticas, desenvolver a consciência e a capacidade dos alunos na utilização flexível do raciocínio matemático para julgamento de questões;

4) Cultivar nos alunos o conhecimento do valor da matemática e criar bons hábitos de aprendizagem e atitudes científicas, experienciando o gosto de participar nas actividades matemáticas e a excelência do pensamento e dos metodos da matemática na resolução de certos problemas;

5) Permitir aos alunos serem bem-sucedidos nas suas actividades, ao nível da imaginação e criatividade, formando uma atitude de superação das dificuldades tornando-se mais confiantes e criativos.

3. Conteúdos específicos das exigências das competências académicas básicas dos diversos âmbitos de aprendizagem

Descrição dos códigos:

1) A letra do alfabeto, em maiúscula, indica as exigências das competências académicas básicas dos diferentes âmbitos de aprendizagem, a saber: A – Números e álgebra, B – Gráfico e espaço, C – Estatística e probabilidade, D – Emoções, Atitudes e Valores;

2) O primeiro número após a letra maiúscula representa o número de ordem do grupo de aprendizagem dos diversos âmbito de aprendizagem;

3) O segundo número representa o número de ordem das exigências das competências académicas básicas do respectivo grupo de aprendizagem.

Âmbito de aprendizagem A: Números e álgebra

Grupo de aprendizagem A—1: Números e expressões

A—1—1 Conhecer o significado dos números negativos, sabendo utilizá-los para descrever quantidades na vida diária;
A—1—2 Conhecer o significado dos números racionais e, através da recta numérica, compreender o significado dos números opostos e do valor absoluto, sabendo calcular o número oposto e o valor absoluto dos números racionais e comparar os números racionais;
A—1—3 Dominar os cálculos de adição, subtracção, multiplicação, divisão e potenciação de números racionais que podem ser resolvidos em três passos, bem como as operações simples, sendo capaz de aplicar o cálculo de números racionais para resolver problemas simples do quotidiano;
A—1—4 Saber efectuar operações com números racionais, compreendendo as regras de cálculo dos mesmos;
A—1—5 Compreender a notação científica e a noção de número aproximado e saber efectuar cálculos com números aproximados, sabendo calcular, por arredondamento, os valores aproximados que podem ser resolvidos em três passos, de acordo com determinado requisito de precisão;
A—1—6 Compreender o significado da raiz quadrada, da raiz quadrada aritmética e da raiz cúbica, e saber utilizar o radical para representar a raiz quadrada, raiz quadrada aritmética e a raiz cúbica de um número;
A—1—7 Conhecer que a radiciação é a operação inversa da potenciação e vice-versa, sabendo aplicar a radiciação para encontrar a raiz quadrada de um número não negativo e aplicar a potenciação para encontrar a raiz cúbica de um número, sabendo utilizar a calculadora para efectuar cálculos de raiz quadrada e raiz cúbica;
A—1—8 Conhecer a noção de número irracional e número real;
A—1—9 Conhecer o significado de número oposto e o valor absoluto de um número real e compreender a relação biunívoca entre os números reais e os pontos da recta numérica;
A—1—10 Através de situações concretas, entender utilizar letras para representar o significado de números;
A—1—11 Conhecer a noção de expressões algébricas e do valor das mesmas, sabendo utilizar expressão algébrica para mostrar uma relação numérica simples e utilizar o método de substituição para encontrar o valor de uma expressão algébrica;
A—1—12 Conhecer o significado e as propriedades básicas das potências de expoente inteiro;
A—1—13 Conhecer a noção de expressão racional inteira;
A—1—14 Dominar o método de agrupamento de termos semelhantes, sabendo efectuar a adição e simplificação de parênteses, cálculos simples de adição e subtracção de expressão racional inteira; dominar as regras de multiplicação dos monómios, de multiplicação entre monómios e polinómios, bem como de multiplicação dos polinómios; dominar as regras de divisão entre os monómios e de divisão entre monómios e polinómios;
A—1—15 Dominar as fórmulas da diferença de quadrados e do quadrado perfeito, sabendo utilizá-las para efectuar cálculos;
A—1—16 Saber efectuar a factorização pela colocação de factor comum em evidência, sabendo efectuar a factorização pelas fórmulas da diferença de quadrados e do quadrado perfeito;
A—1—17 Em articulação com os exemplos reais, conhecer a noção de fracção e de fracção irredutível, dominar as propriedades básicas de fracções e efectuar a redução de fracções e redução ao mesmo denominador;
A—1—18 Dominar as regras de cálculo da adição, subtracção, multiplicação e divisão de fracções, sabendo efectuar cálculos simples de fracções;
A—1—19 Conhecer a noção dos radicais quadráticos e radicais quadráticos mais simplificados; dominar as regras de cálculos da adição, subtracção, multiplicação e divisão de radicais quadráticos, sabendo executar a racionalização de uma fracção com um radical quadrático no denominador; ser capaz de efectuar cálculo de mistura simples de radicais quadráticos.

Grupo de aprendizagem A—2: Equação e inequação

A—2—1 Dominar as propriedades básicas de uma equação;
A—2—2 Conhecer a equação de primeiro grau com uma incógnita e as suas noções relacionadas;
A—2—3 Dominar a resolução geral da equação de primeiro grau com uma incógnita, sabendo resolver a equação de primeiro grau com uma incógnita com coeficiente numérico;
A—2—4 De acordo com a relação de igualdade das questões concretas, ser capaz de escrever uma equação de primeiro grau com uma incógnita para resolver problemas simples, bem como de acordo com o significado real das questões concretas, ser capaz de aferir se o resultado é razoável;
A—2—5 Conhecer a noção de equação fraccionária, dominar a resolução de equações fraccionárias que podem ser reduzidas a equações de primeiro grau com uma incógnita, conhecer a noção de raízes estranhas à equação dada, sabendo verificar se um número é raiz estranha a uma equação fraccionária;
A—2—6 Saber escrever uma equação fraccionária que pode ser reduzida a uma equação de primeiro grau com uma incógnita para resolver situações-problema simples;
A—2—7 Conhecer a noção de sistemas de equações de primeiro grau com duas incógnitas e de sistemas de equações de primeiro grau com três incógnitas e das suas resoluções;
A—2—8 Dominar o método de substituição e o método de adição e subtracção, sendo capaz de resolver sistemas de equações de primeiro grau com duas incógnitas, conhecendo a resolução pela representação gráfica dos sistemas de equações de primeiro grau com duas incógnitas;
A—2—9 De acordo com a relação de igualdade das questões concretas, ser capaz de escrever sistemas de equação de primeiro grau com duas incógnitas e encontrar solução, bem como de acordo com o significado real das questões concretas, ser capaz de examinar se o resultado é razoável;
A—2—10 Conhecer a noção de equação de segundo grau com uma incógnita;
A—2—11 Saber utilizar o método de complemento de quadrados, o método de fórmulas e método de factorização para resolver equações de segundo grau com uma incógnita com coeficiente numérico; saber utilizar o método gráfico para encontrar a solução aproximada da equação de segundo grau com uma incógnita;
A—2—12 Ser capaz de seguir as questões práticas para escrever uma equação de segundo grau com uma incógnita e encontrar a solução, bem como, de acordo com o significado real das questões concretas, ser capaz de aferir se o resultado é razoável;
A—2—13 Conhecer a noção de inequação, dominando as propriedades básicas das inequações;
A—2—14 Ser capaz de resolver simples inequações de primeiro grau com uma incógnita com coeficiente numérico, representando os conjuntos-solução na recta numérica;
A—2—15 Conhecer a noção de sistemas de inequações de primeiro grau a uma incógnita e dos seus conjuntos-solução, sabendo encontrar a solução dos sistemas de inequações através da recta numérica.

Grupo de aprendizagem A—3: Funções

A—3—1 Conhecer o significado de constantes e variáveis;
A—3—2 Compreender o significado da faixa de variáveis independentes e do valor de função, sabendo encontrar a faixa de variáveis independentes e o valor de função simples;
A—3—3 Conhecer a noção de função e as três formas de representação, sendo capaz de indicar alguns exemplos reais de funções;
A—3—4 Saber construir gráficos de funções por meio de ligação de pontos;
A—3—5 Conhecer a noção de função de proporcionalidade directa e função linear, sendo capaz de confirmar a expressão algébrica destas funções, de acordo com as condições indicadas na questão;
A—3—6 Compreender as propriedades de função de proporcionalidade directa e função linear, sabendo esboçar os seus gráficos e interpretá-los para indicar a mudança do valor de função conforme a das variáveis independentes;
A—3—7 Saber aplicar o método de coeficiente indeterminado para confirmar a expressão algébrica de função linear;
A—3—8 Ser capaz de resolver questões práticas com função linear;
A—3—9 Conhecer a noção de função proporcional inversa, sendo capaz de confirmar a expressão algébrica destas funções, de acordo com as condições indicadas na questão;
A—3—10 Compreender as propriedades de função de proporcionalidade inversa, sabendo esboçar os seus gráficos e e interpretá-los para indicar a mudança do valor de função conforme a das variáveis independentes;
A—3—11 Ser capaz de aplicar função de proporcionalidade inversa para resolver questões práticas;
A—3—12 Conhecer a noção de função quadrática e as suas propriedades, sabendo construir um gráfico de função quadrática por meio de ligação de pontos e aplicar o método de coeficiente indeterminado para confirmar a expressão algébrica de função quadrática;
A—3—13 Saber aplicar uma fórmula para confirmar o vértice e o eixo de simetria da função quadrática, sabendo aplicar o método de complemento para confirmar o vértice e o eixo de simetria da função quadrática;
A—3—14 Saber aplicar a função quadrática para resolver questões práticas simples.

Âmbito de aprendizagem B: Figuras e espaço

Grupo de aprendizagem B—1: Ponto, linha, plano e ângulo

B—1—1 Conhecer pontos, rectas, planos e geometria;
B—1—2 Compreender o significado da distância entre dois pontos, sendo capaz de medir essa distância;
B—1—3 Dominar o axioma de recta: dois pontos determinam uma única recta; o segmento de recta entre dois pontos é o mais curto;
B—1—4 Dominar a noção de raio e segmento de recta e o seu tamanho, sabendo comparar o tamanho de segmentos de recta, compreendendo a soma e diferença de segmentos de recta, bem como saber o ponto médio de um segmento de recta;
B—1—5 Conhecer, intuitivamente, a relação entre duas linhas rectas não coincidentes no mesmo plano: se se intersectam ou são paralelas;
B—1—6 Compreender a noção de ângulo, o tamanho de ângulo, a medição, a soma e a diferença entre ângulos;
B—1—7 Conhecer o ângulo raso e ângulo circunscrito, compreender a relação de tamanho entre os ângulos circunscrito, raso, obtusângulo, rectângulo e acutângulo, dominando a classificação de ângulo;
B—1—8 Conhecer a noção de ângulo complementar, ângulo suplementar, ângulo adjacente suplementar e ângulos opostos pelo vértice;
B—1—9 Tendo em conta situações do quotidiano, conhecer a relação de paralela e de cruzamento de duas linhas rectas não coincidentes no plano;
B—1—10 Compreender a noção de linha vertical e a de segmento de linha vertical, entre outros, sendo capaz de utilizar o esquadro, o compasso ou o transferidor para traçar uma recta perpendicular à recta dada, passando por um ponto;
B—1—11 Compreender o significado da distância entre um ponto e uma recta, sendo capaz de medir a distância entre o ponto e a recta;
B—1—12 Compreender a noção de rectas paralelas e compreender a noção de ângulos correspondentes, ângulos alternos internos e ângulos colaterais internos;
B—1—13 Dominar o axioma de rectas paralelas: se duas rectas paralelas são cortadas por uma recta transversal e formam ângulos correspondentes iguais, as duas rectas são paralelas;
B—1—14 Dominar o teorema das propriedades de rectas paralelas: se duas rectas paralelas são cortadas por uma recta transversal, os ângulos correspondentes e ângulos alternos internos são, respectivamente, iguais, e os ângulos colaterais internos são suplementares;
B—1—15 Dominar o teorema de identificação de rectas paralelas: se duas rectas paralelas são cortadas por uma recta transversal, caso os ângulos alternos internos sejam iguais ou ângulos colaterais internos sejam suplementares, as duas rectas são paralelas;
B—1—16 Ser capaz de utilizar um esquadro e uma régua para traçar uma recta paralela à recta dada, passando por um ponto exterior a ela.

Grupo de aprendizagem B—2: Triângulo

B—2—1 Compreender, entre outros, a noção de triângulo e dos seus lados, ângulos internos, ângulos externos, mediana, altura e bissectriz, dominando as formas de representação dos triângulos e conhecendo a configuração estável de um triângulo;
B—2—2 Compreender a noção de triângulo isósceles, triângulo equilátero, triângulo rectângulo, triângulo acutângulo e triângulo obtusângulo, sabendo as suas formas de representação, sendo capaz de classificar os triângulos de acordo com a relação entre as medidas dos seus lados e as dimensões dos seus ângulos;
B—2—3 Ser capaz de explicar a relação entre os três lados do mesmo triângulo: a soma dos comprimentos de quaisquer dois lados é maior que o comprimento do terceiro lado;
B—2—4 Dominar o teorema da soma dos ângulos internos de um triângulo e as suas propriedades: a medida de um ângulo externo de um triângulo é igual à soma das medidas dos ângulos internos não adjacentes;
B—2—5 Compreender a noção de triângulos congruentes, sendo capaz de identificar os lados correspondentes e ângulos correspondentes, sabendo que são, respectivamente, iguais;
B—2—6 Compreender o axioma de identificação da congruência de um triângulo: se dois lados dos dois triângulos forem congruentes e o ângulo entre estes lados for congruente, então os triângulos são congruentes; se dois triângulos possuem um lado e dois ângulos adjacentes a este lado respectivamente congruentes, então os triângulos são congruentes; se os dois triângulos apresentarem os três lados congruentes, então os triângulos são congruentes. Compreender o raciocínio: se dois triângulos possuírem um lado congruente e o ângulo oposto a este lado e o ângulo adjacente ao lado são congruentes, então os triângulos são congruentes;
B—2—7 Dominar o teorema das propriedades de triângulos isósceles: se os dois ângulos da base de um triângulo isósceles são congruentes, a altura da base, a mediana e a bissectriz do ângulo do vértice coincidem. Saber o teorema de identificação de um triângulo isósceles: um triângulo com dois ângulos congruentes é um triângulo isósceles;
B—2—8 Dominar o teorema das propriedades de um triângulo equilátero: todos os ângulos internos de um triângulo equilátero medem 60 graus. Saber o teorema de identificação de um triângulo equilátero: todos os seus ângulos internos são congruentes ou um triângulo isóscele com um ângulo que mede 60 graus;
B—2—9 Dominar o teorema das propriedades de um triângulo rectângulo: os ângulos agudos de um triângulo rectângulo são complementares. Saber que um triângulo com dois ângulos cuja soma é igual a 90 graus é rectângulo;
B—2—10 Conhecer o teorema de identificação da congruência de triângulos rectângulos: se dois triângulos rectângulos têm ordenadamente congruentes um cateto e a hipotenusa, então esses triângulos são congruentes;
B—2—11 Dominar o teorema de Pitágoras e o inverso do teorema de Pitágoras;
B—2—12 Ser capaz de aplicar o teorema de Pitágoras e o seu inverso para efectuar cálculos e demonstrações e utilizá-los para resolver algumas questões práticas simples;
B—2—13 Conhecer a proporção de segmentos de recta e segmentos proporcionais, conhecendo a secção áurea através dos exemplos reais em termos arquitectónicos e artísticos;
B—2—14 Compreender o axioma: se duas rectas transversais são cortadas por um feixe de rectas paralelas, os segmentos correspondentes são proporcionais;
B—2—15 Compreender a noção de semelhança de triângulos e conhecer a proporção semelhante destes triângulos;
B—2—16 Conhecer o teorema de identificação de semelhança de triângulos: se dois triângulos possuem dois ângulos ordenadamente congruentes, então são triângulos semelhantes; se dois lados de um triângulo são proporcionais aos lados homólogos de outro triângulo e se o ângulo entre estes lados for congruente ao correspondente do outro triângulo, então os triângulos são semelhantes; se dois triângulos possuem os seus lados homólogos proporcionais, então eles são semelhantes;
B—2—17 Conhecer o teorema das propriedades dos triângulos semelhantes: em dois triângulos semelhantes, a razão entre dois elementos lineares correspondentes é igual à razão de semelhança; a razão dos perímetros é também igual à razão de semelhança.
Grupo de aprendizagem B—3: Quadrilátero

B—3—1 Conhecer o quadrilátero e as noções envolvidas, entre outras, de vértices, lados, ângulos internos, ângulos externos e diagonais de um quadrilátero, dominando as fórmulas da soma de ângulos internos e da soma de ângulos externos, sendo capaz de as utilizar para efectuar cálculos;
B—3—2 Compreender a noção de paralelogramo, rectângulo, losango, quadrado e trapezóide, sendo capaz de explicar a relação de dependência e a diferença entre eles;
B—3—3 Conhecer a instabilidade de um quadrilátero;
B—3—4 Dominar o teorema de propriedades e o de identificação de um paralelogramo, rectângulo, losango e quadrado, sendo capaz de os utilizar na resolução dos respectivos problemas;
B—3—5 Compreender o significado da distância entre duas rectas paralelas, sendo capaz de medir a distância entre elas;
B—3—6 Compreender o teorema da mediana de um triângulo.

Grupo de aprendizagem B—4: Círculo

B—4—1 Compreender a noção de círculo, arco, corda, ângulo central e ângulo inscrito;
B—4—2 Compreender o teorema de construção de uma circunferência a partir de três pontos dados;
B—4—3 Dominar o teorema de diâmetro perpendicular, sendo capaz de utilizar o teorema para demonstrar a respectiva proposição;
B—4—4 Conhecer a relação entre ângulo inscrito, ângulo central e os arcos correspondentes, conhecendo e demonstrando o teorema do ângulo inscrito e a sua dedução: a medida de um ângulo inscrito em uma circunferência é igual à metade da respectiva medida do ângulo central; o ângulo inscrito correspondente ao diâmetro é ângulo recto; o arco correspondente a um ângulo recto inscrito é um diâmetro; em todo o quadrilátero inscrito numa circunferência, os ângulos opostos são suplementares;
B—4—5 Conhecer a relação de localização entre ponto e círculo;
B—4—6 Conhecer a relação de localização entre recta e círculo, dominando a noção de tangente e ângulo de segmento, sendo capaz de utilizar um esquadro para desenhar uma tangente à circunferência a partir de um ponto na mesma;
B—4—7 Dominar a identificação e propriedades da tangente: toda a recta tangente a uma circunferência é perpendicular ao raio no ponto de tangência; toda a recta perpendicular ao raio é tangente à circunferência no ponto de tangência. Dominar o teorema da distância entre segmentos tangentes: dois segmentos tangentes à circunferência a partir de um ponto externo são congruentes e o ângulo formado por estas duas tangentes é dividido, em duas partes equivalentes, pela linha que liga o centro ao ponto, sendo capaz de utilizar o teorema para efectuar cálculos e demonstrações;
B—4—8 Saber calcular o comprimento do arco de um círculo e a área do sector circular.

Grupo de aprendizagem B—5: Figuras tridimensionais

B—5—1 Conhecer a planificação do prisma recto, cilindro e cone, sendo capaz de calcular a sua área de superfície;
B—5—2 Dominar a fórmula e os métodos de cálculo do volume de um cone, sendo capaz de resolver problemas reais simples;
B—5—3 Conhecer a noção de projecção central e paralela.

Grupo de aprendizagem B—6: Funções trigonométricas dos ângulos agudos

B—6—1 Compreender as seguintes funções trigonométricas do ângulo agudo: senα, cosα e tgα, sendo capaz de calcular funções trigonométricas de 30º, 45º e 60º;
B—6—2 Ser capaz de utilizar uma calculadora electrónica para calcular os valores de funções trigonométricas de 0º a 90º;
B—6—3 Ser capaz de utilizar funções trigonométricas do ângulo agudo para encontrar as soluções de um triângulo rectângulo;
B—6—4 Ser capaz de resolver as respectivas questões práticas utilizando a relação entre lados e ângulos de um triângulo rectângulo.

