Número 43
II
SÉRIE

Quarta-feira, 24 de Outubro de 2001

REGIÃO ADMINISTRATIVA ESPECIAL DE MACAU

Anúncios notariais e outros

COMPANHIA DE ELECTRICIDADE DE MACAU - CEM, SARL

Relatório do Conselho de Administração

Os factores que, de forma mais determinante, influenciaram a actividade e os resultados da CEM no exercício de 2000 foram:

* a sustentação da retoma das economias asiáticas, que se iniciou no 2.º semestre de 1999, originando crescimentos sensíveis do produto nos diversos países e regiões da área e que se traduziu, em Macau, sobretudo num acréscimo da actividade turística;

* o elevado preço do fuelóleo e os movimentos erráticos que o caracterizaram, conduzindo a que, em média, se apurassem valores de compra 60% superiores aos verificados em 1999;

* a redução média de 3,5% nas tarifas a que procedemos em Fevereiro, após a implementação, em Dezembro de 1999, da tarifa social e de melhores condições de acesso à tarifa bonificada já existente;

* o esforço continuado no sentido de melhorar a eficiência, aumentando do mesmo passo, a qualidade dos serviços que prestamos.

Nestas condições o consumo bruto de electricidade em Macau cresceu 2,6% relativamente a 1999, mais favorável que a nossa previsão de 1%, atingindo os 1 727GWh; todavia e como consequência da redução de tarifas e da absorção parcial pela CEM das flutuações de preço do fuelóleo, os resultados operacionais foram inferiores em 131 milhões de patacas aos apurados em 1999, o que traduz uma muito significativa redução em favor dos nossos clientes.

(%)

2000 1999
Para satisfação da procura total recorreu-se a meios próprios e à compra a entidades externas.  Produção própria 85.6 85.1
Importação 11.3 11.6
Central de Incineração 3.1 3.3

(MW)

2000 1999
A carga máxima foi alcançada em Junho e a mínima em Janeiro; em 1999 as cargas máxima e mínima verificaram-se, respectivamente, em Julho e Fevereiro. Carga máxima 349.8 336.6
Carga mínima 88.9 85.0
2000 1999
O crescimento do número de clientes é o mais baixo verificado nos registos da CEM, retratando as dificuldades da economia de Macau em particular no sector imobiliário. Número de clientes 182 623 179 678
Crescimento (%) 1.6 2.5

(M. MOP)

2000 1999
Do investimento do ano destacaram-se 202 milhões de MOP na nova Central de Coloane (CCB) e 79 milhões em trabalhos de alargamento e melhoria da rede de transmissão e distribuição, bem como na conclusão da subestação Concórdia. Investimento anual 362 239

Dadas as necessidades de fundos para cobertura da 1.ª fase da nova CCB, celebrámos com o Banco da China um contrato de financiamento de 150 milhões de patacas, cuja utilização acompanhará o ritmo da recepção dos equipamentos a instalar. Salientamos ter sido o primeiro contrato desta natureza que celebrámos com o Banco da China, traduzindo a extensão duma colaboração que, de há muito, se mantém.

Foi adjudicado o contrato para a implementação de um sistema que designamos "Despacho Central" e que visa melhorar a eficiência da rede, dando-nos uma acrescida capacidade de intervenção e resposta sobre a produção, transporte e distribuição de energia. O custo estimado do projecto é de 86 milhões de patacas.

A criação durante o ano do "Comité de Ligação a Clientes", constituído por representantes de diferentes organizações socioprofissionais da RAEM e da CEM, foi um marco importante já que corresponde a um fórum privilegiado de aproximação e conhecimento das necessidades dos clientes e das nossas capacidades para as satisfazer. Apraz-nos registar ter sido o primeiro organismo deste tipo a constituir-se em Macau e com ele contamos para a melhoria continuada dos nossos serviços.

O resultado líquido apurado no exercício, de acordo com as normas do Contrato de Concessão, foi de MOP 400,4 milhões de patacas (1999: 375,6 milhões). Os fundos líquidos gerados depois de impostos e sem serviço da dívida foram de 426,6 milhões de patacas (1999 : 608,3 milhões) sendo esta forte variação consequência da redução do "cash flow" operacional e dum maior volume de investimento, ainda que compensados por uma redução dos capitais circulantes.

Macau, aos 21 de Fevereiro de 2001.