Grupo de aprendizagem B—7: Coordenadas e transformação

B—7—1 Compreender a noção de sistema de coordenadas cartesiano, do ponto de origem, do eixo coordenado, da abscissa, da ordenada e do quadrante;
B—7—2 Num sistema de coordenadas cartesiano dado, saber localizar um ponto conforme as coordenadas dadas e ser capaz de as registar conforme a posição do ponto dado;
B—7—3 Conhecer as figuras de simetria axial simples através de exemplos concretos, conhecendo as propriedades básicas de simetria axial: o segmento de recta que une os pontos simétricos é perpendicular ao eixo de simetria e dividido, pelo eixo, em duas partes equivalentes;
B—7—4 Conhecer as propriedades de simetria axial de um triângulo isósceles, um rectângulo, um losango e um círculo;
B—7—5 Ser capaz de desenhar algumas figuras de simetria axial simples em termos de pontos, segmentos de recta, rectas e triângulos entre outros, conhecendo e apreciando as figuras de simetria axial existentes na natureza e na vida real;
B—7—6 Através de exemplos concretos, conhecer as figuras de simetria rotacional e as propriedades de simetria rotacional de um paralelogramo, rectângulo, losango e de um círculo;
B—7—7 Ser capaz de desenhar alguns gráficos de simetria rotacional simples, conhecendo e apreciando as figuras de simetria rotacional existentes na natureza e na vida real.

Grupo de aprendizagem B—8: Construções com régua e compasso e provas de geometria

B—8—1 Ser capaz de utilizar a régua e o compasso para efectuar as seguintes construções elementares: desenhar um segmento de recta equivalente ao segmento dado; desenhar um ângulo equivalente ao ângulo dado; desenhar a bissectriz de um ângulo; desenhar uma mediatriz de um segmento de recta; construir uma recta perpendicular a outra recta dada, passando por um ponto dado;
B—8—2 Ser capaz de utilizar construções elementares para desenhar triângulos: construir um triângulo conhecendo os três lados ou dois lados e o ângulo por eles formado ou um lado e dois ângulos adjacentes; construir um triângulo isósceles conhecendo a base e a altura; construir um triângulo rectângulo conhecendo um cateto e a hipotenusa;
B—8—3 Ser capaz de utilizar as construções elementares para desenhar uma circunferência: construir uma circunferência que passa por três pontos não-alinhados;
B—8—4 Nas construções com régua e compasso, conhecer a razão das mesmas, mantendo os traçados executados, não exigindo a indicação dos métodos;
B—8—5 Conhecer o significado de definição, proposição, teorema e inferência;
B—8—6 Conhecer o que é demonstração, a sua necessidade, passos e formas;
B—8—7 Ser capaz de fazer uma dedução, de acordo com a definição, o axioma e o teorema, sendo capaz de concluir, correctamente, o processo de demonstração das formas geométricas;
B—8—8 Conhecer, preliminarmente, as funções do contra-exemplo, sabendo que a aplicação de contra-exemplo pode verificar que uma proposição é errada;
B—8—9 Conhecer o significado da prova por contradição através de exemplos reais.

Âmbito de aprendizagem C: Estatística e probabilidade

Grupo de aprendizagem C—1: Estatística

C—1—1 Conhecer o processo básico de estatística em termos de amostragem, processamento de dados, análise de dados e inferência estatística;
C—1—2 Conhecer a necessidade de amostragem, compreendendo a relação entre população e amostras;
C—1—3 Saber construir, com software, um gráfico de colunas, gráfico de curvas e gráfico de sectores, entre outros diagramas estatísticos;
C—1—4 Conhecer o significado de frequência e construir uma tabela de distribuição de frequências e gráficos de barras de distribuição de frequências, de acordo com os dados, sendo capaz de utilizá-los na explicação dos respectivos problemas reais;
C—1—5 Dominar a noção de média, mediana, moda, amplitude, variância e desvio-padrão, entre outras noções, sendo capaz de calcular ou utilizar uma calculadora para medir estas quantidades estatísticas, no sentido de resolver questões simples de estatística;
C—1—6 Compreender a noção de média ponderada, sabendo calcular a média ponderada de um conjunto de dados;
C—1—7 Em exercícios de estatística, formar uma atitude científica e a consciência de fundamentar os seus argumentos em dados.

Grupo de aprendizagem C—2: Probabilidade

C—2—1 Em articulação com exemplos concretos, sentir o fenómeno aleatório e conhecer o significado da probabilidade dos eventos aleatórios simples;
C—2—2 Ser capaz de distinguir os eventos inevitáveis dos aleatórios, sabendo utilizar métodos de listagem e diagrama de árvore para calcular a probabilidade dos casos eventuais;
C—2—3 Conhecer que se pode estimar a probabilidade por frequência, através da repetição de um grande número de experiências.

Área de aprendizagem D: Atitudes e Valores

D—1—1 Participar activamente nas actividades matemáticas, mantendo curiosidade e vontade de conhecimento em relação à matemática;
D—1—2 Participar activamente na observação, prática, resumo, conjectura e demonstração, entre outras actividades matemáticas, sendo capaz de manifestar e comunicar o seu processo de pensamento;
D—1—3 Face às situações reais, tentar descobrir e formular questões matemáticas, sendo capaz de utilizar os métodos matemáticos para analisar e resolver problemas;
D—1—4 Através das soluções de questões reais, compreender os valores matemáticos, aumentando o interesse pela aprendizagem da matemática;
D—1—5 Nas actividades de investigação, exprimir e comunicar os problemas e métodos matemáticos, aprendendo a ouvir e respeitando as opiniões dos outros;
D—1—6 Ser capaz de superar as dificuldades encontradas na resolução de questões matemáticas, aumentando a autoconfiança na aprendizagem da matemática;
D—1—7 Ser capaz de compreender a relação entre os diversos conhecimentos de matemática;
D—1—8 Formar, durante as operações e o raciocínio matemáticos, o hábito de pensar de forma cuidadosa, e desenvolver uma atitude de acção com base na realidade.

ANEXO VIII

Exigências das competências académicas básicas de Educação Moral e Cívica no ensino secundário geral

1. Ideias essenciais

As exigências das competências académicas básicas da Educação Moral e Cívica do ensino segundário geral devem seguir as seguintes ideias essenciais:

1) Com base na vida real, cada vez mais alargada e enriquecida, dos alunos

As qualidades morais e cívicas do aluno formam-se, gradualmente, através do conhecimento, dos sentimentos e da prática de vida. Os alunos do ensino secundário geral estão na fase da puberdade e no processo de transição para a vida adulta, o âmbito, a conotação e as relações da vida em que estão envolvidos são cada vez mais alargadas e enriquecidas, por isso uma educação moral e cívica eficaz tem de se aproximar da vida real dos alunos, aproveitando ao máximo as suas experiências quotidianas para resolver as questões morais encontradas, orientando-os para sentirem o significado da vida, formando neles uma consciência responsável com noções do correcto e do incorrecto e com uma atitude dinâmica perante a vida, orientando-os para que esta seja significativa, procurando, deste modo, o seu ideal de vida.

2) Conjugação da orientação do valor e da pesquisa, por iniciativa dos próprios alunos, como prática autónoma

A qualidade moral e cívica é o resultado do carácter individual da interiorização de exigências morais exgiências sociais externas que só será alcançada, verdadeiramente, através da procura, por iniciativa dos próprios alunos como prática autónoma. Paralelamente, o ensino secundário geral é um período crucial para a formação de valores nos alunos, por isso, o currículo de educação moral e cívica deve sublinhar a autonomia dos alunos, estimulando a sua motivação interior, promovendo a procura, a experiência e a reflexão, da sua iniciativa, ligando a formação dos valores à prática autónoma dos alunos, para promover o desenvolvimento da moralidade e da qualidade cívica dos alunos.

3) Dar importância ao melhoramento das qualidades cívicas e à formação da visão internacional dos alunos

Os alunos do ensino secundário geral estão numa fase importante do seu acelerado desenvolvimento físico, mental e da aprendizagem na participação social da vida pública. Para isso, deve dar-se importância à educação cívica, ajudando-os a compreenderem correctamente e a participarem activamente, na vida social, fazendo com que se preocupem com o desenvolvimento de Macau, do país e do povo, aprendendo a ser cidadãos responsáveis. Ao mesmo tempo, num contexto de globalização, deve-se orientar os alunos a prestarem mais atenção às questões mundiais, desenvolvendo gradualmente os seus horizontes internacionais, criando neles o conceito de “aldeia global” e “cidadão global”.

2. Objectivos curriculares

1) Desenvolver nos alunos uma filosofia de valores positivos, uma atitude dinâmica de vida, coragem e capacidade de superarem as dificuldades e aceitarem as frustrações. Desenvolver boas qualidades, nomeadamente o auto-respeito, a autonomia, a autodisciplina, a honestidade, a credibilidade, o respeito pelos outros, a tolerância, a racionalidade, a cooperação, a preocupação e a responsabilidade;

2) Ajudar os alunos a compreenderem-se a si mesmos, a criarem modos de vida saudáveis, a aumentar a capacidade de se controlarem e a resistirem às tentações;

3) Aumentar neles o sentimento de pertença à família e à escola, bem como o reconhecimento do país e do povo, cultivando o seu amor pela Pátria e por Macau, com condutas e hábitos a favor da sociedade;

4) Desenvolver nos alunos conceitos de valores cívicos, designadamente a democracia, o estado de direito, os direitos humanos e a justiça, bem como ter pensamento crítico, juízo racional e capacidade de participação social activa na vida pública;

5) Desenvolver nos alunos uma atitude de respeito e tolerância quanto à diversidade cultural e aos diferentes modos de vida, melhorando a sua visão internacional e formando, minimamente, a sua consciência e responsabilidade de “cidadão global”.

3. Conteúdos específicos das exigências das competências académicas básicas dos diversos âmbitos de aprendizagem

Descrição dos códigos:

1) A letra do alfabeto, em maiúscula, indica as exigências das competências académicas básicas dos diferentes âmbitos de aprendizagem, a saber: A – Autodesenvolvimento; B – Vida colectiva; C – Participação social; D – Visão internacional;

2) O primeiro número após a letra maiúscula representa o número de ordem do grupo de aprendizagem dos diversos âmbitos de aprendizagem;

3) O segundo número representa o número de ordem das exigências das competências académicas básicas do respectivo grupo de aprendizagem.

Âmbito de aprendizagem A: Autodesenvolvimento

Grupo de aprendizagem A—1: Autoconhecimento

A—1—1 Examinar e compreender a sua própria filosofia de valores e conduta ética;
A—1—2 Conhecer as suas capacidades e desenvolver, de forma activa, as suas potencialidades;
A—1—3 Ter um conhecimento claro da sua própria imagem através do conhecimento objectivo dos seus pontos fortes e fracos;
A—1—4 Compreender as características da puberdade e aceitar com satisfação as suas mudanças fisiológicas nessa fase;
A—1—5 Compreender o seu ponto de vista sobre as pessoas do mesmo sexo e do outro sexo, conhecer correctamente o sentimento e amizade entre colegas e amigos do sexo oposto e ser capaz de lidar adequadamente com a relação entre os géneros;
A—1—6 Compreender as influências positivas e negativas da admiração dos ídolos face ao crescimento dos jovens e ser capaz de abordar os ídolos de forma racional.

Grupo de aprendizagem A—2: Autogestão

A—2—1 Ser capaz de analisar e tratar o seu sentimento, compreender e controlar o humor, as emoções;
A—2—2 Analisar, de forma racional, as frustrações e as adversidades da vida com capacidade de aceitar as dificuldades;
A—2—3 Ter capacidade básica de resolução racional dos conflitos interpessoais;
A—2—4 Cuidar responsavelmente de si mesmo e das outras pessoas na vida familiar, escolar e social;
A—2—5 Gerir eficazmente o seu tempo pessoal;
A—2—6 Ter uma atitude de consumo racional e capacidade de gestão financeira.

Grupo de aprendizagem A—3: Preocupação dos assuntos da vida e vida saudável

A—3—1 Conhecer o valor da vida, saber valorizá-la e amá-la;
A—3—2 Lidar correctamente com os vários processos da vida, nomeadamente o nascimento, a doença, a velhice e a morte;
A—3—3 Saber escolher actividades saudáveis para a saúde física e mental e criar modos e hábitos de vida saudáveis;
A—3—4 Conhecer os efeitos nocivos da droga, do alcoolismo, do tabaco, da pornografia e recusá-los;
A—3—5 Compreender a possível influência nociva dos jogos de fortuna ou azar sobre si próprio e na sociedade, e ser capaz de os recusar;
A—3—6 Conhecer os efeitos nocivos da Sida, os meios da sua transmissão e saber lidar, adequadamente, com pessoas infectadas.

Grupo de aprendizagem A—4: Planeamento da vida

A—4—1 Saber planear a sua vida através da aprendizagem e definir objectivos e planos viáveis;
A—4—2 Conhecer factores que influenciam os objectivos e planos individuais;
A—4—3 Ser capaz de reflectir sbore a sua situação de aprendizadem e o seu modo de vida actual e esforçar-se por melhorar;
A—4—4 Conhecer os factores que influenciam a sua continuação nos estudos e a escolha profissional e preocupar-se com o seu desenvolvimento futuro.

Âmbito de aprendizagem B: Vida colectiva

Grupo de aprendizagem B—1: Vida familiar

B—1—1 Saber as funções da família e factores da hamonia familiar, ter o sentimento de pertença à família;
B—1—2 Compreender os deveres dos filhos na família;
B—1—3 Perceber compreender o esforço dos pais para a sua criação e educação, preocupar-se com os pais e fazer todo o possível por ter piedade filial e respeito pelos parentes;
B—1—4 Esforçar-se por estabelecer uma boa relação com a família, dominando os métodos simples de tratar os conflitos familiares;
B—1—5 Compreender o significado, as responsabilidades e a importância do regime do casamento;
B—1—6 Saber tratar, de forma adequada, a situação da dissolução do casamento, da família monoparental e da família do segundo casamento, bem como entender que estas situações podem ter eventuais efeitos sobre si, a família e a sociedade.

Grupo de aprendizagem B—2: Vida escolar

B—2—1 Compreender a estrutura orgânica da escola, conhecer a natureza do trabalho dos professores e dos funcionários da escola, bem como respeitá-los e comunicar com eles;
B—2—2 Perceber a importância das regras da escola, cumpri-las e manter a ordem na escola;
B—2—3 Compreender os factores para criação de uma escola harmoniosa e esforçar-se por promover essa harmonia;
B—2—4 Compreender as mudanças do desenvolvimento da escola, reforçar o seu sentimento de pertença à escola;
B—2—5 Estar disposto a participar nos debates da turma e da escola e apresentar as suas opiniões e sugestões;
B—2—6 Participar activamente nas actividades da turma e da escola.

Grupo de aprendizagem B—3: Contactos colectivos

B—3—1 Compreender a influência dos colegas, saber escolher os amigos e recusar os seus pedidos injustos e ilegais;
B—3—2 Compreender as influências provocadas pela pressão colectiva e ser capaz de se insistir;
B—3—3 Apreciar os pontos fortes e tolerar os pontos fracos dos outros com respeito mútuo;
B—3—4 Preocupar e compreender os outros, tolerar a diferença, conhecer o valor da amizade e ter contactos dinâmicos com colegas e amigos;
B—3—5 Ter capacidade de auscultação e estar disposto a comunicar com os outros;
B—3—6 Tratar as pessoas com simpatia e igualdade, cooperar e ser unidos com outros;
B—3—7 Ser honesto e responsável;
B—3—8 Compreender a relação entre concorrência e cooperação, sabendo lidar na vida com estas vertentes;
B—3—9 Empatizar os mais fracos, ter senso de justiça e resistir à discriminação, maus-tratos e violência, entre outros actos que prejudiquem os outros;
B—3—10 Compreender a relação entre os direitos e deveres, respeitar os direitos dos outros, gozando adequadamente os seus direitos e cumprindo os seus deveres;
B—3—11 Aceitar as opiniões dos outros, saber resumir as suas experiências de êxito e aprender também com o insucesso.

Âmbito de aprendizagem C: Participação social

Grupo de aprendizagem C—1: Vida cívica e reconhecimento do país

C—1—1 Compreender as características do sistema político de Macau e perceber a conotação e significado de “Um País, Dois Sistemas”;
C—1—2 Conhecer o conteúdo, o significado e o papel da “Lei Básica da Região Administrativa Especial de Macau da República Popular da China”;
C—1—3 Conhecer os direitos a gozar e os deveres a cumprir dos residentes de Macau;
C—1—4 Conhecer a estrutura política da China;
C—1—5 Compreender e sentir o significado da Abertura Económica da China, principais êxitos obtidos e dificuldades encontradas;
C—1—6 Conhecer o estatuto, a influência e o papel da China na sociedade internacional;
C—1—7 Compreender a relação de dependência mútua entre Macau e a China Continental.

Grupo de aprendizagem C—2: Funções do governo e funcionamento da sociedade

C—2—1 Compreender, em geral, as funções de cada um dos sistemas, executivo, legislativo e judicial da Região Administrativa Especial de Macau, bem como a sua mútua relação;
C—2—2 Compreender as metodologias para escolha do Chefe do Executivo e para a constituição do Conselho Executivo e da Assembleia Legislativa;
C—2—3 Conhecer o regime eleitoral de Macau, bem como compreender o significado do direito ao voto dos residentes e a sua participação em eleições democráticas;
C—2—4 Conhecer a estrutura e função dos serviços essenciais do Governo da Região Administrativa Especial de Macau e as formas de solicitar consultas e apresentar os pedidos e opiniões aos respectivos serviços;
C—2—5 Compreender o significado da lei, saber a função da lei na vida social, bem como saber distinguir infracções e crimes, cumprindo a lei de Macau e a ordem pública;
C—2—6 Conhecer os principais tipos de legislação de Macau, bem como o seu processo de elaboração e promulgação;
C—2—7 Conhecer, de uma forma geral, as características do desenvolvimento económico de Macau, as suas oportunidades e desafios;
C—2—8 Preocupar-se com as construções sociais de Macau e apresentar as suas opiniões e sugestões;
C—2—9 Preocupar-se com as situações de injustiça social e conhecer as causas e prejuízos da corrupção.

Grupo de aprendizagem C—3: Participação civil e actividades sociais

C—3—1 Preocupar-se com as construções da comunidade e com o melhoramento do ambiente;
C—3—2 Conhecer as principais associações sociais em Macau e o seu papel social;
C—3—3 participar, por iniciativa própria, em actividades de interesse público e de beneficência social e ajudar, na vida quotidiana, os mais carenciados;
C—3—4 Conhecer, de forma geral, a rede de apoio social e o sistema de segurança social de Macau;
C—3—5 Preocupar-se com os temas da actualidade e desenvolvimento de Macau e do país, conhecer e discutir, de forma racional, os problemas públicos;
C—3—6 Compreender o papel e influência dos órgãos de comunicação social na sociedade e ter, de forma geral, capacidade crítica sobre os mesmos;
C—3—7 Compreeender a importância da liberdade de imprensa e a responsabilidade social e ética profissional dos órgãos de comunicação social.

Grupo de aprendizagem C—4: Reconhecimento da etnia e convivência diversificada

C—4—1 Saber que a característica cultural do povo chinês é a inclusão;
C—4—2 Compreender a história, a cultura e os usos e costumes do povo a que pertence, assim como reconhecer a boa tradição e êxito do povo a que pertence;
C—4—3 Conviver, harmoniosamente, com indivíduos de diferentes nacionalidades, raças, crenças e culturas, respeitando-se mutuamente;
C—4—4 Compreender as características e a importância da convivência diversificada da sociedade cultural de Macau e estar disposto a dedicar-se ao desenvolvimento contínuo desta pluralidade;
C—4—5 Conhecer os locais do Património Mundial em Macau, as suas características e o seu contexto cultural e saber apreciá-lo e protegê-lo.

Âmbito de aprendizagem D: Visão internacional

Grupo de aprendizagem D—1: Tecnologia e ética ambiental

D—1—1 Compreender a relação entre o desenvolvimento tecnológico, a ética e a moral e perceber a importância da regulação da aplicação tecnológica;
D—1—2 Conhecer a influência do desenvolvimento das tecnologias da informação face à globalização;
D—1—3 Conhecer e obedecer às regras básicas na utilização da internet;
D—1—4 Conhecer a importância da diversificação dos seres vivos;
D—1—5 Preocupar-se com questões sobre os recursos ambientais a nível mundial e saber o importante significado da exploração e utilização adequadas e racionais destes;
D—1—6 Preocupar-se com as alterações ambientais mundiais e a sua influência no bem-estar da humanidade.

Grupo de aprendizagem D—2: Ligação mundial e valor comum da humanidade

D—2—1 Ao observar a vida quotidiana, sentir a tendência da globalização, tanto a nível económico, como político e cultural, e compreender, em geral, o conceito de “aldeia global”;
D—2—2 Compreender, em geral, que a globalização influencia a sua vida pessoal e o desenvolvimento da região;
D—2—3 Compreender, de uma forma geral, a situação da globalização, através de diferentes perspectivas, nomeadamente do desenvolvimento dos transportes, dos órgãos de comunicação e da internet;
D—2—4 Preocupar-se com os principais temas que o mundo enfrenta, nomeadamente a protecção ambiental, a fome, a criminalidade, as doenças, a economia, o comércio e os estudos tecnológicos;
D—2—5 Conhecer a importância da equidade, da confiança, da ajuda e do respeito mútuos;
D—2—6 Compreender, de uma forma geral, o valor básico dos direitos humanos e da democracia.

Grupo de aprendizagem D—3: Cooperação internacional e desenvolvimento da paz mundial

D—3—1 Conhecer, de uma forma geral, os objectivos e papel das principais organizações internacionais;
D—3—2 Conhecer, de uma forma geral, os conteúdos e o valor das principais convenções internacionais;
D—3—3 Compreender, de uma forma geral, a origem dos conflitos internacionais e reconhecer que a sua resolução deve ser de forma pacífica;
D—3—4 Compreender os efeitos nocivos da guerra sobre si, a sociedade, o país e o mundo e perceber a importância da paz mundial;
D—3—5 Compreender o fosso entre ricos e pobres no mundo e preocupar-se com as necessidades das pessoas que morrem nas zonas mais pobres;
D—3—6 Apreciar e respeitar a tradição cultural dos diferentes países e etnias e a diferença entre eles.

Grupo de aprendizagem D—4: Macau e o mundo

D—4—1 Preocupar-se com as principais notícias internacionais;
D—4—2 Conhecer, na vida quotidiana, o desenvolvimento social de Macau e perceber a influência mútua entre Macau e outros países e regiões;
D—4—3 Conhecer as condições necessárias para que Macau se torne numa cidade internacional e saber as eventuais oportunidades e desafios a enfrentar;
D—4—4 Conhecer, de uma forma geral, a posição e o papel a nível económico e intercâmbio cultural de Macau nas relações entre China e os países de língua portuguesa;
D—4—5 Conhecer as principais organizações internacionais estabelecidas em Macau e as organizações internacionais a que Macau aderiu.

ANEXO IX

Exigências das competências académicas básicas de Sociedade e Humanidade no ensino secundário geral

1. Ideias essenciais

O currículo de Sociedade e Humanidade abrange conteúdos de História, Geografia, Economia e Cultura, entre outras. A concepção do currículo deve ser centrado nos alunos, ajudando os alunos a dominar os conhecimentos básicos, os métodos de aprendizagem e a atitude de aprendizagem, de modo a compreenderem o trajecto da civilização e da cultura humanas, tomarem conhecimento sobre a realidade social e o desenvolvimento actual, bem como conhecerem a relação entre os seres humanos e o meio ambiente desde o seu início até ao nível do sentido e valor da vida. Ao mesmo tempo, o currículo auxilia os alunos a aprimorar a capacidade de pensamento, construindo uma literacia integrada e de valores, dando forma a um bom cidadão e estabelecendo uma base sólida para o desenvolvimento e aprendizagem contínuos. Pelo que, as exigências das competências académicas básicas de Sociedade e Humanidade do ensino secundário geral devem cumprir as seguintes ideias essenciais:

1) Dar valor às experiências de vida dos alunos e às suas necessidades, articulando estas com os conhecimentos da disciplina de Sociedade e Humanidade

O currículo de Sociedade e Humanidade deve valorizar a ligação da aprendizagem dos alunos com a sua vida, uma conexão mútua entre os conhecimentos das várias disciplinas das ciências sociais e humanas. O currículo deve destacar as características cronológicas e geográficas de duas áreas principais, história e geografia, realçando também uma ligação global tendo em conta quatros âmbitos principais a referir: Eras históricas da humanidade, a humanidade e o meio ambiente, a origem da cultura e o desenvolvimento da sociedade e a economia e desenvolvimento regionais, organizando integralmente os conhecimentos básicos da disciplina da Sociedade e Humanidade que os alunos devem dominar no decorrer do ensino secundário geral. Dos materiais recolhidos para elaboração do currículo que abrangem Macau, a China e o mundo, seleccionaram-se conteúdos básicos adequados às necessidades de desenvolvimento dos alunos, atendendo designadamente a temas relacionados com o desenvolvimento social, o desenvolvimento da história e o aperfeiçoamento da personalidade entre outros com maior influência e que possam tomar-se como referência. Visa também equilibrar ainda os conhecimentos regionais, nacionais e globais, tendo em conta, em simultâneo, as características básicas de desenvolvimento e alicerçadas na realidade.

2) Enriquecer as qualidades humanas, aumentando a capacidade de pensamento e a qualidade cívica dos alunos

A aprendizagem do currículo de Sociedade e Humanidade não se restringe aos conhecimentos adquiridos nas aulas mas deve fornecer diversas experiências de aprendizagem que auxiliem os alunos na compreensão da história e cultura relacionadas com a vida, bem como com o contexto geral, a ligação e a influência do meio ambiente e dos aspectos socioeconómicos, de modo a desenvolver capacidades de pensamento diversificado e crítico. Visa também desenvolver nos alunos qualidades cívicas, tais como o empreendedorismo, a valorização da democracia, o respeito pelos outros e por grupos de diferentes culturas. O currículo sublinha as relações de interdependência entre a humanidade e o desenvolvimento da sociedade, entre a humanidade e o ambiente natural, bem como entre as culturas das diversas etnias, com o intuito de desenvolver o sentimento de pertença ao local e à pátria e reforçar o conjunto de valores de compreensão pelos outros e de protecção ambiental, bem como uma visão internacional.

3) Promover a diversificação dos métodos pedagógicos, focando o desenvolvimento nas competências-chave de aprendizagem da disciplina da Sociedade e Humanidade

Na aprendizagem do currículo da disicplina de Sociedade e Humanidade, os alunos devem, para além da aquisição de conhecimentos, enriquecer as suas competências-chave de aprendizagem que contribuem para a aquisição dos conhecimentos. Por exemplo, devem ser capazes de entender a importância do conceito de tempo em relação ao conhecimento da história, compreendendo o significado e função da periodização, da sequência temporal e cronograma da história e, através do contacto com os documentos históricos, compreender a relação entre as evidências e a interpretação histórica, formando assim, conceitos históricos. Por outro lado, devem entender que a distribuição no espaço, as características regionais, bem como a relação entre os seres humanos e o meio ambiente são conceitos importantes que têm de ser dominados no estudo da geografia. Além disso, na análise, resolução ou participação em questões sociais e do quotidiano, devem ser capazes de propor, de forma simples, uma solução fundamentada recorrendo a provas. Os docentes também devem adoptar diversas formas de ensino, tais como a discussão, a observação, a simulação ou a investigação temática, entre outras, orientando os alunos para o domínio dos métodos de aprendizagem adequados e eficazes e, consequentemente, desenvolver uma capacidade de aprendizagem contínua na disciplina de Sociedade e Humanidade.

4) Promover a abertura e a flexibilidade do currículo, incentivando o desenvolvimento do currículo das escolas

Na implementação do currículo de Sociedade e Humanidade no ensino secundário geral, as escolas podem, conforme as suas necessidades reais, desenvolver um currículo escolar, simultaneamente, preencha estas exigências das competências académicas básicas. Os docentes devem, ainda,  consoante as particularidades da escola e a situação de aprendizagem dos alunos, organizar os conteúdos pedagógicos tendo como princípio o aumento da qualidade geral dos alunos, utilizando melhores recursos pedagógicos e métodos pedagógicos flexíveis, desenvolvendo um ambiente de aprendizagem interactivo entre os docentes e os alunos, enriquecendo o conteúdo do currículo de Sociedade e Humanidade.

2. Objectivos curriculares

1) Levar os alunos a compreenderem os conhecimentos básicos da história mundial, incluindo a sequência temporal, os acontecimentos, as figuras e os fenómenos históricos importantes, compreendendo os vestígios do desenvolvimento da história e os conceitos históricos básicos;

2) Levar os alunos a compreenderem os conhecimentos básicos de geografia, incluindo a situação geral do meio ambiente e do ambiente humano, compreendendo a correlação entre os seres humanos e o meio ambiente;

3) Levar os alunos a compreenderem a evolução política, sociocultural e económica de diferentes etnias, países e regiões, orientando-os para respeitarem as diferenças culturais e desenvolverem uma atitude de compreensão pelos outros;

4) Levar os alunos a compreenderem o desenvolvimento económico de diferentes países e regiões e a sua influência na sociedade e no meio ambiente, compreendendo a relação entre o desenvolvimento económico, a exploração de recursos e a preservação ambiental;

5) Ajudar os alunos a adquirirem competências básicas de leitura, análise, comparação, resumo e tratamento de informações, orientando-os para desenvolverem a curiosidade intelectual sobre os conteúdos de história e geografia;

6) Ajudar os alunos a dominarem os pontos importantes do pensamento crítico, de julgamento com experiência e de resolução de problemas da prática;

7) Desenvolver as capacidades de comunicação, expressão, partilha e cooperação dos alunos;

8) Auxiliar os alunos a desenvolverem uma atitude de aprendizagem activa e empreendedora, formando um conceito de vida saudável e positiva e uma consciência de inovação;

9) Formar nos alunos uma visão multicultural, respeitar os direitos dos outros e preocupar-se com as mudanças e questões sociais;

10) Reforçar o sentimento de pertença e de responsabilidade locais e nacionais dos alunos.

3. Conteúdos específicos das exigências das competências académicas básicas dos diversos âmbitos de aprendizagem

Descrição dos códigos:

1) A letra do alfabeto, em maiúscula, indica as exigências das competências académicas básicas dos diferentes âmbitos de aprendizagem, a saber: A – Humanidade e o Tempo; B – Humanidade e meio ambiente; C – Origem da cultura e desenvolvimento da sociedade; D – Economia e desenvolvimento regionais;

2) O primeiro número após a letra maiúscula representa o número de ordem do grupo de aprendizagem dos diversos âmbitos de aprendizagem;

3) O segundo número representa o número de ordem das exigências das competências académicas básicas do respectivo grupo de aprendizagem.

Âmbito de aprendizagem A: Humanidade e o Tempo

Grupo de aprendizagem A—1: Evolução da história

A—1—1 Saber as condições básicas de vida dos seres humanos na pré-história e conhecer a sabedoria dos seres humanos na adaptação ao meio ambiente nos tempos iniciais;
A—1—2 Apontar as realidades históricas importantes das Dinastias Xia, Shang e Zhou e compreender as grandes mudanças sociais daquela época no nosso país;
A—1—3 Descrever, de modo geral, a Dinastia Qin e a Dinastia Qing, o processo de ascensão e decadência das dinastias e indicar as principais características de cada período histórico da China antiga;
A—1—4 Saber utilizar mapas históricos para assinalar e compreender as mudanças da fronteira do território do nosso país e entender que a unificação é a tendência principal na evolução da história chinesa;
A—1—5 Saber utilizar mapas históricos para indicar as realidades históricas dos contactos da China antiga com outros povos e mencionar as características da política externa de diversas épocas;
A—1—6 Relatar resumidamente as invasões e guerras que a China moderna sofreu, analisar o modo como a nação chinesa ultrapassou as dificuldades internas e externas, sentindo, assim, o espírito corajoso e resiliente da nação chinesa;
A—1—7 Descrever sucintamente as mudanças da conjuntura política da China a partir da época moderna e compreender a exploração e prática da democracia na China;
A—1—8 Relatar sucintamente o desenvolvimento após a fundação da Nova China e as suas complicações e compreender o actual trajecto da China para a prosperidade, através da reforma e abertura económicas;
A—1—9 Apontar a rápida evolução da história local e reforçar o sentimento de pertença a Macau;
A—1—10 Através da observação do desenvolvimento dos seres humanos e do tempo, atender à divisão e mudanças das eras históricas e dominar as características de cada uma delas.

Grupo de aprendizagem A—2: Alteração dos regimes

A—2—1 Saber descrever o regime feudal da Dinastia Zhou e analisar sucintamente o seu papel histórico;
A—2—2 Saber descrever, de modo geral, as medidas do regime de centralização de poderes, estabelecido pela Dinastia Qin e discutir o significado da unificação da China pela Dinastia Qin;
A—2—3 Saber descrever resumidamente a evolução dos regimes políticos da Dinastia Han até à Dinastia Yuan e compreender as suas características básicas;
A—2—4 Indicar as realidades históricas relativamente ao reforço constante do poder monárquico durante as Dinastias Ming e Qing e mencionar as suas influências no desenvolvimento social da China;
A—2—5 Descrever, de um modo geral, o desenvolvimento do sistema político na China moderna e contemporânea e conhecer os contributos dos antepassados no processo de desenvolvimento da democracia;
A—2—6 Conhecer as mudanças nos métodos de selecção de quadros qualificados durante os diferentes períodos da China antiga e discutir a sua influência na China e no mundo;
A—2—7 Compreender a revolução gloriosa ocorrida no Reino Unido e conhecer o estabelecimento da monarquia constitucional e o seu impacto na história humana;
A—2—8 Compreender a revolução da independência dos Estados Unidos e a revolução francesa e conhecer o desejo dos seres humanos pela liberdade e igualdade;
A—2—9 Descrever, de um modo geral, a restauração Meiji no Japão e bem como as razões pelas quais o Japão se transformou num dos países mais poderosos do mundo na época contemporânea.

Grupo de aprendizagem A—3: Análise e comentários de figuras

A—3—1 Comentar, de várias perspectivas, as figuras políticas que desempenharam um papel importante no desenvolvimento da história chinesa e mundial, bem como a sua influência na sociedade;
A—3—2 Descrever brevemente as biografias dos pensadores, cientistas ou artistas importantes na história chinesa e mundial e conhecer os seus contributos para o desenvolvimento da sociedade.

Grupo de aprendizagem A—4: Acontecimentos históricos importantes

A—4—1 Saber os factos básicos das principais reformas na China antiga, analisar os seus motivos de sucesso e fracasso e comentar, de várias perspectivas, o seu papel no desenvolvimento social;
A—4—2 Relatar os tempos prósperos e agitados na China antiga e analisar, de modo breve, as causas da ascensão e decadência das dinastias;
A—4—3 Descrever, sucintamente, a realidade histórica sobre as guerras contra as invasões estrangeiras desde a Dinastia Ming até ao início da Dinastia Qing e compreender as resistências dos governos de Ming e Qing para salvaguardar a soberania da Nação;
A—4—4 Descrever a crise da governação e as políticas de isolamento da China na segunda metade da Dinastia Qing, conhecer a realidade histórica do início do atraso da China no desenvolvimento mundial;
A—4—5 Compreender o Movimento de Ocidentalização, a Reforma dos Cem Dias e a Revolução Xinhai, dando a sua opinião em relação aos seus papéis na história chinesa;
A—4—6 Compreender o decorrer da Guerra Sino-Japonesa, sentir o espírito solidário e de resistência contra a guerra da nação chinesa e analisar as razões da vitória;
A—4—7 Saber descrever o decorrer da Guerra Civil Chinesa, analisando, de forma sucinta, as razões da sua vitória e derrota;
A—4—8 Saber descrever, de modo resumido, o decorrer dos dez anos da Revolução Cultural Chinesa, analisando o seu impacto no país;
A—4—9 Apontar os frutos da reforma e abertura económica da China e compreender o aumento do poder nacional abrangente e da posição internacional da China moderna;
A—4—10 Ser capaz de utilizar mapas históricos para compreender a Era dos Descobrimentos, comentando, de modo objectivo, as influências da exploração de novas rotas no mundo;
A—4—11 Apresentar as influências do Congresso de Viena, compreendendo a situação do desenvolvimento do nacionalismo e liberalismo na Europa;
A—4—12 Conhecer o decurso das duas Guerras Mundiais, dando opiniões relativamente ao seu impacto no mundo;
A—4—13 Saber descrever, de modo resumido, as realidades históricas importantes desde a Primeira Guerra Mundial até à “Pós-Guerra Fria”, conhecendo a evolução da conjuntura das relações internacionais modernas;
A—4—14 Conhecer o decurso da transferência da soberania de Macau através da leitura dos documentos históricos, reforçando o espírito do amor pela pátria e por Macau.

Âmbito de aprendizagem B: Humanidade e meio ambiente

Grupo de aprendizagem B—1: Espaço e região

B—1—1 Saber utilizar mapas para indicar a distribuição dos continentes e oceanos e indicar a localização de países dos diferentes continentes;
B—1—2 Conseguir resumir as características naturais dos países continentais, países costeiros e países insulares;
B—1—3 Conseguir indicar as fronteiras da China e a distribuição das suas divisões administrativas provinciais, bem como dos países vizinhos;
B—1—4 Conseguir indicar as quatro principais zonas da China através da utilização de mapas, conhecendo os fundamentos da divisão das quatro zonas e fazendo a comparação das características de vida entre os residentes das diferentes zonas;
B—1—5 Saber apontar a localização dos principais estreitos, canais e portos marítimos através da utilização de mapas e exemplificar os papéis dos principais estreitos, canais, portos e rotas marítimas no transporte aquático regional ou internacional;
B—1—6 Saber explicar a relação entre os meios ecológicos marítimos e terrestres e as actividades humanas e indicar as respectivas medidas de protecção;
B—1—7 Conseguir indicar o processo do aumento da área terrestre de Macau a partir de dados, atendendo à relação entre este aumento e o desenvolvimento da sociedade de Macau;
B—1—8 Saber apontar os elementos básicos do mapa e o modo de posicionamento das coordenadas geográficas;
B—1—9 Conseguir indicar os fundamentos da divisão dos hemisférios leste e oeste e hemisférios sul e norte e dos fusos horários;
B—1—10 Conseguir aplicar escalas para calcular a distância e áreas;
B—1—11 Saber usar o mapa topográfico para descrever, de modo geral, o relevo;
B—1—12 Conseguir indicar a localização, a direcção e a distribuição de cada objecto com a ajuda de mapas.

Grupo de aprendizagem B—2: Meio ambiente

B—2—1 Através da leitura de informações, saber exemplificar a correlação e influências do relevo, clima, hidrologia, entre outros elementos geográficos;
B—2—2 Conseguir apontar, com gráficos e dados, a temperatura anual, a distribuição de precipitação global e comparar as características climáticas dos diferentes países e regiões;
B—2—3 Através da leitura de imagens de satélites e outras informações, conseguir apontar as condições climáticas e a tendência de mudança de um certo lugar;
B—2—4 Usando um país ou uma região como exemplo, saber explicar as influências dos factores marítimos e terrestres, a topografia, entre outros, sobre a precipitação e a temperatura do local;
B—2—5 Com gráficos e dados, conseguir resumir as características da distribuição temporal e espacial da temperatura e precipitação na China, sabendo exemplificar as suas influências na produção e vida das pessoas;
B—2—6 Saber indicar as características climáticas de Macau, resumindo as suas causas de formação;
B—2—7 Através da observação de casos práticos, saber comparar as diferenças na vida e cultura dos residentes de diferentes regiões, sob condições climáticas diferenciadas;
B—2—8 Conseguir deduzir o tipo de clima de uma região segundo a sua paisagem natural, saber explicar a correlação entre a paisagem e o clima e saber indicar as suas influências na vida e cultura dos residentes;
B—2—9 Conseguir apontar as características hidrológicas dos rios e lagos;
B—2—10 Através da observação de casos práticos, saber explicar como a exploração e a utilização dos rios e lagos afectam a produção e as actividades da vida diária dos residentes;
B—2—11 Através da observação de casos práticos, saber distinguir a influência da dinâmica interna e externa sobre a geomorfologia;
B—2—12 Saber explicar com casos práticos como os seres humanos exploram e utilizam os diferentes tipos de relevo conforme as condições locais;
B—2—13 Conseguir indicar as características topográficas de um continente ou país e de Macau e exemplificar como o relevo influencia a produção e as actividades da vida diária dos residentes.

Grupo de aprendizagem B—3: Desastres naturais

B—3—1 Conseguir apontar as causas dos desastres naturais de um continente ou país, sabendo indicar os seus impactos na produção e nas actividades da vida diária dos seres humanos e propondo medidas de prevenção e reacção perante os desastres;
B—3—2 Indicar as causas e propostas de resposta dos desastres naturais que ocorrem em Macau, nomeadamente tufões e marés salgadas, atendendo e preocupando-se com os residentes da zona afectada.

Grupo de aprendizagem B—4: Problemas ambientais

B—4—1 Conseguir apontar as condições para a formação de pradarias e florestas pluviais tropicais, exemplificar como as actividades humanas causam a desertificação das pradarias e a redução das florestas pluviais tropicais, atendendo e propondo medidas de resposta viáveis;
B—4—2 Saber explicar as causas do aquecimento global, da chuva ácida e da ilha de calor e a sua relação com as actividades humanas;
B—4—3 Saber exemplificar o impacto da poluição originada pela urbanização e industrialização na sobrevivência e vida humana e conseguir elaborar um plano familiar ou escolar de actividades para reduzir as poluições;
B—4—4 Saber apontar a situação básica do tratamento de gases residuais, águas residuais e resíduos sólidos, bem como as políticas e medidas de tratamento e conseguir propor sugestões de melhorias.