Aplicação do previsto no Anexo IV
do Contrato de Concessão

MOP

a) Resultado Anual Sujeito a Controlo (art. 1.º)

381,812,979.47
b) Resultado Permitido (art. 2.º) 400,778,202.88
c) Provisões para Desenvolvimento - utilização (art. 3.º, n.º 1) 14,780,063.38
d) Saldo destas provisões, antes de c) 219,666,558.47
e) Transferência para "Provisões para Estabilização Tarifária" (art. 4.º, n.º 1) 15,366,487.13
f) Saldo da conta "Provisões para Desenvolvimento" em 00.12.31 189,520,007.96
g) Saldo da conta "Provisões para Estabilização Tarifária" em 00.12.31 52,272,222.41

Parecer do Conselho Fiscal da

CEM - Companhia de Electricidade de Macau, S.A.

Ex.mos Senhores Accionistas,

O Conselho de Administração da CEM - Companhia de Electricidade de Macau, S.A., submeteu ao Conselho Fiscal, nos termos da alínea e) do artigo 26.º dos Estatutos da Empresa, para parecer, o Balanço e Contas, o Relatório Anual e a Proposta de Aplicação de Resultados respeitantes ao exercício de 2000. Complementarmente foi também enviado o Relatório dos Auditores Externos "Deloitte Touche Tohmatsu International (Macau)" sobre as contas da CEM relativas àquele mesmo exercício.

O Conselho Fiscal acompanhou, ao longo do ano, a actividade da Empresa, tendo mantido contacto regular com a Administração e dela recebido sempre e em tempo oportuno, a necessária colaboração e esclarecimentos.

Apreciados e devidamente analisados os documentos remetidos para parecer deste Conselho, constatou-se que os mesmos são suficientemente claros, reflectindo a situação patrimonial e económico-financeira da Companhia.

O Relatório do Conselho de Administração expressa a eficiência que se continuou a observar na Empresa, designadamente quanto à melhoria da qualidade dos serviços prestados, quanto à capacidade de resposta ao consumo de energia e quanto à solidez económica, financeira e técnica da Empresa.

O Relatório dos Auditores Externos, tido em devida conta pelo Conselho Fiscal, refere que os documentos de prestação de contas apresentados evidenciam de forma satisfatória a situação financeira da Companhia em 31 de Dezembro de 2000 e os resultados das operações referentes ao exercício findo naquela data, em observância dos princípios contabilísticos da Empresa e dos termos do Contrato de Concessão.

Face ao exposto, o Conselho Fiscal deliberou dar parecer favorável à aprovação de:

a. Balanço e Demonstração de Resultados do exercício de 2000;

b. Relatório Anual do Conselho de Administração;

c. Proposta de Aplicação de Resultados formulada pelo Conselho de Administração.

Macau, aos 23 de Março de 2001.

Tong Seak Kan, Michael

Herculano Jorge de Sousa Chow Yi Hon, Edward

(Presidente)

(Vogal) (Vogal)

Parecer dos Auditores para os Accionistas e o
Conselho de Administração da CEM - Companhia de
Electricidade de Macau, S.A.

Examinámos as contas financeiras da Companhia de Electricidade de Macau - CEM, S.A., que compreendem o Balanço Geral em 31 de Dezembro de 2000 e a Demonstração de Resultados Líquidos do exercício de 2000. A elaboração das contas financeiras é da responsabilidade do Conselho de Administração. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião a estas demonstrações de contas baseada na nossa auditoria.

Efectuámos a auditoria de acordo com as Normas Internacionais de Auditoria. Estas normas requerem que planeemos e executemos a auditoria para obtermos uma razoável segurança se as contas financeiras estão isentas de quaisquer significativas distorções. Uma auditoria inclui a verificação por testes, evidências que suportem as informações e expressão monetária nas contas financeiras. Uma auditoria inclui também a avaliação dos princípios contabilísticos aplicados e significativas estimativas efectuadas pelo Conselho de Administração, assim como a adequada integral apresentação das contas financeiras. Entendemos que a auditoria efectuada nos dá uma razoável base para expressar a nossa opinião.

Na nossa opinião, as contas financeiras acima referidas, apresentam de forma verdadeira e apropriada a situação financeira da Companhia em 31 de Dezembro de 2000, bem como os resultados das suas operações referentes ao exercício findo naquela data de acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceites em Macau.

Deloitte Touche Tohmatsu.

Demonstração de resultados líquidos do exercício de 2000

(Milhares de patacas)

Origem aplicação de fundos

(Milhares de patacas)

Balanço geral em 31/12/00

(Milhares de patacas)

COMPANHIA DE ELECTRICIDADE DE MACAU - CEM, SARL

Relatório do Conselho de Administração

A transferência da administração de Macau foi, em 1999, o acontecimento mais relevante no Território, porventura mais pelo significado político e pelas consequências potenciais que encerra do que pelos efeitos práticos imediatos que dela resultaram.