Âmbito de aprendizagem C: Cultura e desenvolvimento da sociedade

Grupo de aprendizagem C—1: Origem da civilização

C—1—1 Compreender a origem da civilização chinesa, sabendo utilizar as lendas mitológicas da China antiga e os descobrimentos arqueológicos;
C—1—2 Conseguir apontar o surgimento e evolução das principais escritas do mundo, compreendendo o processo básico de desenvolvimento da escrita;
C—1—3 Compreender a origem do homem e explicar o papel da arqueologia na história;
C—1—4 Conseguir apontar os principais contributos das quatro civilizações antigas nascidas perto de rios de grande dimensão e saber explicar a influência do ambiente geográfico nas civilizações antigas asiáticas e africanas;
C—1—5 Saber descrever de modo breve as civilizações marítimas antigas do ocidente, e explicar a sua influência no mundo.

Grupo de aprendizagem C—2: Etnias e religião

C—2—1 Compreender a propagação e o desenvolvimento das principais religiões do mundo, sabendo respeitar e aceitar as diferentes crenças religiosas;
C—2—2 Descrever, de modo geral, as relações entre os grupos étnicos ao longo da história chinesa e entender que a história e a cultura chinesas foram criadas por todas as etnias;
C—2—3 Saber analisar o papel das políticas étnicas fronteiriças do início da Dinastia Qing face à unificação de um país pluriétnico;
C—2—4 Saber descrever, de modo breve, o desenvolvimento do catolicismo em Macau e conhecer o seu papel desempenhado em Macau.

Grupo de aprendizagem C—3: Pensamento, literatura e arte

C—3—1 Descrever a situação geral de diferentes escolas de pensamento antes da Dinastia Qin e conhecer a influência do Confucionismo na história chinesa;
C—3—2 Saber indicar os frutos literários e artísticos de vários períodos históricos da China antiga, conhecendo a vida espiritual dos antepassados chineses;
C—3—3 Saber descrever as acções de salvamento do país sob influência de novos pensamentos, realizadas pelos intelectuais chineses da China moderna, e conhecer a transformação do pensamento dos chineses nesse período;
C—3—4 Saber descrever, sucintamente, o Renascimento e o Iluminismo da Europa, sabendo analisar as suas influências no desenvolvimento da história mundial;
C—3—5 Saber descrever sucintamente o desenvolvimento do Totalitarismo durante as duas Guerras Mundiais, reflectindo sobre as suas influências na história humana.

Grupo de aprendizagem C—4: Ciências e tecnologia

C—4—1 Ser capaz de indicar edifícios e construções importantes da China antiga e saber analisar o seu papel histórico;
C—4—2 Ser capaz de indicar as grandes invenções e trabalhos científicos chineses antes da Dinastia Ming, conhecendo a posição e a influência das ciências e tecnologia da China antiga no mundo;
C—4—3 Ser capaz de apresentar, de modo geral, o desenvolvimento tecnológico e social da China moderna, conhecendo as diferenças entre a China moderna e o ocidente;
C—4—4 Saber utilizar informações históricas comuns, conhecer a vida social da China antiga, formando, de modo básico, a habilidade de estudar os materiais históricos;
C—4—5 Saber descrever a situação geral do desenvolvimento socioeconómico do período anterior à Dinastia Ming da China e conhecer as características básicas da economia chinesa nesse período;
C—4—6 Conhecer a situação socioeconómica durante as Dinastias Ming e Qing, analisando, de modo breve, as razões da estagnação da economia e da tecnologia chinesa nesses períodos;
C—4—7 Descrever, de modo geral, a Revolução Industrial e o seu desenvolvimento e saber comparar a vida da sociedade humana antes e após a revolução;
C—4—8 Descrever as revoluções tecnológicas no século XX, sabendo resumir as características do desenvolvimento da tecnologia moderna e saber expressar opiniões relativamente à sua influência na sociedade humana;
C—4—9 Através da leitura de materiais, indicar as particularidades do Património Mundial de Macau, levantar sugestões da protecção do Centro Histórico de Macau e de assumir uma responsabilidade cívica na protecção dos patrimónios históricos.

Âmbito de aprendizagem D: Economia e desenvolvimento regionais

Grupo de aprendizagem D—1: População, recursos e economia

D—1—1 Conseguir apontar a situação da distribuição demográfica mundial e saber comparar as divergências na distribuição da população sob diferentes condições naturais;
D—1—2 Conseguir indicar a tendência do crescimento da população mundial e comparar o impacto da superpopulação e do envelhecimento populacional na sociedade;
D—1—3 Conseguir apontar a distribuição e as características das zonas secas e húmidas da China e comparar as divergências no desenvolvimento da agricultura sob diferentes condições de humidade;
D—1—4 Saber exemplificar os tipos de recursos marinhos e terrestres e a situação da sua exploração e utilização;
D—1—5 Usando uma região como exemplo, saber explicar o impacto levado à economia e ao meio ambiente pela exploração de recursos turísticos;
D—1—6 Conseguir apontar as condições que podem afectar o desenvolvimento do centro de actividade comercial de uma cidade;
D—1—7 Usando uma região como exemplo, saber indicar as condições para o desenvolvimento de indústria de alta tecnologia;
D—1—8 Usando uma região como exemplo, saber explicar como os transportes afectam o desenvolvimento da economia;
D—1—9 Usando um país ou uma região como exemplo, conseguir apontar as características de distribuição e o estado de exploração dos seus recursos naturais e saber explicar, com exemplos, a relação entre os recursos e a economia;
D—1—10 Saber exemplificar o impacto do processo de exploração de recursos nos meios ecológicos, e saber proteger o meio ambiente.

Grupo de aprendizagem D—2: Povoamento e urbanização

D—2—1 Saber comparar as características básicas e as divergências entre o desenvolvimento urbano e o desenvolvimento rural;
D—2—2 Conseguir apontar as condições para a formação de funções urbanas;
D—2—3 Usando Macau como exemplo, discutir os problemas gerados pelo processo de urbanização;
D—2—4 Ser capaz de indicar o estado de desenvolvimento dos transportes, da economia e do turismo de Macau e as suas vantagens geográficas.

Grupo de aprendizagem D—3: Desenvolvimento sustentável

D—3—1 Ser capaz de indicar o conceito e o conteúdo básico de desenvolvimento sustentável;
D—3—2 Conseguir apontar condições para o desenvolvimento sustentável de Macau, atendendo à situação local.

Grupo de aprendizagem D—4: Ligação mundial

D—4—1 Ser capaz de indicar os trabalhos e o significado das principais organizações internacionais;
D—4—2 Saber explicar o impacto no desenvolvimento do país e da sociedade devido à adesão da China a organizações internacionais;
D—4—3 Conseguir apontar a tendência de desenvolvimento da globalização da economia mundial de hoje e expressar opiniões sobre as oportunidades e os desafios colocados à economia chinesa pela globalização económica.

Exigências das competências académicas básicas de Geografia no ensino secundário geral*

1. Ideias essenciais

O currículo de Geografia abrange: humanidade e meio ambiente e economia e desenvolvimento regionais, entre outros conteúdos. A concepção do currículo deve ser centrado nos alunos, ajudando-os a dominar os conhecimentos básicos da disciplina de Geografia, os métodos de aprendizagem e a atitude de aprendizagem, de modo a adquirirem conhecimentos sobre a realidade social e o desenvolvimento actual, bem como conhecerem a relação entre os seres humanos e o meio ambiente, incluindo o estudo da ligação entre a humanidade e o ambiente natural e social, e o conhecimento do sentido e do valor da vida. Ao mesmo tempo, o currículo auxilia os alunos a aprimorar a capacidade de pensamento, construindo uma literacia em Geografia e uma filosofia de valores, dando forma a um bom cidadão e estabelecendo uma base sólida para o desenvolvimento e aprendizagem contínuos. Pelo que, as exigências das competências académicas básicas de Geografia do ensino secundário geral devem cumprir as seguintes ideias essenciais:

1) Dar valor às experiências de vida dos alunos e às suas necessidades, integrar os conhecimentos da disciplina de Geografia

O currículo de Geografia deve valorizar a ligação da aprendizagem dos alunos com a sua vida, com uma conexão mútua entre os vários conhecimentos da disciplina de Geografia. O currículo deve destacar as características geográficas, realçando também uma ligação global tendo em conta dois âmbitos principais a referir: a humanidade e o meio ambiente e a economia e desenvolvimento regionais, organizando integralmente os conhecimentos básicos da disciplina de Geografia que os alunos devem dominar no decorrer do ensino secundário geral. Dos materiais recolhidos para elaboração do currículo que abrangem Macau, a China e o mundo, seleccionaram-se conteúdos básicos adequados às necessidades de desenvolvimento dos alunos, atendendo designadamente a temas relacionados com o desenvolvimento social, o desenvolvimento da história e o aperfeiçoamento da personalidade entre outros com maior influência e que possam tomar-se como referência. Visa também equilibrar ainda os conhecimentos regionais, nacionais e globais, tendo em conta, em simultâneo, as características básicas de desenvolvimento e alicerçadas na realidade.

2) Enriquecer a literacia em Geografia, aumentando a capacidade de pensamento e a qualidade cívica dos alunos

A aprendizagem do currículo de Geografia não se restringe aos conhecimentos adquiridos nas aulas mas deve fornecer diversas experiências de aprendizagem que auxiliem os alunos na compreensão da situação geral, bem como a ligação e a influência do meio ambiente e dos aspectos socioeconómicos sobre a vida, de modo a desenvolver capacidades de pensamento diversificado e crítico. Visa também desenvolver nos alunos qualidades cívicas, tais como o empreendedorismo, a valorização da democracia, o respeito pelos outros e por grupos de diferentes culturas. O currículo sublinha as relações de interdependência entre a humanidade e o ambiente natural, com o intuito de desenvolver o sentimento de pertença ao local e à pátria e de protecção ambiental bem como uma visão internacional.

3) Promover a diversificação dos métodos pedagógicos, focando o desenvolvimento nas competências-chave de aprendizagem da disciplina da Geografia

Na aprendizagem do currículo da disciplina de Geografia, os alunos devem, para além da aquisição de conhecimentos, enriquecer as suas competências-chave de aprendizagem que contribuem para a aquisição dos conhecimentos. Por exemplo, devem entender que a distribuição no espaço, as características regionais, bem como a relação entre os seres humanos e o meio ambiente são conceitos importantes que têm de ser dominados no estudo da geografia. Além disso, na análise, resolução ou participação em questões sociais e do quotidiano, devem ser capazes de propor, de forma simples, uma solução fundamentada recorrendo a provas. Os docentes também devem adoptar diversas formas de ensino, tais como a discussão, a observação, a simulação ou a investigação temática, entre outras, orientando os alunos para o domínio dos métodos de aprendizagem adequados e eficazes e, consequentemente, desenvolver uma capacidade de aprendizagem contínua na disciplina de Geografia.

4) Promover a abertura e a flexibilidade do currículo, incentivando o desenvolvimento do currículo das escolas

Na implementação do currículo de Geografia no ensino secundário geral, as escolas podem, conforme as suas necessidades reais, desenvolver um currículo escolar, simultaneamente, preencha estas exigências das competências académicas básicas. Os docentes devem, ainda, consoante as particularidades da escola e a situação de aprendizagem dos alunos, organizar os conteúdos pedagógicos tendo como princípio o aumento da qualidade geral dos alunos, utilizando melhores recursos pedagógicos e métodos pedagógicos flexíveis, desenvolvendo um ambiente de aprendizagem interactivo entre os docentes e os alunos, enriquecendo o conteúdo do currículo de Geografia.

2. Objectivos curriculares

1) Levar os alunos a compreenderem os conhecimentos básicos de geografia, incluindo a situação geral do meio ambiente e do ambiente humano, compreendendo a correlação entre os seres humanos e o meio ambiente;

2) Levar os alunos a compreenderem o desenvolvimento económico de diferentes países e regiões e a sua influência na sociedade e no meio ambiente, compreendendo a relação entre o desenvolvimento económico, a exploração de recursos e a preservação ambiental;

3) Ajudar os alunos a adquirirem competências básicas de leitura, análise, comparação, resumo e tratamento de informações, orientando-os para desenvolverem a curiosidade intelectual sobre os conteúdos de geografia;

4) Ajudar os alunos a dominarem os pontos importantes do pensamento crítico, de julgamento com experiência e de resolução de problemas da prática;

5) Desenvolver as capacidades de comunicação, expressão, partilha e cooperação dos alunos;

6) Auxiliar os alunos a desenvolverem uma atitude de aprendizagem activa e empreendedora, formando um conceito de vida saudável e positiva e uma consciência de inovação;

7) Formar nos alunos uma visão multicultural, respeitar os direitos dos outros e preocupar-se com as mudanças e questões sociais;

8) Reforçar o sentimento de pertença e de responsabilidade locais e nacionais dos alunos.

3. Conteúdos específicos das exigências das competências académicas básicas dos diversos âmbitos de aprendizagem

Descrição dos códigos:

1) A letra do alfabeto, em maiúscula, indica as exigências das competências académicas básicas dos diferentes âmbitos de aprendizagem, a saber: A—Humanidade e meio ambiente; B—Economia e desenvolvimento regionais;

2) O primeiro número após a letra maiúscula representa o número de ordem do grupo de aprendizagem dos diversos âmbitos de aprendizagem;

3) O segundo número representa o número de ordem das exigências das competências académicas básicas do respectivo grupo de aprendizagem.

Âmbito de aprendizagem A: Humanidade e meio ambiente

Grupo de aprendizagem A—1: Espaço e região

A—1—1 Saber utilizar mapas para indicar a distribuição dos continentes e oceanos e indicar a localização de países dos diferentes continentes;
A—1—2 Conseguir resumir as características naturais dos países continentais, países costeiros e países insulares;
A—1—3 Conseguir indicar as fronteiras da China e a distribuição das suas divisões administrativas provinciais, bem como dos países vizinhos;
A—1—4 Conseguir indicar as quatro principais zonas da China através da utilização de mapas, conhecendo os fundamentos da divisão das quatro zonas e fazendo a comparação das características de vida entre os residentes das diferentes zonas;
A—1—5 Saber apontar a localização dos principais estreitos, canais e portos marítimos através da utilização de mapas e exemplificar os papéis dos principais estreitos, canais, portos e rotas marítimas no transporte aquático regional ou internacional;
A—1—6 Saber explicar a relação entre os meios ecológicos marítimos e terrestres e as actividades humanas e indicar as respectivas medidas de protecção;
A—1—7 Conseguir indicar o processo do aumento da área terrestre de Macau a partir de dados, atendendo à relação entre este aumento e o desenvolvimento da sociedade de Macau;
A—1—8 Saber apontar os elementos básicos do mapa e o modo de posicionamento das coordenadas geográficas;
A—1—9 Conseguir indicar os fundamentos da divisão dos hemisférios leste e oeste e hemisférios sul e norte e dos fusos horárias;
A—1—10 Conseguir aplicar escalas para calcular a distância e áreas;
A—1—11 Saber usar o mapa topográfico para descrever, de modo geral, o relevo;
A—1—12 Conseguir indicar a localização, a direcção e a distribuição de cada objecto com a ajuda de mapas.

Grupo de aprendizagem A—2: Meio ambiente

A—2—1 Através da leitura de informações, saber exemplificar a correlação e influências do relevo, clima, hidrologia, entre outros elementos geográficos;
A—2—2 Conseguir apontar, com gráficos e dados, a temperatura anual, a distribuição de precipitação global e comparar as características climáticas dos diferentes países e regiões;
A—2—3 Através da leitura de imagens de satélites e outras informações, conseguir apontar as condições climáticas e a tendência de mudança de um certo lugar;
A—2—4 Usando um país ou uma região como exemplo, saber explicar as influências dos factores marítimos e terrestres, a topografia, entre outros, sobre a precipitação e a temperatura do local;
A—2—5 Com gráficos e dados, conseguir resumir as características da distribuição temporal e espacial da temperatura e precipitação na China, sabendo exemplificar as suas influências na produção e vida das pessoas;
A—2—6 Saber indicar as características climáticas de Macau, resumindo as suas causas de formação;
A—2—7 Através da observação de casos práticos, saber comparar as diferenças na vida e cultura dos residentes de diferentes regiões, sob condições climáticas diferenciadas;
A—2—8 Conseguir deduzir o tipo de clima de uma região segundo a sua paisagem natural, saber explicar a correlação entre a paisagem e o clima e saber indicar as suas influências na vida e cultura dos residentes;
A—2—9 Conseguir apontar as características hidrológicas dos rios e lagos;
A—2—10 Através da observação de casos práticos, saber explicar como a exploração e a utilização dos rios e lagos afectam a produção e as actividades da vida diária dos residentes;
A—2—11 Através da observação de casos práticos, saber distinguir a influência da dinâmica interna e externa sobre a geomorfologia;
A—2—12 Saber explicar com casos práticos como os seres humanos exploram e utilizam os diferentes tipos de relevo conforme as condições locais;
A—2—13 Conseguir indicar as características topográficas de um continente ou país e de Macau e exemplificar como o relevo influencia a produção e as actividades da vida diária dos residentes.

Grupo de aprendizagem A—3: Desastres naturais

A—3—1 Conseguir apontar as causas dos desastres naturais de um continente ou país, sabendo indicar os seus impactos na produção e nas actividades da vida diária dos seres humanos e propondo medidas de prevenção e reacção perante os desastres;
A—3—2 Indicar as causas e propostas de resposta dos desastres naturais que ocorrem em Macau, nomeadamente tufões e marés salgadas, atendendo e preocupando-se com os residentes da zona afectada.

Grupo de aprendizagem A—4: Problemas ambientais

A—4—1 Conseguir apontar as condições para a formação de pradarias e florestas pluviais tropicais, exemplificar como as actividades humanas causam a desertificação das pradarias e a redução das florestas pluviais tropicais, atendendo e propondo medidas de resposta viáveis;
A—4—2 Saber explicar as causas do aquecimento global, da chuva ácida e da ilha de calor e a sua relação com as actividades humanas;
A—4—3 Saber exemplificar o impacto da poluição originada pela urbanização e industrialização na sobrevivência e vida humana e conseguir elaborar um plano familiar ou escolar de actividades para reduzir as poluições;
A—4—4 Saber apontar a situação básica do tratamento de gases residuais, águas residuais e resíduos sólidos, bem como as políticas e medidas de tratamento e conseguir propor sugestões de melhorias.

Âmbito de aprendizagem B: Economia e desenvolvimento regionais

Grupo de aprendizagem B—1: População, recursos e economia

B—1—1 Conseguir apontar a situação da distribuição demográfica mundial e saber comparar as divergências na distribuição da população sob diferentes condições naturais;
B—1—2 Conseguir indicar a tendência do crescimento da população mundial e comparar o impacto da superpopulação e do envelhecimento populacional na sociedade;
B—1—3 Conseguir apontar a distribuição e as características das zonas secas e húmidas da China e comparar as divergências no desenvolvimento da agricultura sob diferentes condições de humidade;
B—1—4 Saber exemplificar os tipos de recursos marinhos e terrestres e a situação da sua exploração e utilização;
B—1—5 Usando uma região como exemplo, saber explicar o impacto levado à economia e ao meio ambiente pela exploração de recursos turísticos;
B—1—6 Conseguir apontar as condições que podem afectar o desenvolvimento do centro de actividade comercial de uma cidade;
B—1—7 Usando uma região como exemplo, saber indicar as condições para o desenvolvimento de indústria de alta tecnologia;
B—1—8 Usando uma região como exemplo, saber explicar como os transportes afectam o desenvolvimento da economia;
B—1—9 Usando um país ou uma região como exemplo, conseguir apontar as características de distribuição e o estado de exploração dos seus recursos naturais e saber explicar, com exemplos, a relação entre os recursos e a economia;
B—1—10 Saber exemplificar o impacto do processo de exploração de recursos nos meios ecológicos, e saber proteger o meio ambiente.

Grupo de aprendizagem B—2: Povoamento e urbanização

B—2—1 Saber comparar as características básicas e as divergências entre o desenvolvimento urbano e o desenvolvimento rural;
B—2—2 Conseguir apontar as condições para a formação de funções urbanas;
B—2—3 Usando Macau como exemplo, discutir os problemas gerados pelo processo de urbanização;
B—2—4 Ser capaz de indicar o estado de desenvolvimento dos transportes, da economia e do turismo de Macau e as suas vantagens geográficas.

Grupo de aprendizagem B—3: Desenvolvimento sustentável

B—3—1 Ser capaz de indicar o conceito e o conteúdo básico de desenvolvimento sustentável;
B—3—2 Conseguir apontar condições para o desenvolvimento sustentável de Macau, atendendo à situação local.