Num plano mais imediato, a recuperação das economias asiáticas, a partir do 2.º semestre de 1999, é factor de extrema importância dado que inverte uma situação que se prolongava desde meados de 1997; esta recuperação, particularmente a que se começou a sentir em Hong Kong, induziu alguns sinais de reanimação na actividade económica de Macau, em especial no sector de turismo e, associada à sustentação dos níveis de crescimento económico na República Popular da China, perspectiva mais favoravelmente o futuro próximo.

Neste quadro, o consumo bruto de electricidade em Macau, que inicialmente se estimou vir a ter um crescimento nulo, aumentou 0,6% relativamente a 1998, atingindo os 1682 GWh; é, aqui, de lembrar que 1998 foi um ano excepcional do ponto de vista climático, responsável por um aumento anormal do consumo de electricidade.

A produção da CEM respondeu por 85,1% da procura total (1998: 86,4%), enquanto a importação da província de Cantão, pela aplicação de critérios de optimização do despacho económico, aumentou a respectiva participação para 11,6% (1998: 10,3%); a Central de Incineração de Resíduos Sólidos manteve-se nos 3,3%.

A carga máxima atingiu os 336,6MW (1998: 335,4MW), alcançada, como em 1998, no mês de Julho, e a mínima situou-se nos 85,0MW (1998: 84,4MW) verificada, tal como em 1998, no mês de Janeiro.

O número de clientes, no final do ano, era de 179 678, o que representa um crescimento de 2,5% relativamente a 1998, o mais baixo nos últimos 10 anos, retratando a recessão da economia local.

No início de Dezembro, entrou em vigor uma tarifa social - A4 -, criada para os clientes de fracos recursos económicos que beneficiem de apoio do Instituto de Acção Social de Macau; na mesma data foram facilitadas as condições de permanência na tarifa A2 destinada a clientes com consumo mensal reduzido. Estimamos que do conjunto destas alterações tarifárias venham a beneficiar mais de 30 000 clientes.

Foi adjudicado no exercício, a um consórcio liderado pela Hyundai Engineering & Construction, o fornecimento e montagem das unidades geradoras de ciclo combinado, que serão instaladas na nova central de Coloane (CCB).

O investimento nestas unidades geradoras é superior a 700 milhões de patacas e representa a parte mais significativa do projecto que, incluindo o aterro, edifícios e instalações de apoio, atingirá um valor superior a 1 100 milhões de patacas.

Este projecto, que decorrerá, salvo excepcionais aumentos da procura, até 2003, visa garantir o cumprimento por parte da Empresa das obrigações que resultam do contrato de concessão em matéria de fornecimento de energia eléctrica e demonstra, igualmente, o nosso compromisso com o desenvolvimento do Território. Com a conclusão do projecto, a capacidade da produção da CEM aumentará 136MW, o que corresponde a cerca de 40% da actual capacidade instalada.

O investimento total em 1999 atingiu os 239 milhões de patacas sendo de destacar, para além da nova central, a construção da subestação Concórdia, com conclusão prevista para 2000.

A tarifa média efectiva em 1999 foi 1% inferior à de 1998, com o actual esquema tarifário a ajustar-se bem ao efeito do custo dos combustíveis na actividade da Empresa.

Com particular efeito na economia da CEM, o preço do fuelóleo quase triplicou entre Fevereiro e Novembro, atingindo valores que apenas foram observados durante a Guerra do Golfo no início dos anos 90; este movimento, resulta da decisão dos países produtores de reduzirem as respectivas produções e, pelo menos até à próxima reunião da OPEP a ocorrer em Março de 2000, não é expectável a inversão da situação.

Os resultados líquidos do exercício atingiram os 375,6 milhões de patacas, inferiores aos apurados em 1998 (385,6 milhões). Os fundos líquidos gerados depois de impostos e antes do serviço da dívida atingiram os 608,3 milhões de patacas (1998: 536,8 milhões), devendo-se a variação à redução do fundo de maneio e a menores dispêndios com investimento; após o serviço da dívida, aquele montante foi de 392,7 milhões de patacas (1998: 189,9 milhões).

Macau, aos 29 de Fevereiro de 2000.

O Conselho de Administração.

Aplicação do previsto no Anexo IV

do Contrato de Concessão

MOP

a) Resultado Anual Sujeito a Controlo (art. 1.º)

496,141,874.92
b) Resultado Permitido (art. 2.º) 397,788,329.79
c) Provisões para Desenvolvimento reforço (art. 3.º, n.º 1) 98,353,545.13
d) Saldo destas provisões, antes de c) 139,123,815.38
e) Transferência para "Provisões para Estabilização Tarifária" (art. 4.º, n.º 1) 17,810,802.04
f) Saldo da conta "Provisões para Desenvolvimento" em 99.12.31 219,666,558.47
g) Saldo da conta "Provisões para Estabilização Tarifária" em 99.12.31 36,905,735.38

Parecer do Conselho Fiscal da

Companhia de Electricidade de Macau - CEM, S.A.R.L.