Grupo de aprendizagem B—4: Ligação mundial

B—4—1 Ser capaz de indicar os trabalhos e o significado das principais organizações internacionais;
B—4—2 Saber explicar o impacto no desenvolvimento do país e da sociedade devido à adesão da China a organizações internacionais;
B—4—3 Conseguir apontar a tendência de desenvolvimento da globalização da economia mundial de hoje e expressar opiniões sobre as oportunidades e os desafios colocados à economia chinesa pela globalização económica.

* Aditado - Consulte também: Despacho do Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura n.º 69/2018

Exigências das competências académicas básicas de História no ensino secundário geral*

1. Ideias essenciais

O currículo de História abrange a humanidade e o tempo, a origem da cultura e o desenvolvimento da sociedade, entre outros conteúdos. A concepção do currículo deve ser centrada nos alunos, ajudando-os a dominar os conhecimentos básicos da disciplina de História, os métodos de aprendizagem e a atitude de aprendizagem, de modo a compreenderem o trajecto da civilização e da cultura humanas e conhecerem até ao nível do sentido e valor da vida. Ao mesmo tempo, o currículo auxilia os alunos a aprimorarem a capacidade de pensamento, construindo uma literacia em História e uma filosofia de valores positivos, dando forma a um bom cidadão e estabelecendo uma base sólida para o desenvolvimento e aprendizagem contínuos no futuro. Assim, as exigências das competências académicas básicas de História do ensino secundário geral devem cumprir as seguintes ideias essenciais:

1) Dar valor às experiências de vida dos alunos e às suas necessidades, integrar os conhecimentos da disciplina de História

O currículo de História deve valorizar a ligação da aprendizagem dos alunos com a sua vida, com uma conexão mútua entre os vários conhecimentos da disciplina de História. O currículo deve destacar as características cronológicas da história, realçando também uma ligação global, tendo em conta dois âmbitos principais a referir: humanidade e tempo e origem da cultura e desenvolvimento da sociedade, organizando integralmente os conhecimentos básicos da disciplina de História que os alunos devem dominar no decorrer do ensino secundário geral. Dos materiais recolhidos para elaboração do currículo que abrangem Macau, a China e o mundo, seleccionaram-se conteúdos básicos adequados às necessidades de desenvolvimento dos alunos, atendendo designadamente a temas relacionados com o desenvolvimento social, o desenvolvimento da história e o aperfeiçoamento da personalidade entre outros com maior influência e que possam tomar-se como referência. Visa também equilibrar ainda os conhecimentos regionais, nacionais e globais, tendo em conta, em simultâneo, as características básicas de desenvolvimento e alicerçadas na realidade.

2) Enriquecer a literacia em História, aumentando a capacidade de pensamento e a qualidade cívica dos alunos

A aprendizagem do currículo de História não se restringe aos conhecimentos adquiridos nas aulas mas deve fornecer diversas experiências de aprendizagem que auxiliem os alunos a compreenderem a situação geral, a ligação e a influência da história e da cultura sobre a vida, de modo a desenvolver capacidades de pensamento diversificado e crítico. Visa também desenvolver nos alunos qualidades cívicas, tais como o empreendedorismo, a valorização da democracia, o respeito pelos outros e por grupos de diferentes culturas. O currículo sublinha as relações de interdependência entre a humanidade e o desenvolvimento da sociedade, bem como entre as culturas das diversas etnias, com o intuito de desenvolver o sentimento de pertença ao local e à pátria e reforçar o conjunto de valores de compreensão dos outros e uma visão internacional.

3) Promover a diversificação dos métodos pedagógicos, focando o desenvolvimento nas competências-chave de aprendizagem da disciplina de História

Na aprendizagem do currículo da disicplina de História, os alunos devem, para além da aquisição de conhecimentos, enriquecer as suas competências-chave de aprendizagem que contribuem para a aquisição dos conhecimentos. Por exemplo, devem ser capazes de entender a importância do conceito de tempo em relação ao conhecimento da história, compreendendo o significado e função da periodização, da sequência temporal e cronograma da história e, através do contacto com os documentos históricos, compreender a relação entre as evidências e a interpretação histórica, formando assim, conceitos históricos. Além disso, na análise, resolução ou participação em questões sociais e do quotidiano, devem ser capazes de propor, de forma simples, uma solução fundamentada recorrendo a provas. Os docentes também devem adoptar diversas formas de ensino, tais como a discussão, a observação, a simulação ou a investigação temática, entre outras, orientando os alunos para o domínio dos métodos de aprendizagem adequados e eficazes e, consequentemente, desenvolver uma capacidade de aprendizagem contínua na disciplina de História.

4) Promover a abertura e a flexibilidade do currículo, incentivando o desenvolvimento do currículo das escolas

Na implementação do currículo de História no ensino secundário geral, as escolas podem, conforme as suas necessidades reais, desenvolver um currículo escolar, simultaneamente, preencha estas exigências das competências académicas básicas. Os docentes devem, ainda,  consoante as particularidades da escola e a situação de aprendizagem dos alunos, organizar os conteúdos pedagógicos tendo como princípio o aumento da qualidade geral dos alunos, utilizando melhores recursos pedagógicos e métodos pedagógicos flexíveis, desenvolvendo um ambiente de aprendizagem interactivo entre os docentes e os alunos, enriquecendo o conteúdo do currículo de História.

2. Objectivos curriculares

1) Levar os alunos a compreenderem os conhecimentos básicos da história, incluindo a sequência temporal, os acontecimentos, as figuras e os fenómenos históricos importantes, compreendendo os vestígios do desenvolvimento da história e os conceitos históricos básicos;

2) Levar os alunos a compreenderem a evolução política, sociocultural e económica de diferentes etnias, países e regiões, orientando-os para respeitarem as diferenças culturais e desenvolverem uma atitude de compreensão pelos outros;

3) Ajudar os alunos a adquirirem competências básicas de leitura, análise, comparação, resumo e tratamento de informações, orientando-os para desenvolverem a curiosidade intelectual sobre os conteúdos de história;

4) Ajudar os alunos a dominarem os pontos importantes do pensamento crítico, do julgamento com experiência e de resolução de problemas da prática;

5) Desenvolver as capacidades de comunicação, expressão, partilha e cooperação dos alunos;

6) Auxiliar os alunos a desenvolverem uma atitude de aprendizagem activa e empreendedora, formando um conceito de vida saudável e positiva e uma consciência de inovação;

7) Formar nos alunos uma visão multicultural, respeitar os direitos dos outros e preocupar-se com as mudanças e questões sociais;

8) Reforçar o sentimento de pertença e de responsabilidade locais e nacionais dos alunos.

3. Conteúdos específicos das exigências das competências académicas básicas dos diversos âmbitos de aprendizagem

Descrição dos códigos:

1) A letra do alfabeto, em maiúscula, indica as exigências das competências académicas básicas dos diferentes âmbitos de aprendizagem, a saber: A – Humanidade e o Tempo; B – Origem da cultura e desenvolvimento da sociedade;

2) O primeiro número após a letra maiúscula representa o número de ordem do grupo de aprendizagem dos diversos âmbitos de aprendizagem;

3) O segundo número representa o número de ordem das exigências das competências académicas básicas do respectivo grupo de aprendizagem.

Âmbito de aprendizagem A: Humanidade e o Tempo

Grupo de aprendizagem A—1: Evolução da história

A—1—1 Saber as condições básicas de vida dos seres humanos na pré-história e conhecer a sabedoria dos seres humanos na adaptação ao meio ambiente nos tempos iniciais;
A—1—2 Apontar as realidades históricas importantes das Dinastias Xia, Shang e Zhou e compreender as grandes mudanças sociais daquela época no nosso país;
A—1—3 Descrever, de modo geral, a Dinastia Qin e a Dinastia Qing, o processo de ascensão e decadência das dinastias e indicar as principais características de cada período histórico da China antiga;
A—1—4 Saber utilizar mapas históricos para assinalar e compreender as mudanças da fronteira do território do nosso país e entender que a unificação é a tendência principal na evolução da história chinesa;
A—1—5 Saber utilizar mapas históricos para indicar as realidades históricas dos contactos da China antiga com outros povos e mencionar as características da política externa de diversas épocas;
A—1—6 Relatar resumidamente as invasões e guerras que a China moderna sofreu, analisar o modo como a nação chinesa ultrapassou as dificuldades internas e externas, sentindo, assim, o espírito corajoso e resiliente da nação chinesa;
A—1—7 Descrever sucintamente as mudanças da conjuntura política da China a partir da época moderna e compreender a exploração e prática da democracia na China;
A—1—8 Relatar sucintamente o desenvolvimento após a fundação da Nova China e as suas complicações e compreender o actual trajecto da China para a prosperidade, através da reforma e abertura económica;
A—1—9 Apontar a rápida evolução da história local e reforçar o sentimento de pertença a Macau;
A—1—10 Através da observação do desenvolvimento dos seres humanos e do tempo, atender à divisão e mudanças das eras históricas e dominar as características de cada uma delas.

Grupo de aprendizagem A—2: Alteração dos regimes

A—2—1 Saber descrever o regime feudal da Dinastia Zhou e analisar sucintamente o seu papel histórico;
A—2—2 Saber descrever, de modo geral, as medidas do regime de centralização de poderes, estabelecido pela Dinastia Qin e discutir o significado da unificação da China pela Dinastia Qin;
A—2—3 Saber descrever resumidamente a evolução dos regimes políticos da Dinastia Han até à Dinastia Yuan e compreender as suas características básicas;
A—2—4 Indicar as realidades históricas relativamente ao reforço constante do poder monárquico durante as Dinastias Ming e Qing e mencionar as suas influências no desenvolvimento social da China;
A—2—5 Descrever, de um modo geral, o desenvolvimento do sistema político na China moderna e contemporânea e conhecer os contributos dos antepassados no processo de desenvolvimento da democracia;
A—2—6 Conhecer as mudanças nos métodos de selecção de quadros qualificados durante os diferentes períodos da China antiga e discutir a sua influência na China e no mundo;
A—2—7 Compreender a revolução gloriosa ocorrida no Reino Unido e conhecer o estabelecimento da monarquia constitucional e o seu impacto na história humana;
A—2—8 Compreender a revolução da independência dos Estados Unidos e a revolução francesa e conhecer o desejo dos seres humanos pela liberdade e igualdade;
A—2—9 Descrever, de um modo geral, a restauração Meiji no Japão e bem como as razões pelas quais o Japão se transformou num dos países mais poderosos do mundo na época contemporânea.

Grupo de aprendizagem A—3: Análise e comentários de figuras

A—3—1 Comentar, de várias perspectivas, as figuras políticas que desempenharam um papel importante no desenvolvimento da história chinesa e mundial;
A—3—2 Descrever brevemente as biografias dos pensadores, cientistas ou artistas importantes na história chinesa e mundial e conhecer os seus contributos para o desenvolvimento da sociedade.

Grupo de aprendizagem A—4: Acontecimentos históricos importantes

A—4—1 Saber os factos básicos das principais reformas na China antiga, analisar os seus motivos de sucesso e fracasso e comentar, de várias perspectivas, o seu papel no desenvolvimento social;
A—4—2 Relatar os tempos prósperos e agitados na China antiga e analisar, de modo breve, as causas da ascensão e decadência das dinastias;
A—4—3 Descrever, sucintamente, a realidade histórica sobre as guerras contra as invasões estrangeiras desde a Dinastia Ming até ao início da Dinastia Qing e compreender as resistências dos governos de Ming e Qing para salvaguardar a soberania da Nação;
A—4—4 Descrever a crise da governação e as políticas de isolamento da China na segunda metade da Dinastia Qing, conhecer a realidade histórica do início do atraso da China no desenvolvimento mundial;
A—4—5 Compreender o Movimento de Ocidentalização, a Reforma dos Cem Dias e a Revolução Xinhai, dando a sua opinião em relação aos seus papéis na história chinesa;
A—4—6 Compreender o decorrer da Guerra Sino-Japonesa, sentir o espírito solidário e de resistência contra a guerra da nação chinesa e analisar as razões da vitória;
A—4—7 Saber descrever o decorrer da Guerra Civil Chinesa, analisando, de forma sucinta, as razões da sua vitória e derrota;
A—4—8 Saber descrever, de modo resumido, o decorrer dos dez anos da Revolução Cultural Chinesa, analisando o seu impacto no país;
A—4—9 Apontar os frutos da reforma e abertura económica da China e compreender o aumento do poder nacional abrangente e da posição internacional da China moderna;
A—4—10 Ser capaz de utilizar mapas históricos para compreender a Era dos Descobrimentos, comentando, de modo objectivo, as influências da exploração de novas rotas no mundo;
A—4—11 Apresentar as influências do Congresso de Viena, compreendendo a situação do desenvolvimento do nacionalismo e liberalismo na Europa;
A—4—12 Conhecer o decurso das duas Guerras Mundiais, dando opiniões relativamente ao seu impacto no mundo;
A—4—13 Saber descrever, de modo resumido, as realidades históricas importantes desde a Primeira Guerra Mundial até à «Pós-Guerra Fria», co-nhecendo a evolução da conjuntura das relações internacionais modernas;
A—4—14 Conhecer o decurso da transferência da soberania de Macau através da leitura dos documentos históricos, reforçando o espírito do amor pela pátria e por Macau.

Âmbito de aprendizagem B: Origem da cultura e desenvolvimento da sociedade

Grupo de aprendizagem B—1: Origem da civilização

B—1—1 Compreender a origem da civilização chinesa, sabendo utilizar as lendas mitológicas da China antiga e os descobrimentos arqueológicos;
B—1—2 Conseguir apontar o surgimento e evolução das principais escritas do mundo, compreendendo o processo básico de desenvolvimento da escrita;
B—1—3 Compreender a origem do homem e explicar o papel da arqueologia na história;
B—1—4 Conseguir apontar os principais contributos das quatro civilizações antigas nascidas perto de rios de grande dimensão e saber explicar a influência do ambiente geográfico nas civilizações antigas asiáticas e africanas;
B—1—5 Saber descrever de modo breve as civilizações marítimas antigas do ocidente, e explicar a sua influência no mundo.

Grupo de aprendizagem B—2: Etnias e religião

B—2—1 Compreender a propagação e o desenvolvimento das principais religiões do mundo, sabendo respeitar e aceitar as diferentes crenças religiosas;
B—2—2 Descrever, de modo geral, as relações entre os grupos étnicos ao longo da história chinesa e entender que a história e a cultura chinesas foram criadas por todas as etnias;
B—2—3 Saber analisar o papel das políticas étnicas fronteiriças do início da Dinastia Qing face à unificação de um país pluriétnico;
B—2—4 Saber descrever, de modo breve, o desenvolvimento do catolicismo em Macau e conhecer o seu papel desempenhado em Macau.

Grupo de aprendizagem B—3: Pensamento, literatura e arte

B—3—1 Descrever a situação geral de diferentes escolas de pensamento antes da Dinastia Qin e conhecer a influência do Confucionismo na história chinesa;
B—3—2 Saber indicar os frutos literários e artísticos de vários períodos históricos da China antiga, conhecendo a vida espiritual dos antepassados chineses;
B—3—3 Saber descrever as acções de salvamento do país sob influência de novos pensamentos, realizadas pelos intelectuais chineses da China moderna, e conhecer a transformação do pensamento dos chineses nesse período;
B—3—4 Saber descrever, sucintamente, o Renascimento e o Iluminismo da Europa, sabendo analisar as suas influências no desenvolvimento da história mundial;
B—3—5 Saber descrever sucintamente o desenvolvimento do Totalitarismo durante as duas Guerras Mundiais, reflectindo sobre as suas influências na história humana.

Grupo de aprendizagem B—4: Ciências e tecnologia

B—4—1 Ser capaz de indicar edifícios e construções importantes da China antiga e saber analisar o seu papel histórico;
B—4—2 Ser capaz de indicar as grandes invenções e trabalhos científicos chineses antes da Dinastia Ming, conhecendo a posição e a influência das ciências e tecnologia da China antiga no mundo;
B—4—3 Ser capaz de apresentar, de modo geral, o desenvolvimento tecnológico e social da China moderna, conhecendo as diferenças entre a China moderna e o ocidente;
B—4—4 Saber utilizar informações históricas comuns, conhecer a vida social da China antiga, formando, de modo básico, a habilidade de estudar os materiais históricos;
B—4—5 Saber descrever a situação geral do desenvolvimento socioeconómico do período anterior à Dinastia Ming da China e conhecer as características básicas da economia chinesa nesse período;
B—4—6 Conhecer a situação socioeconómica durante as Dinastias Ming e Qing, analisando, de modo breve, as razões da estagnação da economia e da tecnologia chinesa nesses períodos;
B—4—7 Descrever, de modo geral, a Revolução Industrial e o seu desenvolvimento e saber comparar a vida da sociedade humana antes e após a revolução;
B—4—8 Descrever as revoluções tecnológicas no século XX, sabendo resumir as características do desenvolvimento da tecnologia moderna e saber expressar opiniões relativamente à sua influência na sociedade humana;
B—4—9 Através da leitura de materiais, indicar as particularidades do Património Mundial de Macau, levantar sugestões da protecção do Centro Histórico de Macau e de assumir uma responsabilidade cívica na protecção dos patrimónios históricos.

* Aditado - Consulte também: Despacho do Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura n.º 69/2018

ANEXO X

Exigências das competências académicas básicas de Ciências Naturais no ensino secundário geral

1. Ideias essenciais

As ciências naturais, como denominação geral, englobam as ciências que estudam a matéria, a vida, a Terra e o universo, entre outras áreas. Após um desenvolvimento prolongado, as ciências naturais estabeleceram os sistemas de conhecimento sobre a natureza e os próprios seres humanos, mas também trouxeram uma forma particular de conhecer o mundo bem como um espírito e ética científica, influenciando intensamente, todos os aspectos da vida social dos seres humanos. Encontramo-nos numa era de ciência altamente desenvolvida em que, os actuais alunos do ensino secundário geral se tornarão cidadãos da sociedade futura pelo que, seja qual for a sua profissão, devem possuir uma compreensão dos conhecimentos, dos métodos e do espírito científico bem como da relação entre a ciência e a sociedade, entre outros aspectos. O currículo das Ciências Naturais do ensino secundário geral pode ser dividido em disciplinas ou ser integral. Seja qual for o modo curricular adoptado, desenvolver nos alunos a literacia científica deve ser, nesta fase, o objectivo central das Ciências Naturais.

Pelo que, as competências académicas básicas de Ciências Naturais do ensino secundário geral devem seguir as seguintes ideias essenciais:

1) Atender às diferenças individuais dos alunos e aumentar o seu nível de literacia científica

O currículo de Ciências Naturais deve reforçar o efeito da aprendizagem científica em todos os alunos, permitindo que adquiram a literacia científica necessária para se adaptarem à vida moderna e ao desenvolvimento da sociedade futura; deve atender às diferenças individuais dos alunos, tendo em conta as suas particularidades, em termos de método de aprendizagem, interesse pela aprendizagem e manifestação das capacidades; assim como partindo do conhecimento e experiência dos alunos, orientá-los para, de forma gradual, adquirirem os conhecimentos, capacidades e métodos científicos necessários, desenvolvendo, em simultâneo, as suas emoções, atitudes e valores.

2) Prestar atenção à ligação entre disciplinas, orientar os alunos na compreensão das relações entre a ciência, a tecnologia, a sociedade e o meio ambiente

O currículo de Ciências Naturais deve permitir aos alunos compreenderem a unidade da natureza, bem como a relação entre a natureza e a sociedade humana, com ênfase na interdisciplinaridade das ciências naturais, preocupando-se com o recente desenvolvimento da tecnologia científica, atendendo às influências positivas e impactos negativos do desenvolvimento tecnológico na sociedade humana. O currículo deve integrar também os elementos da situação real da comunidade em que os alunos se encontram e da sociedade de Macau, de modo a orientá-los para compreenderem a relação entre a tecnologia científica e a sociedade, atendendo aos problemas relativos à ecologia, aos recursos e ao meio ambiente.

3) Promover a investigação científica, prestar atenção à diversidade de formas e métodos pedagógicos

Na educação científica deve promover-se a adopção de métodos pedagógicos de investigação, permitindo que os alunos experimentem as etapas da investigação, aprendam diferentes métodos científicos e desenvolvam o seu interesse, a curiosidade e a sua capacidade de os colocar em prática, desenvolvendo o hábito de pensar mais. De acordo com os objectivos, conteúdos e recursos pedagógicos, deve-se utilizar, de forma flexível, diversas formas e métodos pedagógicos, nomeadamente a exposição de conteúdos, a discussão e partilhar, bem como investigar por sua iniciativa. Deve-se orientar os alunos para a participação activa no processo de aprendizagem com uma utilização razoável de técnicas informáticas no âmbito da educação científica.

2. Objectivos curriculares

1)  Fazer com que os alunos mantenham e desenvolvam a curiosidade e o desejo de conhecer os fenómenos naturais, aumentando o interesse e o entusiasmo pela aprendizagem científica;

2)  Fazer com que os alunos compreendam os conhecimentos científicos básicos, sendo capaz de utilizar os conceitos e princípios científicos para explicar alguns fenómenos naturais comuns;

3)  Ajudar os alunos a saberem alguns métodos e adquirirem capacidades científicas básicas e orientá-los na resolução de alguns problemas práticos relacionados com as ciências naturais;

4)  Orientar os alunos para conhecerem o significado e o processo básico da investigação científica, aumentando o número de experiências de investigação científica e desenvolvendo a capacidade básica de investigação;

5) Permitir desenvolver nos alunos, de modo progressivo, o espírito científico, nomeadamente, ser proactivo no pensamento, atrever-se a questionar, ser rigoroso na procura da verdade, gostar de praticar e cooperar, entre outros;

6)  Orientar os alunos para compreenderem as relações entre a ciência, a tecnologia, a sociedade e o meio ambiente, prestando atenção às questões sociais relacionadas com as ciências, formando uma consciência de participação activa na discussão dos problemas sociais;

7) Orientar os alunos para compreenderem a natureza das ciências, para que desenvolvam uma consciencialização para a aplicação dos conhecimentos, métodos e atitudes científicas para tratar e resolver os problemas individuais e sociais.

3. Conteúdos específicos das exigências das competências académicas básicas dos diversos âmbitos de aprendizagem

Descrição dos códigos:

1) A letra do alfabeto, em maiúscula, indica as exigências das competências académicas básicas dos diferentes âmbitos de aprendizagem, a saber: A – Investigação científica; B – Ciência das substâncias; C – Ciência da vida; D – Terra e ciência espacial;

2) O primeiro número após a letra maiúscula representa o número de ordem do grupo de aprendizagem dos diversos âmbitos de aprendizagem;

3) O segundo número representa o número de ordem das exigências das competências académicas básicas do respectivo grupo de aprendizagem.

Âmbito de aprendizagem A: Investigação científica

Grupo de aprendizagem A—1: Compreensão da investigação científica

A—1—1 Saber que a investigação científica constitui um meio importante de aquisição do conhecimento científico e da natureza;
A—1—2 Saber que a investigação científica normalmente tem de seguir o processo básico de identificar o problema, formular uma hipótese, fazer uma proposta de investigação, implementar a proposta de investigação, formar a conclusão, expressar e comunicar, entre outros;
A—1—3 Compreender no essencial que a investigação científica valoriza verdades e provas e necessita de vários métodos como a observação, o ensaio, o inquérito, entre outros.

Grupo de aprendizagem A—2: Capacidade de investigação científica

A—2—1 Ser capaz de usar uma linguagem simples mas sucinta, precisa e clara para expressar problemas científicos a serem investigados;
A—2—2 Ser capaz de utilizar, de forma inicial, o controlo das variáveis, os ensaios controlados e outros métodos para estruturar uma proposta de investigação;
A—2—3 Saber obter provas básicas através da observação, do inquérito, do ensaio e outros meios de investigação;
A—2—4 Saber dividir e organizar, de forma inicial, as informações da investigação e utilizar termos científicos para se expressar;
A—2—5 Saber utilizar, de forma inicial, palavras, gráficos e outras formas para redigir relatórios de investigação simples.

Âmbito de aprendizagem B: Ciência das substâncias

Grupo de aprendizagem B—1: Substâncias existentes na vida quotidiana

B—1—1 Conhecer a composição da água e as principais propriedades;
B—1—2 Compreender os meios de purificar a água, como a adsorção, precipitação, filtração, destilação, entre outros;
B—1—3 Compreender o conceito de solução, sendo capaz de descrever o significado de solução saturada e solubilidade;
B—1—4 Ser capaz de apontar os componentes principais do ar e explicar as propriedades principais e a utilidade do oxigénio e do dióxido de carbono;
B—1—5 Dominar as técnicas de ensaio e os métodos de análise de extracção do oxigénio e do dióxido de carbono;
B—1—6 Ser capaz de descrever, de modo resumido, o ciclo do oxigénio e o ciclo do dióxido de carbono na natureza;
B—1—7 Ser capaz de enumerar as fontes principais de poluição do ar e as medidas para a redução da mesma;
B—1—8 Ser capaz de explicar o papel da camada de ozono na atmosfera e a necessidade da sua protecção;
B—1—9 Ser capaz de descrever, de modo resumido, as causas do efeito de estufa e a sua influência no meio ambiente da Terra;
B—1—10 Ser capaz de apontar a definição do índice de qualidade do ar e conhecer a situação da qualidade do ar em Macau;
B—1—11 Ser capaz de apontar as propriedades do ferro, cobre, alumínio e outros metais comuns e as suas aplicações e descrever, de modo resumido, a influência da metalurgia na civilização humana;
B—1—12 Ser capaz de enumerar as reacções dos metais comuns com o oxigénio e compreender os métodos simples para proteger os metais da ferrugem e corrosão;
B—1—13 Saber como a poluição é causada pelos metais abandonados no meio ambiente e conhecer a importância da reciclagem dos metais;
B—1—14 Ser capaz de descrever as principais propriedades e os usos dos ácidos e das bases, bem como enumerar os ácidos, bases e sais comuns;
B—1—15 Ser capaz de usar as soluções e o papel indicadores de pH para verificar o pH nas soluções;
B—1—16 Ser capaz de descrever as características da reacção de neutralização;
B—1—17 Ser capaz de descrever, de modo resumido, as causas da chuva ácida e a sua influência no meio ambiente.

Grupo de aprendizagem B—2: Propriedades e estrutura das substâncias

B—2—1 Ser capaz de distinguir entre substância pura e mistura e entre substância pura simples e substância pura composta;
B—2—2 Dominar os métodos mais simples de separação das misturas;
B—2—3 Ser capaz de descrever o significado de ponto de fusão e ponto de ebulição;
B—2—4 Entender de modo básico os cristais e a cristalização;
B—2—5 Ser capaz de indicar a elasticidade, dureza, condutividade térmica, condutividade eléctrica e outras propriedades físicas das substâncias e a sua aplicação na vida;
B—2—6 Compreender o essencial do conceito de massa e saber medir a massa de sólidos e líquidos;
B—2—7 Compreender o conceito de densidade e saber utilizar aquele de modo simples para explicar alguns fenómenos físicos na vida;
B—2—8 Conhecer as partículas microscópicas das substâncias, compreender os conceitos básicos da teoria das partículas e ser capaz de usar a teoria das partículas para explicar a pressão atmosférica, dilatação térmica e outros fenómenos;
B—2—9 Compreender o essencial da estrutura do átomo e a composição do núcleo atómico e conhecer o papel do electrão fora do núcleo na reacção química;
B—2—10 Saber descrever de modo geral a história do desenvolvimento dos modelos de estrutura atómica e ter um conhecimento comum dos modelos científicos;
B—2—11 Saber enumerar os nomes e os símbolos químicos do hidrogénio, carbono, oxigénio, azoto e outros elementos comuns e compreender sucintamente a Tabela Periódica dos Elementos Químicos;
B—2—12 Saber o valor de valência de vários elementos comuns, sendo capaz de usar as fórmulas químicas para demonstrar a composição de algumas substâncias;
B—2—13 Saber calcular a massa molecular relativa dos compostos químicos;
B—2—14 Ser capaz de escrever de modo correcto as equações simples de reacções químicas e saber fazer cálculos básicos com base na equação de reacção química.

Grupo de aprendizagem B—3: Movimento e interacção das substâncias

B—3—1 Ser capaz de indicar as características principais da alteração química, bem como a sua distinção da mudança física;
B—3—2 Ser capaz de indicar as condições necessárias para a combustão, bem como os métodos gerais para se salvar em caso de incêndio;
B—3—3 Conhecer sucintamente o importante papel do catalisador numa reacção química;
B—3—4 Ter conhecimento da redução e a inflamabilidade do hidrogénio e monóxido de carbono, sendo capaz de indicar o tratamento preliminar perante uma intoxicação de monóxido de carbono;
B—3—5 Compreender o essencial da reacção de síntese, reacção de decomposição e reacção de simples troca;
B—3—6 Ser capaz de descrever o significado de velocidade e velocidade média;
B—3—7 Ser capaz de indicar a gravidade, fricção, elasticidade e outras forças comuns existentes na vida quotidiana e explicar os efeitos das mesmas;
B—3—8 Saber a relação entre a massa e a gravidade e ser capaz de fazer cálculos básicos;
B—3—9 Ser capaz de explicar as condições para o equilíbrio de duas forças;
B—3—10 Saber que a força é a causa da mudança no estado de movimento dos objectos, sendo capaz de usar o conceito de inércia para explicar fenómenos comuns;
B—3—11 Compreender o essencial do conceito de pressão e conhecer as formas de a alterar;
B—3—12 Ser capaz de descrever as características da pressão do líquido e capaz de explicar o princípio de Arquimedes e as condições de flutuabilidade e imersão;
B—3—13 Saber medir a pressão atmosférica e compreender as mudanças na pressão atmosférica e o seu impacto na vida;
B—3—14 Compreender os três elementos do som, bem como as condições de criação e propagação do som, sendo capaz de indicar os perigos e os métodos de prevenção do ruído;
B—3—15 Ser capaz de explicar resumidamente as características da propagação da luz em meios homogéneos;
B—3—16 Conhecer o fenómeno da reflexão e a lei de refracção da luz, sendo capaz de explicar a sua aplicação efectiva;
B—3—17 Ser capaz de desenhar esquemas simples de reflexão e refracção do trajecto da luz;
B—3—18 Compreender a dispersão da luz e a mistura das cores primárias da luz;
B—3—19 Compreender a estrutura básica de circuitos, sabendo ligar um circuito em série e um circuito paralelo e desenhar o esquema do mesmo;
B—3—20 Saber usar o amperímetro e voltímetro;
B—3—21 Compreender a Lei de Ohm sendo capaz de efectuar cálculos simples;
B—3—22 Ser capaz de descrever, resumidamente, o efeito de aquecimento pela corrente eléctrica e as aplicações dos fusíveis;
B—3—23 Conhecer os semicondutores e supercondutores e a influência da sua aplicação na sociedade;
B—3—24 Ser capaz de explicar a relação entre a potência eléctrica, corrente eléctrica e tensão eléctrica;
B—3—25 Ser capaz de distinguir entre a potência eléctrica nominal e real dos aparelhos eléctricos;
B—3—26 Ser capaz de apontar as polaridades de objectos magnéticos, sendo capaz de desenhar as linhas de indução magnética para representar o campo magnético;
B—3—27 Compreender de modo básico o campo magnético que se encontra presente em torno do fio condutor percorrido por uma corrente eléctrica, bem como as características do campo magnético em torno de um solenóide energizado;
B—3—28 Ser capaz de descrever de modo resumido a aplicação de ondas electromagnéticas e a sua influência sobre a vida humana e o desenvolvimento social.

Grupo de aprendizagem B—4: Energia e recursos energéticos

B—4—1 Compreender a energia e as suas diversas formas de existência, sabendo como a energia se transfere e converte e ser capaz de identificar a bateria, o motor eléctrico, o gerador eléctrico e outros dispositivos simples de conversão energética;
B—4—2 Ser capaz de descrever o significado de trabalho e potência, sabendo que o processo de produção de trabalho é o processo de conversão ou transferência de energia;
B—4—3 Compreender o conceito de energia cinética e potencial e ser capaz de indicar os factores que as afectam;
B—4—4 Ser capaz de descrever de modo sucinto a história da descoberta da lei da conservação da energia, sendo capaz de usar, de forma abreviada, as teorias de conversão de energia e de conservação para analisar os fenómenos físicos;
B—4—5 Ser capaz de indicar a classificação e características de vários recursos energéticos e explicar de modo resumido a relação entre os recursos energéticos, a sobrevivência dos seres humanos e o desenvolvimento social.

Âmbito de aprendizagem C: Ciência da vida

Grupo de aprendizagem C—1: Estrutura dos organismos

C—1—1 Ser capaz de indicar a estrutura básica do microscópio óptico e a sua função, sabendo utilizá-lo para observar nas lâminas as amostras de diferentes materiais biológicos;
C—1—2 Saber preparar uma lâmina temporária simples e desenhar de modo simples a estrutura das células;
C—1—3 Ser capaz de usar a descoberta da célula para explicar o papel dos instrumentos de observação no conhecimento do mundo e da vida;
C—1—4 Ser capaz de descrever a estrutura básica das células e as suas funções principais, bem como indicar as semelhanças e as diferenças na estrutura das células animais e das células vegetais;
C—1—5 Ser capaz de explicar que a célula é a unidade básica estrutural e funcional dos organismos;
C—1—6 Ser capaz de indicar os processos e resultados básicos do crescimento celular, da divisão celular e da diferenciação celular;
C—1—7 Ser capaz de indicar as características estruturais dos organismos unicelulares, bem como a sua relação com os seres humanos;
C—1—8 Conhecer os principais tecidos e órgãos dos animais e plantas, bem como os sistemas dos animais.

Grupo de aprendizagem C—2: Actividades vitais dos seres vivos

C—2—1 Ser capaz de indicar o processo principal de germinação das sementes e, estudando as condições necessárias para a germinação das mesmas;
C—2—2 Ser capaz de observar e descrever a estrutura das flores e sementes, ilustrando o processo da formação de frutos e sementes;
C—2—3 Ser capaz de enumerar os meios de reprodução dos animais e das plantas e a sua aplicação na produção;
C—2—4 Ser capaz de descrever a absorção e o transporte de água e minerais, bem como o fenómeno da transpiração, nas plantas;
C—2—5 Ser capaz de descrever o processo da fotossíntese nas plantas verdes e o seu significado e enumerar a aplicação prática da fotossíntese na produção agrícola;
C—2—6 Ser capaz de descrever o processo da respiração nas plantas e o seu significado;
C—2—7 Ser capaz de descrever, de modo resumido, as funções da digestão, respiração, transporte de nutrientes e excreção de resíduos nos animais mais complexos, bem como a sua estrutura física;
C—2—8 Ser capaz de enumerar e descrever os fenómenos relacionados com a sensibilidade das plantas e o papel da auxina;
C—2—9 Ser capaz de descrever a composição e as funções do sistema locomotor e sistema nervoso dos animais;
C—2—10 Ser capaz de enumerar os fenómenos de hereditariedade e mutação dos seres vivos e explicar de modo simples as suas causas.

Grupo de aprendizagem C—3: Corpo humano e saúde

C—3—1 Ser capaz de descrever a composição do sistema locomotor, sistema nervoso, sistema respiratório, sistema circulatório, sistema digestivo, sistema reprodutivo, sistema urinário e sistema endócrino e as suas funções fisiológicas no corpo humano;
C—3—2 Ser capaz de indicar o processo de crescimento e desenvolvimento dos seres humanos desde o nascimento até à morte;
C—3—3 Prestar atenção às variações da saúde física e mental durante a puberdade e estabelecer um valor correcto de sexualidade;
C—3—4 Ser capaz de indicar os principais nutrientes necessários e o seu papel no corpo humano, reconhecer a importância de uma alimentação equilibrada e da segurança alimentar;
C—3—5 Ser capaz de enumerar os principais tipos de doenças infecciosas entre os seres humanos e indicar os meios de transmissão e as medidas de prevenção das doenças infecciosas comuns;
C—3—6 Ser capaz de indicar os tipos de imunidade e as suas diferenças e reconhecer a importância do plano imunológico;
C—3—7 Ser capaz de descrever o processo da descoberta da penicilina e a sua importância;
C—3—8 Ser capaz de indicar as principais características e as medidas de prevenção das doenças genéticas;
C—3—9 Ser capaz de indicar os danos à fisiologia humana causados pelas drogas, pelo abuso de álcool, pelo tabagismo, entre outros;
C—3—10 Compreender a relação entre o tipo de sangue e a transfusão de sangue, bem como a importância da dádiva de sangue para salvar vidas.

Grupo de aprendizagem C—4: Ecologia e evolução

C—4—1 Ser capaz de descrever o significado, a estrutura e a função de um ecossistema;
C—4—2 Ser capaz de enumerar os principais tipos de ecossistema e as suas interconexões, e descrever o conceito de biosfera;
C—4—3 Saber o papel das plantas verdes no ecossistema;
C—4—4 Ser capaz de descrever os métodos básicos de classificação dos seres vivos e indicar o significado e a importância da biodiversidade;
C—4—5 Ser capaz de indicar as características principais das bactérias, dos fungos e dos vírus e a sua relação com os seres humanos;
C—4—6 Ser capaz de ilustrar de modo resumido os principais grupos de animais e plantas e a sua relação com os seres humanos;
C—4—7 Ser capaz de descrever a transmissão de substâncias nocivas na cadeia alimentar e enumerar as razões pelas quais os ecossistemas são destruídos;
C—4—8 Ser capaz de descrever o ambiente ecológico de Macau e as medidas para a sua protecção;
C—4—9 Ser capaz de descrever o processo básico da origem da vida na matéria não viva;
C—4—10 Ser capaz de descrever o fenómeno da evolução biológica, conhecendo os pontos de vista básicos sobre a mesma.

Âmbito de aprendizagem D: Terra e ciência espacial

Grupo de aprendizagem D—1: A nossa Terra

D—1—1 Ser capaz de descrever a forma, a dimensão e estrutura interna da Terra;
D—1—2 Saber que os vulcões e os terremotos são manifestações dos movimentos da crosta terrestre e apontar a distribuição das zonas vulcânicas e sísmicas do mundo;
D—1—3 Ser capaz de explicar, com exemplos, que os oceanos e continentes na superfície da Terra se encontram em constante movimento e mudança, bem como compreender a teoria da formação das placas tectónicas;
D—1—4 Atender à aplicação da tecnologia de detecção remota e do posicionamento global;
D—1—5 Ser capaz de indicar, com exemplos, a classificação de corpos de água da Terra e a distribuição dos mesmos, bem como apontar as fases principais do ciclo da água na natureza;
D—1—6 Ser capaz de explicar a situação básica dos recursos de água doce em Macau e propor os meios possíveis de combate à poluição da água de Macau.

Grupo de aprendizagem D—2: Composição do universo

D—2—1 Ser capaz de descrever a situação geral do Sol e da Lua, bem como saber a relação entre o Sol, a Terra e a Lua;
D—2—2 Ser capaz de descrever os componentes principais do sistema solar;
D—2—3 Compreender a história da exploração do espaço pelos humanos, bem como as novas conquistas da ciência e tecnologia espacial da Pátria;
D—2—4 Ser capaz de descrever a composição, a dimensão e a forma da Via Láctea, bem como indicar a localização do sistema solar na Via Láctea;
D—2—5 Compreender que o universo é composto por um grande número de galáxias, bem como conhecer a origem, expansão e evolução do universo;
D—2—6 Compreender a história do desenvolvimento do geocentrismo e heliocentrismo, entendendo que o conhecimento científico se encontra sempre em desenvolvimento.

ANEXO XI

Exigências das competências académicas básicas de Tecnologias de Informação no ensino secundário geral

1. Ideias essenciais

Na sociedade actual, as tecnologias de informação estão muito presentes na sociedade, na vida, no estudo, no trabalho e nas interacções dos seres humanos, tornando-se um factor importante que influencia os métodos de produção, os estilos de vida e as suas formas de pensar. Equipar-se com certos conhecimentos e habilidades básicas das tecnologias de informação, criar uma boa capacidade e atitude na aplicação das tecnologias de informação, utilizar de forma activa os seus métodos diversificados para aprender de forma independente e de modo contínuo fazem já parte da literacia básica do cidadão de hoje. Portanto, os objectivos principais e a missão mais importante deste currículo são satisfazer as necessidades de aprendizagem nas tecnologias de informação dos alunos do ensino secundário geral, desenvolver a literacia informática e as habilidades tecnológicas dos alunos, promover o desenvolvimento da sua personalidade e sociabilidade, aumentar a capacidade de aprendizagem contínua e a qualidade de vida dos alunos. Pelo que, as exigências das competências académicas básicas de Tecnologia de Informação do ensino secundário geral devem seguir as seguintes ideias essenciais:

1) Valorizar o aumento da literacia informática e o desenvolvimento das capacidades tecnológicas dos alunos, promovendo uma melhor integração dos alunos na sociedade informatizada

O currículo deve basear-se na situação actual e na tendência de desenvolvimento das tecnologias de informação em Macau, partindo das características do desenvolvimento físico e mental dos alunos do ensino secundário geral, através das actividades de aprendizagem, tais como acesso, transmissão, processamento, expressão, partilha e gestão de informação. Deve-se desenvolver o conhecimento e as capacidades nas tecnologias de informação, aprofundando o seu entendimento sobre as características e influências dessas tecnologias, desenvolvendo neles a consciência forte sobre informações, consciência de responsabilidade, consciência jurídica e uma atitude devida na utilização das tecnologias de informação. Desenvolvendo a capacidade de utilização das tecnologias de informação de forma correcta, eficiente e segura, aumentando a habitualidade e a participação dos alunos na sociedade informatizada

2) Dar a conhecer os métodos diversificados de aprendizagem das tecnologias de informação, promovendo o desenvolvimento individualizado dos alunos

O currículo deve atender à vida quotidiana e às experiências de aprendizagem dos alunos, através da promoção de projectos, das práticas de operações, da exploração voluntária, da cooperação em design, da prática dos ensaios, da integração interdisciplinar e de outros métodos de aprendizagem diversificados; o uso geral de software e hardware, reforça a flexibilidade na aprendizagem do currículo das tecnologias de informação, aumentando as diversas experiências de aprendizagem dos alunos, elevando a eficácia da aprendizagem, promovendo o desenvolvimento individualizado dos alunos.