Senhores Accionistas:

O Conselho de Administração da Companhia de Electricidade de Macau - CEM, S.A.R.L., submeteu ao Conselho Fiscal, nos termos da alínea e) do artigo 24.º dos Estatutos da Empresa, para parecer, o Balanço e Contas, o Relatório Anual e uma Proposta de Aplicação de Resultados respeitantes ao exercício de 1999. Complementarmente foi também enviado o Relatório dos Auditores Externos "Deloitte Touche Tohmatsu International" (Macau) sobre as contas da CEM relativas àquele mesmo exercício.

O Conselho Fiscal acompanhou, ao longo do ano, a actividade da Empresa, tendo mantido contacto regular com a Administração e dela recebido sempre e em tempo, a adequada colaboração e esclarecimentos.

Analisados os documentos remetidos para parecer deste Conselho, constata-se que os mesmos são suficientemente claros, reflectindo a situação patrimonial e económico-financeira da Companhia.

O Relatório do Conselho de Administração expressa a eficiência que se continuou a observar na Empresa, designadamente quanto à melhoria da qualidade dos serviços prestados, quanto à capacidade de resposta ao aumento actual e projectado de consumo de energia e quanto à solidez da Empresa.

O Relatório dos Auditores Externos, tido em devida conta pelo Conselho Fiscal, refere que os documentos de prestação de contas apresentados, evidenciam de forma verdadeira e apropriada a situação financeira da Companhia em 31 de Dezembro de 1999, bem como os resultados das operações referentes ao exercício findo naquela data, com observância dos princípios contabilísticos da Empresa e dos termos do Contrato de Concessão.

Face ao exposto, o Conselho Fiscal deliberou dar parecer favorável à aprovação de:

1 - Balanço e Demonstração de Resultados do exercício de 1999;

2 - Relatório Anual do Conselho de Administração;

3 - Proposta de Aplicação de Resultados formulada pelo Conselho de Administração.

Macau, aos 17 de Março de 2000.

Joaquim Pires Machial

Chow Yi Hon Herculano Jorge de Sousa

(Presidente)  

(Vogal) (Vogal)

Parecer dos Auditores para os Accionistas e o

Conselho de Administração da CEM - Companhia de

Electricidade de Macau, S.A.R.L.

Examinámos as demonstrações financeiras da Companhia de Electricidade de Macau - CEM, S.A.R.L., que compreendem o Balanço Geral em 31 de Dezembro de 1999 e a Demonstração de Resultados Líquidos do exercício de 1999. A elaboração das demonstrações financeiras é da responsabilidade do Conselho de Administração. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião a estas demonstrações financeiras com base na nossa auditoria.

Efectuámos a auditoria de acordo com as Normas Internacionais de Auditoria. Estas normas requerem que planeemos e executemos a auditoria para obtermos uma razoável garantia de que as demonstrações financeiras estão isentas de quaisquer significativas distorções. Uma auditoria inclui a verificação por amostragem do suporte das informações e da expressão monetária nas demonstrações financeiras. Uma auditoria inclui também a avaliação dos princípios contabilísticos aplicados e das mais significativas estimativas efectuadas pelo Conselho de Administração, assim como a adequada apresentação integral demonstrações das contas financeiras. Entendemos que a auditoria efectuada nos dá uma razoável base para expressar a nossa opinião.

Na nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas, apresentam de forma verdadeira e apropriada a situação financeira da Companhia em 31 de Dezembro de 1999, bem como os resultados das suas operações referentes ao exercício findo naquela data, de acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceites em Macau.

Deloitte Touche Tohmatsu.

Macau, aos 28 de Fevereiro de 2000.

Demonstração de resultados líquidos do exercício de 1999

(Milhares de patacas)

Balanço geral em 31/12/1999

(Milhares de patacas)

Origem e aplicação de fundos

(Milhares de patacas)


BANCO DA CHINA, SUCURSAL DE MACAU

Balancete do razão em 30 de Setembro de 2001

O Administrador,
Cheong Chi-Sang

O Chefe da Contabilidade,
Wong Chun-Peng


BANCO COMERCIAL DE MACAU, S.A.

Balancete do razão em 30 Setembro de 2001

(Expresso em Patacas)

A Contabilista,
Virginia Ho 

O Director da Contabilidade,
António Modesto