3) Desenvolver a capacidade de fazer um bom uso das tecnologias de informação na vida quotidiana dos alunos, melhorando a sua capacidade de aprender continuamente e a sua qualidade de vida

As tecnologias de informação são objecto de aprendizagem dos alunos do ensino secundário geral, sendo também, instrumentos de aprendizagem. Assim, a partir dos problemas quotidianos, deve-se orientar os alunos para utilizar integralmente as ferramentas das tecnologias de informação para analisar e resolver os problemas, para fortalecer a percepção da função do papel de tecnologias de informação na aprendizagem contínua, bem como do conhecimento das influências positivas e negativas na vida quotidiana e de outros aspectos. Desenvolvendo o pensamento crítico e a capacidade criativa dos alunos, promovendo a transformação das capacidades, faz com que as tecnologias de informação se tornem num bom companheiro na melhoria da aprendizagem contínua e na qualidade de vida.

2. Objectivos curriculares

1) Relacionar as experiências quotidianas com o uso das tecnologias de informação, dominando os conceitos, as características principais e os princípios básicos da informação, da comunicação e das tecnologias de informação, bem como os conhecimentos básicos de utilização das tecnologias de informação;

2)  Nos projectos, tarefas, ensaios e actividades de design das tecnologias de informação, desenvolver nos alunos as capacidades básicas da utilização apropriada do software e do hardware das tecnologias de informação para acesso, transmissão, processamento, aplicação e gestão da informação;

3) Perante os problemas da vida e da aprendizagem, desenvolver a capacidade dos alunos em utilizarem, de forma geral, as ferramentas das tecnologias de informação para os analisar e resolver de modo eficaz;

4) Através da discussão com os colegas e da auto-reflexão, orientar os alunos no sentido de desenvolverem um pensamento crítico, lógico e criativo, uma imaginação diversificada, baseados nas tecnologias de informação;

5) Orientar os alunos, através de diversos métodos de aprendizagem das tecnologias de informação, para que realizem um estudo interdisciplinar, reforçando as suas experiências emocionais, como a comunicação e a cooperação, a exploração e criação, a preocupação e partilha, o respeito e a tolerância, aumentando a sua eificiência da aprendizagem;

6) Desenvolver nos alunos uma atitude activa e cautelosa e hábitos comportamentais de utilização saudável dessas tecnologias, fazendo delas um bom uso para aumentar a qualidade de vida;

7) Orientar os alunos para que participem nas actividades da sociedade informatizada, formando neles a consciência informática e as respectivas consciências jurídica e de responsabilidade;

8)  Orientar os alunos para que experimentem o desenvolvimento recente das tecnologias de informação e para que se preocupem profundamente com as influências positivas e negativas causadas pelo desenvolvimento dessas tecnologias na sociedade internacional e na vida de Macau, formando nos alunos um ideia positiva sobre as tecnologias de informação.

3. Conteúdos específicos das exigências das competências académicas básicas dos diversos âmbitos de aprendizagem

Descrição dos códigos:

1) A letra do alfabeto, em maiúscula, indica as exigências das competências académicas básicas dos diferentes âmbitos da aprendizagem, a saber: A – Conceito e conhecimento; B – Aplicação e criação; C – Comunicação e cooperação; D – Moralidade e responsabilidade;

2) O número após a letra maiúscula representa o número de ordem das exigências das competências académicas básicas do respectivo âmbito de aprendizagem.

Âmbito de aprendizagem A: Conceito e conhecimento

A—1 Entender o significado da informação, tendo conhecimento dos tipos de informação, sendo capaz de indicar as principais características e as várias formas de expressão da informação;
A—2 Ter conhecimento da história e da tendência do desenvolvimento das tecnologias de informação bem como das influências dos seus vários aspectos na sociedade;
A—3 Ser capaz de enumerar as ferramentas e os meios de comunicação comuns na vida, sabendo descrever a composição básica dos sistemas de comunicação;
A—4 Entender a estrutura básica e o princípio de funcionamento dos sistemas do computador individual, sendo capaz de indicar as funções de vários componentes principais de hardware do computador individual;
A—5 Ser capaz de identificar os sistemas operativos comuns do computador individual, conhecendo modalidades, funções do software comum e métodos de operação comuns;
A—6 Ser capaz de distinguir os diferentes tipos de computadores individuais compreendendo as relações e as diferenças entre eles;
A—7 Dominar os métodos de gestão de arquivos do computador individual, sabendo comparar as diferenças entre os vários formatos de guardar arquivos de informação multimédia;
A—8 Saber aplicar as tecnologias de rede e os métodos comuns de acesso à internet, aprendendo as habilidades comuns de pesquisar informações na internet;
A—9 Compreender as funções das várias aplicações de computação em nuvem na aprendizagem e vida quotidiana, conhecendo os principais métodos de uso das aplicações de computação em nuvem para a gestão dos arquivos de informação on-line;
A—10 Entender as fontes, as especialidades e os meios de prevenção e limpeza de vírus do computador, sendo capaz de enumerar os métodos básicos da segurança e protecção da informação;
A—11 Conhecer os diversos métodos de aprendizagem apoiados pelas tecnologias de informação, compreendendo a influência das tecnologias de informação nos métodos de aprendizagem.

Âmbito de aprendizagem B: Aplicação e criação

B—1 Os alunos que utilizam o chinês como língua veicular, são capaz de usar as ferramentas de software e hardware para fazer a introdução do chinês e inglês, de forma proficiente;
B—2 Ser capaz de utilizar os sistemas operativos para gerir um computador individual com proficiência, sabendo ligar correctamente os equipamentos externos comuns para transferir arquivos de informação;
B—3 Ser capaz de guardar, executar, pesquisar e fazer cópia de segurança bem como gerir vários arquivos de informação do computador individual;
B—4 Ser capaz usar equipamentos digitais, a internet e outro software e hardware para obter as informações necessárias;
B—5 Ser capaz de utilizar o software apropriados para edição de texto, utilizando técnicas para criar de modo personalizado, documentos de texto combinado com gráficos;
B—6 Ser capaz de utilizar o software de edição gráfica para editar imagens, criando obras gráficas com grande imaginação;
B—7 Ser capaz de escolher as ferramentas de software apropriadas e produzir animação, áudio e vídeo e outras obras de multimédia;
B—8 Ser capaz de utilizar vários tipos de informação em geral, produzindo criativamente obras de multimédia;
B—9 Ser capaz de utilizar impressoras para imprimir documentos, gráficos e relatórios, entre outros;
B—10 Saber escolher os meios apropriados para a publicação de obras de multimédia.

Âmbito de aprendizagem C: Comunicação e cooperação

C—1 Ser capaz de exibir as obras criadas, através das plataformas de tecnologia de informação, interagindo e recolhendo as informações dos comentários;
C—2 Saber utilizar de forma flexível várias ferramentas de comunicação da internet e redes sociais para interagir com os outros de forma amigável;
C—3 Saber usar as ferramentas das tecnologias de informação abertas para distribuir informação, partilhando a cultura diversificada de Macau;
C—4 Saber usar os vários recursos das tecnologias de informação para desenvolver vários métodos de aprendizagem interdisciplinar, como aprender individualmente ou em cooperação, entre outros;
C—5 Conhecer a importântica de trabalhar em grupo, utilizando as tecnologias de informação para discutirem juntos os problemas à sua volta, fazendo propostas de resolução de forma criativa.

Âmbito de aprendizagem D: Moralidade e responsabilidade

D—1 Conhecer a importância da privacidade nas actividades informáticas, quer sabendo como proteger a sua própria privacidade, quer respeitando a privacidade dos outros;
D—2 Nas actividades informáticas, saber proteger de forma consciente a propriedade intelectual, respeitando as leis e os regulamentos relacionados com a mesma;
D—3 Saber identificar a autenticidade das informações, recusando as más informações da internet, difundindo informações e factos verdadeiros;
D—4 Conhecer as leis e os regulamentos relacionados com a informação, formando o hábido de utilizar as tecnologias de informação de forma saudável e civilizada na vida e na aprendizagem;
D—5 Ser capaz de participar activamente nas novas experiências das tecnologias de informação, além de se incorporar na sociedade informatizada, sendo capaz de avaliar e utilizar simultaneamente as tecnologias de informação de forma crítica;
D—6 Conhecer a influência do desenvolvimento das tecnologias de informação de Macau na sociedade e na vida quotidiana, suportando as responsabilidades e deveres dos cidadãos.

ANEXO XII

Exigências das competências académicas básicas de Educação Física e Saúde no ensino secundário geral

1. Ideias essenciais

O currículo de Educação Física e Saúde fornece aos alunos oportunidades e experiências para uma participação plena nos diversos desportos e aquisição de conhecimentos básicos sobre o desporto e a saúde, de modo a melhorar as suas várias aptidões e competências físicas, permitindo que criem hábitos e atitudes saudáveis, formem um estilo de vida saudável, boas qualidades psicológicas e um carácter perseverante e empreendedor. Deve desenvolver um espírito cooperativo e competitivo justo, estabelecendo uma base sólida para promover o crescimento saudável e o desenvolvimento integral dos alunos. Pelo que, as exigências das competências académicas básicas de educação física e saúde do ensino secundário geral devem seguir as seguintes ideias essenciais:

1) Formar um conceito de “vida saudável” e promover o desenvolvimento integral e saudável dos alunos

O currículo de Educação Física e Saúde deve ter como objectivo a promoção do desenvolvimento saudável e integral dos alunos, incorporando os conhecimentos de desporto e saúde na educação física e nas actividades desportivas extracurriculares, para melhorar a aptidão física dos alunos, a sua consciência sobre a saúde e as capacidades de participação desportiva e de adaptação social. Deve também estreitar a ligação entre o desporto e o conceito de “vida saudável”, para que os alunos conheçam a importância do exercício físico e da educação para a saúde, promovendo o seu desenvolvimento saudável e integral.

2) Implementar uma educação física eficaz e orientar os alunos no domínio de métodos de exercício físico

O currículo de Educação Física e Saúde deve promover o desenvolvimento da aprendizagem dos alunos, através da implementação de uma educação física eficaz. Conforme as diferenças individuais e as características dos interesses dos mesmos, estimulam-se as suas aptidões físicas, competências desportivas e o desenvolvimento das potencialidades a nível psicológico, criando um ambiente pedagógico descontraído, para que usufruam de oportunidades de aprendizagem eficazes, experimentem o sucesso nas mesmas e dominem os métodos e as competências de exercício físico praticado de forma científica.

3) Estimular o interesse dos alunos pelo desporto e formar hábitos desportivos ao longo da vida

O currículo de Educação Física e Saúde deve estimular o interesse dos alunos pelo desporto para que aprendam a apreciar e desfrutar do prazer da prática desportiva, tomem iniciativa e participem activamente nos desportos escolares e extracurriculares, transformando-os num componente indispensável e importante da sua vida quotidiana, e formem o interesse e o hábito de praticar desporto ao longo da vida.

4) Dar importância às diferenças individuais e promover o desenvolvimento saudável de todos os alunos

O currículo de Educação Física e Saúde deve dar importância às condições físicas e à capacidade dos alunos para a prática desportiva. De acordo com as diferenças e necessidades individuais, deve ter em atenção cada adolescente, definindo metas adequadas de aprendizagem, para incentivar os alunos a participarem activamente nos desportos mais adequados às suas próprias condições, desenvolvendo a eficácia do desporto no seu desenvolvimento integral.

2. Objectivos curriculares

1) Formar os alunos no dominio dos conhecimentos, competências e métodos básicos do desporto e saúde, estabelecendo um conceito de “vida saudável”;

2) Orientar os alunos para compreenderem a importância do desporto para o crescimento saudável, desenvolvendo uma atitude saudável perante a vida;

3) Orientar os alunos para utilizarem uma forma de aprendizagem progressiva para dominarem as várias competências desportivas básicas úteis para uma vida saudável;

4) Orientar os alunos para reforçarem activamente a aptidão física em prol da saúde individual, conforme as suas próprias condições, para promover o melhoramento do nível de saúde;

5) Formar os alunos a terem interesse na participação em actividades desportivas, formando o hábito básico da prática desportiva ao longo da vida;

6) Formar nos alunos boas qualidades psicológicas, para que sejam capazes de desenvolver relações interpessoais, demonstrar um espírito de cooperação e capacidade de adaptação social.

3. Conteúdos específicos das exigências das competências académicas básicas dos diversos âmbitos de aprendizagem

Descrição dos códigos:

1) A letra do alfabeto, em maiúscula, indica as exigências das competências académicas básicas dos diferentes âmbitos de aprendizagem, a saber: A – Conhecimentos de desporto e de saúde; B – Participação no desporto; C – Competências desportivas; D – Desporto e aptidão física; E – Desporto e saúde psicológica; F – Desporto e adaptação social;

2) O número após a letra maiúscula representa o número de ordem das exigências das competências académicas básicas do respectivo âmbito de aprendizagem.

Âmbito de aprendizagem A: Conhecimentos de desporto e de saúde

A—1 Compreender as características de crescimento no corpo masculino e feminino durante a puberdade e os períodos sensíveis no desenvolvimento da qualidade física;
A—2 Compreender, entre os géneros, as diferenças no desenvolvimento da forma e das funções corporais dos adolescentes;
A—3 Dominar os conhecimentos básicos sobre a saúde e a nutrição desportiva;
A—4 Dominar os conhecimentos e os métodos básicos de cuidados de saúde, prevenção de doenças e cuidados de saúde durante a puberdade;
A—5 Dominar os conhecimentos e os métodos básicos sobre a prática desportiva e o treino para uma boa condição física;
A—6 Formar um estilo de vida saudável;
A—7 Compreender os conhecimentos e os métodos de segurança no desporto;
A—8 Compreender os perigos que os hábitos nocivos causam à saúde;
A—9 Melhorar a agilidade, a velocidade, a força e a função cardíaca e pulmonar através de exercício físico.

Âmbito de aprendizagem B: Participação no desporto

B—1 Conhecer o significado de participar na aprendizagem do desporto;
B—2 Saber integrar-se na aprendizagem e nas actividades desportivas dentro e fora da escola;
B—3 Formar o hábito da prática de exercício físico;
B—4 Experimentar os benefícios de praticar desporto;
B—5 Formar uma atitude activa de participação no desporto.

Âmbito de aprendizagem C: Competências desportivas

C—1 Dominar as regras e as competências básicas das modalidades desportivas de atletismo;
C—2 Dominar as regras e as competências básicas das modalidades desportivas com bola;
C—3 Dominar as regras e as competências básicas das modalidades desportivas de ginástica;
C—4 Dominar as competências básicas das modalidades desportivas de artes marciais;
C—5 Dominar as básicas regras de segurança na prática desportiva;
C—6 Dominar os métodos de organização de actividades desportivas;
C—7 Saber utilizar os recursos desportivos da comunidade para a prática desportiva.

Âmbito de aprendizagem D: Desporto e aptidão física

D—1 Compreender o conceito de aptidão física;
D—2 Compreender o conteúdo básico de aptidão física;
D—3 Compreender os métodos de medição e os critérios de avaliação da aptidão física relacionada com a saúde;
D—4 Compreender os métodos de medição e os critérios de avaliação da aptidão física relacionada com o desempenho desportivo;
D—5 Compreender os métodos de treino da aptidão física relacionada com a saúde;
D—6 Compreender os métodos de treino da aptidão física relacionada com o desempenho desportivo.

Âmbito de aprendizagem E: Desporto e saúde psicológica

E—1 Manter o interesse pela participação desportiva;
E—2 Saber explorar os métodos de controlo emocional através do desporto;
E—3 Ter força de vontade para superar as dificuldades;
E—4 Formar uma convicção duradoura de insistência da prática desportiva;
E—5 Ter uma atitude de manter a saúde psicológica de forma activa;
E—6 Conseguir auto-expressar-se melhor.

Âmbito de aprendizagem F: Desporto e adaptação social

F—1 Estabelecer uma consciência para assumir corajosamente as responsabilidades;
F—2 Formar uma consciência de equipa e capacidade cooperativa;
F—3 Formar uma consciência para o respeito das regras;
F—4 Mostrar uma boa moral desportivo;
F—5 Ser capaz de participar, de forma activa, nas actividades desportivas da comunidade;
F—6 Promover a participação dos familiares nas actividades desportivas.

ANEXO XIII

Exigências das competências académicas básicas de Artes no ensino secundário geral

As exigências das competências académicas básicas de Artes no ensino secundário geral incluem artes visuais e música, com os seguintes conteúdos:

I. Artes Visuais

1. Ideias essenciais

Este currículo enriquecerá e alargará as experiências e capacidades nas artes visuais dos alunos. Com base na continuação do aumento do interesse dos alunos pela aprendizagem das artes e no incentivo ao seu potencial criativo, o currículo de Artes Visuais do ensino secundário geral deve continuar a destacar o valor da vida e o valor social destas artes, dando especial atenção à transmissão da cultura local das artes visuais de Macau, ajudando os alunos a entenderem a ligação estreita que existe entre as artes visuais e a vida individual e entre estas e o desenvolvimento da sociedade, no sentido de promover o cultivo da literacia básica das artes visuais, que eles devem ter para serem bons cidadãos na futura sociedade. Pelo que, as exigências das competências académicas básicas de Artes Visuais no ensino secundário geral devem seguir as seguintes ideias essenciais:

1) Ter como objectivo nuclear o desenvolvimento da literacia básica das artes visuais nos alunos

Com a chegada da época da cultura visual, hoje as artes visuais não apenas ultrapassam o âmbito das belas-artes tradicionais, como também abrangem filmes e televisão, publicidade, animação e outras imagens diversas que requerem a participação multissensorial das pessoas, tornando as artes visuais uma componente indispensável da sua vida quotidiana. Sendo assim, o currículo de Artes Visuais do ensino secundário geral visa permitir que cada possuidor do ensino secundário geral tenha a literacia básica das artes visuais para se adaptar e participar na futura vida social; e que tenha interesse pelas artes visuais, tendo conhecimentos e capacidades para estetizar, avaliar, criar e expressar as artes visuais, formando o entendimento e o respeito da estética e da qualidade de humanidade.

2) Traduzir a multiculturalidade mundial com base nas especificidades da cultura local de Macau

Macau tem uma história única de desenvolvimento e um contexto de integração das culturas chinesa e ocidental. O currículo de Artes Visuais do ensino secundário geral deve orientar os alunos para que aprendam artes visuais no contexto de uma cultura social diversificada, desenvolvam o gosto pela multiculturalidade local, aprofundando a compreensão pela cultura chinesa, entendendo ainda mais e respeitando as diversas culturas mundiais, criando uma filosofia de valores e uma visão internacional da multiculturalidade.

3) Partindo das experiências de vida dos alunos do ensino secundário geral, reflectir sobre a relação entre as artes e a sociedade

O currículo das artes visuais do ensino secundário geral deve ter como base as características físicas e psicológicas dos alunos e uma interligação com a vida social deles, prestando atenção às actividades culturais e artísticas da sociedade de que os alunos gostam, orientando-os de forma activa para que tenham uma vida artística criativa. O currículo deve reflectir ao mesmo tempo o novo desenvolvimento das artes visuais contemporâneas, abrangendo várias artes dos novos media, reflectindo a diversidade das artes visuais de hoje, permitindo assim que os alunos compreendam totalmente as funções da promoção mútua entre tecnologia e arte, entendam a grande ligação entre a política, a economia, a cultura da sociedade e as artes, sentindo o valor especial das artes na ajuda da compreensão social e promoção das reformas sociais.

4) Ter como meio principal a prática artística criativa, promover uma aprendizagem autónoma e inovadora das artes visuais

O currículo de Artes Visuais do ensino secundário geral deve atender à participação autónoma e à aprendizagem inovadora dos alunos, incentivando-os e orientando-os para que realizem práticas artísticas de forma individual ou cooperativa, tentando experiências criativas das artes visuais, formando ideias únicas de criação artística e as expressem de forma corajosa. O currículo, através da aprendizagem das artes visuais divertidas e criativas, desenvolve nos alunos um espírito criativo e capacidade de inovação, bem como o respeito, a partilha e outras características individuais da personalidade.

5) Com base na exploração dos recursos curriculares da própria escola, atender à integração dos recursos curriculares da comunidade e de outros

Para fomentar o interesse dos alunos pelas artes, enriquecendo as suas experiências de aprendizagem artística, o currículo de Artes Visuais do ensino secundário geral deve incentivar as escolas, com base no aperfeiçoamento ininterrupto dos recursos curriculares existentes, a explorarem de forma activa e a fazerem pleno uso dos recursos naturais e humanos que possuem as especialidades próprias da escola; e a utilizarem em simultâneo, por sua iniciativa, os museus de arte, o meio ambiente da comunidade e outros recursos socioculturais, bem como a internet e outros recursos informatizados, enriquecendo os materiais educacionais das artes visuais e desenvolvendo formas pedagógicas das artes visuais, permitindo que os alunos, num ambiente integrado pelos diversos recursos curriculares, procedam a uma aprendizagem artística personalizada e diversificada.

2. Objectivos curriculares

1) Através da criação de uma atmosfera de aprendizagem artística e do fornecimento de meios de aprendizagem lúdicos e diversificados, estimular o interesse dos alunos para participarem nas actividades das Artes Visuais dentro e fora da escola, bem como entusiasmá-los para aprenderem artes visuais através da internet, permitindo que estes interesses e entusiasmo se transformem numa atitude emocional estável;

2) Orientar os alunos para que atendam à relação entre as artes visuais e a vida, aumentando a sua vontade em explorar e descobrir as artes visuais na vida, elevando neles a sensibilidade estética e a imaginação sobre a vida, enriquecendo a sua experiência estética; desenvolver nos alunos o uso de conhecimentos básicos das artes visuais, articulando-os com as próprias experiências de vida, a capacidade de analisar e comentar as obras das artes visuais, permitindo-lhes formar valores estéticos elevados;

3) Orientar os alunos para que tentem usar várias formas e meios para realizarem obras artísticas, permitindo-lhes ter as capacidades básicas de utilizar de forma criativa os elementos visuais e os princípios do design das artes visuais para expressarem sentimentos e pensamentos; orientando-os para que façam, de forma básica, design e criação sobre o ambiente e objectos quotidianos, aumentando as suas capacidades de utilização das artes visuais para valorização da vida;

4) Através da aprendizagem e criação das artes visuais, permitir que os alunos entendam, de forma plena, que as artes visuais podem desenvolver o temperamento, aumentar os conhecimentos, enriquecer a imaginação e desenvolver valores individuais de criação; fazendo com que eles se conheçam melhor a si próprios, encontrem a sua própria singularidade, aumentem a auto-identidade e a autoconfiança, desenvolvam atitudes de vida saudável;

5) Orientar os alunos, durante a aprendizagem e criação das artes visuais, para desenvolverem o entendimento e o respeito pelos outros, formando, entre outras qualidades humanas, as da partilha, cooperação e preocupação, sendo capazes de compreender a cultura chinesa e em especial a cultura de Macau, respeitando a multiculturalidade do mundo. Saber, através da arte, inteirar-se da sociedade e reflectir sobre ela, adquirindo a capacidade básica de entender e criticar socialmente, valorizando e protegendo o meio ambiente, ter a consciência de conviver em harmonia com a natureza.

3. Conteúdos específicos das exigências das competências académicas básicas dos diversos âmbitos de aprendizagem.

Descrição dos códigos:

1) A letra do alfabeto, maiúscula, indica as exigências das competências académicas básicas dos diferentes âmbitos de aprendizagem, a saber: IA – Estética e avaliação; IB – Criação e demonstração; IC – Compreensão e respeito;

2) O número após a letra maiúscula representa o número de ordem das exigências das competências académicas básicas do respectivo âmbito de aprendizagem.

Âmbito de aprendizagem IA: Estética e avaliação

IA—1 Possuir uma sensibilidade estética visual, sendo capaz de abordar o sentido estético da natureza e da vida quotidiana, discutindo e partilhando ideias com os outros;
IA—2 Ser capaz de encontrar e apreciar a textura, o espaço, a luminosidade, a escala e outros elementos visuais e princípios do design na natureza e na vida, projectando um possível uso destes elementos e princípios nos actos das artes visuais;
IA—3 Conhecer a cultura festiva, o património histórico e as actividades anuais da cultura artística de Macau, sendo capaz de participar nelas activamente, sentindo a relação entre as artes visuais e a cultura;
IA—4 Ter interesse em prestar atenção e apreciar as imagens visuais na vida social, estando disposto a pensar no significado e nos valores por detrás das imagens, sendo capaz de fazer uma interpretação inicial de algumas imagens;
IA—5 Ter interesse em apreciar obras de artes visuais de diferentes categorias, épocas e culturas, estando disposto a comunicar e a partilhar com os outros;
IA—6 Conhecer mais de cinco artistas chineses representativos das artes visuais ao longo da história do desenvolvimento das artes visuais na China, bem como as suas obras mais representativas;
IA—7 Conhecer mais de cinco ramos das artes visuais, artistas representativos e as suas obras mais importantes ao longo da história do desenvolvimento das artes visuais no Ocidente;
IA—8 Ter interesse em compreender as técnicas de expressão e características da pintura chinesa, caligrafia, zhuanke e outras artes tradicionais chinesas;
IA—9 Ter interesse em compreender as técnicas de expressão e características das pinturas a óleo, esculturas e outras artes tradicionais do Ocidente;
IA—10 Ser capaz de apreciar e opinar sobre obras de artes visuais, que têm representatividade em Macau, tendo interesse em compreender a história do desenvolvimento e as especialidades artísticas das artes visuais de Macau;
IA—11 Ter interesse em conhecer os meios principais de fazer artesanato popular tradicional chinês estando disposto a explorar a história do seu desenvolvimento e a sua conotação cultural, compreendendo a integração da sua praticabilidade e estética;
IA—12 Saber apreciar as obras artísticas que são feitas por fotografia, filmagem, multimédia e outras técnicas como meios de criação, sendo capaz de analisar o uso dos elementos das artes visuais envolvidos, sentindo o seu particular efeito artístico;
IA—13 Ser capaz de utilizar termos técnicos das artes visuais e integrá-los nas próprias experiências de vida, analisando formas e conteúdos das obras de artes visuais e interpretando os seus sentimentos e opiniões particulares;
IA—14 Ser capaz de, através de vários meios consultar, recolher informação e redigir um comentário artístico pelo menos 150 palavras, analisando as características estéticas e a conotação humana das obras de artes visuais.

Âmbito de aprendizagem IB: Criação e demonstração

IB—1 Conhecer os efeitos da demonstração de linhas, formas, cores, textura, perspectiva, composição, proporção, espaço e luminosidade entre outros elementos visuais e dos princípios do design;
IB—2 Conhecer os meios criativos, as especialidades artísticas e métodos de demonstração do desenho, da escultura e das outras categorias principais de artes visuais;
IB—3 Compreender, minimamente, as categorias principais de design;
IB—4 Ter conhecimento da diversidade e integralidade da criação das artes visuais contemporâneas entre outras novas orientações;
IB—5 Ser capaz de aplicar, de forma consciente, os elementos visuais e os princípios do design básicos na sua criação no plano ou tridimensional;
IB—6 Ser capaz de usar esboços, desenhos, pintura a cores, pintura chinesa, gravura e outras formas de demonstração para fazer uma criação no plano;
IB—7 Ser capaz de fazer criação tridimensional através da escultura, gravando, moldando ou utilizando uma das outras maneiras de demonstração;
IB—8 Saber explorar as propriedades das câmaras, câmaras de vídeo, computadores e outros media criativos, sendo capaz de utilizar, de forma integral, uma variedade de formas e medias para criar;
IB—9 Saber expressar pensamentos e sentimentos através das artes visuais;
IB—10 Ser capaz de fazer uma concepção artística de acordo com a sua própria vontade de se expressar, explorando diversos métodos e seleccionando entre eles as formas mais apropriadas e adequadas para si próprio;
IB—11 Ser capaz de, em torno de um determinado tema, formar uma concepção criativa, exprimindo o processo de concepção, produzindo as obras, adquirindo a consciência e a capacidade básica de fazer a obra;
IB—12 Ser capaz de criar e definir um espaço de vida com certa beleza ou especialidade;
IB—13 Ser capaz de criar algumas obras de artes visuais que demonstrem os costumes e as condições locais, o património histórico e a cultura festiva de Macau;
IB—14 Ser capaz de articular as criações de arte visual com os filmes e televisão, música, teatro, dança, entre outras categorias artísticas e com as disciplinas não artísticas, estimulando a inspiração criativa;
IB—15 Estar disposto a exibir as suas próprias obras de artes visuais, comunicando e partilhando com os outros, estimulando e enriquecendo a sua própria concepção artística;
IB—16 Durante a exibição das obras de artes visuais, formar a consciencialização e capacidade de embelezar a sua vida e de se expressar a si próprio, aumentando a autoconfiança, desenvolvendo o espírito de cooperação e capacidade de organização.

Âmbito de aprendizagem IC: Compreensão e respeito

IC—1 Conhecer a relação entre as suas experiências de vida e a apreciação e criação das artes visuais, sendo capaz de apreciar as obras de artes visuais dos outros respeitando gostos estéticos e valores artísticos diferentes;
IC—2 Entender que o meio ambiente natural, as políticas sociais, a economia e outros factores afectam as formas e os estilos das artes visuais, sendo capaz de respeitar as obras de artes visuais de épocas, etnias e regiões diferentes;
IC—3 Compreender a relação estreita da existência interdependente e impulso mútuo entre a arte e a tecnologia, conhecendo os valores particulares das artes visuais no desenvolvimento tecnológico;
IC—4 Saber que as artes visuais reflectem a noção de valor, religião, psicologia cultural e conceitos estéticos entre outros, de uma etnia e de um país;
IC—5 Ser capaz de explorar e a conhecer as raízes culturais, a psicologia cultural e os conceitos estéticos das artes visuais tradicionais chinesas, formando uma identidade nacional e um sentimento de orgulho;
IC—6 Ser capaz de explorar as raízes culturais, a psicologia cultural e os conceitos estéticos das artes visuais de outros países, etnias e regiões, compreendendo e respeitando a diversidade cultural das artes visuais;
IC—7 Compreender as funções importantes das artes visuais na preservação e no desenvolvimento da cultura tradicional local;
IC—8 Conhecer o estatuto e o importante valor das artes visuais no desenvolvimento das indústrias culturais de um país;
IC—9 Conhecer o importante valor das artes visuais no aumento da própria visão estética, imaginação e criatividade;
IC—10 Saber que as artes visuais podem enriquecer as experiências da vida, aumentando a sua qualidade, e é uma forma importante da humanidade para o conhecimento do mundo, a expressão o seu próprio e a comuniçaão;
IC—11 No processo de recolha e conservação das obras artísticas próprias dos diferentes períodos, compreender as mudanças na própria capacidade artística nos pensamentos e emoções;
IC—12 Conhecer e comprender a sociedade de forma mais profunda através das artes visuais, sabendo que estas podem influenciar e mudar a vida da sociedade;
IC—13 Através das artes visuais, compreender que todas as espécies têm o seu próprio valor de existência e significado, sendo capaz de proteger o ambiente ecológico e valorizar os recursos da Terra.

II. Música

1. Ideias essenciais

Sendo uma componente importante da educação integral na escola e um dos principais meios para transmitir e herdar uma cultura musical inovadora, a educação musical tem um valor único e insubstituível no que toca à melhoria da literacia musical, enriquecimento da experiência emocional e desenvolvimento da imaginação e inovação do pensamento dos alunos, permitindo-lhes adquirir mais liberdade, harmonia e um pleno desenvolvimento. Esta educação desenvolve um efeito activo e estabelece uma base para a promoção do desenvolvimento da cultura musical e melhoria da literacia artística dos cidadãos e do nível civilizacional da sociedade. O currículo de Música do ensino secundário geral necessita de reforçar o ensino dos conhecimentos e das competências elementares musicais, respeitar e orientar os interesses e gostos musicais dos alunos, facultando-lhes oportunidades de participação plena na prática musical, aumentando a sua musicalidade, alargando os seus horizontes culturais e estabelecendo uma base sólida para uma maior aprendizagem e uso da música. Pelo que, as exigências das competências académicas básicas de Música do ensino secundário geral devem seguir as seguintes ideias essenciais:

1) Reforçar as bases de música e melhorar a literacia estética

O conteúdo principal dos currículos de Música do ensino secundário geral tem por objectivo estender e reforçar os conhecimentos e as competências elementares de música e melhorar as capacidades de apreciação, desempenho e pensamento independente dos alunos nesta área. Ao mesmo tempo, dar importância aos valores de experiências estéticas da música no espírito e no especto emocional humano, melhorando a literacia estética dos alunos pelo mundo musical.

2) Dar atenção à prática musical e promover a percepção musical

A Música é uma disciplina de elevada articulação entre a teoria e a prática, em que é destacada a importância da prática musical para atingir a coerência dos conhecimentos básicos e o domínio das competências elementares. Em paralelo, é reforçada a ligação entre esta disciplina e a vida quotidiana, aumentando a compreensão dos alunos sobre a relação entre a música e a vida e através da interacção activa entre estas duas, desenvolver a percepção musical dos alunos na vida quotidiana.

3) Promover o desenvolvimento da personalidade e o pensamento inovador

A educação musical destina-se a todos os alunos, no entanto deve dar atenção às diferentes capacidades musicais de cada um, respeitando os seus interesses e gostos, incentivando a sua forma particular de expressão emocional, inspirando e formando as suas capacidades musicais através de métodos pedagógicos individualizados. Ao mesmo tempo, ao permitir que os alunos demonstrem plenamente os seus talentos, deve também desenvolver o seu pensamento inovador e criatividade musical.

4) Explorar as funções da música e criar uma personalidade saudável

As aulas de Música do ensino secundário geral devem inspirar os alunos a entenderem a posição da música na área cultural e a sua função insubstituível no desenvolvimento da literacia artística pessoal, bem como valorizar a articulação curricular entre os currículos de Música e os outros. Ao mesmo tempo, as potencialidades dos alunos são exploradas por meio de aulas e diversas actividades musicais, permitindo-lhes através do envolvimento na sociedade desenvolver a consciência sobre a associação e cooperação, melhorar a literacia pessoal e criar uma personalidade saudável.

5) Fomentar a música local e valorizar uma cultura diversificada

A música é uma componente importante da história e cultura de uma região que reflecte o estilo e a feição histórica e cultural de cada nação, registando as suas características culturais e emoções. Assim sendo, o currículo de música do ensino secundário geral deve, para além de realçar a música local, permitir aos alunos aprenderem a música de diferentes nações, para que conheçam as particularidades da cultura local e a sua relação com as culturas das diversas nações. Simultaneamente, deve também permitir aos alunos compreenderem a riqueza e a variedade da cultura musical do mundo, reforçarem a sua consciência nacional e o sentimento de pertença à pátria e à terra natal, ampliarem os horizontes e respeitarem o conceito de um valor cultural com igualdade e diversidade.

2. Objectivos curriculares

1) Valorizar a aplicação do conhecimento musical, para que os alunos consigam aprender e aplicá-lo com pleno vigor nas diversas actividades de aprendizagem de música;

2) Articular com o desenvolvimento da capacidade de pensamento independente dos alunos, para que compreendam as estruturas, os géneros e estilos comuns das obras musicais e as características culturais de diferentes épocas e nações, aumentando o seu nível de apreciação e a correspondente capacidade estética musical;

3) Ensinar aos alunos as competências elementares de canto e de interpretação musical, desenvolvendo a sua capacidade vocal de canto e de interpretação das músicas de forma confiante e expressiva;

4) Através da prática musical, estimular a imaginação dos alunos, encorajando-os a elaborarem criações musicais simples para que aprendam a expressar as suas emoções através de música e desenvolvam o pensamento criativo;

5) Através da realização de várias actividades musicais colectivas, melhorar as capacidades de comunicação e de cooperação dos alunos;

6) Integrar a aprendizagem das músicas chinesa e estrangeira dos alunos no contexto da disciplina de Humanidades, permitindo que criem um valor de respeito pelas diferenças e de tolerância perante diversas culturas, reforçando a sua experiência e conhecimento sobre a história e a cultura local e da nação chinesa;

7) Estimular o interesse dos alunos pela música, ligando a sociedade contemporânea à sua vida real, permitindo que a música acompanhe o seu crescimento feliz e que estabeleçam uma base sólida de gosto permanente pela música e pela vida.

3. Conteúdos específicos das exigências das competências académicas básicas dos diversos âmbitos de aprendizagem

Descrição dos códigos:

1) A letra do alfabeto, em maiúscula, indica as exigências das competências académicas básicas dos diferentes âmbitos de aprendizagem, a saber: IIA – Cantar e interpretar; IIB – Apreciar e sentir; IIC – Conceitos básicos e conhecimento comum; IID – Expressão da criatividade e experiência de palco;

2) O número após a letra maiúscula representa o número de ordem das exigências das competências académicas básicas do respectivo âmbito de aprendizagem.

Âmbito de aprendizagem IIA: Cantar e interpretar

IIA—1 Ser capaz de utilizar uma articulação clara, uma entoação, ritmo e separação de frases correctos, bem como bons métodos para cantar de forma expressiva e alegre;
IIA—2 Ser capaz de participar no coro monofónico e em alguns coros polifónicos simples, tendo em atenção o equilíbrio entre o volume e o timbre nas múltiplas partes e saber combinar-se bem com a regência e o acompanhamento;
IIA—3 Ser capaz de usar um instrumento musical para interpretar composições musicais chinesas e estrangeiras de nível elementar, demonstrando o seu sentimento sobre a obra interpretada;
IIA—4 Ser capaz de usar os conhecimentos e as técnicas adquiridas e utilizar instrumentos musicais e voz humana para interpretar e cantar juntamente com os outros.

Âmbito de aprendizagem IIB: Apreciar e sentir

IIB—1 Ser capaz de apreciar músicas de contextos culturais diferentes, nomeadamente as músicas locais e nacionais e de usar termos musicais para descrever as características das composições musicais ouvidas;
IIB—2 Ser capaz de diferenciar, de modo geral, as características musicais básicas de canções artísticas, folclorísticas, populares e religiosas e entender as suas diferentes funções;
IIB—3 Ser capaz de distinguir os temas, motivos e as estruturas musicais simples de obras e conseguir analisar e discutir sobre os mesmos;
IIB—4 Ser capaz de comparar as obras musicais de diferentes tempos e tipos, identificar o seu estilo, as características apresentadas e a relação entre a música, o contexto cultural e o ambiente histórico;
IIB—5 Através do canto e da interpretação musical, ser capaz de avaliar a apresentação musical de si próprio e dos colegas e da situação geral de cooperação.

Âmbito de aprendizagem IIC: Conceitos básicos e conhecimento comum

IIC—1 Ser capaz de usar a pauta, notação musical numerada e solfejo, entre outros métodos de notação musical;
IIC—2 Ser capaz de distinguir e aplicar os conceitos técnicos básicos da música e termos musicais mais comuns;
IIC—3 Ser capaz de distinguir os timbres, as características apresentadas e formas de classificação básicas de instrumentos musicais chineses e ocidentais mais comuns;
IIC—4 Dominar, basicamente, a leitura à primeira vista para treino da audição e ser capaz de ler à primeira vista, ouvir e lembrar alguns intervalos de tons da escala pentatónica e modos maior e menor.

Âmbito de aprendizagem IID: Expressão da criatividade e experiência de palco

IID—1 Ser capaz de improvisar frases simples ou períodos musicais de dois e três compassos, representados por determinados símbolos de expressão;
IID—2 Ser capaz de fazer alterações improvisadas para ornamentar temas musicais fixos;
IID—3 Ser capaz de cooperar com os outros partilhando comummente os resultados de criação;
IID—4 Ser capaz de recorrer à voz humana, a diferentes instrumentos musicais ou outras fontes possíveis de som para improvisar diferentes efeitos musicais;
IID—5 Ser capaz de recorrer a algumas fontes de som tradicionais e não tradicionais e de média electrónica para composição ou arranjo musical;
IID—6 Ser capaz de observar, imitar e experimentar as várias formas de representação em palco.